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Estudos Sociais VI

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Estudos Sociais 
e Ambientais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Responsável pelo Conteúdo: 
Prof. Msc. Marcello Alves 
Causa e efeito 
Material teórico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Causa e efeito 
O problema escolhido para discussão nesta unidade afeta 
diversos setores econômicos e consequentemente as camadas 
sociais que estão envolvidas neste contexto. 
A ocupação do espaço na maioria das vezes não obedeceu 
a critérios básicos de alocação espacial e, consequentemente 
implicaram em problemas muitas vezes irreversíveis a tempo 
humano que traduzem uma paisagem complexa e com diversas 
estruturas não funcionais. 
Canalizamos rios, mudamos o curso de outros, adensamos 
o espaço de uma forma tão única que passamos a produzir 
áreas vulneráveis e mais propensas a riscos múltiplos, isto diante 
do mero fato da falta de planejamento e, por conseguinte de 
especularmos economicamente o território e ocuparmos este até 
o ponto de saturação e insalubridade. 
Neste sentido, apresentaremos a seguir os conceitos teóricos 
que estão envolvidos na análise destes problemas intrínsecos ao 
espaço urbano e, por conseguinte algumas soluções 
empregadas até então, no tocante à mitigação deste impacto. 
 
Atenção 
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar 
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O problema escolhido para discussão nesta unidade afeta diversos setores econômicos 
e consequentemente as camadas sociais que estão envolvidas neste contexto. 
A ocupação do espaço na maioria das vezes não obedeceu a critérios básicos de 
alocação espacial e, consequentemente implicaram em problemas muitas vezes irreversíveis a 
tempo humano que traduzem uma paisagem complexa e com diversas estruturas não 
funcionais. 
Canalizamos rios, mudamos o curso de outros, adensamos o espaço de uma forma tão 
única que passamos a produzir áreas vulneráveis e mais propensas a riscos múltiplos, isto 
diante do mero fato da falta de planejamento e, por conseguinte de especularmos 
economicamente o território e ocuparmos este até o ponto de saturação e insalubridade. 
Neste sentido, apresentaremos a seguir os conceitos teóricos que estão envolvidos na 
análise destes problemas intrínsecos ao espaço urbano e, por conseguinte algumas soluções 
empregadas até então, no tocante à mitigação deste impacto. 
Vale ressaltar que não existem soluções mágicas e imediatas, mas sim existem ações 
laboriosas e que muitas vezes vão contra ao contexto desenvolvimentista imposto as cidades 
ou às regiões como um todo. 
Assim, vamos dar inicio a nossa discussão pautando em um contexto que se refere à 
ocupação humana no espaço, os riscos de enchentes, a qualidade dos nossos recursos 
hídricos e, por conseguinte a dinâmica imposta a Macrodrenagem Urbana. 
 
 
 
Contextualização 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os Recursos Hídricos e a Expansão Urbana. 
 
“Desde o inicio da história da civilização, as cidades comumente se localizavam junto 
às águas”, (Marcondes, 1999). Fato este relacionado à busca por recursos naturais e 
escoamento de produtos (Figura 1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://revistaepocasp.globo.com/Revista/Epoca/SP/0,,EMI93926-17276,00.html 
Fig. 1 – Desenvolvimento Urbano localizado às margens do Rio Tietê. 
 
 
Neste sentido, vale destacar que drenagem é o termo empregado na designação das 
instalações destinadas a escoar o excesso de água, seja em rodovias, na zona rural ou na 
malha urbana. A drenagem urbana não se restringe aos aspectos puramente técnicos impostos 
pelos limites restritos à engenharia, pois compreende o conjunto de todas as medidas a serem 
tomadas que visem à atenuação dos riscos e dos prejuízos decorrentes de inundações aos 
quais a sociedade está sujeita. 
Material Teórico 
 
 
 
 
 
Juntamente com a ocupação e o crescimento das áreas urbanizadas, próximas às áreas 
de drenagem ocorre o desenvolvimento de um conjunto de situações críticas que afetam os 
recursos hídricos. 
 
