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Aplicação prática das DRIs

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Curso de Aperfeiçoamento Terapia Nutricional
Nutrientes Bioativos em Nutrição Clínica - da evidência à prática 
Aplicação prática das Dietary Reference Intakes (DRIs) para indivíduos saudáveis
Camila C. Japur
Nutricionista – Curso de Nutrição e Metabolismo – USP/RP
Mestre em Ciências Médicas – FMRP/USP
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Histórico
1ª ed RDA (Recommended Dietary Allowances)
Objetivo: Estabelecer padrões dietéticos de referência 
1941 (2ª Guerra Mundial)
Prevenção de Doenças Carenciais
(exército e população civil vivendo com privações)
Novas edições a cada 5 anos
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1989
1 Publicação = 283 páginas
National Academy of Science (NAS)
A partir de 1997
RDA
8 publicações  5000 páginas
Dietary Reference Intakes
DRIs
 Committee on the Scientific Evaluation of Dietary - FNB, Institute of Medicine - IOM, National Academy of Sciences - NAS e Health Canada
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1° publicação: 11 anos atrás
8° publicação: 3 anos atrás
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Grupo de especialistas selecionados pela Academia Americana de Ciências
Basearam-se em evidências científicas disponíveis
Destinadas apenas a INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS
Estratificadas por sexo, faixa etária e estado fisiológico (gestantes e lactantes)
Dietary Reference Intakes (DRI)
(Referência de Ingestão de Nutrientes)
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Dietary Reference Intakes (DRI)
Natureza da proposta
Informação sobre:
 Balanço e metabolismo de nutrientes em diversos estágios da vida, 
 Diminuição de risco de doença, 
 Variações individuais nas necessidades, 
 Disponibilidade e erros associados aos métodos do consumo dietético.
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RECOMENDAÇÕES DE NUTRIENTES
Objetivos
 Servir como guia para avaliação da adequação quantitativa da ingestão de nutrientes e planejamento de dietas para indivíduos e grupos populacionais.
 Definir um diagnóstico do consumo alimentar:
	A ingestão está adequada? 
	Abaixo ou acima do ideal? 
	Qual é o risco de deficiência ou excesso de tal 
	nutriente na ingestão?
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RECOMENDAÇÕES DE NUTRIENTES
Objetivos
 Referência de limites para fortificação e desenvolvimento de novos produtos
 Redução do risco de doenças crônicas não-transmíssiveis
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EAR Estimated Average Requirement 
(Necessidade Média Estimada): 
Valor (mediana) de ingestão diária suficiente para atender a necessidade de um nutriente de metade (50%) dos indivíduos saudáveis do mesmo gênero e estágio da vida.
Novas definições
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Estabelecendo as RDAs
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RDA Recommended Dietary Allowance 
(Ingestão Dietética Recomendada)
Valor de ingestão diária suficiente para suprir a necessidade de um nutriente de quase todos (97 a 98%) os indivíduos saudáveis do mesmo gênero e estágio da vida.
Novas definições
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AI Adequate Intake 
(Ingestão Adequada) 
Valor de consumo recomendável, baseado em levantamentos de dados experimentais, ou ainda de estimativas de ingestão de nutrientes para grupo(s) de pessoas sadias, e que se considera adequado. 
É usado quando a RDA não pode ser determinada
É um valor de INGESTÃO e não de necessidade
Novas definições
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UL Tolerable Upper Intake Level 
(Limite Superior Tolerável de Ingestão) 
Limite superior de ingestão diária prolongada de um nutriente que não apresenta efeito adverso à saúde em quase todos os indivíduos do mesmo gênero e estágio da vida. 
Novas definições
UL não é recomendação!!
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Fundamentos para estabelecer a
 Ingestão Máxima Tolerada - UL
Quando Possível: é baseado no NOAEL
Quando não - LOAEL 
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ESTÁGIOS DA VIDA
Bebês						0 – 6M
						7 – 12M
Crianças					1 – 3A
						4 – 8A
Homens e Mulheres				9 – 13A
						14 – 18A
						19 – 30A
						31 – 50A
						51 – 70A
						> 70A
Gestação e Lactação				 18A
						19 – 30 A
						31 – 50 A
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EER - Estimated Energy Requirement 
(Necessidade Estimada de Energia) 
É a média da ingestão de energia que mantém o balanço energético em um grupo de indivíduos aparentemente saudáveis com idade, gênero, peso, altura e nível de atividade física definidos.
