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História da Comunicação Aula 3

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1 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
 
 
História da Comunicação 
 
 
 
Aula 3 
 
 
 
 
 
 
Prof. Otacilio Vaz 
 
 
2 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
Conversa inicial 
Olá! 
Já estamos na aula 3, e nela conversaremos sobre as comunicações de 
massa. Quem não gosta de assistir a um filme, ver um programa de humor na 
televisão, ouvir sua música predileta em um programa de rádio? Essas mídias 
acompanham a vida de todos os que viveram (e vivem) nos séculos XX e XXI. 
Mas quando isso tudo começa? Como a sociedade foi afetada por esses meios 
de comunicação? São essas as questões sobre as quais conversaremos aqui. 
Vamos lá? 
Contextualização 
A partir do momento em que temos o processo da industrialização, 
derivada da Revolução Industrial, que ocorreu no final do século XVIII, o 
mundo se transformou de forma irreversível. A antiga forma de viver, mais 
coletiva, baseada em atividades rurais, no que Walter Benjamin chamou de um 
“fazer junto”, foi substituída, durante o século XIX, com a chegada das 
máquinas. A mudança foi de uma vida urbana, voltada para a vida nas fábricas, 
para uma vida individualizada, aquele cenário de uma pessoa sozinha na 
multidão, o anonimato da vida dos grandes centros. Chegamos ao século XX 
com uma Indústria Cultural movida pelo cinema, pela venda de sonhos, 
compartilhados por toda uma massa consumidora. O rádio foi o grande 
companheiro do dia a dia, informando e entretendo as pessoas ao redor do 
mundo. Com a chegada da televisão, a partir dos anos 1950, temos o desenho 
de uma cultura de consumo, formatada pela publicidade, o grande momento da 
formação da opinião pública, que já vinha sendo trabalhada pelo jornalismo 
impresso e radiofônico. Serão esses os aspectos que vamos discutir a partir de 
agora. Vamos juntos? 
Os avanços tecnológicos na área da comunicação, conquistados no 
período entre os séculos XIX e XX, trouxeram também transformações nos 
modos de construção das individualidades e de um posicionamento no mundo. 
Em outras palavras, a sociedade também foi transformada. 
3 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
Qual foi a relação entre os avanços nas tecnologias da comunicação e a 
sociedade nesse período? Quais foram os efeitos do surgimento de uma 
comunicação de massa? Como cada uma das mídias afetou o modo de vida? 
São essas as questões que vamos ver nesta aula. 
Tema 1: Transformações entre o público e o privado 
Os dois últimos séculos foram marcados por grandes transformações 
tecnológicas e sociais, advindas principalmente da Revolução Industrial, que 
junto traz um novo modo de vida, agora voltado para os grandes centros 
urbanos, as fábricas, a consolidação do capitalismo e o modo de vida voltado 
para o consumo, do conceito de massa. Contudo, nem sempre foi assim. 
Houve um momento na história do ocidente em que o modo de vida era 
mais coletivo. As atividades sociais e econômicas feitas até antes da 
Revolução Industrial, que ocorreu no final do século XVIII, se constituíam de 
forma coletiva. Havia uma valorização do “ser público”, aquele indivíduo 
inserido em uma comunidade, onde as atividades diárias, o convívio familiar, as 
festividades, a igreja, tudo constituía uma vida coletiva. 
Ao entrarmos no século XIX, tivemos uma mudança neste cenário. A 
sociedade industrial moderna passou a valorizar a individualidade, pensamento 
que surge de uma vida inserida no modelo capitalista, que, por natureza, 
estimulou as pessoas a pensarem mais sobre si mesmas. O ambiente público 
passa a ser mais ameaçador; portanto, busca-se uma espécie de refúgio na 
própria intimidade, permitida à classe burguesa. A vida pública das sociedades 
industriais fica mais vinculada à classe operária. O proletariado mantém uma 
vida mais coletiva, imposta pela própria condição de vida das vilas operárias, 
das casas onde moravam várias famílias juntas, como foi o caso da Inglaterra 
industrial. 
4 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
Figura 1 
Fonte: Vitruvius, 2016. 
O século XX traz uma nova perspectiva, com o surgimento de uma 
indústria cultural que ganha força, em sua primeira metade, como o cinema e o 
rádio. Temos agora um processo estímulo pelo consumo, produzido pela 
publicidade, que alimentou o modelo de vida do ocidente. Hábitos de consumo 
surgiram em estratégias montadas para uma massa consumidora. Produtos 
feitos em série: roupas, automóveis, discos, utensílios domésticos, toda uma 
infinidade de produtos disponíveis para esse novo ser social. O isolamento 
típico do século XIX foi substituído por um desejo de visibilidade, estimulado 
pelo cinema, rádio, e na segunda metade do século, pela televisão. 
Tema 2: A história dos meios de comunicação de massa 
