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DISCIPLINA LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS UNIDADE 6 Modos de organização textual de gêneros acadêmicos: Tipologias descritiva, narrativa e dissertativa. CÓDIGO CRÉDITOS 04 TOTAL DE AULAS NO SEMESTRE 80h/a OBJETIVOS Confrontar textos de gêneros diferentes concernentes à sua área de conhecimento; CONTEÚDO Relatórios; Resenhas; Saber diferençar um texto narrativo de um descritivo; Reconhecer os elementos constitutivos do texto narrativo; Reconhecer os elementos constitutivos do texto descritivo; Elaborar textos narrativos e identificar suas características; Elaborar textos descritivos e identificar suas características. Textos de opinião; Notícias publicadas em jornais. ESTRATÉGIA Exposição visual de textos de gêneros textuais diferentes. BIBLIOGRAFIA ABREU, Antonio. S. Curso de redação. São Paulo: Ática, s/d. CAMPEDELLI, Samira Youssef; BARBOSA, Jésus. Produção de texto e usos da linguagem. São Paulo: Ática, s/d. CARNEIRO, Agostinho Dias. Redação em construção. São Paulo: Moderna, s/d. SARMENTO, Leila Lauar. Oficina de redação. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2006. � UNIDADE 8 : Política e educação TEXTO I VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES GERA CADA VEZ MAIS INQUÉRITOS A violência contra a mulher vem encontrando menos tolerância em Salvador. Enquanto em 2001, apenas 46 homens foram indiciados em inquéritos pela prática de crimes contra as mulheres, em 2008 este número cresceu 1.034%, passando a 522 casos. Este ano, somente de janeiro até julho, o número já chega a 605 ocorrências. Três anos depois de a Lei Maria da Penha – que estipulou penas mais rigorosas para quem pratica violência doméstica contra as mulheres – ser promulgada, os dados da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) indicam um avanço na conquista dos direitos do sexo feminino. Apesar de ainda pequeno em relação à quantidade de ocorrências que chegam às especializadas todos os dias, as prisões em flagrante também só cresceram. No ano passado, agentes da Deam registraram 87 flagrantes, e este ano o número já é 107 só nos sete primeiros meses. Processo – Até a aplicação da Justiça, de fato, ainda será necessário um longo percurso pela frente. Enquanto no ano passado a unidade especializada registrou 8.234 ocorrências, no mesmo período, apenas 6,18% desses acusados de violência praticadas contra mulheres tiveram as denúncias formalizadas na Justiça, passando de inquéritos a processos judiciais. São histórias como a de Beatriz*, 44 anos, que após ser espancada pela terceira vez pelo marido venceu o medo e foi para a Deam-Brotas. O companheiro de 48 anos a agrediu a pauladas depois de encontrá-la num bar em companhia de amigos. Revoltada com as frequentes agressões, a mulher tentou acabar com o relacionamento três vezes. “Ele já me fez passar muita vergonha, mas agora não vou permitir mais”, diz. Até a punição, no entanto, ela vai percorrer um longo e lento caminho. Foi o que avisou uma outra vítima sentada ao lado dela na sala de espera da Deam, anteontem pela manhã. “Prestei queixa contra meu marido em novembro do ano passado e a delegada marcou a audiência para o mês seguinte. Eu mesma tive de entregar a ocorrência. Até o juiz decretar a prisão dele, fui agredida quatro vezes”, explicou Sandra*, que registrava uma outra queixa de uma nova agressão praticada pelo ex-companheiro. “Quando o agressor responde em liberdade, podemos recorrer às medidas protetivas. Eles podem ser afastados da residência da vítima e, se não obedecerem, ela pode ser encaminhada ao serviço de proteção”, explicou a delegada Olveranda Oliveira, titular da Deam localizada em Periperi, unidade inaugurada ano passado, mas que somente este ano já instaurou 136 inquéritos. A Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa realizou anteontem uma audiência pública para discutir o balanço da aplicação da