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Nutraceuticos 2017 2018

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24-11-2017
1
Ana Isabel Fernandes
Professora Associada
aifernandes@egasmoniz.edu.pt
NUTRACÊUTICOS
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Objetivos do módulo
� Abordar os aspetos científicos, tecnológicos e 
regulamentares com impacto na qualidade, 
segurança e eficácia dos nutracêuticos, e na saúde 
pública. 
� Pretende-se que esta seja uma abordagem 
multidisciplinar e integrada de diversas áreas do 
conhecimento importantes nesta temática, que se situa 
na interface entre os medicamentos e os alimentos, 
e cuja importância é crescente.
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PUC
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Multidisciplinaridade
I&DI&D
LegislaçãoLegislação
ProduçãoProdução
GQ/CQGQ/CQ
Dispensa / AconselhamentoDispensa / Aconselhamento
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Código Deontológico dos 
Nutricionistas
Artigo 2.º
Conhecimentos dos nutricionistas
Os nutricionistas integram, aplicam e desenvolvem os
princípios das áreas base da biologia, química, fisiologia, das
ciências sociais e comportamentais e aqueles provenientes das
ciências da nutrição, alimentação, gestão e comunicação, para
atingir e manter ao melhor nível o estado de saúde dos
indivíduos, através de uma prática profissional
cientificamente sustentada, à luz dos conhecimentos
atuais, em constante aperfeiçoamento.
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Código Deontológico dos 
Nutricionistas
Artigo 4.º
Deveres gerais
a) Atuar com independência e isenção profissional;
b) Prestigiar e dignificar a profissão;
c) Exercer a sua atividade com diligência e zelo;
d) Utilizar os instrumentos científicos e técnicos 
adequados ao rigor exigido na prática da profissão, 
desenvolvendo uma prática informada e conduzida pela 
evidência científica;
e) Fornecer informação adequada ao cliente, fazendo-o 
compreendê-la para que possa escolher livremente, 
capacitando-o para consentir ou declinar voluntariamente um 
serviço, um tratamento ou a participação numa investigação;
f) …
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GENERALIDADES
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Relevância
Os NUTRACÊUTICOS representam
uma das áreas da nutrição mais atuais e 
promissoras, captando a atenção de 
nutricionistas e de outros profissionais de 
saúde (médicos, enfermeiros, 
farmacêuticos), 
bem como da indústria 
alimentar e farmacêutica.
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Cada vez mais se associa a 
saúde, o bem-estar e a 
beleza aos hábitos 
alimentares, e há uma 
procura crescente de 
alimentos funcionais e de 
suplementos alimentares.
Somos o que comemos
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NUTRACÊUTICOS
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Microbiota
GI
Doenças 
Neurológicas
Doenças 
infecciosas
Doenças 
metabólicas
Doença 
hepática
Doenças 
inflamatórias
Shreiner, A. B., Kao, J. Y., & Young, V. 
B. (2015). The gut microbiome in 
health and in disease. Current Opinion 
in Gastroenterology, 31(1), 69–75. 
Implicação na saúde e doença
Microbiota do trato GI
Suplementação da dieta
A
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Carência 
(ex. vitamínica / mineral)
Suplementação 
da dieta
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Ausência de carência
Suplementação 
da dieta
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NUTRACÊUTICOS
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O que são nutracêuticos?
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Stephen DeFelice, M.D.
NUTRA CEUTICAL
Nutr(ition) (Pharma)ceutical
+
“um alimento, ou componente de um alimento, com 
benefícios médicos ou de saúde, incluindo a 
prevenção e o tratamento de doenças”
1989
Suplemento alimentar
Dietary Supplement Health 
Education Act (DSHEA) (1994)
� géneros alimentícios que se destinam 
a complementar e ou suplementar o 
regime alimentar normal e que 
constituem fontes concentradas de 
determinadas substâncias nutrientes 
(vitaminas e minerais) ou outras com 
efeito nutricional ou fisiológico, 
estremes ou combinadas, 
comercializadas em forma doseada, 
tais como cápsulas, pastilhas, 
comprimidos, pílulas e outras formas 
semelhantes, saquetas de pó, 
ampolas de líquido, frascos com 
conta-gotas e outras formas 
similares de líquidos ou pós que se 
destinam a ser tomados em unidades 
medidas de quantidade reduzida.
� rotulados como suplementos alimentares.
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DL nº136/2003 de 26 Junho
(Directiva n.º 2002/46/CE)
� a product (other than tobacco) 
intended to supplement the diet that 
bears or contains one or more of the 
following dietary ingredients: a 
vitamin, a mineral, an herb or other 
botanical, an amino acid, a dietary 
substance for use by man to 
supplement the diet by increasing the 
total daily intake, or a concentrate, 
metabolite, constituent, extract, or 
combination of these ingredients.
� it is intended for ingestion in pill, 
capsule, tablet, or liquid form
� is not represented for use as 
conventional food or as a sole item of 
a meal or of the diet
� is labeled as a ‘dietary supplement’.
Alimento funcional
Um alimento, natural ou formulado, com comprovados 
benefícios fisiológicos, ou que previna doenças ou 
perturbações de saúde.
Incluem não só os alimentos destinados a melhorar a 
saúde como, também, aqueles que pretendem 
aumentar o desempenho físico.
Para além do seu tradicional valor nutricional, 
representa um benefício para a saúde devido à presença 
de substâncias nutracêuticas.
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Nutracêuticos 
Sentido lato – Substâncias nutracêuticas
Componentes de alimentos, tradicionais ou exóticos, 
cujos benefícios para o Homem, quer na prevenção de 
uma ou várias doenças, quer no aumento da 
performance fisiológica, estão bem estabelecidos.
Os nutrientes essenciais podem ser considerados 
nutracêuticos se representarem um benefício, para além 
do seu papel essencial no crescimento e manutenção do 
corpo humano.
Ex. função antioxidante das vitaminas C e E
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Os nutracêuticos, definidos em sentido restrito, contêm 
substâncias nutracêuticas, numa concentração elevada, 
e são apresentadas ao consumidor como formas 
farmacêuticas.
Destinam-se a suplementar a dieta e 
ajudam a prevenir uma doença ou 
perturbação de saúde. 
Nutracêuticos 
Sentido restrito – Suplementos alimentares
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Definições
Um suplemento alimentar é produzido 
a partir de concentrados de 
substâncias nutracêuticas, isoladas 
ou em associação, e comercializado em 
formas farmacêuticas 
convencionais, destinadas à via oral.
