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Estudos Sociais V

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Estudos Sociais 
e Ambientais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Responsável pelo Conteúdo: 
Prof. Ms. Marcello Alves 
Material teórico 
Introdução às análises espaciais dos aspectos sócio-econômicos e ambientais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução às análises espaciais dos 
aspectos sócio-econômicos e ambientais 
Nesta unidade, vamos tratar de instrumentos elaborados 
no intuito de minimizar um tema que se apresentou 
bastante presente nas discussões anteriores, a exclusão 
social. Este tema vem criando formas espaciais que 
afetam a dinâmica monetária de diversos lugares, pois 
comprometem o desenvolvimento estrutural local e 
regional e consequentemente os investimentos privados. 
Porém, com base nas leituras anteriores vamos procurar 
não analisar os problemas sociais, econômicos, 
ambientais culturais ou históricos separadamente. Mas, 
sim como problemas que atinge a população como um 
“todo”, onde as medidas de minimização e correção dos 
problemas partem de ferramentas e leis instituídas e 
criadas para nos auxiliar neste processo de decisão que é 
sem duvida um desafio. 
 
Atenção 
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar 
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. 
 
 
 
 
 
 
Com base nas informações obtidas analisem as dificuldades de se 
administrar o espaço urbano diante de tamanhas desigualdades sociais e 
carências de informações espaciais. 
A Constituição Federal determina que o instrumento básico da 
política de desenvolvimento e expansão urbana é o Plano Diretor. Bem 
como que todo município com mais de 20 mil habitantes deva ter seu 
plano instituído. Na sua opinião porquê isso não acontece? 
Como a carência efetiva de instrumentos de planejamento pode 
comprometer ou mesmo dificultar as atividades dos Arquitetos e 
Administradores em suas atividades cotidianas? 
Caso a não efetivação destes instrumentos permita, segundo sua 
opinião, um melhor desenvolvimento de suas atividades. Explique como 
isto é possível? 
Como as Geotecnologias podem auxiliar no desenvolvimento de 
suas atividades profissionais. 
 
 
 
 
 
Contextualização 
 
 
 
 
“Em grande parte dos municípios brasileiros podemos encontrar as 
trágicas conseqüências do chamado "desenvolvimento industrial periférico” 
que resultou em um intenso processo de urbanização, acumulado com 
negativos aspectos sócio-econômicos e uma grande especulação imobiliária” 
(Fantin et al. ,2007. p.133). 
Vale destacar que a especulação imobiliária urbana é definida como: 
Uma forma pelo qual os proprietários da terra recebem uma 
renda transferida dos outros setores produtivos da 
economia, especialmente através de investimentos públicos 
de infra-estrutura e serviços urbanos, que são os meios 
coletivos de produção e consumo ao nível do espaço 
urbano. (Campos Filho, 2002. p 48). 
 
 
Isto gerou uma ocupação urbana sem 
maiores considerações com o meio físico, com 
sérias conseqüências danosas ao meio ambiente e a 
qualidade de vida da população, como por 
exemplo, construções em locais com severas 
restrições ao uso urbano. (Fantin et al. ,2007). 
 
 
Ainda segundo os autores, a solução encontrada para, minimizar ou 
mitigar estes impactos negativos, foi a elaboração do Estatuto da Cidade (Lei 
10.257/01). O mesmo veio estabelecer diretrizes gerais para a política urbana, 
o que trouxe uma série de instrumentos que subsidiam e asseguram o direito 
às “cidades sustentáveis”. 
No entanto, Fantin et al. ,2007 e Alves e Pereira (2009) chamam a 
atenção para a ausência de dados, a falta de acesso e a técnicas de 
armazenamentos de informações utilizadas em muitas administrações 
públicas. Os autores também relatam que a falta de precisão e confiabilidade 
Material Teórico 
 
http://www.saobernardo.sp.gov.br/comuns/pqt
_container_r01.asp?srcpg=noticia_completa&
ref=3223&qt1=0 
 
 
 
da geoinformação existente nas bases municipais, podem dificultar ou 
diminuir a eficácia dos instrumentos de política urbana previstos, assim como 
a preservação e análise ambiental. 
O artigo completo pode ser acessado: ALVES, Marcello; 
YOSHINAGUA, S. Elaboração funcional de um banco de dados de 
parâmetros Geohidrológicos como subsídio às análises de 
disponibilidade de recursos hídricos. In: Simpósio Brasileiro de 
Sensoriamento Remoto, 2009, Natal. XIV Simpósio Brasileiro de 
Sensoriamento Remoto, 2009. 
http://www.dsr.inpe.br/sbsr2007/biblioteca/ 
 