 
De acordo com a Secretaria Municipal de Administração de São Paulo - SMA-SP 
(1997), a poluição dos rios por rejeitos sólidos, dejetos dos esgotos sanitários, assoreamento, 
interferência no ciclo das águas por grandes projetos e exploração descontrolada dos recursos 
subterrâneos, afetam diretamente a complexa rede hidrográfica brasileira. 
Porém, de acordo com Marcondes (1999), os maiores problemas estão relacionados à 
escassez de água, contaminação dos mananciais e as enchentes, ocasionadas em sua grande 
maioria por ocupações irregulares e inadequadas em espaços com severas restrições naturais 
(Figura 2). 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.assuapet.org.br/noticias/varzeatiete_apresentacao.htm 
Fig. 2- Ocupação às margens do Rio Tietê. 
 
Desta forma, 
O Homem necessita intervir na natureza e modificar o espaço onde vive, para 
satisfazer suas necessidades de deslocamentos, habitação e subsistência. O 
 
 
 
 
 
maior ou menor grau dessas intervenções acarretará um maior ou menor 
impacto ambiental, podendo assim conduzir a um “desenvolvimento 
sustentável” – onde o homem pode conviver harmonicamente com a natureza, 
ou infringir pesadas perdas ao ecossistema global, o que geralmente se dá 
quando de uma ocupação urbana descontrolada (Valério Filho et. al. 2009)”. 
 
 
Os autores ainda afirmam que, historicamente, as cidades quase sempre se localizavam 
às margens dos rios, e progressivamente iam se expandindo para montante, ao longo das 
bacias, ocupando as terras mais favoráveis à urbanização. Contudo, essa ocupação tem sido 
feita muitas vezes de forma incompatível com os condicionamentos ambientais, causando 
sérios impactos ao meio ambiente, quer seja pela ocupação de áreas do leito de inundação 
dos rios ou pela ocupação de áreas de forte declividade com potencial de grande 
erodibilidade. 
Ainda segundo os autores, 
O crescimento populacional das grandes cidades brasileiras e o conseqüente 
aumento da área impermeabilizada nas bacias hidrográficas, o assoreamento 
dos leitos dos rios, a poluição dos corpos d’água e as deficiências no 
planejamento da drenagem urbana formam um quadro dos principais 
problemas que afligem, há algum tempo, a grande maioria dos municípios 
brasileiros (Valério Filho et. al. 2009). 
 
Neste sentido, 
O uso indiscriminado do solo urbano, sem um estudo prévio de suas 
limitações, tem gerado vários problemas de cunho social – perda de moradia, 
destruição de ruas, asfaltamentos, estradas, pontes, poluição visual, da água, 
do solo, do ar, - o que tem contribuído para diminuir, sistematicamente, a 
qualidade de vida em áreas metropolitanas ou em cidades com grande 
crescimento urbano (AUGUSTIN, 1985). 
 
 
 
 
 
 
Segundo Genz e Tucci (1995) os principais impactos que decorrem do 
desenvolvimento de uma área urbana sobre os processos hidrológicos estão ligados à forma 
de ocupação da terra, e também ao aumento das superfícies impermeáveis, em grande parte 
das bacias que se localizam próximas às zonas de expansões urbanas ou inseridas no 
perímetro urbano. 
 