Um alimento funcional, 
contém substâncias 
nutracêuticas e assemelha-se 
a um alimento convencional, 
sendo consumido como parte 
da dieta.
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Medicamento
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“Qualquer substância ou associação de substâncias, 
apresentada sob forma farmacêutica, para tratamento 
ou prevenção de doenças em seres humanos ou 
animais”.
Também se consideram medicamentos se se 
destinarem ao “diagnóstico médico ou à recuperação, 
correção ou modificação de funções fisiológicas”.
Alimentos ou Medicamentos?
Alimentos
Medicamentos
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Interfaceentre alimentos e medicamentos
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Fronteiras ténues
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Qual é o medicamento?
MSRM
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Nov. 2005
Fronteiras
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Aplicação do modelo de HOMEOSTASIA
para clarificar a diferença entre 
Suplementos Alimentares e 
Medicamentos
Cap. 3
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Dose - efeito
Nos SA a dose não deve ultrapassar aquela que 
permite manter os limites fisiológicos normais
Evolução do mercado dos SA
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Razões para o boom
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� evidência científica do papel da dieta na prevenção de doenças 
� � preocupação generalizada com a saúde, bem-estar e beleza
� insatisfação com a medicina convencional
� consumidores mais informados (?) (www) tomam as suas próprias 
decisões de saúde � � tendência para a automedicação
(doenças consideradas menores ou crónicas)
� legislação permissiva aproveitada pela indústria
Indústria (1)
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As oportunidades 
de negócio levam a 
que a própria 
indústria 
farmacêutica crie 
empresas paralelas 
para a 
comercialização de 
nutracêuticos e até 
de alimentos 
funcionais
Lucozade - GSK
Johnson & Johnson
Indústria (2)
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A. I. Fernandes © - ISCSEM
(*) – Nutricosméticos (**) - Cosmecêuticos
Nome
Forma 
farmacêutica Classificação
Fabricante
(Titular AIM)
Estromineral Comprimidos Suplem. alimentar Delta
Bioactivo Quinona Q10 Cápsulas Suplem. alimentar Pharma Nord
VitaCê Comprimidos Suplem. alimentar Prisfar
Phytofanère (*) Comprimidos 
revestidos
Suplem. alimentar Phytosolba
Lift’in (*) Comprimidos Suplem. alimentar Prisfar
Innéove (*) Drageias Suplem. alimentar Innéove
(L’Óreal+Nestlé)
Pílulas de alho Rogoff Pílulas Suplem. alimentar Crefar/Roche
Vinolift (**) Creme Cosmético Caudalie
Ginsana Cápsulas gelatina 
mole/sol. oral
MNSRM Kironfarma
Abolibe forte Solução oral MSRM Sidefarma
Viartril-S Pó p/ solução oral MSRM Delta
Nutricosméticos e 
Cosmecêuticos
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Aquacêuticos
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Estratégias de marketing
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– substâncias de origem vegetal, 
estrutural e funcionalmente 
semelhantes aos estrogénios e 
seus metabolitos
- biologicamente ativos, com uma 
atividade 500 a 1000 xs < que 
estrogénios
- sem ação proliferativa
Fitoestrogénios
Propriedade industrial
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2003
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Dieta variada e equilibrada
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Necessidade de suplementação
� suplementação de uma dieta pobre 
(ω-3 e ω-6 PUFA, dietas deficitárias em peixe)
�� esperança de vida e > necessidade de prevenir 
doenças crónicas
(cancro, diabetes, artrite reumatoide, doenças cardíacas, etc.)
�determinados períodos da vida podem ter >s exigências 
nutricionais
(gravidez, menopausa, stress, doença, emagrecimento)
�grupos com exigências nutricionais acrescidas
(desportistas; ornitina α-cetoglutarato, cafeína)
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Alimentos Funcionais vs
Suplementos Alimentares
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Alimentos Funcionais vs
Suplementos Alimentares
� podem fazer parte da dieta
� veículos ‘naturais’ de substâncias benéficas 
para a saúde 
� alimentos intactos podem ser mais potentes 
que os componentes individuais
� redução de custos associados com a saúde
� quantidade a ingerir, para que se observem 
efeitos de promoção da saúde e redução do 
risco de doença, pode ser elevada
� controlo da DDR difícil
� caracteres organolépticos inadequados à 
ingestão
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Suplementos Alimentares
vs Alimentos Funcionais 
� veiculação de doses maiores 
o efeito benéfico pode só ser observado em
quantidades >s do que o permitido pela alimentação
� dose e composição mais precisas � melhor 
controlo da dose
� substâncias nutracêuticas presentes em 
partes do alimento que não são geralmente 
consumidas
cascas da fruta (octacosanol); graínhas de uvas
(proantocianidinas - polifenóis anti-oxidantes)
� resolução de problemas tecnológicos 
mascarar cheiros e/ou sabores desagradáveis; 
� estabilidade ou biodisponibilidade
� necessário suplementar alimentação
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Problemas dos suplementos 
alimentares
� legislação inadequada ou inexistente
�qualidade, segurança e eficácia não necessitam de ser 
comprovadas
� considerados seguros e isentos de efeitos secundários, 
uma vez que têm origem natural
� se são comercializados são seguros
� considerados como complemento à prescrição médica, 
sem antecipar possíveis interações e sem que o médico 
seja alertado para o facto
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Problemas de qualidade e 
eficácia
� ausência de padronização de 
produtos de origem natural
� contaminantes nocivos em 
alguns produtos de origem 
natural
� suplementos que não contêm o 
teor de substância nutracêutica
indicado no rótulo
� comprimidos que não se 
desagregam
� ausência de biodisponibilidade 
pela via de administração 
aconselhada
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Problemas de segurança
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http://www.eufic.org/article/pt/artid/rotulagem-dos-alimentos-alegacoes-
nutricionais-saude/
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http://www.eufic.org/article/pt/artid/rotulagem-dos-alimentos-alegacoes-
nutricionais-saude/
https://www.gov.uk/drug-safety-update/herbal-
products-safety-update#regulated-herbal-medicines 
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http://webarchive.nationalarchives.gov.uk/20141205150130/http://www.mhra.gov.uk/Safetyinformation/Ge
neralsafetyinformationandadvice/Herbalmedicines/Herbalsafetyupdates/Herbalslimmingalerts/index.htmA
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Código Nacional de Produto
CNP - Farmácias
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Necessidade de promover a segurança, e dar informação 
rigorosa relativa aos SA disponíveis nas farmácias. 
