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�PAGE � SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................04 2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................05 2.1 ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA....................................................................05 2.2 CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADA DE ASSISTÊNCIA SOCIA ......05 ....................................................................................................................................06 2.3 BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA- BPC ..........................................07 2.4 VERBA ALIMENTAR............................................................................................07 ....................................................................................................................................08 2.5 PLANO DE ATUAÇÃO PARA ATENDIMENTO DO CASO RELATADO.............08 2.6 ESTUDO DE CASO.............................................................................................08 2.7 ATRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL.........................................................09 2.8 ORIENTAÇÕES SOBRE DIREITOS SOCIAIS....................................................10 3 CONCLUSÃO.........................................................................................................11 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................12 � � 1 INTRODUÇÃO As políticas de proteção a pessoa idosa tem objetivo de assegurar os seus direitos a saúde, a renda, a cidadania, dentre outros, por se tratarem de um grupo vulnerável precisam muitas vezes de intervenções legais para que seus direitos sejam respeitados. Nesse trabalho, tratamos uma situação de abandono e maus tratos que foi encaminhada ao CREAS, sendo desenvolvida uma intervenção do Assistente Social, com olhar ampliado e com foco na garantia de direitos, sem culpar, estigmatizar todos os envolvidos na problemática. Discorremos sobre a Estratégia Saúde da Família, em seguida o CREAS, BPC, Verba Alimentar, Intervenção da problemática e orientação dos direitos sociais. Utilizou-se, uma pesquisa bibliográfica e qualitativa das legislações existentes, e algumas diretrizes para um direcionamento na intervenção. . 2 DESENVOLVIMENTO Aos idosos é assegurado todos os direitos da pessoa humana, sendo que esse grupo goza de legislação específica para garantir seus direitos e de algumas prioridades em atendimentos e serviços. Considerando suas vulnerabilidades e especificidades lhe é garantido direito à saúde, a renda e a assistência. 2.1 ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA A estratégia de saúde da família, faz parte da política nacional de Atenção Básica, que é uma reconstrução da atenção primária que responde as necessidades de saúde de maneira local e continuada. No entendimento que é o mesmo que o programa de saúde da família, prevê a participação da comunidade, identificando causas dos problemas de saúde, resgatando os princípios de universalidade, igualdade, prática total em saúde. Esta equipe deve ser formada por: “Clínico Geral, enfermeiro, técnico de enfermagem, agente comunitário de saúde, podendo ser somado a essa equipe, profissionais de saúde bucal”.(BRASIL,2011) apud (FIGUEIREDO,2012). 2.2 CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL- CREAS. O CREAS, é uma órgão público que compõe o SUAS, e seu principal serviço é PAEFI (serviço de proteção e atendimento especializado na famílias e indivíduos), oferta apoio e acompanhamento especializado, para pessoas que tenham seus direitos desrespeitados, objetivando o fortalecimento entre os integrantes da família colocando-os na sociedade, fortalecendo a auto- estima das pessoas. Profissionais que fazem parte: Tabela-1 Equipe de Profissionais CREAS Fonte: NOB-RH/SUAS.p.32� O PAEFI, é o serviço que deve atender a Srª Lúcia, do caso que trataremos em seguida, pois é o serviço que propõe acolhida, orientação, encaminhamentos intersetoriais, escuta, direito garantido ao convívio familiar e comunitário dentre outros. Com objetivos de regatar a função protetora de sua família, caso necessário inserir essa família na rede de proteção social, de modo a eliminar possibilidade de novas violações de direitos sofridos pela mesma, além de recompor a autonomia e dignidade e todos envolvidos. 2.3 BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA - bpc O BPC, é um benefício da Assistência Social, que integra aa proteção social básica, trata-se da garantia de um salário mínimo mensal para idosos com mais de 65 anos e deficientes que estejam no perfil de renda familiar per capita de até ¼ de salário mínimo mensal, ou seja com rendimento de até R$234,25, partindo do salário atual. Para o recebimento desse benefício, é necessário a comprovação da renda per capita, quando idoso comprovar a idade e a pessoa com deficiência a comprovação do real impedimento de exercer suas funções laborais, essa comprovação será dada por meio de avaliação médica e social, que será efetuada pelos profissionais do Instituto Nacional de Seguridade Social –INSS. O BPC, não pode ser acumulado com qualquer outro benefício da esfera da seguridade social, tendo como exceção os benefícios de assistência