Buscar

DIREITO CIVIL I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO CIVIL
Prof: Wellington
Conteúdo programático}:
- Pessoas
- Capacidade ?
- Negócio Jurídico
- Prescrição e decadência
Bibliografia: Carlos Alberto Gonçalves/Nelson Rosenvalt
A lei é ultrapassada, a sociedade é dinâmica. O código é criado para regulamentar a sociedade. É um retrato da sociedade. Ex: O código de 1916 representa a sociedade da época em torno de 1850(sociedade dinâmica).
CIVIL=CIDADÃO
O CC BRASILEIRO
- Cria o senso de nacionalidade, identidade.
O código civil de 1916:
Contexto histórico
Características
- Clara ( para a sua época)
- Técnica mais moderna
Desatualização
Atualização por leis especiais
Novo CC
O código Alemão e Frances influenciaram o código civil brasileiro. O legislador não inventa leis, capta da sociedade o que eles reinvidicam. 
Com os problemas gerados pelo código ser ultrapassado, criam-se leis especificas que vai enfraquecendo o código.
O CC de 2002:
Características: 
- Preserva do que foi possível a estrutura do Código Civil de 1916, atualizando-o com novos Institutos.
- Utiliza para a sua formação os temas abordados nas Legislações Especiais, as críticas Doutrinárias da época e as decisões Jurisprudenciais.
Estrutura: Influenciado pelo Código Alemão.
Parte Geral (Engloba os assuntos que são abordados em todas as áreas do Direito Civil: família, contrato, reais, sucessão)
+ Parte Especial (específica)
Conteúdo: Compreende as regras sobre os principais temas (sociedade) do Direito Civil que são a pessoa, a família e a propriedade.
OBS: O Objetivo do CC é a tutela (proteger) da pessoa humana disciplinando a sua personalidade, as relações familiares e o seu patrimônio.
Direito Civil: Código + Leis Especiais
Princípios Orientadores do CC/02 [NÃO É DO DIREITO CIVIL E SIM DO CÓDIGO CIVIL]
Principio Jurídico é a estrutura básica do Direito ou o fundamento dos diversos ramos jurídicos.
Socialidade: Prevalência dos valores coletivos sobre os individuais sem perder devista o valor fundamental da pessoa humana (antigamente, influenciado por Roma, o Direito Civil só se preocupava com o indivíduo e não com o coletivo).
Eticidade: Funda-se no valor da pessoa humana como fonte de todos os demais valores, priorizando a equidade, a boa fé (=comportamento que se espera), a justa causa e demais valores éticos.
Operabilidade: O Direito é criado para ser efetivo evitando complexidades ou perplexidades desnecessárias. Gera CONCRETUDE ( o legislador deve legislar para o concreto e não para o abstrato)
Constitucionalização do Direito Civil
Lei que cuida do Estado: Constituição
Lei que cuida da sociedade: Civil
Sociedade é mais importante que o Estado. Cód.Civil é mais importante que a Constituição.
Leitura do Direito civil à partir dos valores fundamentais da Constituição (maiores valores da sociedade)
A constituição é biocentrista (vida no centro. Preserva a vida do futuro).
DAS PESSOAS.
Pessoas naturais ( humanas: nascidas de outro ser humano)
*** Os animais são tratados como objetos e não tem personalidade jurídica.
Personalidade Jurídica: É a aptidão genérica reconhecida à toda e qualquer pessoa para que possa titularizar direitos (relações jurídicas) e reclamar tutela aos direitos da personalidade. Não há direitos antes da personalidade jurídica. Somente quem tem personalidade jurídica é sujeito de direito.
Inicio da Personalidade Jurídica:
Art.2 -1° Parte > Teoria Natalista: A personalidade jurídica é obtida com o nascimento com vida (ainda com cordão umbilical). A personalidade civil da pessoa natural tem início a partir do nascimento com vida, independentemente do preenchimento de qualquer requisito psíquico.
O CC adotou e é a que prevalece.
Nascimento com vida é quando há troca oxicarbônica (respiração).
Natimorto: Nasceu morta (não respirou). (pesquisar mais essas questões)
Neomorto: (nasceu, respirou e logo morreu).