Atribuição de Código Nacional de Produto (CNP), após 
análise técnica e científica por parte do Centro de 
Informação do Medicamento (CEDIME) da ANF:
� Avaliação quanto à possibilidade de utilização dos 
ingredientes presentes na composição do SA;
� Avaliação das doses de ingredientes ativos presentes nos SA;
� Identificação dos aspetos de segurança, para cada ativo 
(reações adversas, interações, contraindicações e precauções);
� Verificação da conformidade legal da rotulagem;
� Disponibilização de informação atualizada e consistente à 
equipa da farmácia para aconselhamento informado.
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SIFARMA
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SIFARMA
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IS
CS
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Resumo
� SA comercializados (e fiscalizados) como alimentos
� via de administração oral
� dose / efeito -- dose /classificação
� não estão sujeitos aos mesmos ensaios
e à mesma legislação dos medicamentos 
� ónus da prova invertido, bastando rotulagem adequada
� não podem alegar a profilaxia, tratamento ou cura de 
doenças
� O operador económico assegura a qualidade e segurança 
alimentar e o consumidor assume a responsabilidade pela 
escolha
A
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I. 
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SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS
A
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I. 
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Introdução
A
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I. 
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As matérias-primas têm 
importância fulcral na qualidade 
do produto final.
É necessário garantir a utilização 
de produtos de origem natural 
seguros e eficazes e que 
apresentem elevada qualidade.
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Origem
A
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Vegetal Animal Microbiana
Organismo de origem
A
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As microalgas Crypthecodinium cohnii
e Schizochytrium spp. produzidas por 
fermentação podem ser uma fonte 
alternativa de DHA e EPA
O organismo produtor nem sempre corresponde à fonte 
alimentar
CLA
Fonte animal (carne vaca e 
lacticínios) mas produzido por 
bactérias no rúmen da vaca
Fonte animal (peixes) mas 
produzido por algas que 
estes comem
DHA
Branco
A
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A mesma substância nutracêutica pode encontrar-se em animais, plantas e 
bactérias ou fungos embora, normalmente, predomine num grupo
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Mercado Europeu dos SA
A
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O Regulamento (CE) nº 1170/2009 de 30 de novembro contém 
uma lista de vitaminas e minerais que podem ser utilizadas em SA 
http://ec.europa.eu/food/food/labellingnutrition/suppl
ements/documents/2008_2976_F_WD1_en.pdfA
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Principais bioativos na UE
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Source: Euromonitor 2005 
Preferências na UE 
(exceto vitaminas e minerais)
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Variação nacional significativa
Principais substâncias 
nutracêuticas 
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Frost & Sullivan and FICCI
Global Nutraceutical Industry: 
Investing in Healthy Living
SUBSTÂNCIAS 
BIOATIVAS
Qualidade
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1. Origem vegetal
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Sementes
Flores
Raízes
Exsudados
Frutos
Folhas
Padronização e conservação
A
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Dada a variabilidade dos produtos de origem natural é 
necessário proceder à padronização das matérias primas deles 
obtidas, normalizando o mais possível o teor em constituintes 
ativos
- Colheita da parte da planta / animal na altura do ano em que 
os compostos de interesse se apresentam em maior 
quantidade
- Evitar contaminação com bolores, m.o., ervas, poeiras/solo, 
pesticidas, etc.
- Condições de extração e conservação que garantam a 
manutenção da integridade dos constituintes
Colheita
A
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Passiflora
Passiflora incarnata L.
Hipericão
Hypericum perforatum L.
Os flavonóides encontram-se 
nos rebentos primaveris
Substâncias ativas nos 6 cm 
superiores das inflorescências
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2. Origem animal
A
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CLA
DHA e EPA
� agentes de encefalopatias 
espongiformes animais 
� antibióticos
Nutracêuticos marinhos
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3. Origem microbiana
A
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- bactérias vivas com efeitos 
benéficos na flora intestinal
- normalmente obtidos por 
fermentação
- considerar a possível 
inquinação por 
microrganismos indesejáveis
Escherichia coli
Pseudomonas aeruginosa 
Salmonella sp.
Staphylococcus aureus
…
Bifidobacterium sp.
Lactobacillus sp.
…
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Contaminantes
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Vegetal
Animal
Mineral
Micro-
biológica
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Policlorobifenilos - PCBs 
A
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Grupo de compostos muito tóxicos, 
acumuláveis nos organismos através 
da cadeia alimentar.
A
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Evitar o uso de óleos de salmão, atum e 
bacalhau, peixesque, por viverem mais 
tempo, acumulam mais PCBs.
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Dioxinas
A
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Grupo de poluentes ambientais tóxicos, 
acumuláveis nos organismos através da 
cadeia alimentar. 
Cancerígenos e teratogénicos; interferem 
com hormonas e o sistema imunitário.
A
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Principalmente carne, lacticínios, 
peixe e crustáceos.
Exigências de qualidade 
das matérias-primas
A
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� Identificação
aspetos macroscópicos e microscópicos
� Análise de compostos ativos
doseamento, ensaios específicos ……
� Pesquisa de impurezas e falsificações
� Pesquisa de contaminantes 
herbicidas, pesticidas, metais pesados, m.o., 
aflatoxinas …..
� Controlo microbiológico
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SUBSTÂNCIAS 
BIOATIVAS
Eficácia e Segurança
A
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Introdução
A
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Os suplementos alimentares não têm que provar a sua 
eficácia e segurança antes de serem comercializados.
O potencial risco /benefício de muitos destes compostos não está 
devidamente estudado e, quer os profissionais de saúde, quer os 
consumidores, desconhecem se estes são eficazes e seguros.
Razões
Muito pouca investigação científica é conduzida em nutracêuticos, 
principalmente por razões económicas.
Uma vez que as substâncias naturais não são patenteáveis, 
não há interesse por parte da indústria em investir em ensaios 
clínicos de grande envergadura semelhantes aos realizados para 
os medicamentos.
Nos EUA, foi proposto que, se uma companhia levar a cabo ensaios 
clínicos num determinado produto, esta tenha o direito exclusivo de 
fazer alegações de saúde no que respeita à sua eficácia.
