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3 RESOLUÇÃO ALTERNATIVA DE DISPUTAS (RAD)

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RESOLUÇÃO ALTERNATIVA DE DISPUTAS (RAD)
MÉTODOS
ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
(MASCS) 
RESOLUÇÃO ALTERNATIVA DE
CONFLITOS (RAC)
Profª Hilziane Layza de Brito Pereira Lima
Resolução Apropriada de Disputas (ou RADs) 
Sistema pluriprocessual.
 As características intrínsecas de cada processo são observadas para proporcionar a melhor solução possível para uma disputa – de acordo com as particularidades de cada caso. 
Negociação, a mediação e a arbitragem fora do âmbito do sistema oficial de resolução de disputas.
Todos se desenvolvem por métodos:
Métodos consensuais (negociação, mediação e conciliação); ou
Adversariais (arbitragem).
Métodos Consensuais
Forma autocompositiva;
Não há decisão por terceiros;
As soluções são encontradas pelos próprios envolvidos;
Contam com auxiliam de um terceiro facilitador imparcial que nada decide;
Mediador como mero estimulador da manifestação por meio de indagações criativas;
Não admite produção de provas;
Sem impugnações.
Métodos Adversariais
Forma heterocompositiva;
As soluções independem da vontade dos litigantes e são tomadas por um terceiro;
Há colheita de informações, produção de provas e da análise dos argumentos materializados nos pedidos, contestações, impugnações, agravos, embargos por eles apresentados.
As soluções são encontradas por um terceiro imparcial (juiz ou árbitro);
As questões são resolvidas nos limites em que são apresentadas;
O terceiro substitui a vontade das partes e decide conforme estabelecido pela lei ou pela convenção arbitral.
Na escolha do método de resolução mais indicado...
Levar em consideração características e aspectos de cada processo, tais como: 
Custo financeiro;
Celeridade;
Sigilo;
Manutenção de relacionamentos;
Flexibilidade procedimental;
Exequibilidade da solução;
Custos emocionais na composição da disputa;
Adimplemento espontâneo do resultado;
Recorribilidade 
OBS: 
Existem vantagens e desvantagens em cada procedimento que devem ser consideradas em função das características específicas de cada conflito.
Negociação e o processo judicial se encontram em extremidades opostas. 
Métodos Alternativos de Solução de Conflitos (Mascs)
Representam um novo tipo de cultura na solução de litígios.
Centrados nas tentativas de negociar harmoniosamente a solução desses conflitos, direcionado à pacificação social quando vistos em seu conjunto, onde são utilizados métodos cooperativos.
Resolução Alternativa de Conflitos (RAC)
Aplicação alternativa, complementar ou paralela às atividades desenvolvidas pelo Poder Judiciário.
TODOS:
Extrajudiciais.
Poderão ser desenvolvidos segundo os métodos consensuais (negociação, mediação e conciliação) ou adversariais (arbitragem).
Serão, portanto, todos aqueles que se desenvolvem fora do ambiente do Poder Judiciário e que encontram soluções lícitas.
DOS PROCESSOS, MÉTODOS OU MEIOS EM ESPÉCIE 
NEGOCIAÇÃO 
As partes: 
i) escolhem o momento e o local da negociação; 
ii) determinam como se dará a negociação, inclusive quanto à ordem e ocasião de discussão de questões que se seguirão e o instante de discussão das propostas; 
iii) podem continuar, suspender, abandonar ou recomeçar as negociações; 
iv) estabelecem os protocolos dos trabalhos na negociação; 
v) podem ou não chegar a um acordo e têm o total controle do resultado. 
MEDIAÇÃO 
Negociação facilitada ou catalisada por um terceiro. 
Processo autocompositivo segundo o qual as partes em disputa são auxiliadas por uma terceira parte neutra ao conflito ou por um painel de pessoas sem interesse na causa, para se chegar a uma composição. 
Processo não vinculante.
As partes podem continuar, suspender, abandonar e retomar as negociações. Permite‑se encerrar o processo a qualquer tempo.
Apesar de o mediador exercer influência sobre a maneira de se conduzirem as comunicações ou de se negociar, as partes têm a oportunidade de se comunicar diretamente. 