Quem nunca curtiu assistir uma novela na TV, ver um filme de ação no 
cinema, ou ainda ouvir diariamente aquele programa de rádio a caminho do 
trabalho? Apesar de já estarmos em pleno século XXI, na chamada Era Digital, 
as clássicas mídias de massa ainda fazem parte do nosso cotidiano, e 
provavelmente ainda farão por muito tempo. 
5 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
Como já vimos na nossa conversa, o conceito de massa surge principalmente a 
partir do início do século XX, a partir da consolidação de um mundo 
industrializado, voltado para o consumo. Com isso, temos estratégias para 
atingir esse público, feitas por uma indústria cultural, das quais podemos citar o 
cinema, o rádio, a televisão, o jornalismo e a publicidade. Tanto o 
entretenimento quanto a informação passaram a ser pensados e formatados 
pensando em um grande público, a massa. Na virada do século XIX para o XX, 
o jornal já era considerado como uma mídia de massa. Tanto as notícias 
quanto a publicidade presente nos periódicos já eram feitas para um grande 
público. 
O jornal impresso trouxe uma grande colaboração para o conceito de 
opinião pública, e também para a construção de uma identidade nacional: as 
pessoas liam o mesmo assunto, na mesma língua. O cinema, também no 
mesmo período, traz a cultura do entretenimento, aliada à informação. Filmes 
divertiam e encantavam as pessoas; as pessoas se inspiravam nas 
celebridades; modos de se vestir eram copiados, assim como modos de agir, 
cortes de cabelo, uso de adereços e mimetismos vindos pela grande tela. Os 
cinejornais, que passavam antes dos filmes, definiram um formato de 
jornalismo que mais tarde seria copiado pela televisão. O rádio, já utilizado de 
forma experimental durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), ganhou 
contornos comerciais e se espalhou pelo mundo a partir da década de 1920. 
Ultrapassou os limites territoriais do jornal, trouxe o imediatismo da notícia e 
criou formatos consagrados, também adotados mais tarde pela televisão. 
Todas essas mídias surgiram para falar com um grande público, que cada vez 
mais consume entretenimento e informação. A seguir, discutiremos cada uma 
dessas mídias de forma detalhada. 
Tema 3: O rádio 
O senhor rádio, o grande companheiro do dia a dia, com sua morte 
decretada várias vezes pela chegada da televisão e da internet. Apesar disso, 
ainda continua firme e forte como uma das mídias mais utilizadas no mundo 
6 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
todo. O rádio possui características que nenhuma outra mídia consegue: ele 
tem um imediatismo que ganha da televisão, e até mesmo da internet; é uma 
mídia extremamente móvel, que permite ao ouvinte fazer diferentes atividades 
sem parar para ser informado, como ocorre com a televisão e a internet, por 
exemplo. Por ser uma mídia “cega”, tem um grande poder de brincar com o 
imaginário dos ouvintes, fazendo as pessoas criarem imagens mentais apartir 
do que estão ouvindo. Essas coisas ninguém tira dele! 
No final do século XIX, algumas experiências com transmissões 
eletromagnéticas foram feitas em vários lugares do mundo, inclusive no Brasil. 
No entanto, só a partir do século XX, o rádio começou a ter usos mais 
profissionais. Seus primeiros usos, com fins militares, foram feitos na Primeira 
Guerra Mundial (1914-1918), o que levou, a partir dos anos 1920, a termos as 
primeiras estações de rádio no mundo. Nos anos 1930, o rádio ganhou 
contornos de uma grande mídia de massa, com formatos que o consagraram, 
como as radionovelas, os programas de humor, jornalismo, esporte e infantis, 
todos criando uma grande audiência. Durante a Segunda Guerra Mundial 
(1939-1945), o rádio, além do jornal, foi a mídia que trouxe os acontecimentos 
do conflito ao vivo, com cobertura mundial sobre os fatos acontecidos nos 
palcos da guerra. No Brasil, o Réporter Esso se destacou como programa 
pioneiro no jornalismo radiofônico. Além disso o rádio será também o canal de 
entretenimento para os combatentes, que precisavam de momentos de 
diversão, como forma de diminuir as tensões. 
Programas de humor e de música eram os mais ouvidos pelos soldados. 
As décadas de 1940 e 1950 são tidas como a Era de Ouro do rádio no mundo. 
Nesse período, as rádios eram a grande mídia das famílias, que se reuniam ao 
redor dos grandes aparelhos de madeira, que ficavam na sala de estar, para 
ouvirem seus programas preferidos. As rádios possuíam equipes gigantescas, 
compostas por jornalistas, atores, músicos, maestros, apresentadores, além da 
equipe técnica, sendo uma grande indústria de informação e entretenimento. 
Algumas rádios se destacaram nesse período, como a rádio CBS, nos Estados 
Unidos, a BBC, na Inglaterra, e a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, no Brasil. 
7 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
Figura 2 
 