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DIs vs NDIs
DIs - Dietary Ingredients
NDIs - New Dietary Ingredients
� mesma definição, mas substância não era 
comercializada num suplemento alimentar nos EUA 
antes de 15 Out. 1994 (DSHEA)
� necessário apresentar à FDA dados que provem 
razoavelmente a sua segurança, quando usados de 
acordo com o indicado no rótulo (requisitos <s que 
para aditivos alimentares)
� taxa de rejeição elevada
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� vitamina, mineral, planta medicinal, aminoácido, 
substância alimentar destinada a suplementar a 
dieta, ou um concentrado, metabolito ou extrato.
EUA
Novos ingredientes 
alimentares - UE 
A
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� Outras substâncias, para além das vitaminas e minerais, para 
serem usadas em SA têm de ter um uso alimentar significativo 
na UE antes de 15 de maio de 1997.
� Caso contrário, são novos ingredientes alimentares e só 
podem ser colocados no mercado após avaliação no âmbito do 
Regulamento dos novos alimentos (Reg. CE nº 258/97).
� É responsabilidade do operador económico garantir que os 
ingredientes presentes nos SA não são novos ingredientes ou, 
submetê-los a apreciação da DGAV e UE.
Novel Foods Catalogue
Base de dados cujo conteúdo é 
mantido atualizado em face de 
informação /estudos realizados.
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The BELFRIT project – Harmonizing 
the Use of Plants in Food 
Supplements in the European 
Union: Belgium, France and Italy – A 
first Step - Issue 3/2013, pp. 27-40
Incorporado nas legislações 
nacionais 
- 2014/2015 -
https://fusiontables.google.com/DataSource?d
ocid=1nx1qsYZlw2-
_qibywQct5Rl7Dn5zkN7mQZ13xreq#card:id=2
A
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Medicines and Healthcare Regulatory Agency UK
Plantas medicinais proibidas ou de prescrição limitada
Só podem ser vendidas em 
farmácias e sob a orientação do 
farmacêutico
Cinchona ledgeriana
Atropa belladona
Ephedra sinica
Só por prescrição médica
Digitalis folha
Podophyllum indiano
Rauwolfia serpentina
Proibido produzir, importar, vender ou fornecer 
produtos que contenham:
Aristolochia
Kava-kava
Senecio
Toxicidade
A
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Ensaios clínicos 
Muito raramente um suplemento alimentar tem 
mercado suficiente para levar a cabo um ensaio clínico 
que prove que a substância bioativa:
1. entra na corrente sanguínea, i.e. é biodisponível
2. conduz aos benefícios de saúde desejados
3. é segura nas condições de uso estabelecidas
Faltam dados científicos que consubstanciem as 
alegações de saúde, feitas por alguns produtos
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http://www.eufic.org/article/pt/artid/rotulagem-dos-alimentos-alegacoes-
nutricionais-saude/
Substâncias nutracêuticas agrupadas pela bioatividade alegada
Evidência 
científica da 
eficácia?
Alegações 
‘Fortalece o sistema imunitário’
- o que está a ser medido como indicador de um sistema 
imunitário enfraquecido? Há espécies químicas/biológicas que 
representem adequadamente o sistema imunitário?
- assumindo que há indicadores mensuráveis, quando se 
considera que o sistema imunitário está enfraquecido? … ou 
normal? … ou depois fortalecido?
- qual a quantidade de substância nutracêutica (mg/dia) 
necessária para um adulto são? … e com uma patologia?
- qual o mecanismo de ação?
- como provar que um individuo abaixo dos limites normais 
está menos protegido das agressões externas (bactérias, 
vírus, cancro, etc.)?
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http://ec.europa.eu/nuhclaims/?event=searchA. I. Fernandes © - ISCSEM
Alegações de saúde - autorizadas
http://ec.europa.eu/nuhclaims/?event=search&CFID=1459669&CFTOKEN=bb82f273f51f5d46-
83B2B500-C6FC-691E-C388C3F758F1D7E1&jsessionid=931247513d8532b84fd63d69793c250384f2TR
A. I. Fernandes © - ISCSEM
Alegações de saúde - não autorizadas
A. I. Fernandes © - ISCSEM http://ec.europa.eu/nuhclaims/?event=search&CFID=1459669&CFTOKEN=bb82f273f51f5d46-
83B2B500-C6FC-691E-C388C3F758F1D7E1&jsessionid=931247513d8532b84fd63d69793c250384f2TR
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36
Ensaios clínicos
� amostras demasiado pequenas
� grupos selecionados
� ausência de grupos de controlo
� utilização apenas de modelos animais com doses não 
relevantes para o Homem
� via de administração não oral e, portanto, com pouca 
significância para os nutracêuticos
� duração do estudo demasiado curta
Problemas relacionados com a metodologia:
...... resultando em dados estatisticamente
duvidosos e, muitas vezes, conflituosos
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DDR
Os níveis de ingestão diários ótimos para muitas das substâncias 
nutracêuticas (exceção vitaminas e minerais) ainda não foram 
determinados em humanos.
Embora os estudos em animais deem algumas indicações é difícil 
extrapolar para os requisitos dietéticos do Homem
Necessária investigação in vitro e in vivo, antes de se determinar 
quantidades a utilizar em ensaios clínicos
Apenas mediante resultados dos ensaios clínicos, se podem fazer 
recomendações sólidas do ponto de vista científico e no contexto 
de uma população específica ou de variações individuais
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http://www.eufic.org/article/pt/artid/rotulagem-dos-alimentos-alegacoes-
nutricionais-saude/
DL nº54/2010 de 28 de maio
(republicação do DL nº 167/2004 de 7 de Julho)
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Avaliação da eficácia e 
segurançaA avaliação dos riscos e benefícios na prevenção da doença e 
na redução dos fatores de risco com esta associados, têm que 
ser baseados em evidência científica.
Normalmente, recorre-se a ensaios biológicos com verificação 
de um determinado efeito preventivo ou terapêutico.
Métodos
Biológicos
in vivo
(animais)
ex vivo
(órgãos ou tecidos 
vivos isolados)
Metodologia
� identificação do(s) composto(s) bioativo(s)
� ensaios in vitro
� estudos farmacocinéticos (ADMET) em animais
� formulação
� estudos farmacocinéticos em humanos
- ensaios duplamente cegos com 
recurso a placebos
- modelos de doenças adequados
Compostos bioativos
Muitas vezes o composto ativo é desconhecido e o efeito pode 
ser resultado da combinação de diferentes substâncias
De forma a padronizar o produto (i.e., obter concentração 
equivalente de lote para lote) usam-se marcadores
Os marcadores são os compostos químicos que, mais 
provavelmente, são responsáveis pelo efeito terapêutico.
