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AD1 2017.2 Introdução ao Agronegócio

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Avaliação a Distância \u2013 AD1
Período - 2017/2º
Disciplina: Introdução ao Agronegócio
Coordenador: Luiz Carlos de Oliveira Lima
Data para entrega: 20/08/2017
Aluno (a): .....GABARITO...................................................................................................................
Polo: ..............GABARITO...................................................................................................................
\u2022 Destacar as suas respostas para diferenciá-las do enunciado das questões.
\u2022 Não esqueça de salvar o arquivo em PDF antes de enviá-lo.
\u2022 Coloque seu nome e Polo no local indicado.
Boa sorte!
ATIVIDADE 1. De acordo com o conceito de agronegócio, pede-se (4 pontos):
1.1. Descreva e analise as principais correntes metodológicas estudadas: Sistema
Agroindustrial (Agribusiness; Commodity System Approach) e Cadeia Produtiva
Agroindustrial (Análise de Filière).
Resposta:
O sistema agroindustrial é um enfoque dinâmico que atribui importância à tecnologia
como agente indutor das mudanças econômicas e, procura aplicar conceitos oriundos da
organização industrial, que passam a fornecer os principais critérios de análise e de
planejamento estratégico. As relações entre os segmentos ocorrem num ambiente onde atuam
as organizações como, associações, federações, cooperativas e sistemas de informações etc. e
as instituições como cultura, tradições, nível educacional, sistema legal, costumes etc.
Nos sistemas agroindustriais a gestão é exercida por mecanismo ou órgão de
coordenação. Tais como: mercado à vista, mercado de futuros, programas governamentais,
cooperativas, associação de capital de risco, integração vertical, institutos de bancos de dados,
associação de empresas e firmas individuais.
Os produtores e os demais integrantes tais como as empresas de insumos, de
processamento ou de distribuição, passam a olhar não só os seus clientes/consumidores
próximos (os seguintes ou anteriores do sistema, para quem vendem ou de quem compram).
Mas também os consumidores finais, com suas tendências, o mercado e sua evolução, os
produtos derivados do processamento etc.
A visão sistêmica permite uma compreensão melhor do funcionamento da atividade
agropecuária, sendo fator indispensável para que autoridades públicas e agentes econômicos
privados, ou seja, os chamados formadores de decisão tenham possibilidades de formular
políticas com precisão, justiça e maior probabilidade de acerto. Esta visão rompe com a análise
segmentada, que muitas vezes perde informações importantes sobre o encadeamento das
ações.
A análise de filière ou cadeia agroalimentar é entendida como uma sequência de
operações que conduzem à produção de bens, cuja articulação é amplamente influenciada pelas possibilidades tecnológicas e definida pelas estratégias dos agentes. Os agentes possuem relações interdependentes e complementares, determinadas por forças econômicas e de subordinação hierárquica. Esse autor elabora a teoria das três séries de elementos implicitamente ligados a uma visão em termos de cadeia de produção, que são:
(a) a cadeia de produção é uma sucessão de operações de transformação segmentadas,
capazes de ser separadas e ligadas entre si por um encadeamento técnico;
(b) a cadeia de produção é também um conjunto de relações comerciais e financeiras,
que estabelecem entre todos os estados de transformação, um fluxo de troca situado de
montante (os fornecedores) à jusante (os clientes);
(c) a cadeia de produção é um conjunto de ações econômicas que presidem a valoração
dos meios de produção e asseguram a articulação das operações.
O conceito de aglomerado ou Arranjo Produtivo Local (APL) é definido como uma
concentração setorial e/ou geográfica de empresas, nas mesmas atividades ou em atividades
estreitamente relacionadas, em que se obtêm importantes e cumulativas economias externas, de
aglomeração e especialização, de produtores, fornecedores e mão de obra especializada, de
serviços anexos específicos ao setor, com a possibilidade de ação conjunta em busca de
eficiência coletiva. A diversidade e intensidade de relações funcionais entre empresas explicam
a formação de um aglomerado. Os aglomerados se dão tanto em torno dos recursos naturais,
assim como em torno de atividades baseadas em aprendizagem e conhecimento.
