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Do Juiz ao funcionario da Justiça

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADO DE SÃO PAULO
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Conteúdo do edital comentado artigos 251 a 258; (259 a 260); 261 a 267; e 274.
Titulo I
DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PUBLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR, DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTIÇA.
CAPITULO I JUIZ
 	Função
	Art. 251 CPP
		 Ao juiz do incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo para tal fim requisitar a força pública.
	
	O que é impedimentos do juiz? 
	São motivos previstos em lei que ensejam o afastamento do juiz, pois retiram a imparcialidade objetiva do mesmo, é um rol taxativo e está descrito no art. 252 do CPP, argumentos os quais não admite prova em contrário.
	 Art. 252 CPP
		O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
Tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do MP, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito.
Obs: União Estável é causa de impedimento.
Ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido de testemunha.
Obs: Se no curso do processo ele é arrolado (convocado) como testemunha, deverá esclarecer por despacho, se tem conhecimento dos fatos que possam influir na decisão, se tiver ele próprio se declarará impedido , mas se nada souber mandará excluir seu nome do rol de testemunhas, o objetivo dessa norma é evitar o afastamento do juiz de maneira maliciosa.
Tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão.
Obs: Despacho de mero expediente, aqueles que não têm conteúdo decisório, não constitui causa para inaptidão.
Ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até terceiro grau, inclusive for parte ou diretamente interessado no feito.
O que é incompatibilidade do juiz?
São graves razões de conveniência não incluídas entre os casos de SUSPEIÇÃO e IMPEDIMENTO.
	Art. 253 CPP
		Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parente, consanguíneos ou afins, em linha reta o colateral até o terceiro grau, inclusive.
Ex. pai e filho juízes desembargadores não poderão juntos proferir acordam.
O que é Suspeição do juiz?
	Decorre do vinculo do juiz com uma das partes, é menos grave que o impedimento, pois apenas há a presunção relativa de parcialidade, podendo ser alegada pelo juiz ou pela parte, vem através de um rol exemplificativo do art. 254 do CPP.
		Art. 254 CPP
			O juiz dar-se-à por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
Se for amigo intimo ou inimigo capital de qualquer deles.
Se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia.
Ex. Juiz de um tribunal superior vai julgar um caso a respeito de aborto, cuja sua decisão possa causar a consequência jurídica de descriminalização e ‘’jurisprudencialização’’, e sua filha está sendo julgada por aborto, logo, sua decisão será proveitosa a sua filha.
Se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, ate terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha que ser julgado por qualquer das partes.
Se tiver aconselhado qualquer das partes;
Ex. o juiz aconselha a vitima a dar queixa sobre determinado crime, e por acaso cai o processo em seu oficio, logo se ele achou viável denunciar, achara viável condenar.
Se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes.
Se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
Invalidade de atos proferidos por juiz suspeito.
Inicio do processo
/......ato1..... ato2.......ato3 ..... Motivo que causa suspeição ex. orientar a vitima durante a instrução de julgamento....... ato4...... suspeição....../
							Somente o ato 4 em diante é nulo
DICA: Quando a questão perguntar sobre o juiz que ‘’não poderá exercer jurisdição’’ ela pergunta sobre causas de IMPEDIMENTO.
CESSAÇÃO DE IMPEDIMENTO
	O divorcio ou a morte do cônjuge não faz cessar a causa de impedimento e suspeição. O divorcio faz cessar o impedimento com relação aos parentes do cônjuge, exceto SOGRO, PADRASTRO, CUNHADA, GENRO, ENTEADO.
SUSPEIÇÃO ARTIFICIOSA
	A parte da motivo para arguir a suspeição, não fundamenta para declaração de suspeição, ’’ o direito não agasalha a má-fé.’’ 
Ex. o réu da motivo para causar inimizade com o juiz após o curso do processo, deverá ele arcar com as consequências.
DO MINISTERIO PUBLICO CAPITULO II
	Função
	Art. 257 CPP
		Ao MP cabe: 
Promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida neste código; e 
Fiscalizar a execução da lei
Obs: O MP fiscaliza a execução da lei, ou seja, desempenha sua segunda função tanto em ação penais publicas como em ações penais privadas.
	Suspeição dos membros do MP
	Art. 258 CPP
		Os órgãos do ministério publico não funcionarão os pprocessos em que o juiz ou qualquer uma das partes for seu cônjuge, ou parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até terceiro grau¸ inclusive, e a eles se estendem, no que lhes for aplicável, as prescrições relativas a suspeição e aos impedimentos do juízes.
Obs Sumula nº 234 ‘’ a participação de membros do MP na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para oferecimento da denuncia.
DO ACUSADO E SEU DEFENSOR CAPITULO III
 O QUE É ACUSADO?
 É a pessoa em face de quem se deduz a pretensão punitiva, ou seja, sujeito passivo:
- Tem capacidade imputativa (de receber pena)
	. maiores de 18 anos
	. pessoas jurídicas (crimes ambientais)
- Não tem capacidade, personalidade jurídica.
	. entes inanimados, mortos e animais
	. menores de 18 anos
	. parlamentar e diplomatas que gozam de imunidade.
IDENTIFICAÇÃO DO ACUSADO
Art. 259 CPP
