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ARTIGO FERNANDA

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A POLÍTICA JURÍDICA COMO SUPORTE DO DIREITO DO TRABALHO, 
 FRENTE AOS NOVOS CONTORNOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO 
 DIANTE DOS AVANÇOS TECNOLÓGICOS 
 
Fernanda Pereira1 
Josemar Soares2 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO. 1 Globalização: avanço tecnológico e as novas formas de trabalho. 
2 Política jurídica: conceitos e fundamentos. 2.1 Politica jurídica e o jusnaturalismo. 
2.2 Politica jurídica e o normativismo. 2.3 Política jurídica e o empirismo. 2.4 Política 
jurídica e o culturalismo. 3 Política jurídica: suporte para o direito do trabalho e as 
novas formas de trabalho. 3.1 Breve histórico do direito do trabalho no Brasil. 3.2 O 
direito do trabalho e as novas formas de trabalho. 3.3 A Politica jurídica e o direito do 
trabalho. Considerações finais. Referências de obras citadas. 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho decorre das inúmeras discussões surgidas a respeito dos novos 
contornos da relação de emprego a partir do processo de globalização e dos 
avanços tecnológicos e qual o papel da política jurídica como mediadora dos 
conflitos referentes às novas formas de trabalho diante da legislação trabalhista. 
Abordou-se, inicialmente, a figura do Estado diante da modernização das relações 
de trabalho e do avanço tecnológico, incluindo as mudanças no modo de produção e 
nas relações de trabalho, além das novas formas de trabalho e do novo trabalhador 
surgidos desse avanço tecnológico; a política jurídica, seus conceitos e fundamentos 
diante das teorias jusnaturalistas, normativistas, empiristas e culturalistas e para 
finalizar abordou-se o direito do trabalho e qual o papel da política jurídica em 
orientá-lo nas questões com as novas formas de trabalho que surgiram com os 
avanços tecnológicos. Concluiu-se pela necessidade de buscar na politica jurídica a 
adequação da postura do Estado. Por fim, fundamentou-se a importância da política 
jurídica na construção do Estado Constitucional pois a mesma permite romper 
dogmas inerentes ao positivismo jurídico. A politica jurídica como suporte do direito 
do trabalho frente aos conflitos gerados pelas novas formas de trabalho e a atual 
legislação trabalhista. 
 
Palavras-chave: Avanço Tecnológico. Direito do Trabalho. Globalização. Política 
Jurídica. 
 
 
1
 Pós graduanda do curso de pós graduação em Direito Previdenciário e Direito do Trabalho, Turma 
IV, Univali. nandapereira2004@hotmail.com 
2
 Professor Doutor do Curso de Pós Graduação em Direito Previdenciário e Direito do Trabalhoda 
Univali. alunos.jsoares@gmail.com 
INTRODUÇÃO 
 
A contemporaneidade produziu efeitos múltiplos sobre todos os segmentos da vida 
social. As novas tecnologias impuseram um novo ritmo ao entendimento econômico, 
sociológico e político, transformando profundamente a sociedade. Não foi diferente 
no aspecto jurídico, sobretudo no que diz respeito ao Direito do Trabalho. O avanço 
tecnológico propiciou uma real e efetiva transformação das relações trabalhistas, 
reordenando o sistema, quebrando com paradigmas, impondo novos desafios. As 
perspectivas se tornaram diferentes diante das novas e plurais situações que 
ocorrem a partir de determinado período, que se estendem até hoje e já são parte da 
cultura social. Diante de um contexto cada vez mais moderno e exigente, as 
indagações acerca do tratamento que se deve dar a esses novos fenômenos são 
cada vez mais pertinentes. Como resultado dessa problemática, surge no horizonte 
a necessidade do debate intenso e propositivo, no sentido de dotar o Direito do 
Trabalho do senso crítico e necessário para sua constante modernização. Para 
tanto, a presente pesquisa se propõe a desenvolver um estudo crítico acerca das 
novas formas de trabalho propiciadas pelos avanços tecnológicos. Destacam-se, 
sobretudo, e de maneira sempre aberta, as possibilidades da utilização da política 
jurídica como suporte a tais novas tendências. Nesse sentido, é possível desenhar 
um novo caminho que seja efetivo no trato de tais questões, ao levantar um debate 
que culmine no apontamento de novas perspectivas. O estudo propõe uma divisão, 
e a realiza, de modo a entender contextualmente as diversas situações das normas 
trabalhistas, as relações de trabalho, os avanços tecnológicos e, de maneira 
significativa, as implicações da modernidade sobre tais relações. Sob essa ótica, 
primeiramente será abordado os avanços tecnológicos e as novas formas de 
trabalho. Intenta-se dimensionar a formação das novas formas trabalhistas, nos 
moldes atuais, a partir das diferentes composições que a formam. Em segundo 
plano há um espaço dedicado ao estudo da Política Jurídica. A partir de sua 
conceituação e sua fundamentação, tal espaço estará comprometido à realização de 
uma abordagem ampla, capaz de demonstrar as bases da política jurídica sob 
diferentes aspectos teóricos: jusnaturalismo, normativismo, empirismo e 
culturalismo. Por fim, o presente estudo intentará conjugar as possibilidades da 
política jurídica com o Direito do Trabalho, tratando de ambientar as recentes 
modificações na estrutura das relações de trabalho sob o crivo de uma nova e real 
possibilidade de aprimoramento. 
 
1 GLOBALIZAÇÃO: AVANÇO TECNOLÓGICO E AS NOVAS FORMAS DE 
TRABALHO 
 
Para um melhor entendimento acerca das dimensões estruturais da 
modernidade a partir do fenômeno da globalização e do avanço tecnológico no 
mundo capitalista, é pertinente discutir a problemática do mundo do trabalho e suas 
novas formas na atual conjuntura, uma análise do contexto histórico e as 
consequências das mudanças porque tem passado a dimensão do trabalho. 
 
De acordo com Bastos3, várias foram as razões que colaboraram para a 
eclosão do movimento da globalização. Todo o esforço feito no passado no intuito 
de diminuir a distância existente entre os homens acaba por parecer pouca coisa 
diante das transformações ocorridas nas duas últimas décadas por força da 
aproximação resultante das comunicações e do intenso comércio. 
 
No entendimento de Guerra4, a revolução tecnológica, que facilitou a 
comunicação mundial, encurtando as distâncias entre os povos, é apontada como 
grande causadora das mutações ocorridas no final do Século XX, e forte propulsora 
do movimento da globalização. 
 