Destaca-se também que segundo Forman (1995), um dos maiores desafios do 
planejamento do uso da terra é o que se refere ao uso sustentável do ambiente que se baseia 
em uma dinâmica de transformação com igual ênfase nas dimensões ambientais e humanasda paisagem e na consideração de intervalo temporal que abranja diferentes gerações 
humanas. 
Para Tucci (1997) o desenvolvimento urbano brasileiro tem produzido aumento 
significativo na freqüência de inundações e que em determinadas áreas pode-se constatar um 
aumento das vazões em até 7 vezes. 
Campana e Tucci (1994), consideram que as bacias hidrográficas urbanas necessitam 
ser planejadas levando-se em conta o seu desenvolvimento futuro. Considerando que a falta 
de planejamento adequado e a ocupação descontrolada tornam esta tarefa bastante 
dificultosa. 
Segundo Tucci (1997), as enchentes nas cidades brasileiras são um processo gerado 
principalmente pela falta de disciplinamento da ocupação urbana. O custo do controle desse 
processo é muito alto quando o desenvolvimento já está implantado. A medida preventiva de 
controle, onde os custos são reduzidos, é o “Plano Diretor de Drenagem Urbana”. 
A imagem a abaixo apresenta a zona urbana de Manaus cidade localizada às margens 
do Rio Negro, observem o grau de adensamento urbano impresso na paisagem (Figura 3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 3 – Área urbanizada às margens do Rio Negro. As áreas urbanizadas são representadas pela cor magenta. 
Devemos destacar também que no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística – IBGE (2000), em 1940, a população urbana compunha 26,3% do total. Em 2000 
ela era de 81,2%. Assim, em 1940 a população que residia nas cidades era de 18,8 milhões 
de habitantes e em 2000 ela é de aproximadamente 138 milhões. 
O crescimento populacional das grandes cidades brasileiras e o consequente aumento 
das áreas impermeabilizadas nas bacias hidrográficas, o assoreamento dos leitos dos rios, a 
poluição dos corpos d’água e as deficiências no planejamento da drenagem urbana formam 
um quadro dos principais problemas que afligem, há algum tempo, os municípios brasileiros. 
De acordo com Alves (2006), no Brasil, assim como no mundo, a qualidade e também 
a disponibilidade dos recursos hídricos está diminuindo e crescendo os conflitos relacionados 
ao uso. A diminuição da vazão à jusante nos períodos de estiagem e o aumento, de forma 
crítica, nos períodos de chuva é fruto da utilização e preservação inadequada dos recursos 
naturais existentes nas bacias hidrográficas. 
Penteado (2003) afirma que a visão mecanicista do homem deve dar lugar à visão da 
teoria da termodinâmica onde a lei da entropia, as quais, devem ser derrotadas pelos homens 
necessitam ser considerada em todos os estudos. Afinal, a segunda lei da termodinâmica 
apresenta o conceito de entropia como uma realidade vigente aos nossos dias, onde, um 
Fonte: http://www.zonu.com/brazil_maps/Maps_Satellite_Photos_Images_Manaus_Brazil.htm 
 
 
 
 
 
sistema natural sempre caminha da ordem para a desordem e este processo é sem duvida 
muitas vezes irreversível. 
 
 
As enchentes e inundações. 
 
Um dos principais problemas que vem afetando as cidades como um todo são as 
enchentes e as inundações. 
Desta forma destaca-se que, 
O aumento das ocorrências das inundações está associado de forma direta, ao 
crescimento urbano e, embora o Estatuto da Cidade (Lei Federal 
10.257/2001) imponha a obrigatoriedade da realização de Plano Diretor 
apenas para Municípios com mais de 20.000 habitantes, a pré-existência da 
rede de drenagem em que está inserida a ocupação urbana é um fator 
prevalente a ser considerado no planejamento regional, pelo impacto da sua 
demanda futura, na impermeabilização do solo e no balanço hídrico da bacia 
(Targa, M, 2009). 
 
Já para TUCCI (1995), urbana ou rural, a macrodrenagem consiste no 
dimensionamento e a avaliação de cheias em canais que, correspondem à rede de drenagem 
natural (rios, córregos e riachos), estes pré-existentes nos terrenos antes da sua ocupação. 
Azevedo Netto et al. (1998) afirmam que a água de chuva requer espaço para 
escoamento e acumulação e que o espaço natural para que isso ocorra é a várzea do rio, 
quando este espaço é ocupado, ocorrem as inundações. 
Tucci (2005) ressalta que, as inundações representam 50% dos desastres naturais 
relacionados com água, dos quais 20% ocorrem nas Américas. 
Assim, 
 
 
 
 
 
As inundações em áreas urbanas representam um sério problema para grande 
parte dos municípios brasileiros, principalmente quando atinge áreas 
densamente ocupadas, ocasião em que geram prejuízos consideráveis e muitas 
vezes irreparáveis, com perdas de vidas humanas (Valério Filho et al. 2005). 
 
