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ANALGESIA Definição da IASP (International Association for Study of Pain) “Experiência sensorial e emocional desagradável que é associada ou é descrita em termos de lesões teciduais” Dois Grandes Grupos: • Estruturas muito sensíveis: • Estruturas pouco ou nada Sensíveis: -Pele ( picada, calor, inflamação) -Dentina e polpa dentária (picada e inflamação) -Pleura parietal (inflamação e tração) -Peritônio parietal ( inflamação e compressão) -Cápsula Hepática ( distensão) -Músculo Cardíaco (anóxia) -Sinóvia, Periósteo, Meninges -Ossos -Tecido Hepático -Superfícies articulares -Pleura visceral e parênquima pulmonar -Peritônio Visceral -Pericárdio visceral -Parênquima cerebral DOR -A dor é uma sensação necessária para o funcionamento do corpo. -Exerce uma função protetora. -Sempre que possível deve-se intervir na causa da dor! O que é a Dor • A sensação de dor é uma entidade difusa inerente ao sistema nervoso. • De todos os componentes da resposta a um ferimento, a menos compreendida é a resposta do sujeito à dor. • A dor é uma experiência subjetiva: sensação do nível de desconforto. • Percepção baseada em expectativas, experiência passada e fatores cognitivos. • Dor aguda é a principal razão da procura de atenção médica e a maior reclamação descrita na avaliação inicial. � A dor é um dos mecanismos para defender o corpo. � Ela ajuda a evitar danos (afastar a mão de ferro quente). � Ela alerta o cérebro que seus tecidos podem estar em perigo. � Ela ensina o que deve ser evitado. � Mas a dor pode se manifestar mesmo sem a presença de dano físico e pode ser o próprio problema, levando as pessoas até a querer morrer. Fishbain, 1996 O que é a Dor • Desde que os impulsos de dor alcançaram o cérebro, a percepção depende de fatores biológicos, psicológicos e sociais. • A resposta emocional pode ser expressa em forma de gritos, choro, desmaio ou o pensamentos (“isso dói!”). • O componente cultural é difícil de descrever. – Pacientes italianos expressam mais dor do que irlandeses ou ingleses O que é a Dor Dor Crônica X Dor Aguda A dor mais significativa do ponto de vista terapêutico é quase sempre aquela que é produzida pela via lenta. A via rápida produz apenas sensações de dor localizadas e de duração relativamente curta que permitem ao organismo afastar-se do agente nociceptivo, mas geralmente não é causa de síndromes em que a dor seja a principal preocupação terapêutica. Seis passos da nocicepção: 1- Agente desencadeador (estímulo). 2- Estrutura especializada na captação do estímulo (nociceptores). 3- Vias de transmissão (Fibras). 4- Vias de condução. 5- Estruturas de modulação. 6- Córtex somatosensorial. 1 2 3/4 4 5 6 Recepção, Condução e Percepção 1. Agente Desencadeador – Tipos de Dor: TÉRMICO FISICO QUIMICO Neurogênica Inflamatória Neuropática Lesão nervo Mediano Lesão Medular Lesão Talâmica Dromica: Estímulos externos como: fratura ossea, lesão tecidual, lesão gástrica ou miocárdica produzem substâncias que irão estimular um nociceptor produzindo potenciais elétricos dolorosos Dor Inflamatória Dromica/Antidrômica Histamina, serotonina, bradicinina,prostaglandinas, ATP, ativação de canaisde hidrogênio, fator de crescimento neural, endotelinas e interleucinas Antidrômica: Estímulos internos produzem potenciais elétricos que irão induzir liberação de neurotransmissores capazes de estimular o nociceptor. Dor Inflamatória Dromica/Antidrômica Substância P, Peptídeo Relacionado ao Gen da Calcitonina, Neuroquinina, Peptídeo Y. 2-Tipos de Nociceptores 1- Exteroreceptores: Colocam o meio externo emcontato com o meio interno. 