Registro Civil (certidão) é a declaração de que a criança nasceu com vida (tem personalidade), tornando público o fato. O Neomorto tem esse direito e direito de nome (questão de dignidade) mas em livro diferente no cartório (C auxiliar). 
Se o pai morre na mesma hora que o filho nasce, a herança:
Natimorto: Não tem direito pois não teve personalidade jurídica.
Neomorto: Tem direito. Como o filho morreu, a mãe recebe os direitos.
Art.2-2°Parte > Teoria Concepcionista: Desde que o óvulo é fecudando, o ser já tem direitos; o Nascituro tem direitos. Adotado também pelo CC.
Personalidade jurídica do Nascituro segundo Maria Helena Diniz:
- Formal: Diz respeito aos direitos da personalidade(pessoa). São chamados direitos imateriais. Ex.: Filho da Wanessa Camargo. 
- Material: Direitos de ordem econômica.
O nascituro só pode ter direito formal. O nascituro não pode ter uma casa, por exemplo (direito material).
 Em relação ao nascituro, ele tem direitos, mas não tem PERSONALIDADE JURÍDICA, que se inicia somente a partir do nascimento com vida! (art. 2º, CC).
Parte superior do formulário
 ~//~//~
PERSONALIDADE É DIFERENTE DE CAPACIDADE.
Os direitos da personalidade são intransmissíveis, irrenunciáveis, inatos ou decorrentes, perpétuos e insuscetíveis de apropriação.
Capacidade: É a aptidão da prática por si só e pessoalmente de atos na vida civil. Medida jurídica da personalidade; exercício da personalidade.
Art; 1º - De direito de gozo ou de fato: Possibilidade e aptidão para exercer atos na vida civil. Toda pessoa é apta a assumir direitos e deveres.
De exercício ou de ação: Permissão para exercer atos na vida civil.
Nem toda pessoa tem a capacidade, só que tem discernimento. 
O DIREITO É DA CRIANÇA, MAS QUEM EXERCE É O RESPONSÁVEL.
"Os principais elementos individualizadores da pessoa natural são: o nome, designação que a distingue das demais e a identifica no seio da sociedade; o estado, que indica a sua posição na família e na sociedade política; e o domicílio, que é a sua sede jurídica."
 INCAPACIDADE
É a exceção. Existe para proteger o incapaz.
Restrição legal para a prática, por si só, de atos na vida civil. A incapacidade é definida por lei (sentença; precisa ser provado antes). Não se permite capacidade contratual ou negocial.
Art.3. Incapacidade absoluta: Menor de 16 anos (Menor Impuberi). Não pode exprimir nada da sua vontade. Não pode praticar NENHUM ato na vida civil. Quem exprime sua vontade são os representes legais (pais ou tutor). Se ele comete um ato, o ato é NULO (EFEITO EX TUNC: como se o ato não tivesse ocorrido, não terá direito).
 Art.4. Incapacidade relativa: Não pode exercer livremente sua vontade. Pode ser assistido, só realiza sua vontade apenas com assistente (pais, tutores ou curadores). Existe atos que pode fazer sozinho, mas são previstas em lei. O ato é ANULÁVEL (em regra, apenas se for prejudicado). Pode casar, trabalhar. 
Obs¹: Representante: sub-roga. Exprime a vontade pelo incapaz. Assistente: auxilia. Exprime a vontade em conjunto com o assistido.
Obs²: A diferença básica entre curador e tutor é que o curador representa alguém adulto e incapaz, porém presente; enquanto isso, o tutor zela por um menor e somente devido a ausência dos pais.
Quem são os incapacitados relativamente:
I. Maior de 16 e menor de 18 anos (Menor Puberi).
II. Ébrios habituais (viciado em álcool) e os viciados em tóxicos (Somente serão interditados e terão incapacidade relativa se o uso das drogas seja de uso habitual e interfiram no seu discernimento da vida civil). 
lll.. Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderam exprimir sua vontade. (obs.: quem define se há causa é o juiz no caso concreto).
Ex.: coma, deficiência mental severa. [FOI MUDADO NO NO CC PELA LEI DOS DEFICIENTES].
IV. Os pródigos: Não tem controle do dinheiro. Precisará de um curador (por meio da interdição). Diferente dos demais, só é impossibilitado a atos de disposição patrimonial.