 
Crianças, gestantes e lactantes: 
EER considera as necessidades associadas –
Deposição dos tecidos 
Secreção de leite
Peso corporal: 
Excelente indicador da ingestão energética habitual
Definições da Necessidade Energética
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Necessidade
%população
Gráf1
		18
		18
		20
		30
		40
		50
		55
		50
		40
		30
		20
		18
		18
Concentração do Nutriente
Plan1
		
				0		2.5		10		20		30		40		50		60		70		80		90		97.5		100
		Concentração do Nutriente		18		18		20		30		40		50		55		50		40		30		20		18		18
Plan1
		
Concentração do Nutriente
Plan2
		
Plan3
		
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Estimada a partir de equações preditivas do gasto total de energia.
Técnica da água duplamente marcada
Necessidade Estimada de Energia (EER)
As equações de EER só devem ser utilizadas para
 indivíduos dentro da faixa de normalidade de IMC.
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Gasto Total de Energia (TEE)
Todos estes dados resultaram na seguinte equação:
Em que:
TEE em Kcal/dia, idade em anos, peso em quilos e altura
em metros
A: constante
B: coeficiente de idade
NAF: Nível de atividade física
D: coeficiente de peso
E: coeficiente de altura
TEE= A - B x Idade +NAF x (D x Peso + E x Altura)
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0 – 3m 
(89 x peso corporal [Kg] – 100) + 175 (Kcal de energia de depósito)
4 – 6m 
(89 x peso corporal [Kg] – 100) + 56 (Kcal de energia de depósito)
7 – 12m 
(89 x peso corporal [Kg] – 100) + 22 (Kcal de energia de depósito)
13 – 35m 
(89 x peso corporal [Kg] – 100) + 20 (Kcal de energia de depósito)
EER para crianças (0 a 35 meses)
EER= TEE + Energia de depósito
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Qual é a necessidade estimada 
de energia de um bebê do sexo 
masculino, de 8 meses e peso de 
9,0Kg e comprimento de 71 cm?
*
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7-12m : 
EER= (89 x Peso -100) + 22
Peso= 9Kg
EER= 723 Kcal/dia
			
Idade: menor que 35 meses
	Não leva em consideração a altura (comprimento) nem o sexo do bebê
*
*
EER para crianças (3 a 18 anos)
EER= TEE + Energia de depósito
SEXO FEMININO:
EER = 135,3 – 30,8 x Idade [a] + NAF x (10,0 x Peso [Kg] +
 934 x Altura [m] ) + energia de depósito*
SEXO MASCULINO:
EER = 88,5 – 61,9 x Idade [a] + NAF x (26,7 x Peso [Kg] +
903 x Altura [m] ) + energia de depósito*
*
*
EER para crianças (3 a 18 anos)
EER= TEE + Energia de depósito
*Energia de depósito: 
Para 3 a 8 anos: 20 Kcal / Para 9 a 18 anos: 25 Kcal
Desvio Padrão da EER para crianças e adolescentes saudáveis
Sexo feminino: 68 Kcal
Sexo masculino: 58 Kcal
*
*
COEFICIENTE DE NAF (3 A 18 ANOS):
*
*
*
*
Qual é a necessidade estimada 
de energia de um garoto, de 10 anos, peso de 33,3Kg, altura de 1,41m, com atividade física moderada?
*
*
EER = 88,5 – 61,9 x Idade [a] + NAF x (26,7 x Peso [Kg] + 903 x Altura [m] ) + energia de depósito
Idade: 10 anos
P= 33,3Kg
A= 1,41m
NAF= ? *AF moderada
Energia de depósito= ?
DP= ?