Historial da utilização de plantas ou alimentos em muitas 
culturas pode ajudar na identificação de efeitos preventivos / 
terapêuticos
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Hipericão
O hipericão é usado como 
antidepressivo e atua por inibição 
da recaptação de 
neurotransmissores como a 
serotonina e a dopamina
Os extratos são, normalmente 
padronizados a 0,3% de hipericina
Recentemente, provou-se ser a 
hiperforina a substância bioativa 
que, sendo muito instável, coloca 
problemas de formulação
Modelo de avaliação da 
biodisponibilidade
Monocamada de células CaCo-2, mimetizam o epitélio 
intestinal em termos de expressão enzimática e 
mecanismos de transporte
Doseamento do(s) 
composto(s) e, se 
possível, bioensaio
Toxicidade
A toxicidade potencial de um nutracêutico deve sempre ser 
considerada, uma vez que as substâncias nutracêuticas são 
produzidas por outros organismos com funções fisiológicas, por 
exemplo, de defesa contra herbívoros ou insetos.
ex: alcalóides são toxinas produzidas pelas plantas que, sendo 
consumidas acima do limiar de toxicidade, conduzem à morte
Tanto mais importante quando consideramos que os 
nutracêuticos contêm as substâncias concentradas
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Riscos acrescidos
Os consumidores de suplementos alimentares partilham, 
normalmente, da filosofia de que:
‘se um é bom, dois são muito bons e uma mão-cheia é ainda melhor’
Nutracêuticos destinados a 
crianças podem levar a consumo 
exagerado porque se apresentam 
como doces
Dose / Resposta
Sem efeitos Efeitos benéficos
Efeitos 
tóxicos
Efeitos 
letais
Nutricionais e/ou 
preventivos/terapêuticos
Crucial determinar a dose que resulta num efeito adverso
Substâncias nutracêuticas com margens de segurança 
estreitas são inaceitáveis
Aumento da dose
Segurança – dose rotulada
� está de acordo com níveis plasmáticos obtidos em humanos
� é baseada no efeito fisiológico ou nutricional que se 
pretende daquele suplemento 
� deve representar um nível de utilização seguro
mas
� não corresponde ao nível máximo de utilização seguro
A dose recomendada no rótulo:
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Segurança - consumidor
� a segurança absoluta é inatingível
� o risco de efeitos adversos � à medida que se excede a dose 
recomendada indicada no rótulo
� é responsável pela correta utilização do produto, devendo para 
tal ler o rótulo
assim,
� considera-se muitas vezes que não há necessidade de 
estabelecer a dose a partir da qual se observa toxicidade, 
porque isso só acontece quando as condições de uso não são 
cumpridas
O consumidor deve ter em conta que:
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Conceção dos ensaios clínicos
� avaliar a estabilidade do(s) composto(s) na forma farmacêutica 
escolhida e a sua biodisponibilidade em humanos
� dose e frequência da toma
� diferenças culturais/étnicas de hábitos alimentares 
� alterações fisiológicas relacionadas com a idade
(crianças e idosos) e o sexo
� os níveis de ingestão recomendados podem sofrer alteração na 
presença de uma patologia 
ex. cancro ou doença cardiovascular
Considerações:
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Conceção dos ensaios clínicos
� os constituintes alimentares podem ter ação sinérgica no 
aumento da absorção de substâncias bioativas ou nutrientes
ex. � absorção do licopeno do tomate se consumido c/ gorduras
� possível interação com medicamentos e outros nutracêuticos
� identificação de subgrupos da população com risco acrescido 
ex. deficiência metabólica numa det. enzima que metaboliza a subst.
� duração do estudo
concordante com a alegação pretendida
� relevância estatística
Considerações:
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Conceção dos ensaios clínicos
Problemas:
� quão placebo é o placebo? Grupo controlo pode estar a ingerir 
a substância nutracêutica através da alimentação
� arranjar modelos e biomarcadores da doença que permitam 
avaliar se determinado composto tem um efeito benéfico na 
saúde
� manter indivíduos doentes num ensaio clínico quando há 50% 
de probabilidade de não estarem a ser tratados
� estudos normalmente prolongados e dificuldade de comprovar 
que os doentes não estão a tomar medicamentos ou outros 
nutracêuticos
� prazos de validade inexistentes para muitos produtos 
� dificuldade em prolongar estudos
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Ensaios clínicos – Boas Práticas
� Desenho e considerações analíticas
Planeamento cuidado, fundamentação da duração do estudo, métodos 
estatísticos
� Seleção dos participantes
Idade, sexo e etnia
� Número de participantes
Garantir validade estatística
� Randomização dos participantes
� Controlo do estudo
Placebo ou controlo positivo
� Adesão dos participantes
� Considerações de dose
Intervalo eficaz (dose menor e maior)
Parâmetros a considerar para garantir validade científica
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� Farmacocinética 
ADME, interações
� Testes de segurança
Monitorização do estado 
de saúde dos participantes
Ensaios clínicos de SA
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Foca-se na evidência epidemiológica 
em humanos (se existe) que suporta o 
papel dos SA no risco, prevenção e 
tratamento de doenças:
Cancro
Lipidémias e doenças cardiovasculares
Síndrome metabólico: obesidade, diabetes e 
hipertensão
Saúde respiratória
Microbioma intestinal
Declínio cognitivo e neurodegeneração
Ca
pí
tu
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Ca
pí
tu
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TECNOLOGIA DE FABRICO
A
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Formas farmacêuticas
Estado final em que as substâncias nutracêuticas se
apresentam ao consumidor, depois de submetidos às
operações farmacêuticas necessárias, a fim de facilitar a
sua administração e a maximizar o efeito fisiológico
desejado.
São constituídas pela substância 
nutracêutica (bioativa) e por 
excipientes ou adjuvantes (inertes 
do ponto de vista farmacológico).
Veiculam uma determinada quantidade 
de substância nutracêutica ao 
organismo - DOSEDOSE
A
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EM
Porquê formas farmacêuticas?
