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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA DISCIPLINA: GEOLOGIA ESTRUTURAL ALUNOS:CARLOS ALBERTO AZEVEDO BEZERRA JUNIOR DANIEL DE PONTI SOUZA MARCO ANTONIO VASCONCELOS MONTEIRO FILHO RODRIGO MATOS ESTRELA VIKTOR FERREIRA DE OLIVEIRA FORTALEZA, 19 DE SETEMBRO DE 2011 Introdução A deformação superficial, em condições de temperatura e pressão litostática baixas, é marcada essencialmente pela ruptura frágil das rochas. Nestas condições, a deformação é quase exclusivamente representada pelas fraturas. O termo fratura (fracture; fracture) engloba todas as deformações acompanhadas de uma ruptura da rocha. Introdução As fraturas, por sua fez, podem ser divididas de acordo com o seu deslocamento em relação ao plano de falha em: fraturas sem movimento paralelo ao plano de ruptura são geralmente chamadas juntas (joints; joints). As juntas podem ser, por sua vez, subdivididas em três grupos: Introdução fraturas sem movimento nenhum; fraturas com movimento de afastamento perpendicular ao plano de ruptura; fraturas com movimento de aproximação perpendicular ao plano de ruptura. Introdução fraturas com movimento paralelo ao plano de ruptura. Estas fraturas são chamadas falhas (faults; failles). Introdução Círculo de Mohr Diagrama de Mohr Representação cartesiana da tensão (σ), decomposta em grandezas vetoriais a partir de um corpo rochoso qualquer submetido à tensão. É uma técnica gráfica para mostrar o estado de stress de diferentes planos no mesmo campo de tensão (stress). As tensões (σn e σs) são plotadas em um plano como um ponto simples, sendo σn medido no eixo horizontal e σs na vertical. Círculo de Mohr Tipos de fraturas desenvolvidas durante experimentos na rocha em estado ruptil: Círculo de Mohr Círculo de Mohr Círculo de Mohr Envelope ou Envoltória de Mohr Círculo de Mohr Juntas São, de todas as feições estruturais, as mais universalmente representadas. Podem ser encontradas em todos os tipos de rochas e de ambientes: rochas metamórficas, rochas sedimentares pouco ou não deformadas, rochas ígneas. As suas origens são as mais diversas possíveis. Juntas Juntas Classificação Geométrica Em relação às estruturas planares (acamamento, xistosidade, bandamento gnáissico), ocorrem: (1) juntas direcionais ou paralelas à estrutura planar; (2) juntas de mergulho ou paralelas à direção de mergulho; (3) juntas horizontais ou concordantes a planos horizontais e (4) juntas diagonais ou oblíquas à direção da camada. Classificação Geométrica Classificação Geométrica Em relação a eixos de dobras as juntas são classificadas como: - longitudinais: paralelas ao eixo da dobra; - cruzadas: aproximadamente perpendiculares ao eixo; - diagonais: cruzadas transversalmente ao eixo. Classificação Geométrica Classificação Geométrica Em relação à disposição espacial são: - paralelas: paralelas entre si; - concêntricas: típicas de área intrusivas; - radiais: associadas às concêntricas. Classificação Geométrica Caracterização Para a caracterização do estado de fraturas do maciço as juntas devem ser observadas quanto aos seguintes aspectos: qualidade da superfície de ruptura: lisa ou áspera; geometria da superfície: planas ou curviplanares; espaçamento: distância média entre as juntas; abertura: distância de afastamento entre os blocos; persistência: extensão tanto - na horizontal quanto na vertical; alteração das paredes; preenchimento por elementos de naturezas diversas. Origem das Juntas Podem ser originadas por diversos mecanismos, sendo que sua identificação nem sempre é possível de ser observada no campo. Classificação quanto a origem Juntas de origem Tectônica - Causadas por tensões regionais na crosta e tendem a ocorrer em orientações sistemáticas em áreas bastante amplas. Juntas de origem Não Tectônicas - Originadas por processos como o resfriamento de corpos magmáticos e gretas de contração. Juntas de origem Tectônica Juntas Cisalhantes Juntas de Tensão Juntas Estilolíticas Juntas Cisalhantes Apresentam padrão losangular, com ângulos da ordem de 60° ou 70° entre os planos de ruptura das fraturas, ocorrendo em pares conjugados, podendo conter pequenos deslocamentos. Interseção de duas juntas planares com ângulo de 60° shear joints Juntas de Tensão O movimento de afastamento entre as paredes das fraturas ocasiona a abertura ou distensão perpendicular a sua superfície, que geralmente são preenchidas, preenchimentos esses que podem ser os mais variados. Essas fendas formadas podem apresentar formas tabulares(veios) ou lenticulares. Quando essas fendas apresentam preenchimento mineral, os cristais crescidos nas fendas podem apresentar um aspecto fibroso induzido pela abertura da junta. En echelon veins Crescimento