*Energia de depósito: 
Para 3 a 8 anos: 20 Kcal
Para 9 a 18 anos: 25 Kcal
DP da EER para crianças e adolescentes saudáveis
Sexo feminino: 68 Kcal
Sexo masculino: 58 Kcal
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Substituindo:
EER= 88,5 – 61,9 x 10 + 1,26 x (26,7 x 33,3 + 903 x 1,41) + 58
EER= 2252 Kcal/dia 
Considerando o DP (58Kcal): 2252 ± (2 x 58)
Intervalo de ingestão de energia: 2136 – 2368 Kcal/dia
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EER para adultos (19 anos e mais)
SEXO FEMININO:
EER = 354 – (6,91 x Idade [a]) + NAF x (9,36 x Peso [Kg] + 727 x Altura [m] )
SEXO MASCULINO:
EER = 661,8 – (9,53 x Idade [a] + NAF x (15,91 x Peso [Kg] + 539,6 x Altura [m] ) 
Desvio Padrão da EER para adultos saudáveis:
Sexo feminino: 162 Kcal
Sexo masculino: 199 Kcal
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COEFICIENTE DE NAF (19 ANOS E MAIS):
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Calcule a necessidade estimada 
de energia de uma mulher, de 76 anos, peso de 61Kg, altura
de 1,65 m, com atividade física leve.
EER= 354 – (6,91 x Idade [a] + NAF x (9,36 x Peso [Kg] + 727 x Altura [m])
Idade: 76a (idosa) /P= 61Kg /A=1,65m /NAF(PAL)= 1,12 / IMC = 22,4Kg.m²
EER=1812 Kcal 
Considerando o DP (162Kcal): 1811 ± (2 x 162)
Intervalo de ingestão de energia: 1487 - 2135 Kcal
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Nível de Atividade Física (NAF)
Physical activity level (PAL)
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MET: Equivalente metabólico
1 MET = taxa de consumo de oxigênio de 3,5ml/min/kg peso corporal para um adulto 
PAL: 
Nível de atividade física = Razão do GET/GEB
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Exemplo de cálculo - PAL
PAL (nível de atividade física)/HORA
Atividades diárias
Atividade leve sentado: 0,03
Esfregar, lavar: 0,2
Dirigir veículo: 0
Ler quietamente: 0
Limpar com aspirador de pó: 0,14
Andar com o cachorro: 0,11
Aguar plantas: 0,09
Atividade física
Caminhar 2mph (3210metros):0,09
Nadar (lentamente): 0,02
Dançar: 0,11
*
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Mulher, 35 anos
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Exemplo de cálculo
Média do PAL= 1,1 + Média do PAL/dia
Média do PAL/dia = 
	Média do PAL na semana/ 7 dias
	Média do PAL/dia = 3,87/ 7 dias = 0,552
	
Se deixar de dançar (-0,66) 
	= 3,87 – 0,66 = 3,21/7 = 0,45
GEB + ETA
*
*
Exemplo de cálculo
Média do PAL= 1,1 + Média do PAL/dia
Média do PAL= 1,1 + 0,552
Média = 1,652
PA
1 se PAL ≥ 1 < 1,4 (sedentário)
1,12 se PAL ≥ 1,4 < 1,6 (pouco ativo)
1,27 se PAL ≥ 1,6 < 1,9 (ativo)
1,45 se PAL ≥ 1,9 < 2,5 (muito ativo)
Se deixar de dançar = 1,1 +0,45 = 1,55 				(IOM, 2002)
COEFICIENTE DE NAF (19 ANOS E MAIS)
*
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Macronutrientes
*
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AMDR
Faixas de ingestão de macronutrientes associadas à redução do risco de doenças crônicas, mas que provêem nutrientes essenciais para os grupos etários e gênero.
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Acceptable Macronutrient Distribution Ranges (AMDR) 
Intervalos de distribuição aceitável de macronutrientes
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PLANEJAMENTO DA DIETA PARA MACRONUTRIENTES: 
HOMEM; 24 ANOS; 1,81M; 85KG; ATIVIDADE FÍSICA LEVE
EER = 3000 KCAL
*
*
EER = 3000 KCAL
*Fazem parte da gordura total
*
*
Avaliação e planejamento 
da ingestão de micronutrientes
em dietas de indivíduos saudáveis
*
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Avaliação de dietas de indivíduos
*
*
A ingestão de micronutrientes atende às necessidades do indivíduo?