Parag. Único: Índios: 
Integrado: Aquele que já assimilouo padrão de vida em sociedade tendo integrado valores, costumes e gredas da sociedade ocidental, sendo considerados, portanto, sujeito às leis comuns brasileiras. Nesse caso, a sua capacidade será regulada pelo CC.
Não integrado (silvícolas, mora na Selva): É aquele que vive segundo os costumes e preceitos de determinada tribo. Sendo, portanto, não civilizado e nesse caso, sua capacidade será regulada pela Lei Especial 6001/73 (Estatuto do Índio).
SELENIDADE: A idade avançada não significa que a pessoa é incapaz.
 ~//~//~
Art. 5. Menoridade cessa aos 18 anos. A maioridade é a Idade legal em que alguém pode exercer seus direitos civis. 
Parag. Único – Emancipação: É o instituto jurídico que permite que o menor, em regra, com 16 anos completos, tenha a sua a capacidade civil antecipada.
 CAPACIDADE É DIFERENTE DE MAIORIDADE 
O emancipado adquire a capacidade sem ter adquirido a maioridade, motivo pelo qual continua, mesmo emancipado, a ser menor.
A qualificação de uma pessoa emancipada num ato notarial ou registral, deve ser feita como menor capaz, até que o mesmo complete 18 anos e adquira a maioridade civil.
A emancipação não pode ser revogada, ainda que o fato que tenha lhe dado causa deixe de existir.
Um emancipado não comete crime e não pode praticar atos que é para maiores de 18 anos.
(1º PARTE) Voluntária ou negocial:
- Vontade do menor
- Quem emancipa são os pais (não é o representante), ou de um deles na falta do outro (não é o juiz) 
- Mediante instrumento público (é feita diretamente no cartório por certidão de emancipação)
- independente de homologação judicial
OBS: Se um dos pais não quiser, o outro irá ao judiciário e o juiz poderá substitui a vontade do pai que não quer a emancipação NÃO JUSTIFICÁVEL (suprimento de consentimento).
OBS 2: Se a emancipação foi com a intenção de fraudar, os EFEITOS DA EMANCIPAÇÃO são nulos. Ex.: Pai passa a empresa com dívidas para o filho. A emancipação não é revogada, só os efeitos quando fraude, são nulos.
(2º PARTE) Judicial:
- Quem emancipa é o juiz (Por sentença do juiz: há um processo judicial).
- Não tem pais (tem tutor e ele, obrigatoriamente, será ouvido. O menor terá tutor quando não houver pais ou se o poder familiar estiver suspenso ou perdido)
- Quem pede é a própria criança (O tutor não pode pedir a emancipação, pois a tutoria é o “ MUNUS PUBLICO” (cargo público) e não pode abrir mão da sua responsabilidade espontaneamente.
- Não tem caráter fraudulento pois é o juiz quem emancipa. 
- É também provado por certidão.
 > INCISO II À V - Legal (Lei)
A emancipação ocorrerá automaticamente, desde que o fato se amolde a hipótese legal.
- Quem emancipa: Lei
Casamento: Com 16 anos completos. O casamento tem que ser assistido, art. 1517) e é provado com a certidão de casamento(subsunção). Nesse caso, casamento não se iguala a união estável.
Exercício de emprego público (não acontece na prática pois os concursos são maiores para 18 anos).
Pela colação de grau em curso de ensino superior, é comprovada com o diploma.
Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria. Comprovante: Carteira de trabalho.
 FIM DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Termina com a morte. 
Morte real: Quando há paralisação total de todas as atividades vitais do coro e será comprovada pelo atestado de óbito levado a registro. É preciso que se tenha o corpo para ter o laudo pericial. Não admite prova em contrário (presunção absoluta; iuris et iuris) 
OBS: Art 3° da Lei Especial 94/97 : - Pode ser declarado a morte real de quem teve a morte cerebral decretada, desde que seus órgãos tenha finalidade altruística; Quem decide: Primeiramente, quem decide é a própria pessoa e depois a família.
- Depois da morte, o indivíduo não adquire novos direitos, entretanto perdura para depois da morte (POST MORTEM) a proteção aos direitos da personalidade formal.
Morte civil ou ficta: (Roma: o cidadão perdia todos os seus direitos) É quando a pessoa está viva, mas para o Direito é como se estivesse morta. Entretanto, atualmente não se aplica a morte civil com toda a sua intensidade, mas o que temos são apenas resquícios dessa modalidade de morte. Duas hipóteses (todas dizem respeito à direito sucessório):
Exclusão do herdeiro por indignidade – Art. 1814/CC.