Mas o que é afinal – Geoinformação? 
Diversos autores apresentam estudos sobre os conceitos e técnicas 
empregadas em Geoinformação. A Seguir apresentaremos a opinião de 
alguns autores renomados sobre o significado do termo em questão. 
Geoinformação significa, antes de mais nada, utilizar 
computadores como instrumentos de representação de 
dados espacialmente referenciados. Deste modo, o 
problema fundamental da Ciência da Geoinformação é o 
estudo e a implementação de diferentes formas de 
representação computacional do espaço geográfico. 
(Câmara e Monteiro, 2001. p. 2) 
 
Este fato, segundo os autores, proporciona o caráter interdisciplinar 
das geoinformações que por sua vez podem ser utilizadas e trabalhadas por 
diferentes correntes científicas. Ou ainda, que “o espaço é uma linguagem 
comum para as diferentes disciplinas do conhecimento” (Câmara e Monteiro, 
2001). 
Desta forma, o grande volume de dados como também a necessidade 
de armazenamento e tomadas de decisões rápidas, nos leva a compreender a 
importância de dados espaciais coesos, precisos e disponibilizados a todos. 
Informações que sejam pertinentes aos estudiosos que delas façam uso, assim 
como a todos interessados em otimizar a tomada de decisões. 
 
 
Câmara e Monteiro (2001) ainda afirmam, que “Se onde é 
importante para seu negócio, então o Geoprocessamento é sua ferramenta de 
trabalho”. Observa-se assim que quando tratamos de dados espaciais a 
necessidade de configurá-los em seu ambiente obedecendo a lógica funcional 
e geográfica de localização se faz necessária. Caso contrário não poderíamos 
saber distâncias corretas, tamanhos e formas. 
Vamos então considerar mais algumas tecnologias como auxiliadoras 
no processo de decisão sobre o espaço. Para tanto vamos apresentar uma 
nova terminologia – “As Geotecnologias”. 
 
O que são As Geotecnologias? 
Valerio Filho et. al. (2002) definem as geotecnologias como: 
O conjunto de ferramentas e materiais utilizados no 
auxílio de análises espaciais, podendo citar as imagens 
de satélite, os Sistemas de Posicionamento Global - 
GPS, os Sistemas de Informações Geográficas – SIG’s, 
entre outros. (Valerio Filho et. al. , 2002) 
 
Segundo os autores, as: 
As Geotecnologias, através dos Sistemas de Informações 
Geográficas -SIG’s e do Sensoriamento Remoto vêm sendo 
utilizadas como importantes ferramentas, a fim de subsidiar 
o planejamento e as ações em diversas áreas de aplicação 
do conhecimento. Nos tempos atuais, estas ferramentas têm 
grande importância no que diz respeito ao mapeamento e 
armazenamento de dados, em decorrência da constante 
dinâmica espacial e na possibilidade de integração de 
diversas variáveis em um único banco de dados. (Valerio 
Filho et. al. , 2002). 
 
Demonstra-se assim, a necessidade funcional e imediata em utilizar 
ferramentas computacionais que agreguem funções de coleta, 
armazenamento, manipulação de dados geográficos e integraçãoespacial nas 
análises. A figura abaixo apresenta alguns exemplos de geotecnologias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Gps, Imagens de Satélite e Digitalização de dados Cartográficos, Modelos Numéricos de 
terrenos. 
No entanto, de acordo com Câmara e Monteiro (2001), os conceitos 
oferecidos apresentam um limitador conceitual que se pensarmos vem da 
própria interdisciplinaridade, pois cada individuo ou especialista de diferentes 
áreas interpreta e consequentemente reduz o nível de informação ao seu 
modo ou melhor dizendo segundo sua formação acadêmica, ou ponto de 
vista. Vejamos alguns exemplos típicos apresentados pelos autores. Trecho 
extraído de Câmara e Monteiro (2001) p. 2: 
 Um sociólogo deseja utilizar uma Geotecnologia para entender e 
quantificar o fenômeno da exclusão social numa grande cidade 
brasileira. 
 Um ecólogo usa a Geotecnologia com o objetivo de compreender os 
remanescentes florestais da Mata Atlântica, através do conceito de 
fragmento típico de Ecologia da Paisagem. 
 Um geólogo pretende usar uma Geotecnologia para determinar a 
distribuição de um mineral numa área de prospecção, a partir de um 
conjunto de amostras de campo. 
O que se pode observar nas informações acima é que os autores 
demonstram que cada ramo profissional fragmenta a informação segundo 
suas necessidades objetivas. Quanto a isso as unidades anteriores já deixaram 
 