O avanço tecnológico foi muito importante para crescimento da 
globalização. Conforme Neto, “sem dúvida o desenvolvimento da automação, 
sobretudo através das suas principais técnicas de robotização e computadorização, 
revolucionou não só o mercado de trabalho e da indústria, mas a sociedade como 
um todo”5. 
 
 
3
 BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Econômico. São Paulo: Celso Bastos Editora, 2003, p. 85. 
4
 GUERRA, Sidney. Soberania e Globalização – O fim do Estado – nação?. In GUERRA, Sidney; 
SILVA, Roberto L (Coord.). Soberania: Antigos e Novos Paradigmas . Rio de Janeiro:Freitas Bastos, 
2004, p. 334. 
5
 NETO, José Afonso Dalegrave. Transformações das relações de trabalho à luz do neoliberalismo. 
In: COUTINHO, Aldacy Rachid. Transformações do Direito do Trabalho. Curitiba: Juruá, 2002, p. 56. 
A globalização produziu intensa influência nas relações de trabalho, tendo 
em vista que o movimento do mercado a nível universal teve um ímpeto 
expansionista. As novas formas de concorrência comercial exigiram das empresas 
um nível maior de produtividade, alinhado com uma oferta mais qualitativa dos 
produtos e serviços e da redução dos custos, o que afetou a dinamicidade da 
questão do trabalho. 
 
Daquilo que pode ser denominada como sociedade globalizada, pode-se 
destacar que as mudanças da contemporaneidade implicaram na implementação 
das modernas tecnologias porparte das empresas, reestruturando os métodos de 
trabalho. Na medida em que a necessidade das organizações muda, o ciclo da mão 
de obra também se transforma, evidenciando que o processo da globalização 
também atinge o emprego, de modo que a diminuição dos postos de trabalho, efeito 
desse fenômeno, dá origem ao desemprego estrutural. 
 
Essas mudanças acabaram fazendo com que as empresas recorressem a 
formas de trabalho diversas dos contratos tradicionais (contrato de trabalho com 
vínculo de emprego, prazo indeterminado, etc..), donde surgem as novas formas de 
contratação. 
 
De acordo com Robortella, 
 
[...] o emprego tradicional deixa de ser a modalidade contratual modelo de 
prestação de serviços, uma vez que se ampliam as formas de contratação. Cita 
como exemplo, o aumento da utilização da locação de serviços, da empreitada e 
da subcontratação. Ressalta, ainda, que tal realidade acaba por valorizar os 
contratos civis, ensejando a “retomada do diálogo entre o direito do trabalho e o 
direito civil”
6
. 
 
Para Proscursin7, tais situações traduzem-se na flexibilização das 
relações de trabalho, a qual, dentre outras, implica terceirizações, parcerias, fusões 
e incorporações no tocante à relação “produto-processo-mercado”. Em continuidade 
o autor comenta: 
 
6
 ROBORTELLA, Luiz Carlos Amorin. Prevalência da Negociação Coletiva Sobre a Lei. São Paulo: 
LTr, v.64, n° 10, out 2000, p. 1237. 
7
 PROSCURCIN, Pedro. O fim da subordinação clássica no direito do trabalho. Revista LTR, v. 65, 
n°.03, mar 2001, p. 287. 
O impacto dessas mudanças atingiu direta e duramente os trabalhadores. Como é 
sabido, todas essas alterações tecnológicas reduziram mão-de-obra. Por 
paradoxal que seja, exatamente a mão-de-obra ganhou uma importância jamais 
vista no mundo do trabalho. Os sistemas de produção e serviços dependem 
totalmente da inteligência do pessoal
8
. 
 
Esta nova realidade faz com que ocorram as mudanças, fazendo surgir 
novas relações de trabalho, que exigem conhecimento, técnica e criatividade do 
trabalhador, ensejando uma nova divisão do mercado de trabalho, segundo ressalta 
Robortella9, as novas tecnologias igualmente estimulam diferenciação, dividindo o 
mercado de trabalho entre os que detêm e os que não detêm conhecimento. Vive-se 
a sociedade da informação: na atualidade esta é que agrega valor, gerando trabalho 
e renda. 
 
Novos empregos surgem em torno do conhecimento. Tanto é assim, que 
se tem definido o período atual como período pós-industrial de atividades 
intelectuais valorizadas, denominado como a Era do Conhecimento. 
 
A informação é o centro dessa nova revolução, pois o diferencial entre os 
produtos não é mais a sua rapidez na distribuição ou o preço que atinge no final da 
cadeia produtiva. De acordo com Bortolotto10, como todas as empresas têm acesso 
a informações muito similares, o diferencial atual está no conhecimento, com a 
finalidade de colocar o produto final em uma posição superior à de seus 
concorrentes. 
 
No entendimento de Ferreira11, surge com o avanço tecnológico, a 
possibilidade do trabalho a distância, no qual o trabalhador, com o uso da 
informática, não necessita desenvolver sua atividade num local específico. O 
trabalho a distância é um gênero, do qual surgem várias espécies, como o trabalho 
 
8
 PROSCURCIN, Pedro. O fim da subordinação clássica no direito do trabalho. Revista LTR, v. 65, 
n°.03, mar 2001, p. 287. 
9
 ROBORTELLA, Luiz Carlos Amorin. Prevalência da Negociação Coletiva Sobre a Lei. São Paulo: 
LTr, v.64, n° 10, out 2000, p. 1238. 
10
 BORTOLOTTO, Christyanne Regina. Breve Histórico da Figura do Trabalhador. In: COUTINHO, 
Aldacy nRachid e outros (coord.). Direito do Trabalho & Direito Processual do Trabalho (Temas 
Atuais). Curitiba: Juruá, 2000, p. 185. 
11
 FERREIRA, Cristiane Carvalho Burci. O papel do estado nas novas relações de trabalho surgidas a 
partir da globalização e do avanço tecnológico. Dissertação apresentada a Universidade de Marília, 
2006. Disponível em: www.unimar.br/pos/trabalhos/.../43362227df9d7616eee7f777397afcdc. Acesso 
em: 25 jan. 2014. 
em domicílio e o teletrabalho, que é exercido necessariamente fora da empresa, 
podendo se dar total ou parcialmente distante da mesma sob utilização de 
tecnologia pesada. Os principais tipos de teletrabalho, são: em domicílio, em 
telecentros e nômades. 
Para Robortela12, comenta que o trabalho, pode, então, não mais se 
concentrar em um único local, conforme ocorria na indústria clássica, aquela em que 
se reuniam os trabalhadores em torno de um ou poucos locais para a execução do 
trabalho. É a desconcentração do processo produtivo que enseja as novas 
atividades, desligadas da unidade empresarial. 
 