Herdeiros: presumidos (parentes, presume que é herdeiro) ou legatários (testamento)
- Que houverem sido autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente; Que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro; Que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
Deserdação (é feita por uma sentença penal; judicialmente). Art.1961/CC.
Causas: causas de exclusão de herdeiros por indignidade (art.1814); Ofensa física; Injúria grave; Relações ilícitas com a madrasta ou padrasto; Desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.
(QUEM DETERMINA QUEM HERDA É A LEI. TESTAMENTO É SÓ PARA UMA PARTE DO PATRIMÔNIO)
(Utiliza-se do Princípio de que ninguém pode se beneficiar da própria torpeza).
Morte presumida: Ocorre quando não se tem um corpo. A extinção da pessoa natural é declarada por setença judicial decorrente da falta de indício de materialidade do fato, ou seja, ausência do cadáver. Presunção relativa: Admite prova contraria (IURIS TANTUM). Se baseia no CONJUNTO PROBATÓRIO (conjunto de provas que se levam a crer a morte do sujeito). Ao invés da certidão de óbito, como na morte real, tenho a sentença do juiz na morte prejuizo.
Morte presumida sem decretação de ausência: Art.7. I
Se baseia em fatos, é extremamente provável a morte do sujeito. Ex.: Eliza Samúdio
Se baseia no tempo. Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parag. Único:  A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. (se baseia nos dois incisos). > O juiz quem determina o dia do falecimento.
OBS:  Lei: 9.140/95 Art. 1o São reconhecidos como mortas, para todos os efeitos legais, as pessoas que tenham participado, ou tenham sido acusadas de participação, em atividades políticas, no período de 2 de setembro de 1961 a 5 de outubro de 1988, e que, por este motivo, tenham sido detidas por agentes públicos, achando-se, deste então, desaparecidas, sem que delas haja notícias.
Morte presumida com decretação de ausência – art.22 a 39
SE BASEIA NO TEMPO.
O instituto da ausência tem caráter:
* Econômico: Em regra, se o sujeito não tem bens, não é preciso declarar ausência.
- Solidarista: para cuidar dos bens do ausente.
- Interesse social: para dar uma destinação aos bens do ausente.
FASES DO PROCEDIMENTO DE AUSÊNCIA:
1º fase: Curadoria (Art.22 a 25):
Objetivo: Nomear curador e declarar ausência
Curador: Administrador dos bens. Não ganha nada, é solidário.
Abre-se ausência: 
- Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. Art.22
Se ele desapareceu e tiver deixado alguém (procurador ou representante) para cuidar dos bens NÃO tem essa fase. Art. 22
 - Se deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se seus poderes forem insuficientes. Art. 23
Os que pedem ausência ao JUIZ:- Qualquer Interessados (algum vínculo com o sujeito, mesmo amigo ou vizinho. Não quer dizer que o interessado será o curador)
- Ministério Público
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.
Na sentença é necessário fixar os poderes do curador.
TUTOR: MENOR INCAPAZ - CURADOR: MAIOR INCAPAZ
Art.25. Os curadores são, em ordem de preferência:
1° - Cônjuge NÃO separado judicialmente 
Ou separado de fato (corpos) por mais de dois anos antes da declaração da ausência
(De fato/corpos: terminaram, saiu de casa mas ainda não separou judicialmente)
Inclui o companheiro
2°– PAIS 
3º Descendentes (filho, neto, bisnetos...): Os mais próximos precedem os mais remotos. (O filho mais velho precede o mais novo pois é mais próximo)
4° - NA FALTA DAS PESSOAS MENCIONADAS, O JUIZ ESCOLHE O CURADOR.
Art 26 1º PARTE: Prazos:
1 ano da arrecadação dos bens do ausente (do dia que se declarou a sentença/curadoria) ou
3 anos se deixou procurador ou representante ,
Fecha-se essa fase e abre-se a segunda.
2º Fase: Art.26: Fase Provisória da sucessão
Objetivo:
Os bens ainda não são dos herdeiros, é provisório pois o ausente pode voltar.