Vale ressaltar que o controle de inundações em bacias urbanizadas envolve um 
conjunto de medidas estruturais e não estruturais que vão desde o planejamento do uso da 
terra urbano e rural com a realocação humana, até o convívio com o problema. 
As inundações tem sido um problema freqüente nos períodos de chuvas tanto nas 
áreas mais antigas e consolidadas da cidade, como nas áreas de expansão urbana. Este fato 
tem vem agravando pela impermeabilização do solo, ocupação das várzeas e retirada das 
matas ciliares, dificultando-se assim, a infiltração das águas das chuvas e a saturação do solo 
ocasionando severas perdas econômicas e panes estruturais. 
 
 
Níveis de impermeabilização e ocupação do solo. 
 
Com base nestas premissas vamos apresentar um estudo realizado por Valério Filho et 
al. (2005) para o município de São José dos Campos. O estudo apresentado subsidiou a 
elaboração do Plano Diretor de Macrodrenagem Urbana elaborado para o município e que 
propõe níveis de adensamento urbano e consequentemente o grau de impermeabilização 
referente a cada um destes. 
Vale observar que a dinâmica de ocupação espacial obedece a regras intrínsecas 
adotadas na legislação urbanística pertinente e presente, mas também materializam a 
dinâmica do capital e dos especuladores imobiliários que se apropriam do espaço e muitas 
vezes acentuam as desigualdades e impactos territoriais. 
Sendo assim, através da análise e interpretações das fotografias aéreas coloridas 
e segundo critérios pré-estabelecidos de capacidade de infiltração os perímetros urbanos 
foram classificados em 5 (cinco) classes como segue nas figuras 4, 5, 6, 7, 8: 
 
 
 
 
 
 
Figura 4. Área Urbana Consolidada com Alta Taxa de Ocupação 
 
 
 
 
 
 
 
Compreendem áreas com altas taxas de ocupação e com alta densidade de 
construções. Nesta classe há ausência de espaços livres. Correspondem às áreas ocupadas por 
construções em praticamente todo terreno. Vale ressaltar que foram incluídas áreas com vias 
pavimentadas e não pavimentadas. 
 
Figura 5. Área Urbana Consolidada com Taxa Média de Ocupação. 
 
 
 
 
 
Correspondem às áreas com taxa de ocupação média, abrangendo as áreas 
residenciais de classe alta, áreas institucionais, áreas industriais de grande porte, parques 
urbanos, e chácaras de recreação. Nestas classes ocorre a presença de espaços livres, como 
jardins gramados associados às indústrias e áreas institucionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6. Área Urbana não Consolidada com Taxa Média de Ocupação. 
 
 
 
 
 
 
Foram consideradas as áreas com densidade média de habitações. Nestas áreas ocorre 
a presença de espaços livres que correspondem aos lotes ainda não ocupados por 
edificações. Nesta classe os terrenos vazios representam menos expressão de área 
comparativamente aos lotes ocupados. 
 
Figura 7. Área Urbana não Consolidada com Baixa Taxa de Ocupação. 
 
 
 
 
 
 
Foram consideradas as áreas urbanas ocupadas por edificações esparsas. 
Correspondem a loteamentos urbanos em processo inicial de ocupação. A relaçãoterrenos 
ocupados e terrenos vazios é baixa. Vale destacar que ambas as áreas não consolidadas são 
 
 
 
 
 
 
formadas predominantemente de loteamentos em processo de ocupação. 
 
Figura 8. Áreas em Implantação. 
 