 
bem claro, não devemos fragmentar o espaço para estudá-lo e sim integrá-lo 
de forma sistêmica / holística. 
O outro problema apresentado por Câmara e Monteiro (2001) é que a 
utilização das Geotecnologia depende precisamente de um profissional 
especializado em cada disciplina do conhecimento co intuito de transformar 
conceitos particulares em “representações computacionais”. 
Porém, a carência de dados espaciais e a ausência de mapeamentos 
em escala de análise compatíveis com os diversos ramos das ciências tornam 
esta ação muito complicada e laboriosa. Assim, quando obtemos dados 
sintetizados e sistematizados temos um grande passo dado na troca de 
informações e aceleração de decisões. 
 
Desta forma, fica muito mais fácil o exercício da 
transdisciplinalidade. 
 
Bom, agora já conhecemos algumas ferramentas. 
Vamos relembrar um pouco mais o problema? 
Fantin et al (2007) relatam que no Brasil, a partir do século XX, vem 
ocorrendo um intenso e desenfreado processo de “industrialização / 
urbanização”. 
Como vimos anteriormente, em nenhum outro país foram 
contemporâneos e concomitantes processos como a desruralização, as 
migrações desenraizadoras e brutais, a urbanização galopante e 
concentradora (SANTOS, 2000). 
De acordo com Maricato (2000), em 1940 a população que residia 
nas cidades era de 18,8 milhões de habitantes (26,3%), no ano 2000 ela 
chegou a aproximadamente 138 milhões de habitantes (81,2%). 
 
 
Como resultado, Fantin et al (2007) constatam o surgimento de 
cidades que apresentam cenários caóticos e, com sérios problemas referentes 
à ausência de saneamento básico, escolas, transporte coletivo, violência, 
desemprego, segregação urbana, concentração fundiária, degradação 
ambiental e favelização. 
 
Mas, o quê foi feito até então? 
Procurando solucionar, minimizar ou mitigar estes impactos negativos, 
o Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01) veio a estabelecer diretrizes gerais para 
a política urbana, trazendo uma série de instrumentos que visam assegurar o 
direito às “cidades sustentáveis”. 
Destaca-se, segundo Fantin et al (2007) que: 
O Estatuto da Cidade determina que a política urbana deve 
ser pautada com o objetivo de ordenar o pleno 
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da 
propriedade urbana. Para isto, estabeleceu-se como uma de 
suas diretrizes gerais a garantia do direito a cidades 
sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à 
moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura 
urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e 
ao lazer, para as presentes e futuras gerações. (Art. 2º, inc. I. 
Lei n. 10.257/2001). 
 
Segundo Rolnik (2002), com a aprovação do Estatuto da Cidade (Lei 
n. 10.257/2001) foi oferecido aos municípios uma nova concepção de 
planejamento, administração e gestão do espaço urbano, com um conjunto 
inovador de instrumentos de intervenção sobre seus territórios. 
Fantin et al. (2007) relatam ainda que dentre estes instrumentos 
urbanísticos, podemos destacar: 
O plano diretor, o direito de superfície, a concessão do 
direito real de uso, a edificação e o parcelamento 
compulsórios, o direito de preempção, a urbanização 
consorciada, o imposto predial progressivo, a outorga 
onerosa do direito de construir (solo criado), o usucapião 
especial urbano, a concessão de uso especial para fins de 
moradia, a transferência do direito de construir, o consórcio 
imobiliário, o estudo do impacto de vizinhança e a gestão 
democrática da cidade. (Fantin et al. ,2007. p 133). 
 
 
 
Entretanto, vale lembra que os autores também relatam que com a, a 
ausência de dados geográficos, a falta de acesso aos dados produzidos ou a 
falta de precisão e confiabilidade da geoinformação existente nas bases 
municipais, a adequação das leis, a efetivação das mesmas, assim como a 
eficácia social e administrativa destes instrumentos tornam-se muito 
complicadas. 
 