	A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não retardará a ação penal, quando certa a identidade física. A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento, ou da execução da sentença, se for descoberta a sua qualificação,far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem prejuízo da validade dos atos precedentes.
CONDUÇÃO COERCITIVA
 O juiz pode determinar a condução coercitiva do acusado que não atender a intimação para interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que não possa ser realizado sem sua presença, é imprescindível que o ato não possa ser realizado sem a presença do acusado.
Art. 260 CPP
	Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença.
Parágrafo único – o mandado conterá, além da ordem de condução, os requisitos mencionados no art. 352, no que lhe for aplicável. 
DIREITOS E DEVERESDO ACUSADO
Clausula do devido processo legal,
Direito ao processo; direito ao conhecimento do teor da acusação, direito a presunção de inocência, direito ao julgamento em prazo razoável, direito ao contraditório e ampla defesa, direito de não ser processado com base em prova ilícita, direito do juiz natural, direito ao silencio, direito de não ser preso se no em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, direito de recorrer..
Dever de comparecimento- desatendimento pode ensejar condução coercitiva
Dever de responder com a verdade em relação a sua identidade e seus antecedentes- desatendimento pode ensejar sua responsabilização por desobediência e por falsa identificação 
Dever de sujeitar-se a medidas cautelares diversas da prisão- desatendimento pode ensejar prisão.
O QUE É DEFENSOR
É o sujeito processual com qualificação técnico-juridica, com o auxilio de quem o acusado exercer sua defesa, ele indispensável nos termos do art. 261 do CPP
Art. 261 CPP
	Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor
ParágrafoÚnico- A defesa técnica quando realizada por defensor publico ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada.
NOTA = A DEFESA TECNICA É INDISPENSÁVEL A AUTO DEFESA É FACULTATIVA
Art. 263 CPP
	Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se caso tenha habilitação.
Existem quatro tipos de defensor:
CONSTITUTIVO – Eleito pelo acusado
DATIVO – Nomeado pelo juiz
PUBLICO – Assistência integral e gratuita aos que provarem insuficiência de recursos
AD HOC – Nomeado pelo juiz para atos determinados quando falta qualquer dos outros defensores.
ABANDONO DE PROCESSO
Art. 265 CPP
	O defensor não poderá abandonar o processo senão por motivo imperioso, comunicando previamente o juiz, sob pena de multa de 10 a 100 salários mínimos sem prejuízos das demais sanções.
 § 1 º a audiência poderá ser adiada se, por motivo justificado, o defensor não puder
comparecer
§§2º incumbe ao defensor provar o impedimento até a abertura da audiência. Não fazendo, o juiz
não determinará o adiamento de ato algum do processo, devendo nomear defensor substituto, ainda que
provisoriamente ou só para o efeito do ato.
Obs: Mesmo que depois de realizada a renuncia do mandato, o defensor tem que exercer a representação pelos 10 dias seguintes à notificação, salvo se for substituído antes.
CONSTITUIÇÃO DE DEFENSOR ‘’APUD ACTA’’
	Apud acta significa proveniente de ata, nos termos do artigo 266 do CPP
Art. 266 CPP
	A constituição de defensor independerá de instrumento de mandato, se o acusado o indicar por ocasião do interrogatório.
Ex. o acusado na hora do interrogatório diz, meu advogado é fulano com o numero de ordem nº tal, automaticamente ele esta nomeado e não precisa juntar procuração alguma.
IMPEDIMENTO DO DEFENSOR
Art. 267 CPP
	Nos termos do Art. 252, não funcionarão como defensores os parentes do juiz.
AUXILIARES DA JUSTIÇA CAPITULO V
O QUE SÃO
Os auxiliares da justiça não são propriamente sujeitos processuais, lês apenas auxiliam o juiz.
O s órgãos auxiliares poder ser formados por:
Permanentes – órgãos que atuam em todo os processos (escreventes, oficiais de justiça)
Eventuais- que intervém em alguns processos para realizar tarefas especificas
Eles gozam de fé publica e a ele se aplicam o que couber os termos sobre suspeição de juízes.
IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÃO DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
Art. 274 CPP
	As prescrições sobre suspeição dos juízes estender-se aos serventuários e funcionários da justiça, no que lhes for aplicáveis.
QUESTÃO
(VUNESP – ESCREVENTE TECNICO JUDICIARIO 2017)
31. Nos exatos termos do art. 253 do CPP, nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes
que forem entre si parentes,
(A) consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive.
(B) consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, bem como amigos íntimos
ou inimigos capitais.
(C) consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, bem como amigos íntimos.
(D) consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o quarto grau, inclusive.
(E) consanguíneos, excluídos os parentes afins.
(VUNESP – ESCREVENTE TECNICO JUDICIARIO 2017)
32. Determina o art. 261 do CPP que
(A) nenhum acusado, com exceção do revel, será processado ou julgado sem defensor.
(B) nenhum acusado, com exceção do foragido, será processado ou julgado sem defensor.
(C) nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.
(D) salvo nos casos de força maior, nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.
(E) salvo nos processos contravencionais e nos de rito sumaríssimo, nenhum acusado será processado ou julgado sem defensor.
Victória Giuliana Guilmo

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