Com a chegada da televisão, a partir de 1950, o rádio foi aos poucos 
perdendo público e verba publicitária para a nova mídia que chegava. A partir 
dos anos 1960 e 1970, ele caminhou para um período de muitas rádios sendo 
fechadas e, consequentemente, muitas demissões, apesar de vários 
profissionais do rádio terem conseguido migrar para a televisão. 
A partir dos anos 1980, o rádio viveu uma fase de recuperação com a 
chegada da rádio por satélite, o que permitiu que os programas funcionassem 
em rede, abrangendo boa parte do território nacional. Isso atraiu novamente 
grandes anunciantes e reaqueceu o mercado radiofônico. A segmentação é 
outro fator que colabora com um resgate da mídia rádio durante o mesmo 
período. No Brasil, as rádios de rock espalhadas pelo país trouxeram de volta 
para a mídia um público jovem, na carona da explosão do rock nacional, 
estimulada por festivais como o Rock in Rio. As chamadas rádios all news 
também entram nesse contexto de segmentação, divulgando notícias 24 horas 
por dia no ar. 
Ao contrário do que se falava no início dos anos 2000, a internet não só 
não acaba com o rádio, como o beneficia ao extremo. A web trouxe uma nova 
gama de possibilidades para o rádio, devido ao fato que as pessoas passaram 
a ter um grande leque de estações de rádio para ouvir, em qualquer lugar do 
8 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
mundo. A questão da segmentação atingiu um alto grau de sofisticação, 
permitindo às pessoas ouvirem rádios de gêneros muito específicos, o que era 
mais difícil nos antigos tempos de transmissão por hertz. O rádio está mais 
presente do que nunca para a geração da era digital. O desenvolvimento dos 
dispositivos móveis (smartphones, tablets, notebooks, etc.) permitiram que o 
rádio ficasse cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, aliando 
mobilidade à qualidade e a uma grande quantidade de opções de 
entretenimento e informação. 
Tema 4: O cinema 
A sétima arte, a máquina de sonhos: assim o cinema entrou para a 
história, embalando sonhos, desenhando mimetismos no corte do cabelo, na 
roupa utilizada, na marca que se torna mito. Era o bálsamo que aliviava as 
tensões de uma classe trabalhadora do início do século X, e que, mais tarde, 
conquistou a todos. O milagre das imagens em movimento que os irmãos 
Lumière (que, por ironia da vida, possuíam o sobrenome “Luz” em francês) nos 
oferece marca definitivamente uma sociedade, que se fascinou pelas imagens 
dos outros e, mais tarde, por suas próprias. 
De entretenimento para as classes trabalhadoras para o entretenimento 
das massas, o cinema se tornou, durante o século XX, uma das mais 
fascinantes formas de diversão de que temos notícia. Fruto do período dos 
grandes inventos tecnológicos do final do século XIX, o cinema hipnotizou toda 
uma população mundial com suas imagens em movimento, algo inédito até 
aquele momento. A partir da primeira projeção dos Lumière, de um trem 
chegando na estação, que causou um enorme espanto aos espectadores, o 
cinema não parou mais de lançar grandes produções e levar informação e 
entretenimento para milhões de pessoas ao redor do planeta. 
9 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
A partir dos anos 1920, o cinema começou a produzir filmes feitos para 
divertir um público cada vez mais eclético. Os gêneros mais populares dessa 
época eram a comédia e os filmes românticos. Nas suas primeiras 
reproduções, os filmes já possuíam música. Não havia diálogos gravados, mas 
pequenas orquestras que executavam trechos de peças conhecidas, como 
forma de melhorar a carga dramática da cena que se passava. O cinema nunca 
foi mudo, ou seja, destituído de som; ele só não possuía os diálogos. A partir 
de O cantor de jazz, de 1927, tivemos, pela primeira vez, diálogos exibidos em 
película. Novos recursos técnicos surgiram ao longo do tempo, como o uso de 
efeitos sonoros e visuais, chegando ao ponto de hoje termos incríveis 
resultados a partir dos recursos digitais, tanto de som como imagem. 
Figura 3 
Fonte: Poços Já, 2016. 
O cinema também teve usos jornalísticos, principalmente a partir da 