 
Um exemplo disto é o dilema envolvendo o número de 
favelas existentes em todo Brasil, número este, essencial 
para o desenvolvimento de políticas públicas urbanas. 
 
Fantin et al. (2007) apresentam que não há números gerais confiáveis 
sobre a ocorrência de favelas em todo o Brasil. 
A divulgação dos resultados iniciais do Censo IBGE de 2000 
dá a entender que entre 1991 e 2000 o número de favelas 
teria aumentado 22% em todo o Brasil, atingindo um total 
de 3.905 núcleos. Segundo o mesmo levantamento, o 
município de São Paulo, que apresentava em 1991, 585 
favelas, passa a apresentar 612 em 2000. (Fantin et al. 
,2007. p133 - 134). 
 
Porém, no mapeamento realizado pela Prefeitura de São Paulo, 
classificando a situação e a localização de cada núcleo de favela, revelam a 
existência de 763 núcleos já em 1980, e 1.592 núcleos em 1987 
(MARICATO, 2001). 
Os autores destacam que essa diferença pode ser explicada pelo fato 
do IBGE não contabilizar como favela núcleos que possuam menos de 
cinqüenta unidades. Mas, ao mesmo tempo constatam que a diferença em 
questão não se deve, simplesmente, a uma falha no contexto metodológico, 
afinal há uma grande incoerência entre estes os dois levantamentos. Relatam 
também que os números a respeito do tema são imprecisos e como de 
costume muitas vezes inexistentes como na maioria das cidades brasileiras. 
 
 
Maricato (2001) utiliza as expressões “cidade legal” e “cidade ilegal” 
para definir este fenômeno. Para a autora, o número de imóveis ilegais na 
maior parte das cidades brasileiras é tão grande que a cidade legal (cuja 
produção é hegemônica e capitalista) caminha para ser, cada vez mais, 
espaço da minoria. 
Neste contexto, Santos (1981) afirma que existem duas ou diversas 
cidades dentro da cidade. Este fenômeno é o resultado da oposição entre 
níveis de vida e entre setores de atividade econômica, isto é, entre classes 
sociais. Assim, às diferentes paisagens urbanas correspondem classes sociais 
diferentes. 
Villaça (2001) classifica este fenômeno como “segregação urbana” e 
destaca como o mais conhecido padrão de segregação urbana, o do centro 
versus periferia. O primeiro dotado de serviços urbanos, públicos e privados, 
é ocupado pelas classes de mais alta renda. A segunda, subequipada e 
distante, é ocupada predominantemente pelos excluídos.No parágrafo único do artigo 1º do Estatuto da Cidade (Lei n. 
10.257/2001) temos: 
Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da 
Cidade, estabelece normas de ordem pública e interesse 
social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do 
bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, 
bem como do equilíbrio ambiental. (Estatuto da Cidade - 
Lei n. 10.257/2001. Parágrafo primeiro.). 
 
Bom, então vamos apresentar a seguir alguns detalhes 
instrumentais do Estatuto da Cidade extraídos do trabalho de 
(Fantin el al., 2007. p 151 – 153). 
 
Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios do 
Solo Urbano – este instrumento possibilita que o poder público municipal 
obrigue os proprietários de imóveis ociosos ou subutilizado a dar uma 
destinação a estes, o que permite ampliar o acesso à terra urbana para fins de 
moradia. 
 