Conforme Ferreira13, com a informática, surge ainda o comércio eletrônico 
ou virtual, que corresponde à venda de produtos via Internet ou telefone 
(telemarketing), cuja atividade demanda profissionais aptos a estabelecerem a 
ligação entre o consumidor e o produto oferecido para venda. 
 
Nesse sentido, novos modelos de contrato são desenvolvidos, mais 
flexíveis, frente ao esvaziamento das típicas relações laborais em face de uma 
realidade cada vez mais modificada. 
 
Conforme Mannrich14, algumas das novas formas de trabalho: 
 
a) Contratos atípicos, com preferência aos de prazo determinado e jornada 
parcial. Além disso, avança o teletrabalho e o trabalho temporário. 
b) Trabalho autônomo, há uma grande quantidade de falsos trabalhadores 
autônomos, que na verdade são empregados sem registro, obrigados a 
constituir sociedades empresariais ou integrar sociedades cooperativas. No 
Direito do Trabalho, prevalecem princípios de proteção e o denominado 
contrato realidade, apesar das críticas. Em consequência, não basta celebrar 
contrato de prestação de serviços ou empreitada, se presentes os requisitos 
 
12
 ROBORTELLA, Luiz Carlos Amorin. O moderno Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 1994, p. 136. 
13
 FERREIRA, Cristiane Carvalho Burci. O papel do estado nas novas relações de trabalho surgidas a 
partir da globalização e do avanço tecnológico. Dissertação apresentada a Universidade de Marília, 
2006. Disponível em: www.unimar.br/pos/trabalhos/.../43362227df9d7616eee7f777397afcdc. Acesso 
em: 25 jan. 2014. 
14
 MANNRICH, Nelson. Empregabilidade, ocupação e novas formas de trabalho. Revista da 
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. v. 100 p. 103-119 jan./dez. 2005, p. 104. 
da relação de emprego, em especial a subordinação, enquanto não se 
reformar o atual ordenamento. 
c) terceirização Por meio da terceirização, as empresas concentram-se em sua 
atividade ou "foco" e, assim, tornam-se mais competitivas, pois reduzem 
custos com produção e aumentam a qualidade de seus produtos. Muitas 
vezes tais objetivos são escamoteados, ocorrendo apenas redução de custos 
com mão-de-obra. Para o Direito do Trabalho, a terceirização, mais do que 
simples vantagem econômica ou melhora no processo de gestão da 
produção, restringe-se à questão da responsabilidade, nos termos do 
Enunciado 331, do TST. Ou seja, sempre responde pelos direitos dos 
trabalhadores terceirizados o seu empregador. Excepcionalmente, o próprio 
tomador dos serviços será responsabilizado, seja na ocorrência de 
intermediação ilegal de mão-de-obra, seja pelo inadimplemento das 
obrigações trabalhistas por parte da empresa contratada. 
d) Trabalho temporário Regulado pela Lei n. 6.019/74, poderá a empresa 
utilizar-se de trabalhador temporário para substituiçãoeventual de pessoal 
permanente 011 para enfrentar acréscimo extraordinário de pessoal, em 
situações de pico de produção ou venda. O contrato tem duração máxima de 
três meses, com possibilidade de prorrogação por período idêntico, 
assegurados alguns direitos, inclusive o FGTS. Não há registro em carteira. 
Trata-se de intermediação legal de mão-de-obra e uma das mais utilizadas 
formas de trabalho atípico15. 
 
Na busca de atualização e competitividade no mercado, as empresas 
buscam se reestruturar, característica básica do próprio homem e do capitalismo em 
que se vive. 
 
2 POLÍTICA JURÍDICA: CONCEITOS E FUNDAMENTOS 
 
Ao iniciar a análise do tema, importa ressaltar a falta de coincidência nos 
conceitos propostos para definir positivamente o que é Política Jurídica. Conforme 
Oliveira, “há desencontros nos elementos constitutivos da definição entre os 
 
15
 MANNRICH, Nelson. Empregabilidade, ocupação e novas formas de trabalho. Revista da 
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo v. 100 p. 103-119 jan./dez. 2005, p. 106. 
diversos investigadores que deram início à sistematização dos conceitos afins e 
entre os que têm desenvolvido o núcleo de cientificidade até agora alcançado”16. 
 
Ainda que se reconheça forçosamente a existência de uma pluralidade de 
conceitos para a Política Jurídica, isso não pode constituir empecilho para o seu 
estudo. Segundo Melo, pode-se abordar a Política Jurídica como a disciplina a qual 
"cabe buscar o direito adequado a cada época, tendo como balizamento de suas 
proposições os padrões éticos vigentes e a história cultural do respectivo povo"17. 
Em continuidade o autor defende que a política jurídica é o elo entre a ação humana 
e a persecução de uma forma de adequação da norma vigente aos anseios do 
cidadão, transformando-a num elemento útil e positivado, afeto às necessidades e 
interesses sociais. 
 
Pode-se conceber que uma atuação político-jurídica é aquela em que haja 
o comprometimento com os anseios jurídicos e sociais, da qual provêm alguns 
importantes instrumentos como a revogação, correção ou proposição de uma norma 
jurídica. Desse modo, os critérios de investigação jurídica devem considerar os 
pressupostos axiológicos que estejam diretamente relacionados ao que se refere à 
procura do “justo” e do “socialmente útil”, baseando- se nesses princípios como 
elementos fundamentais da construção de um Direito que tenha eficácia, tão 
desejado pela sociedade. 
 
O objeto da política jurídica é elementarmente o direito. A aplicação do 
direito, a partir do conjunto estratégico que visa adequar a norma aos valores da 
sociedade, torna-se o ponto chave de tal política. Os elementos sociais são 
decisivos nesse processo na medida em que os julgamentos de valor opinativo 
social, suas questões culturais, ensejam a evolução jurídica sob os aspectos que 
apresenta. 
 
Na tentativa de conceituara política jurídica, é cabível considerar 
elementos das teorias jusnaturalistas, normativistas, empiristas e culturalistas. 
 
16
 OLIVEIRA, Gilberto Callado. Filosofia da Política Jurídica. Itajaí: Editora da Univali, 2001, p. 41. 
17
 MELO, Osvaldo Ferreira de. Temas atuais de política do direito. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris 
Editor, 1998, p. 80. 
2.1 Politica jurídica e o jusnaturalismo 
 
Para o jusnaturalismo a política jurídica pode ser caracterizada pela busca 
e imposição do direito em dogmas de uma justiça natural transcendente e conectada 
com os conceitos de moral cristã. 
 