à saúde, pensão especial de natureza indenizatória e remuneração proveniente de contratos de aprendizagem. Para receber esse benefício deve –se preencher um formulário de solicitação, levar declaração de renda de todos da família, comprovar residência e apresentar todos os documentos do solicitante e seus familiares. O BPC, é regido pela Lei Orgânica da Assistência –LOAS(Lei 8.742, de 07 de dezembro de 1993) e pelo Decreto N° 6.214 de 26 de setembro de 2007. O Governo, desenvolve ações de ampliação para os beneficiários, por meio do BPC, na escola e BPC trabalho, e inclusão dos mesmos no Cadastro Ùnico, dando direito a tarifa social de energia elétrica. A condição de acolhimento em instituição de longa permanência, não prejudica o direito do idoso a remuneração do BPC. 2.4 VERBA ALIMENTAR Os alimentos enquanto direito que não pode faltar para o ser humano manter-se vivo, é garantido na lei, sendo de responsabilidade dos parentes proverem de acordo com o código civil, em seu Artigo, 1.694, que dispõe das relações de pedir alimentos uns aos outros e no Artigo, 1.696 que trata de forma específica para o caso em questão: Art.1.696: “O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros”. (CÓDIGO CIVIL,2002). Ainda reforçado o direito no Estatuto do Idoso: Art.11:”Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da Lei Civil.”(ESTATUTO DO IDOSO, Brasília 2003). Conforme a situação problema, os filhos que gozam de sua capacidade, podem ser obrigados a prestarem a verba alimentar a Srª Lúcia. O CREAS, pode encaminhar para o ministério público que tem a função de promover e conduzir as ações de alimentos de acordo com o estabelecido no Artigo 74, e inciso II do Estatuto do Idoso. 2.5 PLANO DE ATUAÇÃO PARA ATENDIMENTO DO CASO RELATADO 2.6 ESTUDO DE CASO: * SITUAÇÃO FAMILIAR Idosa que fazia tratamento oncológico, e é deficiente está sendo vítima de maus tratos, pois reside com um filho dependente químico que a deixa sozinha, a Srª Lúcia, contava com a ajuda de uma Agente comunitária que recebia seu BPC, pagava as contas da casa e lhe fazia as compras de alimentação,já que não havia nenhum responsável para executar essas tarefas. A Agente Comunitária, procurou o CREAS, para informar a situação e comunicar que não iria mais ficar responsável para receber o auxílio da senhora, por que o filho da mesma estava espalhando que ela estava roubando o dinheiro de sua mãe. Sabe-se que a Srª Lúcia possui outros filhos capazes e que moram em outra cidade, mas o Marcelo que mora com a mesma não quer fornecer o endereço alegando que os irmãos não liga para a mãe, sendo que os mesmos romperam os laços com a família por conta desse irmão dependente. Os maus tratos sofridos pela senhora estão caracterizados pela negligência de Marcelo deixando –a sozinha todo o tempo, sem comida, sem remédios, sem levá-la as sessões de quimioterapia e condições mínimas de higiene. As novidades são de que a Srª Lúcia, está sem fornecimento de energia elétrica e água, chora diariamente, desistiu do tratamento de quimioterapia e não apareceu ninguém que possa cuidar dela, não tendo mais nenhum familiar vivo. A análise do Assistente Social, deve ser objetivando cessar de forma imediata e permanente as vulnerabilidades da senhora em questão, de forma ampliada observando os fatores que levaram a situação e todo o contexto que se insere a família, acolhimento e acompanhamento da senhora, seu filho Marcelo e os demais. Para tanto será realizada uma visita domiciliar, escuta, identificar as situações emergenciais e adoção de medidas para alívio da situação encontrada, acolher o dependente químico e localizar os demais. 2.7 ATRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL Nessa problemática, o Assistente Social, aplicar medidas de ações emergenciais por meio de encaminhamentos, sendo primeiramente encaminhamento para um abrigo emergencial. Entrar em contado intersetorial com as equipes de saúde par a viabilização de seu tratamento oncológico. Abordagem ao filho Marcelo visando a possibilidade de intervenção, para o tratamento de sua dependência, caso seja de sua vontade ser ajudado, facilitar o seu ingresso junto a uma instituição destinada a esse fim. Localizar os filhos que são de outro Município, solicitar a presença dos mesmos a unidade do CREAS, sob aviso do não comparecimento incidirá imediatamente uma notificação no Conselho do Idoso e no Ministério Público, orientá-los sobre seus direitos e deveres com a Srª Lúcia, conscientiza-los da necessidade de amparar sua mãe. Trabalhar na inserção da senhora a vida familiar, visto que não tem como a senhora viver mais abandonada, podendo viver com os filhos que possuem capacidade de proporcionar um lar digno a Srª Lúcia. Promover o resgate dos vínculos da família, encaminha-los se necessário para outras políticas da seguridade social, acompanhar a família e proporcionar a autonomia dos mesmos. 