� das condições ambientais adversas como a luz, o oxigénio e a humidade
(comprimidos revestidos)
� da influência destrutiva dos ácidos gástricos
(comprimidos gastro-resistentes)
A utilização criteriosa de excipientes permite não só dar 
forma e volume à forma farmacêutica, facilitando o seu 
manuseamento e administração, mas também:
1. Proteção das substâncias nutracêuticas
2. Mascarar cheiros esabores desagradáveis
(comprimidos revestidos, microencapsulação, edulcorantes)
3. Controlar a libertação da substância nutracêutica
(comprimidos matriciais ou revestidos)
A
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http://www.eufic.org/article/pt/artid/rotulagem-dos-alimentos-alegacoes-
nutricionais-saude/
Preferências dos consumidores em termos de apresentação dos 
suplementos alimentares
Formas farmacêuticas orais 
� facilidade de administração, 
identificação e manuseamento
� mais estáveis que formas 
farmacêuticas líquidas
� pré-doseadas (unitárias)
� dificuldade de deglutição
� menor biodisponibilidade
� maior biodisponibilidade
� fáceis de deglutir 
(crianças e idosos)
� instabilidade de substâncias 
nutracêuticas em solução
� difícil mascarar cheiros e 
sabores
� difíceis de transportar 
� dose dependente do utente
Sólidas
(comprimidos e cápsulas)
Líquidas
(xaropes)
A
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Conceito de biodisponibilidade
A biodisponibilidade de 
uma substância bioativa, 
contida numa forma 
farmacêutica, é definida 
como a quantidade 
absorvida que fica 
disponível no local de 
ação e a velocidade
com que se desenrola o 
processo.
Aspeto quantitativo e 
cinético
Curva de concentração plasmática vs tempo
após administração oral de uma única dose oral
Limiar terapêutico
Limiar tóxico
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Fatores que influenciam a 
biodisponibilidade
� propriedades físico-químicas da substância nutracêutica 
(granulometria, solubilidade, estabilidade, cristalinidade …) e pureza
� via de administração (oral, bucal …)
� forma farmacêutica (pó, comprimido, cápsula, suspensão, solução …)
� excipientes e adjuvantes (tipo e quantidade)
� condições de fabrico (dureza comprimidos) e conservação (humidade)
� momento da administração oral (jejum vs após refeição)
� fatores fisiológicos, patológicos e genéticos
� interação com medicamentos, alimentos ou outros nutracêuticos
A
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d
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I
S
C
S
E
M
Administração oral
A
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http://www.eufic.org/article/pt/artid/rotulagem-dos-alimentos-alegacoes-
nutricionais-saude/
Xarope
Qual será a forma 
farmacêutica mais 
biodisponível?
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Dissolução GI de 
formas farmacêuticas
Processos envolvidos na dissolução de um comprimido no trato GI, 
de modo a que ocorra absorção
� superfície 
exposta aos 
fluidos GI
� velocidade 
de dissolução
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Cedência da substância bioativa
Substância 
bioativa em 
solução
Absorção
A
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Matéria-prima
pós
óleos
A
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Pós e derivados
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EM Cápsulas de gelatina dura
Granulado
Comprimidos
Pós
Comprimidos
Preparações unitárias de consistência sólida, contendo cada 
unidade uma ou mais substâncias nutracêuticas e obtidas por 
compressão de um volume constante de partículas 
(pós ou granulados).
Destinam-se a ser administrados por via oral. Podem ser:
� deglutidos
� mastigados
� dissolvidos ou desagregados na água antes da administração
� destinados a permanecem na boca, aí libertando a substância 
nutracêutica
A
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Comprimidos
O seu tamanho e formato são 
variados, dependendo da matriz e 
dos punções utilizados
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Comprimidos efervescentes
Comprimidos não revestidos em cuja composição entra 
geralmente um ácido e um carbonato capazes de reagirem 
rapidamente em presença da água, libertando dióxido de carbono.
� permitem administração de quantidades maiores 
(±4g)
� dissolução rápida � � biodisponibilidade
� dificuldade de mascarar sabores (edulcorantes)
� suscetíveis à humidade
Destinam-se a serem dissolvidos ou dispersos em água 
antes da administração
A
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Comprimidos mastigáveis
Comprimidos não revestidos de resistência adequada 
por forma a serem quebrados pelos dentes
Normalmente a substância bioativa não se 
dissolve na boca e, portanto, a absorção é 
gastrointestinal
� permitem administração de quantidades maiores (±4g)
� facilita a toma do comprimido
� absorção + rápida por quebra prévia
� dificuldade de mascarar sabores (edulcorantes)
Muito utilizados nas preparações multivitamínicas 
e minerais (ex. Ca e Fe)
A
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Pastilhas
Preparações unitárias sólidas que exibem uma desintegração 
rápida quando chupadas ou deixadas dissolver na boca por 
ação da saliva.
A absorção é bucal e gastrointestinal
� absorção + rápida que comprimidos ou cápsulas
� particularmente adequadas a crianças
� dificuldade de mascarar sabores (edulcorantes)
� estimulação das secreções gástricas
� uso excessivo p/ associação c/ doces
A
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Gomas
Preparações unitárias sólidas cujo excipiente principal é uma goma.
Destinam-se a serem mastigadas sem serem deglutidas, pois 
contêm uma substância cuja dissolução ou dispersão se efetua na 
saliva, enquanto são mascadas
A absorção é bucal e gastrointestinal
�
≈ pastilhas
�
A
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Comprimidos vs cápsulas duras
� mais fáceis de fabricar
� identificação fácil por 
combinação de cores
� incompatibilidade do 
conteúdo com o invólucro
� suscetíveis à humidade
� limitações de tamanho 
em relação à dose 
� encapsulação de sistemas 
multiparticulares
(dissolução + rápida � � biodisponibilidade)
Cápsulas:
A
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Cápsulas
Preparações unitárias de consistência sólida constituídas por um 
invólucro duro ou mole, de forma e capacidade variáveis que 
contêm a substância nutracêutica.
O invólucro é normalmente constituído por 
gelatina, cuja consistência pode ser 
ajustada por adição de glicerina ou sorbitol.
O conteúdo das cápsulas pode ser sólido, 
líquido ou pastoso.
O invólucro é degradado pela ação dos sucos digestivos, daí 
resultando a libertação do conteúdo
A
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Cápsulas de gelatina dura
O invólucro é constituído por duas partes cilíndricas abertas numa 
das extremidades, cujo fundo é hemisférico.
As substâncias nutracêuticas (geralmente pós ou granulados) são 
introduzidos numa das partes e depois a 2ª encaixa na 1ª.
Podem ser gravadas e o fecho pode ser reforçado.
