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14 Processo Sumário – cont. � Violação do Prazo: � sobrestamento das demais deliberações legislativas, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado (exemplo, Medidas Provisórias). � Projeto de Códigos: impossibilidade de regime de urgência constitucional. � Observação: ainda que não se cuide de processo legislativo, deve-se acrescentar que a CRFB, art. 223, §1°, determina que o Congresso Nacional apreciará o ato do Poder Executivo de outorga e renovação de concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens no prazo do art. 64, § 2º e § 4º, a contar do recebimento da mensagem. Lei Delegada � Lei Delegada � Órgão Competente: Presidente com a delegação do Congresso Nacional. � Procedimento Legislativo � Delegação Típica ou Própria � Delegação Atípica ou Imprópria – caso em que o projeto deve ser apreciado pelas casas, em votação única, vedada qualquer emenda. � Instrumento Formal viabilizador da delegação: resolução, o que significa a impossibilidade de delegar atribuições do legislador ao executivo, genericamente, por meio de lei, sob pena de violação da Separação de Poderes. Em outras palavras, o próprio legislador não pode abdicar de seu encargo constitucional. � ADI 1.296-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 10/08/95 � Declaração Prescritiva: vedações – art. 68, § 1° 15 Lei Delegada Congresso Nacional Pres. República Lei Delegada Resolução 1° 2° 3° Votação Única Vedada Emenda Parlamentar Delegação Típica Delegação Atípica Lei Delegada � Limites � Art. 68, §1°. � Extrapolação – art. 49, V � Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; � Sustação da LD pelo Congresso Nacional � Instrumento: Decreto Legislativo � Efeitos: Ex Nunc 16 Medida Provisória � Natureza Jurídica � Ato Administrativo � Ato Político � Projeto de Lei com força cautelar de lei � José Afonso da Silva: Ato Legislativo sob condição resolutiva. � Manoel Gonçalves Ferreira Filho e STF: ato normativo primário, pois busca seu fundamento de validade na Constituição, inovando na ordem jurídica: Medida Provisória � Duplo Efeito da MP � Efeito Normativo � Efeito Procedimental � "A edição de Medida Provisória gera dois efeitos imediatos. O primeiro efeito é de ordem normativa, eis que a Medida Provisória, que possui vigência e eficácia imediatas, inova, em caráter inaugural, a ordem jurídica. O segundo efeito é de natureza ritual, eis que a publicação da Medida Provisória atua como verdadeira provocatio ad agendum, estimulando o congresso nacional a instaurar o adequado procedimento de conversão em lei." (ADI 293-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 16/04/93) 17 Medida Provisória � MP e Separação de Poderes: � situação de excepcionalidade que enseja a mitigação da separação � “O que justifica a edição dessa espécie normativa, com força de lei, em nosso direito constitucional, é a existência de um estado de necessidade, que impõe ao Poder Público a adoção imediata de providências, de caráter legislativo, inalcançáveis segundo as regras ordinárias de legiferação, em face do próprio periculum in mora que fatalmente decorreria do atraso na concretização da prestação legislativa. (...) É inquestionável que as medidas provisórias traduzem, no plano da organização do Estado e na esfera das relações institucionais entre os Poderes Executivo e Legislativo, um instrumento de uso excepcional. A emanação desses atos, pelo Presidente da República, configura momentânea derrogação ao princípio constitucional da separação dos poderes.” (ADI 221-MC, voto do Min. Celso de Mello, DJ 22/10/93) Medida Provisória � MP para Instituição ou Majoração de Impostos � Regra Específica: Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada � Regra Geral: II, IE, IPI, IOF, IEG (Efeito Normativo Imediato) 18 Medida Provisória � Pressupostos da MP. � Relevância e Urgência � Caracterizam conceitos jurídicos indeterminados. � Relevância: pressuposto material. � Idéia que se relaciona com a matéria. Revela Estado de Necessidade Legislativa. � Urgência: pressuposto formal � Idéia que se relaciona com o procedimento, ou seja, não é adequada a espera dos 90 dias do procedimento sumário. � "Medida Provisória. Superação, por sua conversão em lei, da contestação do preenchimento dos requisitos de urgência e relevância." (ADI 1.417, Rel. Min. Octavio Gallotti, DJ 23/03/01) Medida Provisória � Fiscalização dos pressupostos pelo Judiciário: � ADI 2.213-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 23/04/04 � O Controle Jurisdicional da Urgência e Relevância deve fundamentar-se em critérios objetivos: � "No que concerne à alegada falta dos requisitos da relevância e da urgência da Medida Provisória (que deu origem à Lei em questão), exigidos no art. 62 da Constituição, o Supremo Tribunal Federal somente a tem por caracterizada quando neste objetivamente evidenciada. E não quando dependa de uma avaliação subjetiva, estritamente política, mediante critérios de oportunidade e conveniência, esta confiada aos Poderes Executivo e Legislativo, que têm melhores condições que o Judiciário para uma conclusão a respeito." (ADI 1.717-MC, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ 25/02/00) 19 Medida Provisória � Limites � Explícitos: art. 62, § 1° � Implícitos: os mesmos da Delegação Legislativa � Instituição ou majoração de impostos � Produção de efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada � Exceção: � II, IE, IPI, IOF, IEG (aplicação da regra geral) Medida Provisória � Prazo: 60 Dias � Início do Prazo: publicação � Não Cumprimento: perda da eficácia desde a edição da MP. � Prorrogação: uma vez por igual período � Recesso do Cong. Nac.: suspensão do prazo � Regime de Urgência: se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. 20 Bloqueio da Pauta • “Reconhecendo a subsistência do bloqueio da pauta daquela Casa legislativa quanto às proposições normativas que veiculem matéria passível de regulação por medidas provisórias (não compreendidas, unicamente, aquelas abrangidas pela cláusula de pré-exclusão inscrita no art. 62, § 1º, da Constituição, na redação dada pela EC nº 32/2001) – preserva, íntegro, o poder ordinário de legislar atribuído ao Parlamento. Mais do que isso, a decisão em causa teria a virtude de devolver, à Câmara dos Deputados, o poder de agenda, que representa prerrogativa institucional das mais relevantes, capaz de permitir, a essa Casa do Parlamento brasileiro, o poder de selecionar e de apreciar, de modo inteiramente autônomo, as matérias que considere revestidas de importância política, social, cultural, econômica e jurídica para a vida do País, o que ensejará – na visão e na perspectiva do Poder Legislativo (e não nas do Presidente da República) - a formulação e a concretização, pela instância parlamentar, de uma pauta temática própria, sem prejuízo da observância do bloqueio procedimental a que se refere o § 6º do art. 62 da Constituição, considerada, quanto a essa obstrução ritual, a interpretação que lhe deu o Senhor Presidente da Câmara dos Deputados.”