No entendimento de Japiassú e Marcondes18, o direito natural é aquele 
que resulta da própria natureza do homem, superior a toda convenção ou legislação 
positiva [...]. Assim, para os teóricos do direito natural, o direito é o conjunto das leis 
necessárias, universais, deduzidas pela razão da natureza das coisas e que serviria 
de fundamento para o direito positivo. 
 
De acordo com Perez, a Política Jurídica como o instrumento pelo qual se 
produz a adequação dos meios aos fins na persecução da regulação da vida 
humana por meio do direito. E propõe para ela uma função de “propugnar pela 
substituição paulatina dessa massa legislativa por simples declarações de princípios, 
ficando a regulamentação destes a cargo dos instrumentos contratuais”19. 
 
Em continuidade Melo, acrescenta que para o jusnaturalismo a Política 
Jurídica teria, dentre outras, a função de “influir na clareza e na beleza das leis”. 
 
2.2 Politica jurídica e o normativismo 
 
Já para os normativistas somente a norma válida faz algo ser jurídico. Na 
concepção de Neves (1987) o normativismo é a “concepção do direito como sistema 
de normas escalonadas, sustentada pela teoria pura do direito”. Baseado na escola 
positivista que propôs fundamentar a norma como referência científica para o Direito 
e como limite para o controle social desempenhado pelo Estado20. 
 
18
 JAPIASSÚ, Hilton. Marcondes, Danilo. Dicionário básico de filosofia. 2ª reimpressão 4º ed. atual. 
Rio de Janeiro: Zahar, 2011. 
19
 Apud MELO, Osvaldo Ferreira de. Temas atuais de política do direito. Porto Alegre: Sérgio Antonio 
Fabris Editor, 1998, p. 28. 
20
 OLIVEIRA, Daniel Natividade Rodrigues de; MATTOS, Fernando Pagani; FILETI, Narbal Antônio 
Mendonça; ZART, Ricardo Emilio. Política jurídica: política, democracia e Estado. Mestrandos do 
Programa de Mestrado em Ciência Jurídica da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. 2006. 
 isponível em .boletimjuridico.com.br doutrina eoria eral do ireito . Acesso em: 05 fev. 
2014. 
Dessa forma, para Melo21, a concepção de que só a norma formalmente 
válida faz algo ser jurídico, é essencial na dogmática Kelseniana e assim, fora do 
exame das normas, nada mais poderia importar ao renomado juscientista. Todavia, 
Kelsen reconhece a existência da política jurídica atuando paralelamente com o 
normativismo, distinguindo direito e justiça. Para Kelsen (1979, p. 90), entretanto, “o 
direito positivo não vale pelo fato de ser justo ou pelo fato de sua prescrição 
corresponder a uma norma de justiça”22. 
 
De acordo com a observação de Melo, 
 
[...] na expressão de Kelsen costumeiramente se reconhece a delimitação do 
campo de interesse da teoria do direito, porém, há aí muito mais que isso, a 
concomitante delimitação do campo de interesse da Política Jurídica. Caberia à 
Política Jurídica ocupar-se justamente do que escapava da esfera de abrangência 
da teoria do direito e ao mesmo tempo constituía seu elemento perturbador, qual 
sejam as considerações de cunho axiológico
23
. 
 
É evidente, nesse sentido, que há a acepção normativista da Ciência 
Jurídica, o que gera vínculos com a percepção da noção de direito que deva ser o 
adequado. O sentido da definição de Kelsen é devidamente aplicado nesse 
exemplo, sobretudo no objeto de definição da política jurídica como uma disciplina 
não científica, que se limita ao sentido do direito que deve ser e de como ele deve 
ser feito24. 
 
2.3 Política jurídica e o empirismo 
 
A doutrina empirista, pode ser entendida como uma teoria do 
conhecimento segundo a qual todo conhecimento humano deriva, direta ou 
indiretamente, da experiência sensível externa ou interna. Para Oliveira et al.25, [...] o 
 
21
 Apud MELO, Osvaldo Ferreira de. Temas atuais de política do direito. Porto Alegre: Sérgio Antonio 
Fabris Editor, 1998, p. 29. 
22
 Apud MELO, Osvaldo Ferreira de. Fundamentos da política jurídica. Porto Alegre: Sérgio AntonioFabris Editor, 1998. p. 30. 
23
 MELO, Osvaldo Ferreira de. Temas atuais de política do direito. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris 
Editor, 1998, p. 34. 
24
 OLIVEIRA, Daniel Natividade Rodrigues de; MATTOS, Fernando Pagani; FILETI, Narbal Antônio 
Mendonça; ZART, Ricardo Emilio. Política jurídica: política, democracia e Estado. Mestrandos do 
Programa de Mestrado em Ciência Jurídica da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. 2006. 
Disponível em .boletimjuridico.com.br doutrina eoria eral do ireito . Acesso em: 05 fev. 
2014. 
25
 Idem. 
Empirismo, sobretudo o de Locke e de Hume, demonstra que não há outra fonte do 
conhecimento senão a experiência e a sensação. 
 
O Empirismo, também apresentou uma perspectiva de apreciação da 
Política do Direito, a relação de causalidade, causa-efeito como fundamento da 
perspectiva científica. Conforme Oliveira26, no campo da Sociologia Jurídica, esta 
relação de causalidade se instala na perspectiva de “conexão causal entre a 
aprovação das normas e a conduta humana”, que se converte no fundamento 
teórico do pensamento de Ross. Segundo Melo, 
 
Esta perspectiva de estudos, onde interagem sociedade e ordenamento, em uma 
relação de mútua determinação promove indagações sobre a validade, 
funcionalidade e eficácia do sistema jurídico, que interessam não só à Ciência do 
Direito, mas também à Política Jurídica. Ademais, a perspectiva do Sociólogo 
Jurídico que é de observar o sistema desde fora, amplia a visão e melhora a 
compreensão do fenômeno jurídico, compondo ferramenta de larga importância 
para o Político Jurídico
27
. 
 
Dessa maneira, o experimento é a base fundamental do empirismo e traz 
a causa-efeito como fundamento da perspectiva científica. Entretanto, um dos 
expoentes do empirismo, Ross, apresenta uma abordagem reducionista da Política 
Jurídica, considerando-a mera “sociologia jurídica aplicada ou técnica legislativa”28. 
 
