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Perdas causadas por patógenos

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Perdas causadas por patógenos em pós-colheita de frutas e hortaliças
Petrolina - PE
29 de Janeiro de 2018
O que são perdas ?
O termo “perdas” refere-se ao desaparecimento ou não utilização do alimento tal como pode ser mensurável em termos quantitativos, qualitativos e nutricionais.
Perdas fitopatológicas 
São resultado do ataque de microrganismos que causam o desenvolvimento de doenças provocadas por fungos, bactérias e vírus. 
As perdas fitopatológicas podem deteriorar a aparência do produto levando a perdas qualitativas ou então levar a destruição total dos tecidos.
Tipos de Perdas 
 Quantitativas
Corresponde à redução no peso do alimento por perda de água ou perda de matéria seca
Perdas por manuseio inadequado e as perdas acidentais.
Qualitativa
Inclui perdas no sabor e aroma, deterioração na textura e aparência.
As perdas que ocorrem através de deterioração, contaminação e mudanças na composição nutricional da matéria alimentícia, são importantes e necessitam de melhor entendimento .
Nutricional
É decorrente de reações metabólicas, que conduzem a uma redução no conteúdo dos nutrientes, tais como vitaminas, proteínas, lipídeos, etc. O efeito individual ou combinado dessas perdas irão resultar na deterioração do valor comercial do produto.
Principais agentes causadores de perdas pós- colheita
Os fungos se destacam como agentes causais de doenças pós-colheita, sendo responsáveis por 80 a 90 % do total dessas.
 Os frutos, em geral, por terem pH abaixo de 4,5 são mais atacados por fungos.
As hortaliças que possuem pH acima desse valor são atacadas por bactérias.
Principais patógenos que causam perdas pós- colheita
 Fungos 
Alternaria 
Botrytis
Botryosphaeria
Colletotrichum 
Diplodia 
Monilinia 
Penicillium 
Phomopsis 
Rhizopus 
Sclerotinia
Bactérias 
Pectobacterium
Pseudomonas
Xanthomonas
Fungos causadores de perdas pós-colheita em frutas 
Botrytis Cinerea
(Mofo Cinzento)
Monilinia Fructicola
(podridão-parda)
Fonte: Google imagens
Fonte: Google imagens
Colletotrichum gloeosporioides
(Podridão amarga-da-maçã)
Fonte: Google imagens
Colletotrichum sp.
(Antracnose)
Fonte: Google imagens
Monilia fructicola
(podridão-parda-da-nectarina)
Fonte: Google imagens
Alternaria alternata.
(podridão de alternata)
Fonte: Google imagens
Fusarium sp.
(podridão-de-fruto)
Fonte: Google imagens
Melanconium fuligineum
(Podridão amarga)
Fonte: Google imagens
Bactéria causadoras de perdas pós-colheita em hortaliças 
Geotrichum cadidum
(podridão azeda)
Fonte: Google imagens
Pectobacterium carotovorum
(podridão mole)
Fonte: Google imagens
Xanthomonas campestris pv. campestris
(podridão Negra das Brássicas)
Fonte: Google imagens
Pseudomonas cepacia
(podridão bacteriana da escama da cebola )
Fonte: Google imagens
Causas das perdas por patógenos 
São as seguintes:
Técnica de produção
Manuseio 
Tratamento fitossanitário, 
Embalagens e ou transportes inadequados
Falta de uso da cadeia de frio
 
Causas das perdas por patógenos 
 Mão de obra inabilitada.
Umidade 
A água utilizada na lavagem pode ser o meio de contaminação dos frutos e hortaliças, pois ela transporta microrganismos patogênicos.
Cerca 30% de frutos e hortaliças podem ser perdidos anualmente no mundo inteiro por doenças pós-colheita.
Um trabalho realizado com mamões e laranjas comercializados em Recife-PE indicou elevada incidência de diferentes doenças fúngicas pós-colheita.
 Que atingiu 82,53% dos frutos amostrados de mamão 
 E 21,85% dos frutos de laranja (Dantas et al. 2003).
 Esses resultados alertam sobre a importância econômica das doenças em pós-colheita de frutos de mamão e laranja, pois essas doenças desqualificam a fruta para comercialização.
Burkholderia cenocepacia linhagem IIIB foi detectada em cebolas no Pernambuco e na Bahia
A cebola é uma hortaliça muito consumida no Brasil, a produção em 2016 atingiu a marca de 1.563.986 toneladas, com destaque para o estado de Santa Catarina, responsável por 536.604 (t) deste total.
O chamado BCC é um complexo de bactérias Burkholderia cepacia responsáveis pela podridão das escamas, doença em que os bulbos ficam amarelados, podres e com aroma de vinagre. Em 2015, foi registrada a ocorrência de 20 a 30% de bulbos com estes sintomas em Belém de São Francisco, Orocó (PE) e Mucugê (BA).
Este é o primeiro registro de B. cenocepacia – IIIB no Brasil, e o primeiro relato causando podridão das escamas no mundo. Por tratar-se da primeira detecção, ainda é necessário que outros estudos sejam desenvolvidos para compreensão da etiologia da doença, formas de controle e prevenção, uma vez que espécies do complexo BCC podem causar perda de até 50% na produção.
 
Referências 
DEFESAVEGETAL.NET, Bactéria causadora de doença em cebolas registrada no Brasil. Disponível em: < http://www.defesavegetal.net/single-post/2017/09/05/Bact%C3%A9ria-causadora-de-doen%C3%A7a-em-cebolas-registrada-no-Brasil > acesso em : 27/01/2018
EMBRAPA, Sistema de Produção de Pêssego de Mesa na Região da Serra Gaúcha. Disponível em < https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pessego/PessegodeMesaRegiaoSerraGaucha/doenca.htm > acesso em : 25/01/2018
LIMA , M.L.P., Estudos em doenças de plantas - ifgoiano câmpus urutaí. Disponível em < https://fitopatologia1.blogspot.com.br/ > acesso em 25/01/ 2018
EMBRAPA, Perdas Pós-Colheita de Frutas e Hortaliças. Disponível em :http://poscolheita.cnpdia.embrapa.br/temas-perdas-pos-colheita-de-frutas-e-hortalicas acesso em 26/01/2018
BEZERRA, V.S., Pós-colheita de Frutos. Macapá: Embrapa. Amapá, 2003. 
PARISI, M.C.M., HENRIQUE , C.M., PRATI, P., Doenças pós-colheita: um entrave na comercialização. Pesquisa & Tecnologia, vol. 12, n. 2, 2015. 
Obrigada pela atenção!

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