 
Imposto Predial e Territorial Urbano Progressivo no Tempo – 
este instrumento é utilizado quando os proprietários não atendem à 
notificação para parcelamento, edificação ou utilização compulsórios e 
possibilita punir com tributação de valor crescente, anual, os proprietários de 
terrenos onde a ociosidade ou mau aproveitamento acarrete prejuízo à 
população. 
Desapropriação com Pagamento em Títulos da Dívida Pública 
– após cinco anos de cobrança do IPTU progressivo no tempo, sem o 
cumprimento pelo proprietário da obrigação de parcelamento, edificação ou 
utilização, o poder público municipal pode proceder à desapropriação do 
imóvel, com pagamentos em título da dívida pública de emissão previamente 
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em 
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e 
os juros legais. 
Outorga Onerosa do Direito de Construir - é um instrumento 
que permite ao poder público municipal estabelecer uma relação entre a área 
edificável e a área do terreno, a partir da qual a autorização para construir 
passaria a ser concedida de forma onerosa. 
Zona Especial de Interesse Social (ZEIS)·- criada, em face das 
diretrizes estabelecidas no Estatuto da Cidade. Como os padrões urbanísticos 
idealizados são, na prática, inviáveis para as populações mais carentes, a 
criação da ZEIS nesta área permite adotar padrões urbanos mais flexíveis e 
compatíveis com a população de baixa renda, evitando deixá-las na 
ilegalidade. 
Regularização Fundiária - objetivando dar licitude à ocupação da 
terra nos casos em que o acesso à habitação tenha ocorrido de forma 
irregular. 
Direito de Preempção – este instrumento confere ao poder público 
municipal a preferência para a compra de um determinado imóvel urbano, 
 
 
respeitado seu valor no mercado imobiliário, e antes que o imóvel de 
interesse do município seja comercializado entre particulares. 
Isto permite ao município a aquisição de áreas para a construção de 
habitações populares, atendendo a uma demanda social, bem como para a 
implantação de atividades destinadas ao lazer e recreação coletivos, como, 
por exemplo, parques, ou mesmo para a realização de obras públicas de 
interesse geral da cidade (OLIVEIRA, 2001). 
Outorga Onerosa do Direito de Construir - é um instrumento 
que permite ao poder público municipal estabelecer uma relação entre a área 
edificável e a área do terreno, a partir da qual a autorização para construir 
passaria a ser concedida de forma onerosa. 
A utilização deste instrumento possibilita um maior controle de 
densidades urbanas; permite a geração de recursos para investimentos em 
áreas pobres; e promove a desaceleração da especulação imobiliária. Cabe 
salientar, que a sua adoção exige, do poder público, controles muito ágeis e 
complexos (OLIVEIRA, 2001). 
Operações Urbanas Consorciadas - referem-se a um conjunto de 
intervenções e medidas, coordenadas pelo poder público municipal, com a 
finalidade de preservação, recuperação ou transformação de áreas urbanas 
contando com a participação de proprietários, moradores usuários 
permanentes e investidores privados. O objetivo é alcançar, em determinada 
área, transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização 
ambiental (OLIVEIRA, 2001). 
Estudo de Impacto de Vizinhança - Este determina que uma lei 
municipal deverá definir critérios, delimitando as espécies de 
empreendimentos que dependerão de um estudo prévio de impacto de 
vizinhança como condicionante de sua aprovação. O Estudo de Impacto de 
Vizinhança deve ser executado com o objetivo de contemplar os efeitos 
positivos e negativos do empreendimento, analisando no mínimo, os 
impactos relativos ao adensamento populacional, aos equipamentos urbanos 
 
 
e comunitários, ao uso e ocupação do solo, a valorização imobiliária, a 
geração de tráfego, a demanda por transporte público, a paisagem urbana e 
o patrimônio natural e cultural. 
Gestão Democrática da Cidade - é uma das principais engrenagens 
do Estatuto da Cidade, seja efetiva e consciente, faz-se necessário fornecer 
subsídios, propiciando dados organizados e com vínculo geográfico que 
tenham a capacidade de representar e interconectar dados; revelar territórios 
e realidades invisíveis e acompanhar as dinâmicas municipais de maneira 
integrada. 
 
 
Vocês podem consultar o documento legislativo na 
integra pelo link abaixo. 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm 
 
Agora vamos refletir um pouco sobre outro assunto?..... 
 
O Plano diretor é: 
Instrumento básico de um processo de planejamento 
municipal para a implantação da política de 
desenvolvimento urbano, norteando a ação dos 
agentes públicos e privados. (ABNT, 1991). 
 
Ou mesmo... 
O Plano Diretor pode ser definido como um conjunto 
de princípios e regras orientadoras da ação dos agentes 
que constroem e utilizam o espaço urbano. (BRASIL, 
2002, p. 40). 
 