O mediador pode e deve contribuir para a criação de opções que superam a questão monetária ou discutir assuntos que não estão diretamente ligados à disputa, mas que afetam a dinâmica dos envolvidos. 
Por fim, tanto na mediação, quanto na conciliação, como na negociação, as partes não precisam chegar a um acordo. 
CONCILIAÇÃO 
Processo autocompositivo breve no qual as partes ou os interessados são auxiliados por um terceiro, neutro ao conflito, ou por um painel de pessoas sem interesse na causa, para assisti‑las, por meio de técnicas adequadas, a chegar a uma solução ou a um acordo. 
Busca (CNJ):
i) além do acordo, uma efetiva harmonização social das partes, restaurando a relação social das partes; 
ii) utilizar técnicas persuasivas, mas não impositivas ou coercitivas para se alcançarem soluções; 
iii) demorar suficientemente para que os interessados compreendam que o conciliador se importa com o caso e a solução encontrada; 
iv) humanizar o processo de resolução de disputas; 
v) preservar a intimidade dos interessados sempre que possível; 
vi) visar a uma solução construtiva para o conflito, com enfoque prospectivo para a relação dos envolvidos; 
vii) permitir que as partes sintam‑se ouvidas; e 
viii) utilizar‑se de técnicas multidisciplinares para permitir que se encontrem soluções satisfatórias no menor prazo possível. 
ARBITRAGEM 
Processo eminentemente privado, no qual as partes ou interessados buscam o auxílio de um terceiro, neutro ao conflito, ou de um painel de pessoas sem interesse na causa, para, após um devido procedimento, prolatar uma decisão (sentença arbitral) visando encerrar a disputa. 
Processo vinculante.
Coercibilidade e capacidade de pôr fim ao conflito. 
É mais finalizador do que o próprio processo judicial, porque não há recurso na arbitragem. 
Lei n. 9.307/96 - o Poder Judiciário executa as sentenças arbitrais como se sentenças judiciais fossem.
Princípios norteadores dos métodos mediativos 
Confidencialidade: tudo o que for trazido, gerado, conversado entre as partes durante a conciliação ou mediação fica adstrito ao processo; 
Imparcialidade: o conciliador/mediador não toma partido de nenhuma das partes; 
Voluntariedade: as partes permanecem no processo mediativo se assim desejarem; 
Autonomia da vontade das partes: a decisão final, qualquer que seja ela, cabe tão somente às partes, sendo vedado ao conciliador e ao mediador qualquer imposição. 
Justiça comunitária
Programas comunitários de mediação de conflitos que contam com atuação de presidentes de associação de bairro, juízes de paz e religiosos.
Estimulada por força de capacitações ofertadas para os cidadãos que já contam com certo destaque no núcleo social. 
Empoderamento da comunidade em técnicas de conciliação e mediação na busca de emancipação social.
Oferta de materiais didáticos, artísticos, consistentes em cartilhas educativas (cartilha da justiça, cartilha da cidadania, estatuto da criança e adolescente, do consumidor, da locação).
Integração do indivíduo na comunidade.
Med‑Arb e outras hibridações de processos 
MED‑ARB 
Processo híbrido no qual se inicia com uma mediação e, na eventualidade de não se conseguir alcançar um consenso, segue‑se para uma arbitragem. 
Faz‑se necessária uma convenção ou cláusula denominada de ‘escalonada’ por haver a previsão da referida hibridação. 
NEG‑MED‑ARB
Uma negociação, seguida de uma mediação e, na hipótese de ausência de sucesso das duas fases preliminares, segue‑se para uma arbitragem. 
OBS: 
‘Desenho’ de um processo de resolução de disputas que melhor se adeque ao conflito concreto.
Não existe um processo que seja absolutamente melhor que outro.
PRÁTICAS AUTOCOMPOSITIVAS INOMINADAS
Diversos tribunais brasileiros têm organizado treinamentos, workshops, aulas, grupos de apoio, oficinas, entre outras práticas para orientar o jurisdicionado a resolver melhor seus conflitos.
Ex. 
Oficinas de parentalidade (ou oficinas de pais e filhos).
Oficinas de abordagem e auxílio a dependentes químicos.

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