Em continuidade Melo complementa o pensamento de Ross, expondo 
que, 
 
De outro lado, a construção da teoria Jurídica da sociedade acaba vindo em 
auxílio da definição de contornos da Política Jurídica. É que ele preconiza a 
inexistência de interesses sociais, mas apenas de interesses individuais, que se 
socializam na medida em que são coincidentes. Ao ocorrer o fenômeno, 
apareceria então a consciência de grupo, onde “cada um sente como se não 
estivesse agindo em seu nome e em seu próprio interesse, senão como órgão de 
um todo, de uma comunidade”
29
. 
 
 
26
 OLIVEIRA, Gilberto Callado. Filosofia da Política Jurídica. Itajaí: Editora da Univali, 2001, p. 94. 
27
 MELO, Osvaldo Ferreira de. Fundamentos da política jurídica. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris 
Editor, 1994, p.40. 
28
 Apud MELO, Osvaldo Ferreira de. Fundamentos da política jurídica. Porto Alegre: Sérgio Antonio 
Fabris Editor, 1994, p.40. 
29
 Apud MELO, Osvaldo Ferreira de. Fundamentos da política jurídica. Porto Alegre: Sérgio Antonio 
Fabris Editor, 1994, p.40. 
Ainda de acordo com o autor supracitado, descobre-se que a questão 
sobre a qual se fundamenta a visão de Ross em relação à Política do Direito deriva 
de uma delimitação pouco precisa do objeto da Política do Direito. 
 
Tal contexto evidencia que o objetivo da Política Jurídica não estaria 
atrelado ao reducionismo pregado pelos empiristas. Há de se entender que a política 
jurídica é mais do que um suporte para os legisladores; sua atuação pode ser usada 
como guia pelos juízes, que são os administradores do direito. 
 
2.4 Política jurídica e o culturalismo 
 
Conforme Oliveira et al.30, o culturalismo jurídico é conceituado Neves 
(1987) como sendo a “doutrina que define o direito como produto da cultura humana, 
dirigida por valores”. A proposta do culturalismo, sob essa ótica, adota uma visão 
voltada para a dinamicidade social como o espaço de atuação ambientado na 
criação do Direito, de modo a estabelecer uma conexão legitimadora entre os fatos e 
valores no processo jurídico. 
 
Para Melo31, partindo-se de premissas, apresenta-de o culturalismo a 
visão mais ampla da Política Jurídica, como sendo o “mais adequado espaço de 
criação democrática do universo jurídico”, motivo pelo qual se deve, complementa o 
autor “entender o político do direito como o estrategista da conversão de valores de 
direito em regras jurídicas”. 
Na opinião de Reale, esta visão da teoria do Direito eleva a importância 
do papel da Política Jurídica: 
 
Propor-se a questão dos critérios de oportunidade e de conveniência que 
circunscrevem ou devem circunscrever o arbítrio do legislador quando, in 
concreto, o Poder converte um «valor do Direito» em «regra de direito» e, 
consequentemente, confere a uma «proposição jurídica» a força específica de 
«norma jurídica», é tarefa que se contém na esfera empírica da Política do Direito, 
 
30
 OLIVEIRA, Daniel Natividade Rodrigues de; MATTOS, Fernando Pagani; FILETI, Narbal Antônio 
Mendonça; ZART, Ricardo Emilio. Política jurídica: política, democracia e Estado. Mestrandos do 
Programa de estrado em Ciência Jurídica da niversidade do ale do tajaí – N . . 
 isponível em .boletimjuridico.com.br doutrina eoria eral do ireito . Acesso em: 05 fev. 
2014. 
31
 MELO, Osvaldo Ferreira de. Fundamentos da política jurídica. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris 
Editor, 1994, p.48. 
sem ultrapassar o âmbito das generalizações, tanto do ponto de vista causal como 
do teleológico
32
. 
 
No que diz respeito à política jurídica, a concepção de Reale33 assume 
caráter ampliativo, quando se dá a comparação entre as visões do normativismo, 
jusnaturalismo e empirismo. Ainda conforme o autor, 
 
Tal ideia é aceita através do entendimento maior do autor, onde há uma 
preconização de sua teoria tridimensional: fato, valor e norma conjugados. O 
processo de cultura e as diferentes perspectivas históricas atreladas à sociedade 
nutriram a política do Direito e foram os pilares das transformações ocorridas no 
sistema jurídico. O entendimento de Reale está voltado, sobretudo, para o 
atingimento do bem comum, no intento de formação de uma ordem social justa. O 
bem comum se transforma, desse modo, na representação básica da aspiração 
comum de toda a sociedade
34
. 
 
Nesse sentido, acrescenta-se que a Política Jurídica, de acordo com 
Melo35, [...] é o mais adequado instrumental de que dispõe o jurista para participar do 
esforço de todos os cientistas sociais no direcionamento das mudanças 
socioeconômicas, levando em conta as utopias da transmodernidade. 
 
Ante ao exposto, o conceito de política jurídica é apresentado nas 
palavras de Oliveira: 
 
A política jurídica, como ciência, autônoma e prática, é o estudo crítico do 
ordenamento jurídico positivo e o estudo preceptivo da nova ordem. O exame das 
imperfeições e injustiças que possam inquinar qualquer sistema normativo 
correlaciona-se cabalmente com a experiência, com as representações jurídicas 
profundamente arraigadas e realmente vividas no seio da sociedade
36
. 
 
No entendimento de Melo37, a função da política jurídica no culturalismo é 
destacada como instrumento caracterizador da “validade material da norma” pelo 
“conhecimento das fontes não convencionais do Direito, tais como os movimentos 
sociais e suas consequentes representações jurídicas que devem ser captadas pela 
 
32
 REALE, Miguel. Teoria do Direito e do Estado. 5a edição. Rio de Janeiro : Martins Fontes, 2000,p. 
386. 
33
 Idem, p. 148.. 
34
 Ibidem. 
35
 MELO, Osvaldo Ferreira de. Fundamentosda política jurídica. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris 
Editor, 1994, p.47. 
36
 OLIVEIRA, Gilberto Callado. Filosofia da Política Jurídica. Itajaí: Editora da Univali, 2001, p. 31. 
37
 MELO, Osvaldo Ferreira de. Fundamentos da política jurídica. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris 
Editor, 1994, p.49. 
sensibilidade do legislador e do juiz”, como último fundamento do direito baseado 
numa ordem social justa38. 
 
3 POLÍTICA JURÍDICA: SUPORTE PARA O DIREITO DO TRABALHO E AS 
NOVAS FORMAS DE TRABALHO 
 
Nesse item será abordado o direito do trabalho e qual o papel da política 
jurídica em orientá-lo nas questões com as novas formas de trabalho que surgiram 
com os avanços tecnológicos. 
 