Art. 27 - Quem abre a sucessão provisória: Somente os interessados, sem ordem de preferência: 
- o cônjuge não separado judicialmente;
- os herdeiros presumidos Obs: exceção para os deserdados ou exclusão por indignidade), legítimos ou testamentários(testamento); 
- os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte;
 - os credores de obrigações vencidas e não pagas.
SE NÃO TIVER INTERESSADO: O MINISTÉRIO PÚBLICO (CARÁTER SUBSIDARIO POIS SO ATUA SE OS OUTROS NÃO ATUAREM) Art. 28 §1
 (NÃO É QUALQUER UM, COMO NA PRIMEIRA FASE)
Art. 28 – Mesmo com a publicação da sentença de abertura da sucessão, só há efeitos 180 dias depois. É publicada, mas não tem efeitos na hora. 
Mas antes da sentença já ter efeito, pode-se abrir o testamento, o inventário e a partilha dos bens (é feita só no papel; ainda não podem pegar os bens, só depois dos 180 dias).
§2. Se depois de publicada, e passado 30 dias e se os herdeiros não tiveram feito o inventário e a partilha, os bens vão para o Estado: Herança Vacante ou Jacente. (OBS: FASE 2 > PROVISORIAMENTE)
No inventário, as dívidas são compensadas e o que sobrar é a herança. Se a dívida é maior que o que os bens, o sujeito fica devendo.
Art. 29: ANTES DA PARTILHA, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens móveis que pode ser deteriorado em imóvel ou título garantido da União. Ex.: carro por casa.
APÓS 180 DIAS..
Art.30: Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes ao valor que vai receber.
Penhor: Dá de garantia bem móvel
Hipoteca: Dá de garantia bem imóvel
§1.  Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador (esse curador não tem que ser o da 1º fase), ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa garantia (das duas partes).
§ 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente. Esses herdeiros não precisam dá garantias para ter a parte do outro tipo de herdeiro (que não tenha garantia).
Art 31. Só poderão vender, doar, etc para evitar a ruína, quando o juiz ordenar. (pode alugar)
Exceto: desapropriação (Poder público despoja alguém de sua propriedade e a toma para si. e hipoteca.
Art.32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas. Por exemplo, herda a ação judicial do dinheiro, casa, bens em geral.
Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; ex.: Recebe 100% do aluguel de uma casa.
Os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz competente. Ex.: 50% do aluguel para esses herdeiros e os outros 50% para o banco.
Art.34. Os herdeiros excluídos (que não tiveram garantias para se obter a posse dos bens) podem, justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos da parte que lhe tocaria. 
Art.35. Se provar que o ausente morreu em tal data, desde essa data, a fase que era provisória vira definitiva. 
OBS: Só há sucessão se houver morto!
Art.37. 1º Parte: Dez anos passado a publicação da sentença da sucessão provisória, tem-se nova sentença que declara a morte presumida com decretação de ausência e abertura da terceira fase.
Só pode ter sucessão definitiva com a declaração da morte.
3 º Fase: SUCESSÃO DEFINITIVA
Objetivo: Posse dos bens de maneira definitiva.
Art.37. 2ºParte: Os interessados podem retirar as garantias prestadas.
 Só pode ter sucessão definitiva com a declaração da morte. Exceção:
 Art.38 - IMPORTANTE: Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.
 
 RETORNO DO SUJEITO
Se retornar na 1º ou 2º fase, não muda nada. 
Na 2° Apenas devolve os bens para o sujeito e devolve as garantias para os herdeiros. Se tiver destruído algum bem do ausente, ele fica com as garantias.
Parag. Único art. 33 - Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos (O direito proíbe o enriquecimento sem causa). CUIDADO: Ele não perde os seus bens.
Na 3º Fase: Art.39 - Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados (trocado um pelo outro. Ex.: troca de um apt. por outro) em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.
Se a pessoa doar por exemplo para um filho, o ausente perde o direito dos bens.
Se o ausente não tiver herdeiros: 
Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território federal. (Herança Jacente)
Se ausente é casado e esposa contraiu novo casamento: 
Jurisprudência e Doutrina: Prevalece o casamento atual e anula o 2° casamento. Se ela quiser ficar com o ausente, terá que se divorciar do atual e casar novamente com o ausente.	
Art. 7 / CC - Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência.

Outros materiais