Segunda Guerra Mundial. Tanto os inimigos do Eixo quanto os aliados 
utilizaram o cinema como forma de cada um defender seu lado. Os cinejornais, 
exibidos antes dos filmes, divulgavam, a partir do ponto de vista de cada lado, 
o que estava acontecendo durante a guerra. No mesmo período, Getúlio 
Vargas utilizou também os cinejornais como forma de propaganda política. Um 
dos cinejornais mais conhecidos dos brasileiros foi o Canal 100, que foi exibido 
antes das sessões de cinema até meados dos anos 1980. 
10 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
Na passagem do século XX para o XXI, o cinema manteve sua força de 
atração e encanto com o grande público. As grandes salas de cinema foram 
substituídas pelas pequenas e confortáveis salas dos shoppings, o que pôs em 
extinção o cinema de rua. Os recursos técnicos permitiram que tramas cada 
vez mais fantásticas fossem exibidas, alimentando cada vez mais a fantasia do 
público e ajudando na fuga de uma realidade tão dura que a modernidade 
exige. A web se tornou um novo ambiente no qual o cinema encontrou muitas 
possibilidades. Uma infinidade de serviços para assistir filmes pela internet 
surgiu nos últimos anos, tornando o cinema mais próximo do que nunca de seu 
espectador. 
Tema 5: A televisão 
A grande companheira do dia a dia, das novelas e dos noticiários, dos 
filmes e dos programas de humor, a televisão veio para conquistar os lares e 
corações de toda uma geração que a viu chegar, naqueles longínquos anos 
1950. Primeiro, com imagens em preto e branco, sendo mais tarde substituídas 
por fantásticas imagens coloridas. A ideia de uma sociedade audiovisual já 
havia sido instalada pelo cinema, mas, até antes da televisão,não havia essa 
experiência diária de contato com esse tipo de mídia, apenas através do áudio 
oferecido pelo rádio. Os produtos televisivos, aliados à uma publicidade cada 
vez mais sofisticada, graças aos recursos visuais, despertavam nas pessoas o 
fascínio pela imagem, pela visibilidade. 
Surgida na metade do século XX, a televisão revoluciona as formas de 
mídia massiva, oferecendo, ao mesmo tempo, o fascínio do audiovisual, que o 
cinema já oferecia, e a possibilidade de uma experiência diária, antes oferecida 
apenas pelo rádio. Vários dos formatos consagrados pelo rádio, agora, 
estavam na televisão, como as telenovelas, que fazem tanto sucesso entre os 
brasileiros, os telejornais, os programas infantis e humorísticos, entre outros. 
Vale lembrar que, desde o início, a televisão chega com um forte background 
financeiro, através de uma publicidade já bem estruturada e profissionalizada, 
cenário muito diferente do que o rádio precisou enfrentar. Como conversamos 
11 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
antes, foi exatamente esse forte investimento publicitário na televisão que 
levou o rádio para suas piores décadas. 
No Brasil, assim como o rádio, a televisão teve um papel fundamental, 
tanto para o entretenimento como para a educação. Produtos como o 
Telecurso 2000 ofereceram educação a distância para as populações mais 
remotas, algo fundamental para um país de proporções continentais. O 
jornalismo levou, para os brasileiros, notícias e imagens de um país que muitos 
não conheciam. Há aí uma colaboração decisiva para a consolidação de uma 
identidade nacional, algo que já estava sendo feito pelo rádio. 
O mundo entra nas casas das pessoas, criando o sentimento da “aldeia 
global”. Fatos que ocorriam em lugares distantes, num piscar de olhos, 
estavam na sua frente. As coberturas das guerras, eventos da política, fatos da 
cultura, tudo nos atingia (e atinge) através de sons e imagens. A coroação da 
rainha Elizabeth II da Inglaterra foi a primeira transmissão ao vivo em rede 
mundial do século XX; a chegada do homem à lua foi transmitida ao vivo para 
o mundo todo; a queda do muro de Berlim foi vista por milhões de 
telespectadores do mundo inteiro; o choro do ursinho Misha, no encerramento 
das Olimpíadas de Moscou em 1980, levou milhares de espectadores também 
às lágrimas. 
Figura 4 
Fonte: Wikipédia, 2016. 
12 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
 