1.2. Apresente características comuns a tais correntes, bem como suas principais diferenças.
Resposta:
(a) Pontos em comum nas análises de Sistema Agroindustrial (Agribusiness; Commodity System Approach) e Cadeia Produtiva Agroindustrial (Analyse de
Filières):
( i ) Focalizam a sequência de transformações pelas quais o produto passa, desde um
estágio inicial até o final, incorporando a visão sistêmica, saindo de setores agregados
(agrícola, industrial e serviços) até o sistema vertical de produção, com forte característica
descritiva;
( ii ) mencionam a importância da coordenação dos sistemas;
( iii ) apontam a análise da matriz insumo-produto, com maior ênfase pelo CSA;
( iv ) mostram que o conceito de estratégia é trabalhado principalmente ao nível da
Firma no CSA e ao nível governamental, com as políticas públicas, através das Filières;
( v ) consideram muito relevante o papel da tecnologia;
( vi ) admitem que o ambiente institucional (cultura, tradições, nível educacional,
sistema legal, costumes) não é neutro e, portanto, interfere no sistema.
(b) Principais diferenças nas análises de Harvard e Filières:
( i ) a análise de Filières: questões redistributivas; conceitos de barreiras à entrada;
conceitos de dominância; proteção intelectual, etc.
( ii ) a análise de Filières considera três subsistemas: produção (ind. de insumos,
produção agrícola e processamento de alimentos), transferência (sistemas de transportes e
de armazenagem) e consumo (análise de demanda, preferência dos consumidores, estudos
de marketing em geral). O enfoque da CSA se dá principalmente no subsistema do
consumo final.
ATIVIDADE 2. As economias externas da localização (3 pontos).
Procure especificar mais as diferentes fontes de economias da localização das atividades industriais, segundo Alfred Marshall (1988). É o que conhecemos hoje como economias
internas e economias externas da localização.
Resposta:
As principais vantagens da produção em massa que podem ser apontadas são as seguintes:
As economias internas obtidas por uma boa organização de compras e de vendas ou por
aumento de escala de produção figuram entre as principais causas da tendência para fusão de
muitas empresas da mesma indústria ou comércio em uma única entidade gigantesca.
As economias externas envolvendo investimento público em infraestrutura de transporte,
armazenagem e portos estão constantemente crescendo em importância, em todos os ramos de
negócios.
Além disso, observando e trazendo conhecimentos para quem precisa: os jornais, as
publicações profissionais e técnicas de todos os gêneros contribuem muito positivamente para
a tomada de decisões nas empresas. As transformações na manufatura dependem menos de
simples regras empíricas e mais dos largos desenvolvimentos de princípios científicos; e muitos
destes são realizados por estudiosos na procura do conhecimento. Em muitas indústrias um
produtor individual pode conseguir consideráveis economias internas mediante um grande
aumento de sua produção.
ATIVIDADE 3.A noção de complexo industrial (3 pontos)
O que é complexo industrial? Por que não há crescimento nem desenvolvimento sem
concentração e expansão, segundo François Perroux (1967)?
Resposta:
O conceito de complexo de indústrias é definido como um conjunto dinâmico de
empresas ligadas entre si por uma rede de fluxos, preços e antecipações e localizadas em
determinado território. Em um complexo deindústrias devem existir indústrias motrizes
especiais, aquelas que, ao crescer, promovem o crescimento de outras, que se constituem em
pontos privilegiados de crescimento. A forma de mercado predominante em um complexo de
indústrias são os mercados altamente concentrados, com poucas empresas responsáveis por
mais da metade da produção, os mercados de oligopólios.
As indústrias propulsoras, aquelas que puxam o crescimento, exercem seus efeitos
sobre o meio, os complexos industriais, através dos processos de antecipação de compras e da
inovação tecnológica de produto e serviço. A indústria propulsora ou líder pode ser vistas
como núcleo a partir do qual se propagam economias externas, promovendo custos
decrescentes e produtividades crescentes, para o resto do sistema regional e nacional.
No longo prazo, a grande empresa propulsora ou líder transforma a estrutura regional,
provocando o aparecimento de novas atividades dinamicamente complementares às suas
próprias ou a outras atividades da região. Essas transformações provocam efeitos ascendentes,
demandas de insumos e serviços para setores fornecedores e efeitos descendentes, oferta de
insumos e serviços para setores compradores, no contexto do desenvolvimento regional.
A noção de complexo industrial tem nas compras de bens e serviços entre indústrias,
como base estrutural das relações econômicas. E na teoria de desenvolvimento impulsionado
por ondas de inovações. Esses são os dois pilares mais importantes da teoria de crescimento
polarizado.

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