2.8 ORIENTAÇÃO SOBRE DIREITOS SOCIAIS O Assistente social deverá orientar os deveres da família, a partir da análise realizada e a situação encontrada. Regras e condições do benefício de prestação continuada, deverão ser orientados sobre que para o deficiente ou idoso receber o BPC, a família precisa estar no perfil de ¼ de salário mínimo de acordo com a LOAS-Capítulo IV – Parágrafo 3°. A cada 2 anos precisa ser revista as condições que geraram o benefício, cientes que as condições estão diferentes, pois a senhora não pode morar mais nas antigas condições. O dever existente entre pais e filhos de prestar alimentos que está no Código Civil, Art.1.696, traz a obrigação dos filhos da Srª Lúcia proverem sua manutenção e no Estatuto do Idoso, Capítulo III no Art.12 trata da obrigação de forma solidária, ou seja obrigação de todos e ainda com possibilidade do idoso optar entre os prestadores, tratada essas questões com os filhos deixar claro que o não cumprimento, mesmo havendo condições para ser exercida essa obrigação, caberá ao Assistente a Notificação junto ao Ministério Público para as devidas providências. 3 CONCLUSÃO De acordo com uma visão analítica, a situação dos idosos é um problema da contemporaneidade, violência, abandono são problemas que muitas vezes estão relacionados a pobreza, a fragilidade dos vínculos familiares, dentre outros. A partir desse entendimento, o profissional de Serviço Social, é de suma importância no atendimento dessas questões, devido sua formação acadêmica que o prepara para a valorização dos aspectos biológicos, tendo uma visão abrangente nas questões de violência, abandono, maus-tratos. Seu trabalho é voltado para garantias de direitos sem culpabilizar os envolvidos, assim a acolhida é feita de forma eficiente, no caso da Srª Lúcia, buscou-se fortalecer os vínculos familiares e a compreensão de direitos e deveres de cada um antes de tomar providências mais drásticas. O olhar através do contexto, proporciona uma melhor decisão dos procedimentos necessários para cada situação. A sugestão das autoras deste trabalho, é cada vez mais os Assistentes Sociais, buscarem o entendimento da questão apresentada de forma a conhecer o que levou aquela problemática, a situação de vulnerabilidade da família, para assim entender as demandas de forma coletiva e não individualizada como deve ser. Não esquecendo o papel que cabe ao estado frente a todas essas questões sociais contemporâneas. 4 referências Bibliográficas MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME.LOAS-LEI ORGÂNICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, Brasília, Art.20,21,21-A, p.34-38,7 dez 1993. SENADO FEDERAL.ESTATUTO DO IDOSO E NORMAS CORELATAS, Brasília, Cap.III, Art.11-14, p.17,1 out.2003. BRASIL.CÓDIGO CIVIL. Aloysio Nunes de Ferreira Filho, Brasília, 01 jan. 2002.Disponível em: http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei10406.htm Acesso em:02/10/2017. MARTINS J. de SOUZA; GARCIA Jr.; PASSOS A. B. BARBOSA. Estratégia Saúde da; Família, População participativa, Saúde ativa. Minas Gerais,2008.Disponível em: https://www.unilestemg.br/enfermagemintegrada/artigo/v1/julieta_martins_junior_garcia_e_ana_passos.pdf . Acesso em:27/09/2017. FIGUEIREDO, Elisabeth Niglio. Estratégia Saúde da família na Atenção básica do SUS. Data: 13 abr. 2012. Disponível em: https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade05/unidade05.pdf .Acesso em : 27 set.2017. SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Orientações técnicas: Centro de Referência Especializado de Assistência Social-CREAS, Brasília 2011.Disponível em: http://aplicacoes.mds.gov.br/snas/documentos/04-caderno-creas-final-dez..pdf . Acesso em: 29 set. 2017. MINISTÉRIO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistencias, 2014.Disponível em : http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/tipificacao.pdf .Acesso em :30 set. 2017. MINISTÉRIO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME.NOB-RH/SUAS: ANOTADA E COMENTADA, Brasília, dez.2011.Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/NOB-RH_SUAS_Anotada_Comentada.pdf. Acesso em:29 set. 2017. CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Resolução N°01,de 25 de Janeiro de 2007.Publica o texto da Norma Operacional Básica de Recursos Humanos – NOB-RH/SUAS. Disponível em: https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-140-34-2007-01-25-1. Acesso em:05 out. 2017. MINISTÉRIO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME. Cartilha BPC- Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/cartilhas/cartilha-bpc-final.pdf . Acesso em: 29 set. 2017. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA – CASA CIVIL. Decreto N°6.214, de 26 de set de 2007. Regulamenta o benefício de prestação continuada da assistência social devido à pessoa com deficiência e ao idoso de que trata a Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, acresce parágrafoao art. 162 do Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6214.htm. Acesso em:30 set. 2017. Sistema de Ensino Presencial Conectado serviço social autoras POLÍTICA DE PROTEÇÃO A PESSOA IDOSA INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL Cabo de Santo Agostinho 2017 alunas POLÍTICA DE PROTEÇÃO A PESSOA IDOSA INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL Trabalho de curso de Serviço Social do VI semestre apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral. Orientadora: Profas Cabo de Santo Agostinho 2017 � � Disponível em: � HYPERLINK "http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/NOB-RH_SUAS_Anotada_Comentada.pdf" �http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/NOB-RH_SUAS_Anotada_Comentada.pdf� Acesso em out.2017.
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