3.1 Breve histórico do direito do trabalho no Brasil 
 
Sabe-se que o direito do trabalho não é importado como mercadorias, 
nem nasce de uma hora para outra, para que isso ocorra é necessário uma análise 
nos contextos históricos e sociais que o moldam cada sociedade. No entendimento 
de Martins39, no início, as Constituições brasileiras versavam apenas sobre a forma 
do Estado, o sistema de governo. Posteriormente, passaram a tratar de todos os 
ramos do Direito e, especialmente, do Direito do Trabalho, como ocorre com nossa 
Constituição atual. 
 
A primeira constituição a tratar do direito do trabalho especificamente no 
Brasil, foi a de 1934, o que não quer dizer que inexistia qualquer forma de relação de 
emprego no país. 
 
Na concepção de Delgado, 
 
Ressalte-se que não se trata de sustentar que inexistisse no país, antes de 1988, 
qualquer experiência de relação de emprego, qualquer experiência de indústria ou 
qualquer traço de regras jurídicas que pudessem ter vínculo, ainda que tênue, com 
a matéria que, futuramente seria objeto do Direito do Trabalho. Trata-se, apenas, 
de reconhecer que, nesse período anterior, marcado estruturalmente por uma 
 
38
 OLIVEIRA, Daniel Natividade Rodrigues de; MATTOS, Fernando Pagani; FILETI, Narbal Antônio 
Mendonça; ZART, Ricardo Emilio. Política jurídica: política, democracia e Estado. Mestrandos do 
Programa de Mestrado em Ciência Jurídica da Universidade do Vale do Itajaí – N . . 
 isponível em .boletimjuridico.com.br doutrina eoria eral do ireito . Acesso em: 05 fev. 
2014. 
39
 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 26 ed. São Paulo: Atlas, 2010, p. 43. 
 
economia do tipo rural e por relação de produção escravista, não restava espaço 
significativo para o florescimento das condições viabilizadoras do ramo jus 
trabalhista
40
. 
 
Conforme Barros41, outro grande marco na trajetória do surgimento do 
Direito do Trabalho no Brasil foi o Golpe de Getúlio Vargas, pois foi nesta fase que 
surgiu a Constituição de 1937 que tinha um caráter extremamente corporativista. 
Coloca em seu art. 136 o trabalho como um dever social, sendo um bem que o 
Estado deve proteger. Em seguida surgiu a justiça do trabalho, em 1939 foi criada a 
CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) através do Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de 
maio de 1943 que representou uma grande evolução ao Direito do Trabalho no 
Brasil. 
 
Com as Constituições de 1946 e 1967 novos princípios são assegurados, 
preservando as diretrizes democráticas previstas na Constituição de 1937 e 
inovando ao criar novas normas protetoras. 
 
Das mudanças ocorridas com a Constituição de 1988, pode-se destacar, 
segundo Gonçalves: 
 
[...] ela igualou o empregado urbano e rural; regulamentou a questão do avulso e 
da empregada doméstica; estendeu a estabilidade da gestante; passou o aviso 
prévio para trinta dias; criou a multa fundiária e extinguiu a velha indenização 
complementar. Regulamentou ainda o direito de greve e as questões sindicais. 
O projeto neoliberal instala-se no Brasil no ano de 1990, com a ascensão do 
presidente Fernando Collor de Mello, que começou a tentar flexibilizar a 
legislação. Em 1995, inicia-se o governo do sociólogo Fernando Henrique 
Cardoso, que consolida as reformas iniciadas pelo presidente Collor
42
. 
 
Nesse sentido, compreende-se que devido às mudanças que ocorrem na 
sociedade, o direito do trabalho está em constante construção. O país passou e 
passa por constantes transformações sempre buscando o equilíbrio, no intuito de 
dar ao trabalhador condições dignas de viver, buscando atrelar com o crescimento 
social e econômico do país. 
 
 
40
 DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 7. ed. São Paulo. LTR, 2008,p. 106. 
41
 BARROS, Alice Monteiro. Curso de Direito do Trabalho. 4. ed. São Paulo: LTr, 2008, p. 72. 
42
 GONÇALVES, Antônio Fabrício de Matos. Flexibilização Trabalhista. 2. ed. Belo Horizonte: 
Mandamentos, 2007, p. 152. 
 
3.2 O direito do trabalho e as novas formas de trabalho 
 
Na concepção de Ferreira43, as novas relações trabalhistas, muito 
praticadas atualmente, não possuem ainda qualquer regulamentação, em vista do 
que se tem buscado analogia ou princípios que regem as antigas relações de 
trabalho para suprir esta falta. Em se tratando de contratos autônomos, sem relação 
de emprego, têm ocorrido a celebração de contratos com regras de natureza civil. 
 
O avanço tecnológico possui duas vertentes principais: uma é a 
valorização do conhecimento; e a outra é a consequente dispensa de do trabalho de 
baixa qualificação. Tais medidas possuem como resultado o agravamento do 
desemprego estrutural. O trabalho deixou de ser, nesse sentido, o representante da 
maior parte das oportunidades de trabalho, havendo uma massiva substituição pelo 
trabalho informal, em que os trabalhadores foram inseridos para poder se manter em 
atividade profissional. 
 
O que segundo Vieira são os contratos de trabalho atípicos ou precários, 
que “se caracterizam por ser uma oposição aos chamados contratos típicos de 
trabalho que são, em termos gerais, os contratos por tempo indeterminado, que se 
sucedem no tempo, prestados ao empregador, o qual não pode despedir sem justa 
causa, sem pagar indenização”44. 
 
O trabalhador desqualificado acaba se submetendo a qualquer atividade, 
por qualquer remuneração para manter-se no mercado, fazendo surgir e proliferar a 
denominada subproletarização do trabalho precário, parcial, temporário, 
subconcentrado, terceirizado e de economia informal. 
 
Segundo Oliveira, denominou-se economia informal, 
 
 
43
 FERREIRA, Cristiane Carvalho Burci. O papel do estado nas novas relações de trabalho surgidas a 
partir da globalização e do avanço tecnológico. Dissertação apresentada a Universidade de Marília, 
2006. Disponível em: www.unimar.br/pos/trabalhos/.../43362227df9d7616eee7f777397afcdc. Acesso 
em: 25 jan. 2014. 
44
 VIEIRA, Maria Margareth Garcia. A Globalização e as Relações de Trabalho. Curitiba: Juruá, 2000, 
p. 67. 
 