Formulações de grânulos, 
pós, líquidos, semissólidos 
ou mini-comprimidos podem 
ser usados sozinhos ou em 
combinação
A
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Cápsulas de gelatina mole
� mais fáceis de deglutir que as de gelatina dura
� encapsulação de produtos oleosos ou líquidos
� encapsulação total e proteção da oxidação e 
volatilização
O invólucro é mais espesso que o das cápsulas duras e é 
constituído por uma só parte que pode apresentar diversas formas.
Geralmente os invólucros são formados, cheios e fechados durante 
um único ciclo de fabrico, incluindo a substâncianutracêutica.
� mais difíceis de produzir que cápsulas duras
A
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Licaps™
Cápsulas de gelatina dura destinadas a 
encapsular líquidos, principalmente óleos.
� devido à ausência de plastificante no 
invólucro, mais estanques que as de 
gelatina mole
� mais eficazes a mascarar odores
ex. óleos de peixe, alho
� maior estabilidade das substâncias nutracêuticas frente à oxidação
ex. resveratrol
� tecnologia de fabrico mais fácil
(≈ à das cápsulas convencionais + selagem)
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FORMULAÇÃO
Exemplos práticos
CoQ10
A
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EM
Hidrófobo, pouco solúvel em água
Massa molecular elevada
Biodisponibilidade oral limitada
Caro
■ Aumento da hidrofilia
■ Recurso a FF de base lipídica 
(cápsulas de gelatina mole, SEDDS, nanocristais)
Estratégias:
Coenzyme Q10 oral bioavailability: effect of formulation type
https://link.springer.com/article/10.1007/s40005-013-0101-4
CoQ10-WS™
O aumento da solubilidade em água do CoQ10, melhora a sua 
biodisponibilidade em comprimidos e cápsulas
A
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Absorção CoQ10
A
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EM
Coenzyme Q10 oral bioavailability: effect of formulation type
https://link.springer.com/article/10.1007/s40005-013-0101-4
Flavonas
A
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Longevinex™
Extrato de vinho tinto encapsulado 
em Licaps™, opacas e produzidas em 
atmosfera de azoto para minimizar a 
oxidação durante a produção
Por ação da luz, calor e 
oxigénio o resveratrol 
passa à conformação 
cis, inativa
Desta forma, a atividade biológica do 
resveratrol é mantida
A
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Formas farmacêuticas de 
biodisponibilidade modificada 
A utilização de polímeros naturais e sintéticos no 
desenvolvimento de formas farmacêuticas permite controlar a 
velocidade, a extensão, a duração e o local de libertação das 
substâncias nutracêuticas.
Pode ser conseguido através da utilização de revestimentos
(filmes) ou de matrizes poliméricas.
Pílulas e cápsulas com revestimento 
gastro resistente para proteção da 
substância nutracêutica da ação dos 
sucos gástricos
A
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Filmes e matrizes poliméricas
Sistemas de 
Reservatório
Membrana polimérica
Núcleo de 
substância 
bioativa
Substância bioativa 
dispersa no seio de 
uma matriz polimérica 
insolúvel
Sistemas 
Matriciais
A
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Cápsulas probióticas
O revestimento gastro resistente das cápsulas protege as bactérias probióticas da 
acidez gástrica, permitindo que atinjam o local de ação (intestino) na forma viável.
Supplement Facts
Serving Size: 1 Capsule Servings per container: 60
Amount Per Serving
Probiotic Bacteria
4.4 Billion
Organisms
L. rhamnosus R0011 (15.4%) 680 Million
L. casei R0215 (15.4%) 680 Million
L. plantarum R1012 (7.7%) 340 Million
L. acidophilus R0052 (15.4%) 680 Million
B. longum BB536 (morinaga strain) (15.4%) 680 Million
B. breve R0070 (7.7%) 340 Million
Pediococcus acidilactici R1001 (15.3%) 670 Million
Lactococcus diacetylactis R0100 (7.6%) 330 Million
A
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Comprimidos probióticos
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Proteção gástrica e libertação
controlada dos probióticos e FOS 
� Formulação deve ter um teor elevado 
de bactérias probióticas viáveis 
(>30 biliões CFU/unidade)
� FF gastro resistente
� FF resistente à humidade
� Acondicionamento em blister e 
atmosfera inerte
Importante:
In vitro gastric survival of commercially available probiotic strains and oral dosage forms 
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijpharm.2017.01.019 A
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Enzimas
Digestivas
SistémicasA
p
li
ca
çõ
e
s
• degradação no trato GI 
(pH, enzimas digestivas)
• incapacidade de atravessar barreiras epiteliais
(↑ MM)
???
• suplementos alimentares contendo enzimas 
podem reduzir problemas associados com a digestão
ex. deficiência em proteínas digestivas como a lactase 
� dependem de fornecimento exógeno da enzima.
Devido à instabilidade das proteínas, um dos maiores desafios é a 
formulação, de forma a manter a atividade enzimática do produto e a 
capacidade de evitar o pH gástrico (gastro resistência)
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Alho (Allium sativum, L.)
Aliina (3-S-alilsufinil-l-alanina)
CH2=CHCH2SOCH2CHNH2COOH
Aliinase
Alicina (éster S-alil do ácido tio-2-
propene-1-sulfínico)
CH2=CHCH2SOCH2CH=CH2
Por ação mecânica ou exposição 
ao ar/água, a aliinase é ativada, 
com formação de alicina, a 
substância bioativa.
Instável a pH < 3,5
Ativa 30-40´
� Formulação deve ter um teor elevado 
de aliinase
� FF gastro resistente
� FF desintegração rápida (< 30’ )
Importante:
A
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Biodisponibilidade-sinergia
A
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Vit. C na promoção da absorção do ferro
Cápsulas de gelatina mole contendo lípidos 
para promoção da absorção do licopeno
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Microencapsulação
Microcápsulas são partículas minúsculas que 
contêm no núcleo um agente bioativo, rodeado 
por uma ‘cápsula’ ou revestimento
Ø 300 µm
Gotículas de 
óleo (1µm)
Matriz
Revestimento 
(amido)
� converter líquidos em sólidos
� encapsulação total e proteção
� mascarar cheiros e sabores
� controlar a libertação da substância 
nutracêutica e alterar 
biodisponibilidade
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Actilease®
A
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– Carotenóides –
mto sensíveis à luz, 
temp. e oxigénio
Fitoesteróis/fitoestanóis
Os fitoesteróis e os fitoestanóis, graças ao seu efeito hipolipidémico, 
têm sido formulados em nutracêuticos na forma de cápsulas duras, 
moles e comprimidos.