*
*
Precisão da análise da dieta depende:
Não é possível determinar exatamente se a ingestão supre as necessidades do indivíduo
(IOM, 2000)
*
*
Variações que ocorrem 
nas necessidades e na ingestão de nutrientes 
entre indivíduos 
Método de avaliação da adequação aparente proposto pelas DRIs 
Determina a PROBABILIDADE DA INGESTÃO DO MICRONUTRIENTE
 ESTAR ADEQUADA OU INADEQUADA
*
*
(IOM, 2000)
Estabelecer a necessidade do nutriente:
Variabilidade intrapessoal da
 ingestão do nutriente
Estimar a ingestão habitual:
*
*
Para alguns nutrientes, é possível avaliar, aproximadamente, 
se a ingestão supre a necessidade.
Sempre que possível, considerar:
Parâmetros biológicos como ANTROPOMETRIA, ÍNDICES BIOQUÍMICOS, 
DIAGNÓSTICO e ESTADO CLÍNICO
Totalidade das evidências não somente a ingestão dietética
(IOM, 2000)
*
*
Passos para a estimativa da adequação 
aparente da ingestão de micronutrientes
1. 
Obter a informação mais precisa possível sobre ingestão de nutrientes (dieta e suplementos)
2. 
Escolher a referência (DRI) mais adequada
3. 
Cálculo da adequação aparente da ingestão de nutrientes
4.
Interpretação do resultado
(IOM, 2000)
*
*
Primeiro passo: ingestão habitual
Como obter informações de consumo mais precisas?
Seleção da metodologia mais adequada
Recomendado: 
Registro de 3 ou mais dias ou mais de um recordatório 24h
(Dias alternados e um dia do final de semana)
(IOM, 2000)
*
*
Coleta cuidadosa quanto aos alimentos consumidos, formas de preparo e tamanho das porções
Utilização de suplementos (???)
Considerações quanto à variações sistemáticas devidas à sazonalidade, doenças crônicas, transições alimentares
Utilize uma fonte confiável como 
base de dados de composição de alimentos
(IOM, 2000)
*
*
Segundo passo: escolher a DRI
mais adequada
EAR é o mais adequado para indivíduos
50% dos indivíduos em um grupo apresentam necessidade do nutriente acima do valor de EAR e 50% abaixo
(IOM, 2000)
*
*
Por que não utilizar RDA para avaliar dietas???
RDA: metas de ingestão de indivíduos
Se a ingestão habitual está acima, provavelmente está adequada
O contrário não é verdadeiro: ingestão abaixo da RDA pode não ser inadequada.
(IOM, 2000)
*
*
Avaliação quantitativa
Avalia a probabilidade da ingestão aparente do nutriente estar adequada.
Terceiro passo: Cálculo da adequação aparente
(IOM, 2000)
*
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Média de ingestão
Cálculo de nutrientes (inquérito alimentar de 2 ou mais dias)
EAR
Tabela DRIs
DPnec
0,1 x EAR (Sendo 0,1 = CV de 10%)
Exceção niacina: 0,15 x EAR (CV DE 15%)
Vnec = (DPnec)²
DPint 
Tabela obtida de dados de estudos populacionais
Vint = (DPint)²
n
Número de dias de inquérito alimentar avaliado
z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n)
*
*
Média de ingestão
Cálculo de nutrientes (inquérito alimentar de 2 ou mais dias)
EAR
Tabela DRIs
DPnec
0,1 x EAR (Sendo 0,1 = CV de 10%)
Exceção niacina: 0,15 x EAR (CV DE 15%)
Vnec = (DPnec)²
DPint 
Tabela obtida de dados de estudos populacionais
Vint = (DPint)²
n
Número de dias de inquérito alimentar avaliado
z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n)
*
*
Nutrientes com EAR / RDA OU AI
EAR Tabela DRIs: BUSCAR O VALOR
*
*
Para a mesma faixa etária:
Nutrientes que tem EAR, terão RDA 
(RDA calculada a partir da EAR)
Nutrientes que 
não tem EAR, não terão RDA e
tem AI
Ex: Carboidratos 
– AI para bebês, e não tem EAR e RDA
	 
- EAR e RDA para adultos, e não tem AI
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Média de ingestão
Cálculo de nutrientes (inquérito alimentar de 2 ou mais dias)
EAR
Tabela DRIs
Vnec = (DPnec)²
DPnec
0,1 x EAR (Sendo 0,1 = CV de 10%)
Exceção niacina: 0,15 x EAR (CV DE 15%)
DPint 
Tabela obtida de dados de estudos populacionais
Vint = (DPint)²
n
Número de dias de inquérito alimentar avaliado
z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n)
*
*
Média de ingestão
Cálculo de nutrientes (inquérito alimentar de 2 ou mais dias)
EAR
Tabela DRIs
DPnec
0,1 x EAR (Sendo 0,1 = CV de 10%)
Exceção niacina: 0,15 x EAR (CV DE 15%)
Vnec = (DPnec)²
Vint = (DPint)²
DPint 
Tabela obtida de dados de estudos populacionais
n
Número de dias de inquérito alimentar avaliado
z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n)
*
*
Tabela de desvio-padrão intrapessoal (DPint)
Vint = (DPint)²
Fonte: Adaptada de IOM, 2000
*
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Fatores que afetam a variação diária da ingestão de nutrientes
 Variedade x Monotonia nas escolhas alimentares individuais
		 (Basiotis et al., 1987; Sempos et al., 1985; Tarasuk and Beaton, 1991,1992) 
 Dia da semana
		 (Beaton et al., 1979; Tarasuk and Beaton,1992; Van Staveren et al., 1982)
 Férias e ocasiões especiais
 Clima
 Apetite, que pode estar relacionado à mudanças na atividade física, no ciclo menstrual... 
					(Barr et al., 1995; Tarasuk and Beaton,1991)
*
*
Atenção especial deve ser dada para nutrientes altamente concentrados em alguns alimentos que são consumidos apenas ocasionalmente. 
Ex: Vitamina A.
						 (Gibson et al., 1985)
Para se estimar a ingestão usual de vitamina A seria necessário avaliar meses de consumo
Fígado de boi grelhado
1 bife (100g) = 14000 g de retinol
*
*
Vitamina C
*
*
Média de ingestão
Cálculo de nutrientes (inquérito alimentar de 2 ou mais dias)
EAR
Tabela DRIs
DPnec
0,1 x EAR (Sendo 0,1 = CV de 10%)
Exceção niacina: 0,15 x EAR (CV DE 15%)
Vnec = (DPnec)²
DPint 
Tabela obtida de dados de estudos populacionais
Vint = (DPint)²
n
Número de dias de inquérito alimentar avaliado
z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n)
*
*
Quantos dias de inquérito são necessários para avaliar o consumo?
Estudo com 13 homens em 1 ano
Avaliação da estimativa média de ingestão com precisão de ±10% da verdadeira ingestão 
Niacina: 53 dias
Vitamina C: 249 dias
Estudo com 16 mulheres em 1 ano
Vitamina C: 222 dias (precisão de ±10%)
		55 dias (precisão de ±20%)
					(Basiotis et al., 1987)
*
*
Quarto passo: Interpretação
z = Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n)
Se z positivo, o número encontrado deve ser somado a 0,5
Se z negativo, deve-se diminuir de 0,5 o número encontrado.
*
*
EXEMPLO DE CÁLCULO
A ingestão média de folato de um homem de 60 anos foi calculada, baseando-se em 7 registros alimentares
*
*
Folato:
EAR = 320g
DPnec = 10% de 320 = 32 g
Vnec = (32)² = 1024
DPint = 150 g
Vint = (150)² = 22500
n = 7 dias
Ingestão média = 89g
Está adequada a ingestão?