Lei Maria da Penha desde o início de sua vigência, há três anos. Participaram do evento a promotora Sara Gama, a defensora pública Firmiane Venâncio, a delegada Cely Carlos (Deam-Brotas), a representante da Rede de Atenção à Mulher em Situação de Violência, Francisca Schiavo. Cidadã – Inspiradora para a criação da legislação de defesa dos direitos das mulheres, a biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes – que lutou por mais de 20 anos pela prisão de seu agressor, responsável pela tentativa de homicídio a tiros que a deixou tetraplégica – na próxima segunda-feira recebe o título de cidadã baiana concedido pela comissão. Maria da Penha ministrará palestra na Faculdade Social da Bahia (FSBA), no dia 9 de setembro, às 18h30. Com o tema Direitos Humanos, Justiça e Paz Social, a biofarmacêutica vai contar sua história de sofrimento na busca por Justiça. Para denunciar casos de agressão à mulher: Disque Denúncia: 3235-0000 Central de Atendimento à Mulher: 180 Defensoria Pública do Estado: 3331-3291 Deam - Brotas: 71 3116-7000/ 7001 Deam - Periperi: 71 3117-8217 Deam - Candeias: 71 3601-3504/ 3031. http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1202943= TEXTO II TEXTO III INTERPRETAÇÃO ESCRITA 1. A partir do texto I, opine sobre a situação da mulher na sociedade brasileira. 2. Com base nos textos II e III, produza um parágrafo sobre os direitos da mulher. Conteúdo específico: Modos de organização textual de gêneros acadêmicos: Tipologias descritiva, narrativa e dissertativa. PROCESSOS DE ELABORAÇÃO DO TEXTO Dependendo do tipo de texto que se queira produzir, o desenvolvimento dos parágrafos precisará atender a algumas características específicas. Há quatro tipos básicos de textos, amplamente utilizados em nosso dia-a-dia. Em linhas gerais, são eles: NARRAÇÃO: quando se deseja contar (ou relatar) um fato que tenha ocorrido; DESCRIÇÃO: quando se deseja mostrar os detalhes (ou características) que se referem a um lugar, objeto ou pessoa; DISSERTAÇÃO: quando se deseja apresentar uma noção, opinião ou idéia; ARGUMENTAÇÃO: quando se deseja defender um ponto de vista e tentar convencer outra pessoa. Narrar, descrever, dissertar e argumentar são, portanto, os quatro processos fundamentais de redação que fazem parte da comunicação do dia-a-dia e, por isso, são muito utilizados na prática da escrita. Vejamos como isto se dá em termos práticos, através do exemplo que se segue: Na rua onde você mora, realiza-se semanalmente uma feira. Você decide escrever sobre isso. Dependendo do enfoque que você queira dar ao seu texto, o processo de elaboração vai ter de ser diferente. Se você quer mostrar ao leitor como é a feira (isto é, o que existe nela, que produtos são vendidos, como são as barracas, etc.), vai ter de recorrer à descrição; Se você quer contar ao leitor algum fato que tenha acontecido na feira (vamos supor, um assalto, um desentendimento entre fregueses, etc.), terá de recorrer à narração; Mas se você decidir analisar a presença da feira em sua rua de modo mais profundo e escrever sobre a importância da feira para sua comunidade (proporcionar o encontro entre os vizinhos, a aquisição de alimentos mais frescos e em conta, etc.), neste caso, teremos de recorrer à dissertação, para que você possa expor suas idéias; Por fim, pode-se ainda abordar este tema sob um outro enfoque. Digamos que você deseja provar a superioridade da feira, enquanto atividade econômica, em relação às redes de supermercados, por exemplo. Neste caso, vai recorrer à argumentação, com o intuito de convencer o leitor de sua opinião. Mas atenção: é difícil que um texto apresente apenas um destes processos de construção em sua elaboração. O mais comum é que eles coexistam, isto é, que um texto apresente dois ou mais destes processos simultaneamente. Há mais algumas características, sobre estes quatro tipos de textos, que podemos destacar: Descrever é caracterizar. Ao descrever, você explica