 
Sendo assim, a figura abaixo foi extraída de - SILVA JÚNIOR, Jeconias 
Rosendo da., PASSOS, Luciana Andrade dos. O negócio é participar: a 
importância do plano diretor para o desenvolvimento municipal. – 
Brasília DF: CNM, SEBRAE, 2006. 32 p. 
http://www.sebraesp.com.br/Institucional/PoliticasPublicas/Paginas/Oneg%C3
%B3cio%C3%A9participar-
Aimport%C3%A2nciadoplanodiretorparaodesenvolvimentomunicipal.aspx 
 
 
 
 
 
 
 
 
Analise a figura, leia o texto e avalie como o Plano diretor 
Participativo pode auxiliar na movimentação da economia de um lugar e 
promover a inclusão social. 
 
 
 
 
 
O texto abaixo foi extraído do site. 
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,consumo-da-classe-c-e-
desafio-diz-ministra-izabella,64717,0.htm 
DANIELA AMORIM - Agencia Estado 
RIO - O aumento do poder aquisitivo da classe C no Brasil é um 
desafio ao crescimento sustentável no País, disse hoje a ministra do Meio 
Ambiente, Izabella Teixeira. A ministra acredita que os padrões de consumo 
dessa faixa da população, hoje em ritmo acelerado de crescimento, devem 
ser debatidos e monitorados. 
"O Brasil tem uma nova classe média, e eu me refiro a um legado 
social, de inclusão social, que está consumindo num padrão muito maior e 
mais rápido do que o da classe média tradicional", alertou Izabella durante o 
Fórum Econômico Mundial, no Rio de Janeiro. A ministra defendeu a 
necessidade de transmitir a essa fatia da população os conceitos de 
sustentabilidade para assegurar um consumo responsável. 
 Reflita sobre a notícia Publicada no Jornal – O estado de São Paulo. 
 Avalie como sua profissão pode contribuir para uma economia mais 
sustentável e justa ambientalmente e socialmente promovendo a 
inclusão social.Material Complementar 
 
 
 
 
 
 
 
ALVES, M.; PEREIRA, S. Y. Elaboração funcional de um banco de dados de 
parâmetros “Geohidrológicos” como subsídio às análises de disponibilidade 
de recursos hídricos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE 
SENSORIAMENTO REMOTO, 14. (SBSR), 2009, Natal. Anais... São 
José dos Campos: INPE, 2009. p. 2261-2268. DVD, On-line. ISBN 978-85-
17-00044-7. Disponível em: 
<http://urlib.net/dpi.inpe.br/sbsr@80/2008/11.18.01.25.56>. Acesso em: 29 
abr. 2011. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NB 1350 - Normas 
para elaboração de plano diretor. Rio de Janeiro, 1991. 
 
BRASIL. Estatuto da Cidade: guia para implementação pelos 
municípios e cidadãos. 2 ed. Brasília: Câmara dos Deputados, 
Coordenação de Publicações, 2002. 
 
BRASIL. Lei Federal 10.257, de 10 de JULHO de 2001 (Estatuto da 
Cidade). 
Disponível em: 
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm>. Acesso 
em: 28 de abril de 2011. 
 
CÂMARA, Gilberto; DAVIS, Clodoveu; MONTEIRO, Antonio M.V. 
Introdução à Ciência da Geoinformação. 
http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/. Capítulos 1 e 2. acessado em 28 
de abril de 2011. 
 
CAMPOS FILHO, C. M. Cidades brasileiras: seu controle ou seu caos. 
2 ed. São Paulo: Studio Nobel, 1992. 
 
FANTIN, Marcel ; ALVES, Marcello ; MONTEIRO, Antonio Miguel Vieira . A 
Integração de Dados Sócio-Econômico-Ambientais e Territoriais com Auxílio 
das Geotecnologias como Subsídio ao Estudo de Impacto de Vizinhança para 
a Política Habitacional . In: ALMEIDA, C. M. (Org.) ; CAMARA, G. 
Referências 
 
 
(Org.) ; MONTEIRO, A. M. V. (Org.). (Org.). Geoinformação em 
Urbanismo: Cidade Real x Cidade Virtual. 1 ed. : ed. São Paulo: 
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MARICATO, E. Brasil, Cidades: alternativas para a crise urbana. 
Petrópolis: Vozes, 2001. 
 
OLIVEIRA, I.C.E. Estatuto da Cidade para compreender . Rio de 
Janeiro: IBAM/DUMA, 2001. 
 
ROLNIK, R. Estatuto da Cidade – Instrumento para as Cidades que 
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<http://www.estatutodacidade.org.br/estatuto/artigo1.html>. Acesso em: 11 
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