No entanto, e uma vez que estes são de natureza cristalina e muito 
insolúveis, não é linear que a sua veiculação em formas orais sólidas 
seja tão eficaz como na matriz lipídica dos alimentos que os contêm.
A adição de lecitina à formulação, ao exercer 
um efeito de solubilização (micelização) e 
anti-cristalinização aumenta a eficácia dos 
estanóis e esteróis, por melhorar a sua 
absorção GI.
lecitina
esteróis/estanóis
A
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Exemplos de outras FF
A
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Soluções
Strips / filmes orais
Pensos transdérmicos
Substância 
bioativa
Escolha da forma farmacêutica
� Preferências do consumidor 
(crianças, idosos – ‘fadiga do comprimido’)
� Propriedades físico-químicas da SN 
(hidro-/lipossolúvel)
� Estabilidade da SN 
(higroscopia, oxidação, hidrólise…)
� Maximizar biodisponibilidade da SN
(absorção, gastro-resistência, libertação prolongada…)
� Custo 
� Diferenciação do produto
(inovar para conquistar mercado)
A
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Embalagem
Importante considerar a embalagem uma vez 
que esta influencia a estabilidadedo 
nutracêutico
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INFORMAÇÃO E 
ACONSELHAMENTO
A
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Informação e aconselhamento
Consumidor
Médico Outros
Enfermeiro
Farmacêutico
A
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Nutricionista
A
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Problemas – eficácia e segurança
• Ineficácia
• Eficácia não estabelecida
• Ausência das SN de todo, 
ou na dose indicada no rótulo
• Reações adversas / interações
• Constituintes / contaminantes tóxicos 
• Fármacos
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Aconselhamento
Considerações
A
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� Evidencia que suporte o uso do SA
� Possíveis interações com medicamentos ou outros SA
� Efeitos secundários associados com o SA
� Condições de saúde em que o SA não deva ser utilizado
� Grupo populacional − gravidez ou aleitamento; crianças
� Como tomar (dose, horário, duração da toma) e armazenar 
o SA adequadamente
Should We Take a Multivitamin
Some Dietary Supplements May Be 
More Than a Waste of Money
A
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http://www.eufic.org/article/pt/artid/rotulagem-dos-alimentos-alegacoes-
nutricionais-saude/
Grupo da população Nutrientes
Pessoas com idade superior 
a 50 anos
Vitamina D, vitamina B12, folato
Pessoas idosas debilitadas podem 
eventualmente beneficiar da toma de um 
suplemento multivitamínico
Mulheres em idade fértil Ácido fólico, vitamina D e possivelmente 
ferro
Crianças com idade inferior 
a 5 anos
Vitamina A, vitamina C, vitamina D, 
apesar das crianças com bom apetite e 
que consomem uma grande variedade de 
alimentos não necessitarem
Mulheres a amamentar Vitamina D
Pessoas de pele escura, que 
usam roupas que cobrem toda a 
superfície corporal ou que estão 
institucionalizadas
Vitamina D
Vegans Vitamina B12, vitamina D2
http://www.eufic.org/article/pt/nutricao/vitaminas-minerais-e-
fitonutrientes/artid/Food_supplements_who_needs_them_and_when/
Exemplos de grupos populacionais que requerem 
aconselhamento específico sobre suplementos alimentares
Vitamina D
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50-70% dos europeus apresentam deficit de vitamina D
O seu aporte depende da ingestão alimentar mas também 
da exposição solar
Importante aconselhar a suplementação aos indivíduos dos 
países do Norte da Europa
No RU, Irlanda, Suécia e Holanda já há recomendações de 
suplementação da população, apesar de serem necessários 
mais estudos nesta área.
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β-Caroteno
A
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Há evidência que os fumadores devem ser cautelosos na toma 
de certos SA, particularmente de doses elevadas de β-caroteno.
http://www.efsa.europa.eu/fr/efsajournal/doc/2953.pdf
A EFSA analisou as 
evidências nesta área e 
concluiu que a exposição 
em doses inferiores a
15 mg/dia é segura para 
a população em geral e 
os fumadores em 
particular.
A
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Ferro
Ácido fólico
Vitamina A 
(retinol)
Baixos níveis de ingestão de ferro em mulheres 
jovens associados ao aumento do risco de 
nascimento de bebés com baixo peso, deficiência em 
ferro e atraso no desenvolvimento cerebral 
Toma de ácido fólico antes da conceção e durante as 
primeiras doze semanas de gravidez é aconselhada 
para reduzir riscos de defeitos do tubo neural, 
designadamente espinha bífida
Podem ser perigosos e causar defeitos no feto se 
doses recomendadas forem ultrapassadas
(atenção ao aporte na dieta; 
ex. óleos de fígado de peixes)
Gravidez
A
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http://www.eufic.org/article/pt/artid/rotulagem-dos-alimentos-alegacoes-
nutricionais-saude/
• Gingko biloba
• Alho
• Ginseng
• Óleos de peixe/óleo de onagra
• Dong quai *
• Matricária
• Açafrão
Hemorragias
• Efedra
• Alho
Risco 
cardiovascular
• Kava-kava
• Hipericão *
• Valeriana
Sedativos (podem 
prolongar anestesia)
• Alcaçuz
• Hipericão *
• Kava- kava
• Valeriana
• Equinácea
• Hidraste
Interação com 
fármacos
* Aumentam fotossensibilidade – atenção a cirurgia laser (pele)
Cirurgia - Riscos
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http://www.eufic.org/article/pt/artid/rotulagem-dos-alimentos-alegacoes-
nutricionais-saude/Aconselhar 
(doente/consumidor)
Conhecer
Avaliar
MonitorizarReportar
Comunicar
� identificar utilizadores de SA
� falar abertamente sem julgar ou 
confrontar (confiança)
� discutir risco /benefício 
relativamente a terapias 
convencionais
� profundamente os diversos aspetos 
(regulamentar, eficácia/segurança, 
qualidade) dos SA
� antecipar reações adversas / 
interações
� reconhecer que nem todos os 
SA são iguais e muitos possuem 
combinações de substâncias
� pesquisar em fontes fidedignas, 
se desconhecido
� resposta do consumidor ao SA� eventos adversos
Diversos aspetos da participação dos profissionais de saúde no 
aconselhamento respeitante a SA

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