*
*
z= Média de ingestão – EAR / Vnec + (Vint/n)
z = 89 – 320 / 1024 + (22500/7)
z = - 231 / 1024 + (22500/7)
z = - 231 / 1024 + 3214,3
z = - 231 / 4238,3
z = -231 / 65,1
z = - 3,54
*
*
z = - 3,54
Probabilidade da ingestão estar adequada:
0,5 – 0,4990 = 0,001
= 0,001 x 100 = 0,1%
OU
Probabilidade da ingestão estar inadequada:
100 – 0,1 = 99,9%
*
*
Ingestão de folato do homem em questão necessariamente deve ser implementada, devido ao alto risco de inadequação
*
*
* DPint alto (CV = 60 ou 70%)
Vitamina A, C, E e B12, Carotenóides
* DPnec alto
Ferro para mulheres em idade fértil
* Inquérito alimentar de apenas 1 dia
Abordagem quantitativa não apropriada
(IOM, 2000)
*
*
Avaliação qualitativa
Se a média de ingestão do nutriente for:
Menor que a EAR: esta deve ser implementada
Entre a EAR e a RDA: existe risco de inadequação, e provavelmente a ingestão deva ser aumentada
Acima da RDA e um número expressivo de dias tiver sido avaliado: pouco provável que a ingestão seja inadequada 
(IOM, 2000)
*
*
EXEMPLO:
Ingestão média de vitamina C de um adolescente de 15 anos do sexo masculino é de 80mg, avaliada por uma seqüência de recordatórios alimentares por um período de 10 dias.
Considerando que a variação intrapessoal da ingestão é elevada em estudos populacionais de consumo alimentar (DPint = 93 mg), avalie QUALITATIVAMENTE a ingestão deste garoto.
 
EAR = 63 mg E RDA = 75 mg
É possível que a ingestão seja adequada, porém deve haver cuidado para que a ingestão seja mantida diariamente
*
*
Para avaliar risco de excesso 
de ingestão de nutrientes
z= média de ingestão – UL / (DPint/n)
(IOM, 2000)
*
*
Para avaliar ingestão excessiva do nutriente, considerar:
 Fonte do nutriente
 Estado fisiológico do indivíduo
 Período de tempo de ingestão habitual aumentada do nutriente.
*
*
UL de vitaminas
(IOM, 2000)
*
*
UL de minerais e eletrólitos
(IOM, 2000)
*
*
A ingestão média de niacina de uma mulher de 21 anos em registro alimentar de 30 dias é de 7mg, mas utiliza um suplemento que oferece 37mg. Há risco de excesso para esta vitamina?
 
Avaliar risco de excesso de niacina: 
Formas sintéticas obtidas de suplementos e/ou alimentos fortificados
Ingestão média= 7mg		Suplemento = 37mg
UL= 35mg
DPint= 9mg 
n= 30				
Resposta: 
UL: 	z= 37 - 35 / (9/30) 
	z = 2 / (9/5,47) = 
	z = 2 / 1,64 
	z = 1,21
z= média de ingestão – UL / (DPint/n)
*
*
A ingestão de niacina está excessiva com confiabilidade de 88,69% OU 11,31% de confiabilidade de que a ingestão é segura
z=1,21
0,5 + 0,3869 = 0,8869
88,69%
*
*
Na ausência de deficiência clínica e/ou bioquímica de niacina que justifique o uso do suplemento nestes níveis, este deverá ser diminuído ou suspenso, devido ao alto risco de excesso.
Suplementação em níveis maiores que o UL
*
*
O que fazer 
com nutrientes 
cuja EAR ainda
não foi definida?
*
*
(IOM, 2000)
*
*
Cálcio:
AI = 1200mg
Ingestão média = 350mg
Está adequada a ingestão?
Ingestão < que a AI: 
Não se pode concluir nada quantitativamente, porém é necessário o aumento da ingestão de cálcio
*
*
Qual deveria ser a ingestão média de riboflavina em 
uma dieta de um homem de 45 anos para que se tenha uma probabilidade de adequação de 95%?
a- registro alimentar de 3 dias
b- registro alimentar de 7 dias
c- registro alimentar de 30 dias
EAR= 1,1mg
DPint= 1mg Vint= 1
DPnec= 10% x EAR = 0,11mg Vnec= 0,0121
*
*
*
*
3 DIAS 
1,65 = (y – 1,1) / 0,0121+ (1/3) 
1,65 = (y – 1,1) / 0,345 0,5699 = y – 1,1
 y= 1,67mg
b) 7 DIAS
1,65 = (y – 1,1) / 0,0121+ (1/7) 
1,65 = (y – 1,1) / 0,1549 0,2556 = y – 1,1
 y= 1,36mg
c) 30 DIAS
1,65 = (y – 1,1) / 0,0121+ (1/30) 
1,65 = (y – 1,1) / 0,045 0,0749 = y – 1,1
 y= 1,17mg
EAR = 1,1 mg			RDA = 1,3 mg
Para que a ingestão avaliada em 3 dias atinja uma probabilidade de 95% 
em estar adequada, é necessário um consumo 30% maior que a RDA
Porém, quando avalia-se 30 dias o consumo pode ser próximo à EAR
DIMINUI OS ERROS DEVIDO À VARIABILIDADE DO CONSUMO!!!!