Sintaxial Crescimento Antitaxial Stylolite in calcite vein in carbonaceous shales from Arkaroola, South Australia Antitaxial calcite vein in carbonaceous shales, Arkaroola, South Australia Calcite + quartz vein in carbonaceous shales from Arkaroola, South Australia Crack-seal Quando esse crescimento fibroso é um processo cíclico, intercalando fases de abertura e preenchimento desse espaço formado, temos o que é chamado de mecanismo de ‘’crack- seal’’. Morfologia dos planos estilolíticos Joints stylolithiques parallèles à la surface des bancs soulignés par un liseré argileux. Ces figures caractérisent une dissolution due à la pression, soit par surcharge sédimentaire, soit par serrage tectonique Détails d'un joint stylolithique Juntas de origem Não Tectônica Juntas decorrentes de resfriamento de corpos magmáticos – quando o materiais ígneos sofrem resfriamento, ocorre também uma contração que pode ser observada pelo aparecimento de fraturas. Ocorrem de duas formas: através do resfriamento de rochas extrusivas e resfriamento de rochas intrusivas. Columnar Joints. Devils Postpile, Eastern Sierra Basaltos colunares em Devils Postpile, Califórnia, Bruce © Molnia, Photographics Terra. Gretas de Contração – quando materiais argilosos perdem água, ou seja, sofre um ressecamento, pode ocorrer uma contração desses materiais, acarretando na formação de juntas prismáticas, conhecidas como gretas de contração. Gretas de contração - sedimentos da Fm. Corumbataí, SP, Brasil. Deserto de Trona - Califórnia Descontinuidade entre blocos rochosos ou superfícies O que caracteriza a falha é movimento que ocorre entre esses blocos Falhas ocorrem em Zonas de Falha Elementos geométricos das falhas Plano de Falha (PF) Capa ou Teto (Hanging-wall): Bloco superior; situa-se sobre o plano de falha. Lapa ou Muro (Foot-wall): Bloco inferior; situa-se sob o plano de falha. Para falhas transcorrentes, os blocos são indicados de acordo com o sentido em que eles se movimentam. Traço ou linha de falha: a linha formada pela interseção do plano de falha (PF) com a superfície terrestre ou o plano horizontal (PH). Falha Listrica: falha Curva Espelho de falha: superficie do plano de falha é completamente lisa Formação de estrias Pitch e Rejeito Nomenclatura das Falhas Regime Extensional –Falha Normal Regime compessional – Falha reversa Regime transcorrente – Falha transcorrente Indicadores Cinematicos Deslocamento do marcador Dobras de arrasto (Drag folds) Marcadores ligados a elementos estriadores Fraturas de segunda ordem Aspereza • Falhas em Regime Compressional As Falhas associadas ao regime compressional são geralmente inversas e provocam o empilhamento tectônico, ao longo de contatos anormais, de unidades que, frequentemente, tem origens distantes. Cavalgamentos: Quando o rejeito varia entre centenas de metros a alguns quilômetros. Nappes: Quando o rejeito ultrapassa a 10 quilômetros, atingindo às vezes mais de 100 quilômetros. Geralmente eles evoluem a partir de falhas inversas, mas, em certos casos, eles podem ter a sua origem na ampliação de dobras. Desenvolvim ento de um cavalgament o por dobra- falha. Os terrenos que formam o substrato do cavalgamento ou da nappe, abaixo do contato anormal, representam o autóctone e os terrenos transportados representam o alóctone. As falhas em regime transcorrente O regime transcorrente é caracterizado pela horizontalidade do plano principal sigma 1 e sigma 3 do elipsóide da deformação, o que resulta em movimentos direcionais dos blocos crustais. As falhas transcorrentes podem apresentar extensões superiores a centenas de km e rejeitos extremamente elevados. No caso de um regime transcorrente puro, ao contrário dos regimes extensionais e compressionais, não há alteração da espessura da crosta. Sub-regimes Transtensional ( afinamento crustal ) Transpressional ( espessamento crustal ) Em tais domínios são geradas feições diagnósticas: as feições em FLORES. Bacia em Pull-apart - Apostila de Geologia Estrutural – Autor Prof. Dr. Michel Henri Arthaud, meio impresso e digital, 1998. - Notas de aulas – graduação (UFPA) – Autores Prof. Milton Antonio da Silva Matta e Prof. Francisco de Assis Matos de Abreu, meio impresso e digital, 2007. - PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J.; JORDAN, T. H. (2006) Para entender a Terra. Menegat, R. (coord. Tradução). Bookman, 656p. - PLUIJIM, B. van der & MARSHAK, S. (1997) – Earth Structure – an Introduction to Strutural Geology and Tectonics. WCB/McGraw- Hill; New York, 495p. - TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M.; FAICHILD, T. R.; TAIOLI, F. (organizadores) (2003) Decifrando a Terra. Oficina de Textos, São Paulo, 557p, 1 edição.
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