Figura 5 
Fonte: Jovem Nerd, 2016. 
Figura 6 
 
Fonte: Estudo Prático, 2016. 
Assim como outras mídias, ao entrarmos no século XXI, a televisão 
também foi tida como vítima da internet, o que de fato não aconteceu. Ao 
contrário, a web colaborou para um consumo de televisão, antes confinado na 
sala de estar, no quarto ou em outros ambientes fechados, para o bolso de seu 
13 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
usuário, através dos dispositivos móveis. Isso ocorreu devido à convergência 
entre a telefonia e a informática, a telemática, ocorrida durante o final dos anos 
1990, o que possibilitou surgirem equipamentos cada vez mais sofisticados 
tecnologicamente e mais portáteis. 
Os serviços de streaming oferecidos hoje, como o Netflix, ou serviços de 
compartilhamento de vídeos, como o YouTube, permitem que produtos feitos 
para a televisão sejam vistos em qualquer lugar, a qualquer momento. A Era 
Digital é uma era da imagem; nunca outra geração valorizou tanto a imagem 
como a atual, e a televisão é uma mídia que acompanha esse movimento. 
Segmentos como os seriados fazem atualmente um enorme sucesso entre 
espectadores do mundo todo. Produtos são distribuídos pelas TVs abertas ou 
fechadas ou pelo sistema de streaming, permitindo a mobilidade já conversada 
aqui. São grandes as perspectivas para o futuro da televisão, uma mídia que, 
apesar da idade, se mantém sempre atualizada. 
Figura 7 
Fonte: Guia do Sabichão, 2016. 
14 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
Síntese 
Bom, terminamos a terceira aula! Nessa conversa, vimos como surgiu o 
conceito de comunicação de massa, algo que vem das próprias mudanças 
sociais a partir do processo de industrialização entre o final do século XIX e 
início do XX. Como fruto dessas transformações, temos uma sociedade 
midiática, que busca informação e entretenimento em mídias como as aqui 
discutidas. Vimos as necessidades que levaram cada uma delas a surgir e as 
transformações que causaram nos modos de ser e de viver. O fascínio pelas 
imagens que o cinema traz; a informação e entretenimento do rádio; a força 
midiática da televisão como formadora de comportamentos e de opinião. Se o 
século XX foi um século de sonhos e pesadelos, os dois foram transmitidos 
pelas mídias de massa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
Referências 
 
ALVES, M. N. Mídia e produção audiovisual: uma introdução. Curitiba: Ibpex, 
2011. 
 
BERSCHMANS, T. A música do filme: tudo o que você gostaria de saber 
sobre a música de cinema. São Paulo: Escrituras Editora, 2006. 
 
BRIGGS, A.; BURKE, P. Uma história social da mídia: de Gutenberg à 
Internet. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006. 
 
ESTUDO prático. Disponível em: <http://www.estudopratico.com.br/>. Acesso 
em: 13 ago. 2016. 
 
GUIA do sabichão. Disponível em: <http://guiadosabichao.blogspot.com.br/>. 
Acesso em: 13 ago. 2016. 
 
JOVEM nerd. Disponível em: <https://jovemnerd.com.br/>. Acesso em: 13 ago. 
2016. 
 
POÇOS já. Disponível em: <http://www.pocosja.com.br/>. Acesso em: 13 ago. 
2016. 
 
SIBILIA, P. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 2008. 
 
SILVA, J. L. O. A. Rádio: oralidade mediatizada: o spot e os elementos da 
oralidade radiofônica. São Paulo: Annablume, 1999. 
 
16 
 
Pró-reitoria de EaD e CCDD 
VITRUVIUS. Disponível em: <http://vitruvius.com.br/>. Acesso em: 13 ago. 
2016. 
 
WIKIPÉDIA. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/>. Acesso em: 13 ago. 
2016.

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