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Garantir que a dieta habitualmente consumida
foi planejada com um risco baixo (aceitável)
de inadequação de nutrientes e com risco mínimo 
de excesso para todos os nutrientes para os quais 
foram estabelecidos valores de DRIs.
Planejamento de dietas para Indivíduos
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Ingestão de energia e nutrientes
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www.nap.edu
Topics: Food and nutrition
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Clique em: Nutrition – Dietary Reference Intakes
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Relatórios completos das DRIs
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Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes: Applications in dietary assessment. Food and Nutrition Board. Washington DC. National Academy Press. 2000. 
Basiotis PP, Welsh SO, Cronin FJ, Kelsay JL, Mertz W. 1987. Number of days of food intake records required to estimate individual and group nutrient intakes with defined confidence. J Nutr 117:1638–1641.
Sempos CT, Johnson NE, Smith EL, Gilligan C. 1985. Effects of intraindividual and interindividual variation in repeated dietary records. Am J Epidemiol 121:120–130.
Tarasuk V, Beaton GH. 1991a. Menstrual-cycle patterns in energy and macronutrient intake. Am J Clin Nutr 53:442–447.
Tarasuk V, Beaton GH. 1992. Statistical estimation of dietary parameters: Implications of patterns in within-subject variation—A case study of sampling strategies. Am J Clin Nutr 55:22–27.
Beaton GH, Milner J, Corey P, McGuire V, Cousins M, Stewart E, deRamos M, Hewitt D, Grambsch PV, Kassim N, Little JA. 1979. Sources of variance in 24-hour dietary recall data: Implications for nutrition study design and interpretation.Am J Clin Nutr 32:2546–2559.
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Barr SI, Janelle KC, Prior JC. 1995. Energy intakes are higher during the luteal phase of ovulatory menstrual cycles. Am J Clin Nutr 61:39–43.
Referências bibliográficas
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Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for vitamin A, vitamin K, arsenic, boron, chromium, copper, iodine, iron, manganese, molybdenum, nickel, silicon, vanadium and zinc. Food and Nutrition Board. Washington DC. National Academy Press. 2001. 
Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for energy, carbohydrate, fibre, fat, fatty acids, cholesterol, and protein and amino acids. Food and Nutrition Board. Washington DC. National Academy Press. 2002 
Referências bibliográficas
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Camila Japur
e-mail: camila@fmrp.usp.br
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Altura e Idade
 Diminuição do TEE entre 10 e 7 kcal/ano
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EAR: o DP das necessidades indica quanto a necessidade individual pode se desviar da mediana da necessidade da população
A média da ingestão observada é a melhor estimativa; como varia, o DP da variação intrapessoal indica a magnitude da diferença entre a ingestão observada e a ingestão habitual
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EAR: o DP das necessidades indica quanto a necessidade individual pode se desviar da mediana da necessidade da população
A média da ingestão observada é a melhor estimativa; como varia, o DP da variação intrapessoal indica a magnitude da diferença entre a ingestão observada e a ingestão habitual
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EAR: o DP das necessidades indica quanto a necessidade individual pode se desviar da mediana da necessidade da população
A média da ingestão observada é a melhor estimativa; como varia, o DP da variação intrapessoal indica a magnitude da diferença entre a ingestão observada e a ingestão habitual
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EAR: o DP das necessidades indica quanto a necessidade individual pode se desviar da mediana da necessidade da população
A média da ingestão observada é a melhor estimativa; como varia, o DP da variação intrapessoal indica a magnitude da diferença entre a ingestão observada e a ingestão habitual
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EAR: o DP das necessidades indica quanto a necessidade individual pode se desviar da mediana da necessidade da população
A média da ingestão observada é a melhor estimativa; como varia, o DP da variação intrapessoal indica a magnitude da diferença entre a ingestão observada e a ingestão habitual
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