 
 
 
 
 
 
Foram considerados loteamentos com ausência de edificações, verificando-se apenas o 
traçado do sistema viário e áreas terraplenadas para implantação de loteamentos ou industrias 
de médio ou grande porte. Correspondem a áreas basicamente não ocupadas por edificações, 
com abertura de vias e desbaste de quadras. 
Sendo assim, 
Vocês observaram o poder que o capital exerce sobre o espaço e, consequentemente 
os impactos que ele pode causar sobre os recursos naturais. Sua dinâmica de ocupação e, por 
conseguinte as formas impostas pelo processo podem fugir do controle tornando o espaço 
muitas vezes um lugar inóspito de se habitar. 
Porém..... 
Chegamos a um ponto crucial: 
Como corrigir e monitorar os eventos de inundação que assolam as cidades Brasileiras 
e cuidar de nossos mananciais? 
 
 
 
 
 
 
Um dos principais problemas de implementação de um Plano Diretor de 
Macrodrenagem que minimizaria e mitigaria os impactos sociais, econômicos e estruturais do 
espaço sobre os recursos esta na ausência de informações e dados. 
Vejamos.... 
O instrumento de análise apresentado acima, Plano Diretor de Macrodrenagem, tem 
como premissa ordenar e direcionar e a ocupação territorial com base na minimização dos 
impactos causados por um adensamento urbano e seus reflexos na macrodrenagem. No 
entanto existem problemas pertinentes em sua elaboração, tais como a indisponibilidade dos 
dados de análise prévia. Como por exemplo, as medidas de chuva e vazão. 
Desta forma, 
Dada à escassez de dados de vazão nas sub-bacias hidrográficas urbanas, o 
dimensionamento de uma rede de macrodrenagem é realizado usualmente a partir um 
método sintético para a obtenção do hidrograma. Assim, aparecem as incertezas, estas 
devido á utilização de metodologias, que embora estejam extensamente tabuladas, 
não deixam de ser simplificações do sistema e que frequentemente são adaptadas de 
regiões distintas das estudadas (ALLASIA & VILLANUEVA, 2002). 
 
A imagem abaixo apresenta um aparelho que deveriam estar presentes em todas as 
áreas criticas, ou não, para efetivo controle e segurança da população com relação aos 
processos de alagamento e chuvas torrenciais (Figuras 9). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.rotacapixaba.com/colunas/agricultura-capixaba-mostra-programas-para-melhorar-a-sustentabilidade-ambiental/ 
Fig. 9 – Estação meteorológica com instrumentos de medida de vazão dos rios. 
 
Tucci (1997) afirma que, os princípios básicos dos controles de enchentes foram 
apresentados por Tucci (1995), sendo que: 
Os principais elementos desses princípios são: estabelecer o controle da bacia 
hidrográfica urbana e não de pontos isolados; os cenários de análise devem 
contemplar o futuro desenvolvimento da bacia; deve-se procurar evitar que a 
ampliação da enchente devido a urbanização seja transferida para jusante (foz 
do rio), [...], Esses princípios são normalmente aplicados nos países 
desenvolvidos. No entanto, a realidade brasileira apresenta características que 
dificultam a implementação de alguns desses princípios (Tucci, 1995). 
 
Neste sentido, os principais problemas identificados pelo autor, no que se refere à 
realidade Brasileira perante a Macrodenagem e qualidade de recursos hídricos são os 
seguintes: 
1. Implementação de loteamentos clandestinos (sem aprovação legal na prefeitura). 
2. Invasões em áreas públicas (áreas verdes) reservadas pelo Plano Diretor ou de 
propriedade pública. 
3. Ocupação das áreas de risco de enchentes predominantemente pela população de 
baixa renda 
 
Vocês podem consultar o documento na integra pelo link abaixo. 
 
www.rhama.net/download/artigos/artigo2.pdf 
Boa leitura! 
Espero ter contribuído mais uma vez com a formação conceitual de todos vocês. 
 
 
 
 
 
 
 
Agora vamos refletir um pouco sobre outro assunto?..... 
 