[...] todo o trabalho prestado por mão-de-obra sem qualificação, preso a 
economias subdesenvolvidas, marcadas por uma indústria sem desenvolvimento 
ou de pouco desenvolvimento, com baixo nível técnico, localizado em grande 
parte em sociedades com alta concentração de renda
45
. 
 
Tal setor informal ganha, desse modo, cada vez mais espaço, exposto em 
uma sociedade onde há muitos trabalhadores com baixa qualificação, incapazes de 
seguirem as exigências do mercado formal. 
 
A questão das ocupações informais, gera, em seu âmago, um outro 
problema: a reivindicação de direitos trabalhistas. A submissão a meios de 
trabalhos desordenados e desregrados torna difícil a percepção de normas 
expressas estipuladoras de direitos e garantiasbásicas. 
 
Apesar da ilegalidade, o trabalho no setor informal tem sido praticado com 
normalidade no país, ou seja, a informalidade é aceita pelo mercado ainda que 
legalmente irregular. Aquilo que é informal parece ser a nova forma de prestação de 
trabalho, deixando de ser considerada como forma excepcional de prestação, o que 
pode fazer da informalidade regra geral de trabalho no Século XXI. 
 
Nesse sentido, no entendimento de Ferreira, cabe ressaltar que, 
 
[...] a globalização e o avanço das tecnologias, acaba por desprestigiar as 
relações de trabalho tradicionais, ensejando a extinção de várias atividades, 
especialmente as desqualificadas, que antes compunham as atividades de 
grandes massas da sociedade em desenvolvimento. Depreende-se dessa 
situação o surgimento de novas relações de trabalho
46
. 
 
As constatações evidenciadas no estudo permitem ensejar a conclusão 
de que o avanço das tecnologias, conjugado com outras importantes questões, tem 
como efeito o desprestígio das tradicionais relações trabalhistas. Tamanho efeito 
provocado causa a extinção de certas funções, sobretudo, gerando, assim, o 
surgimento de novas relações de trabalho. 
 
45
 SILVA, Reinaldo Pereira e. O mercado do Trabalho Humano: a globalização econômica, as 
políticas neoliberais e a flexibilidade dos direitos sociais no Brasil. São Paulo: LTr, 1998, p. 341. 
46
 FERREIRA, Cristiane Carvalho Burci. O papel do estado nas novas relações de trabalho surgidas a 
partir da globalização e do avanço tecnológico. Dissertação apresentada a Universidade de Marília, 
2006. Disponível em: www.unimar.br/pos/trabalhos/.../43362227df9d7616eee7f777397afcdc. Acesso 
em: 25 jan. 2014. 
 
Tais transformações se devem, por um lado, pelas necessidades das 
novas tecnologias, em que o conhecimento é valorizado pelas empresas, e a 
modernidade é o parâmetro básico. Por outro, há a concepção de que surgem novas 
relações que servem de alternativa para os trabalhadores desqualificados, no que 
diz respeito ao ajuste de tais trabalhadores às novas realidades que vão se 
desenvolvendo na indústria, marcadas pelo modernismo tecnológico. 
 
Entende-se, portanto, que o avanço tecnológico possui um valor real e 
influenciador, capaz de modificar os paradigmas do trabalho. No cenário do mercado 
se destacam relações de trabalho valorizadas e amplamente procuradas e também, 
no contraponto, relações que atingem os mais desqualificados e despreparados, que 
se tornam reféns da informalidade para sua sobrevivência. 
É visível, dessa maneira, a omissão do Estado perante essa questão. Se 
o avanço tecnológico produz lícitas e legítimas formas de trabalho, é necessário que 
seja feito um esforço de regulamentação. Da mesma forma, se há a percepção da 
clandestinidade ou do abuso subumano do trabalho, o Estado possui o dever da 
intervenção, seja para regulamentar a questão básica da dignidade do trabalhador, 
seja para proibir o funcionamento daquelas empresas que não cumprem tais básicas 
questões. 
 
3.3 A Politica jurídica e o direito do trabalho 
 
O mundo do trabalho atualmente caracteriza-se pela heterogeinização 
das formas de trabalho. Esse novo mundo do trabalho criou, consequentemente, 
uma classe trabalhadora diferenciada do operariado fordista. De acordo com 
Oliveira, 
 
[...] o diagnóstico da situação laboral contemporânea repete os dilemas de 
surgimento do Direito do Trabalho: a excessiva exploração do trabalhador, seja 
através de formas distintas da relação de emprego (precarização), seja através da 
redução dos direitos e obrigações trabalhistas (flexibilização) ou mesmo pela 
sublocação (terceirização). Identifica-se nas relações laborais uma recorrente 
tensão entre a defesa da liberdade - mediante redução a intervenção protecionista 
juslaboralista, e a afirmação da defesa da igualdade e da regulação – por meio da 
tutela protetiva do Direito do Trabalho
47
. 
 
47
 OLIVEIRA, Murilo Carvalho Sampaio. Pós-fordismo e reflexos nos contratos de trabalho. 2011. 
Disponível em: 
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/direito/article/viewFile/7038/5014. Acesso em: 08 fev. 2014. 
Conjugada com uma postura essencialmente protecionista há a 
sustentação de que o Direito do Trabalho necessita ser repensado, para que haja 
um movimento maior de proteção aos empregados. Os princípios do Direito 
Trabalhista necessitam assumir um caráter mais bem dimensionado, com uma 
aplicação de maneira mais efetiva na sociedade moderna. 
 
Faz-se necessário, nesse sentido, o resgate da essência da Direito do 
Trabalho. A origem substancial do Direito Laboral está associada com as 
reivindicações coletivas dos trabalhadores. Há uma denotação acerca dessa básica 
característica que coloca o Direito do Trabalho existente a partir da desigualdade 
jurídica, fundamento que caracteriza a proteção necessária aos menos favorecidos 
nas relações trabalhistas. 
 
A realidade atual traz de volta os antigos dilemas da época de surgimento 
do Direito do Trabalho, com a massiva exploração das forças do trabalhador através 
de distintas formas da relação de emprego. É possível que se pense, sob essa ótica, 
que os fundamentos jurídicos do trabalho necessitam se firmar diante de novos 
parâmetros, uma vez que o discurso liberal sugere que haja uma redução ou 
extinção do mesmo. 
 
Nesse sentido, é que a partir do momento em que o conflito entra no 
sistema dogmático, ele passa a prescindir de qualquer interface com a sociedade na 
qual foi gestado. 
 