2- Proprioceptores: São receptores de orientação, espacial ou posicional. 3- Enterorreceptores e viscerorreceptores: informam as alterações internas. ● Exterorreceptores: 1- Nociceptores Cutâneaos 2- Telerreceptores (olhos e ouvidos) ● Proprioceptores: 1- Labirinto 2- Músculos e tendões. ● Enterorreceptores e Viscerorreceptores: 1- Osmoreceptores 2- Quimioreceptores 3- Baroreceptores Nociceptores Cutâneos 1- Mecanoreceptores: A- Tátil. B- Pressão. 2- Termoreceptores: A- Calor. B- Frio. 3- Nociceptores: A- Dor. Tátil Tátil Tátil Calor Prressão 3- Fibras Definição: É uma fibra nervosa que esta em um tecido periférico e que será ativada colocando em contato o meio externo com estruturas corticais superiores, após adequado estimulo. Tipo de Axonio. Diametro Velocidade Transmissão da Dor Receptores de Dor • Neurônios tipo A-delta – associados a pressão mecânica e altas temperaturas • Largos, mielinizados, velocidade de 4-30m/seg • Breves, agudos, de curta duração, localizados • Neurônios tipo A-beta – associados a toques leves. – Não transmitem dor, mas podem influenciar. • Neurônios tipo C – associados estímulos químicos, mecânicos e térmicos • Estreitos, não mielinizados, velocidade de transmissão 0,5-2,0m/seg • Início demorado, difuso, pulsante 4 - Vias de Condução 1- Vias Proprioceptivas Monosinápticas. 2 - Vias Espinocerebelares Posterior 3 - Vias Espinocerebelares Anterior 4 – Cordão Posterior fascículo Grácil 5 – Cordão Posterior fascículo Cuneiforme. 6 – Trato Espinotalâmico anterior. 7 – Trato Espinotalâmico lateral. 5 – ESTRUTURAS DE MODULAÇÃO Girus pré central (Motor) Girus pós-central (Sensitivo) 6- Córtex somatosensorial. Para o tálamo Do tálamo Via rápido Via lenta Transmissão da Dor Medula Espinal Transmissão da Dor Via Rápida e Lenta • As duas vias transmitem para o tálamo (diferentes núcleos). • A via rápida é ainda projetada para o córtex somatossensorial. • Quando chega um sinal de dor, o sistema límbico, tálamo, formação reticular e córtex produzem reações de medo, ansiedade e choro. Tipos de Dor 1. Dor Cutânea ou superficial 2. Dor Profunda 3. Dor visceral 4. Dor referida 5. Dor irradiada 6. Dor fantasma Características semiológicas da DOR 1. Localização 2. Irradiação 3. Caráter ou qualidade 4. Intensidade 5. Duração 6. Evolução 7. Relação com as funções orgânicas 8. Fatores desencadeantes ou agravantes 9. Fatores que aliviam 10. Manifestações concomitantes DOR AGUDA -Mecanismo adaptativo de sobrevivência; -Alerta para lesão tecidual; -Estímulo nocivo em estruturas somáticas ou viscerais; -Ansiedade DOR CRÔNICA -Dor que se torna um processo patológico; -Não tem função biológica protetora; -Causas: patologia crônica – disf. sistema nervoso – psicopatológico -Estresse físico, emocional e econômico; -Depressão. MECANISMO DE MODULAÇÃO DA DOR • Teoria das comportas: hiper-estimulação das fibras Aβ); Aβ Aδ C Tálamo Córtex Controle Inibidor descendente MECANISMO DE MODULAÇÃO DA DOR – Liberação de Opióides endógenos (produzidos pelas glândulas pituitárias) PEPTÍDEOS OPIÁCEOS -Poderosos agentes analgésicos -Atuam diretamente sobre sítios receptores específicos da membrana dos neurônios -Liberados por alguns neurônios como neurotransmissores -Localizados em várias estruturas do SNC PEPTÍDEOS OPIÁCEOS *Existem 3 famílias destes peptídeos: -Encefalinas Tonsila do cerebelo, hipotálamo,bulbo. -Beta-Endorfina Hipotálamo, bulbo e medula espinal. -Dinorfinas (distribuição semelhante às encefalinas) AUMENTO/DIMINUIÇÃO DE FLUXO SANGÜÍNEO -Inibição das fibras simpáticas Vasoconstritoras
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