A imagem abaixo é da cidade do Estado de São Paulo denominada, São Luis do 
Paraitinga. De acordo com o jornal Estado de São Paulo a cidade corresponde a: 
“Um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos do período do café no Estado de 
São Paulo” 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,inundacao-destroi-predios-historicos-em-sao-luis-do-
paraitinga,489711,0.htm 
Analise a figura, leiam os textos e avalie como estes eventos catastróficos que se 
tornaram comuns em nosso país podem afetar a movimentação da economia de um lugar e, 
consequentemente a sociedade como um todo. 
 
 
 
 
 
 
 
O texto abaixo é a letra de uma música do eterno: 
“Luiz Gonzaga – o Gonzagão” 
 
 
 
Material Complementar 
Oh! Deus, 
perdoe esse pobre coitado, 
que de joelhos rezou um bocado, 
pedindo pra chuva cair, 
cair sem parar. 
Oh! Deus, 
será que o senhor se zangou, 
e é só por isso que o sol se 
arretirou, 
fazendo cair toda chuva que há. 
Oh! Senhor, 
pedi pro sol se esconder um 
pouquinho, 
pedi pra chover, 
mas chover de mansinho, 
pra ver se nascia uma planta, 
uma planta no chão. 
Oh! Meu Deus, 
se eu não rezei direito, 
a culpa é do sujeito, 
desse pobre que nem sabe fazer a 
oração. 
Meu Deus, 
perdoe encher meus olhos d'água, 
e ter-lhe pedido cheio de mágoa, 
pro sol inclemente, 
se arretirar, retirar. 
Desculpe, pedir a toda hora, 
pra chegar o inverno e agora, 
o inferno queima o meu humilde 
Ceará. 
Oh! Senhor, 
pedi pro sol se esconder um 
pouquinho, 
pedi pra chover, 
 
mas chover de mansinho, 
pra ver se nascia uma planta no 
chão, 
planta no chão. 
Violência demais, 
chuva não tem mais, 
corrupto demais, 
política demais, 
tristeza demais. 
O interesse tem demais! 
Violência demais, 
fome demais, 
falta demais, 
promessa demais, 
seca demais, 
chuva não tem mais! 
Lá no céu demais, 
chuva tem, 
tem, tem, não tem, 
não pode tem, 
é demais. 
Pobreza demais, 
como tem demais!(Falta demais), 
é demais, 
chuva não tem mais, 
seca demais, 
roubo demais, 
povo sofre demais. 
Oh! demais. 
Oh! Deus. 
Oh! Deus. 
Só se tiver Deus. 
Oh! Deus. 
Oh! fome. 
Oh! interesse demais, 
falta demais...! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALLASIA, D. G. ; VILLANUEVA, Adolfo O N . Impacto das incertezas no custo de uma 
rede de macrodrenagem . In: Congreso Argentino del Agua, 2002, Carlos Paz - Córdoba. 
Anales del Congreso Argentino del Agua. Córdoba - Argentina : CPCNA, 2002. 
 
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Campinas – SP , [s.n], 2006, Nº 355/2006. 
BRASIL. Lei Federal 10.257, de 10 de JULHO de 2001 (Estatuto da Cidade). 
Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/L10257.htm>. Acesso em: 20 janeiro 2005. 
 
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Geotecnologias Aplicadas na Avaliação das Áreas Urbanizadas e seus Impactos 
na Rede de Drenagem. In: Simpósio Nacional de Impactos Ambientais Urbanos, 2002, 
Curitiba- PR. Simpósio Nacional de Impactos Ambientais Urbanos, 2002. 
 
VALERIO FILHO, Mario ; ALVES, Marcello ; PEREIRA, Madalena Niero ; ALVES, C. D. 
Análise temporal do crescimento urbano em bacias hidrográficas e seus reflexos 
na macrodrenagem com suporte das geotecnologias. In: XIV Simpósio Brasileiro de 
Sensoriamento Remoto, 2009, Natal. XIV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, 
2009 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anotações

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