O dilema acerca da legitimação do Estado e do Direito necessita percorrer 
o mundo fático, conectando-se a ele, para que desenvolva a capacidade de 
identificar os problemas é trata-los concretamente. A crise de legitimidade só existe 
quando há essa desconexão, onde as esferas institucionais estão diante da 
realidade que as permeia. 
 
É sob tal contexto que a Política Jurídica se oferece como uma nova 
possibilidade de conexão entre o dogmatismo e o mundo real, fazendo uma 
contribuição importante para a comunicação com a origem dos conflitos diversos 
existentes na sociedade. Na concepção de Melo: 
 atividade criativa da Política Jurídica será o sopro vivificador que deve bafejar os 
sistemas dogmáticos. o exigir a justificação não só da norma mas também de 
seus processos de elaboração e aplicação, a Política Jurídica provocará não 
apenas normas corrigidas, mas um direito reconceituado para servir às reais 
necessidades do viver
48
. 
 
Nas palavras de Melo49 a proposta dogmática não satisfaz, pois a 
legitimação que se busca é no sentido de assegurar valores, estejam estes contidos 
ou não no ordenamento jurídico. Trata-se de legitimação extra sistema, arbitrada 
pela consciência Jurídica, entendida essa categoria num sentido amplo, ou seja, 
abrangendo não só o senso teórico do jurista mas também o senso jurídico popular. 
 
Para Cavedon e Vieira50, a Política Jurídica visa alcançar o Direito 
desejado pela Sociedade, adequado aos interesses sociais e à configuração dos 
conflitos e das necessidades de sua época. Este ireito que deve ser, será pautado 
pelos critérios de Ética, Justiça, Legitimidade e Utilidade, valores com os quais a 
Política Jurídica está comprometida. 
 
É necessário que o Direito assuma uma postura político-jurídica que 
esteja voltada para a proposição de novas normas, e da adequação das existentes 
perante uma reconceituação necessária do Direito. Cabe à Política Jurídica, 
portanto, desempenhar o papel perceptivo daquilo que a sociedade deseja como 
base jurídica, almejando, para tanto, alterações e adequações necessárias.Efetuando-se tais modificações, estar-se-á mais próximo do atendimento aos direitos 
almejados pelo corpo social, dando soluções aos conflitos desenvolvidos na 
contemporaneidade. 
 
No entendimento de Cavedon e Vieira, 
 
[...] a Política Jurídica vem para resgatar a necessária vinculação do Direito com 
critérios racionais de Justiça, único modo de garantir a validade material da norma 
 
48
 MELO, Osvaldo Ferreira de. Temas atuais de política do direito. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris 
Editor, 1998, p. 71. 
49
 MELO, Osvaldo Ferreira de. Fundamentos da política jurídica. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris 
Editor, 1994, p. 84. 
50
 CAVEDON, Fernanda de Salles; VIEIRA, Ricardo Stanziola. A política jurídica e o direito 
socioambiental: uma contribuição para a decidibilidade dos conflitos jurídico-ambientais. Revista NEJ 
- Eletrônica, p. -78 Edição Especial 11. isponível em 
 .univali.br seer index.php nej article vie 1 . Acesso em: 02 fev. 2014. 
 
jurídica e a adequada justificação da decisão dos conflitos. À Política Jurídica cabe 
apreender as novas aspirações e problemáticas sociais, buscando-se os meios de 
trazê-las para a experiência jurídica, em uma tentativa de aproximação da Ciência 
Jurídica à realidade social
51
. 
 
A Política Jurídica possui como base de sua formação a capacidade de 
perceber que a norma é justa se produz relações e decisões justas. Dessa forma, a 
validade não pode possuir um exame firmado apenas por esse aspecto lógico-
dedutivo. Abre-se caminho para que haja um exame axiológico e teleológico, 
norteando-se pela legitimidade ética, nos termos mais abrangentes. 
 
Por tais motivos a Política Jurídica intenta aproximar a dogmática da 
realidade social, através dos seus compromissos de justiça, ética e utilidade. A 
construção de um Direito muito mais plural e justo, onde haja implicação necessária 
e efetiva na sociedade, faz parte do arcabouço primordial da política jurídica, pondo-
se como fonte de uma correspondência à altura dos fenômenos sociais do mundo 
fático. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Em uma sociedade moderna é preciso assinalar, de maneira sempre 
introspectiva, que as diversas relações sociais obedecem a ciclos, que se moldam e 
se modificam conforme as novas necessidades, as exigências, os patamares 
alcançados. A sociedade apresenta uma dinamicidade muito forte; não é estática, as 
modificações e transformações são rotineiras e fazem parte dos novos contextos 
que vão surgindo. 
 
 O findado estudo teve, como objetivo principal, a análise das novas 
possibilidades que surgem através do avanço tecnológico e seus impactos nas 
relações de emprego. É comum que as novas expressões de tais relações incluam 
novos desafios, sobretudo quando se está diante de um tempo novo, uma noção 
atualizada do trabalho e seus aspectos jurídicos. 
 
51
 CAVEDON, Fernanda de Salles; VIEIRA, Ricardo Stanziola. A política jurídica e o direito 
socioambiental: uma contribuição para a decidibilidade dos conflitos jurídico-ambientais. Revista NEJ 
- Eletrônica, p. -78 Edição Especial 11. isponível em 
 .univali.br seer index.php nej article vie 1 . Acesso em: 02 fev. 2014. 
 
A demonstração dada nessa pesquisa, em seu primeiro momento, 
privilegiou detectar e entender quais são as novas formas de trabalho e as 
características principais dos avanços da tecnologia. A elucidação desses novos 
problemas impulsiona a pesquisa para a discussão que segue no segundo 
momento: a política jurídica. No referido tópico, o estudo mostra, em seu princípio, a 
conceituação e fundamentação da política jurídica, a partir de sua abordagem 
múltipla, pretendente de fornecer a resposta ideal aos anseios jurídicos e sociais. 
 
Nesse sentido, observa-se que a política jurídica tem como função buscar 
no direito do trabalho, como este deve ser e como deva ser, no intuito de atender os 
fins a que ele se destina, ou seja, regular as relações de trabalho, sejam elas 
tradicionais ou as novas formas de trabalho que surgiram com a globalização e o 
avanço tecnológico. É papel da política jurídica ao aproximar o sistema dogmático 
da realidade social, adotando os critérios da Justiça, da Ética e da Utilidade, na 
construção do direito que corresponda às aspirações sociais e à consciência jurídica 
da sociedade. 
 
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jurídico-ambientais. Revista NEJ - Eletrônica, p. 60-78 / Edição Especial 11. 
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