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CURSO – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DATA – 17/05/2017 DISCIPLINA – CRIMINOLOGIA PROFESSOR – CHRISTIANO GONZAGA MONITOR – GABRIELLE HESPANHA CONTATOS: - Email: chrisleo12@hotmail.com - Facebook: @professorgonzagagomes - Periscope: cchristianoprof - Youtube: Christiano Gonzaga - Instagram: chrisgonzaga - WWW.estudotop.com.br - Whatsapp: (31) 98757-9941 EMENTA: Criminologia: 1) Conceito 2) Controles sociais 3) Vitimização 4) Criminalização 5) Prevenções 6) Escolar da Criminologia 7) Modelos de reação ao crime 8) Aspectos contemporâneos CRIMINOLOGIA 1) Conceito: O conceito de criminologia foi trabalhado por Edwin Sutherland como sendo a ciência que estuda o crime, o criminoso, os controles sociais, a vitimização e a prevenção ao crime. 1.1) Objetos: Tem objetos próprios, por isso se trata de uma ciência. Os objetos são o crime, o criminoso, os controles sociais, a vitimização e a prevenção ao crime. 1.2) Método: A criminologia tem método de estudo próprio, por ser considerada uma ciência autônoma. O método da criminologia é o método empírico ou indutivo, método este que é experimental. A criminologia trabalha com a experiência, com a análise do caso concreto, realizada de forma social com base na segurança pública. Não é como o Direito Penal que tem um campo fechado e utiliza o método lógico-abstrato ou dedutivo que nada mais é que o estudo do Código Penal, da lei. 1.3) Interdisciplinar: A criminologia é uma disciplina que se interelaciona com outras disciplinas, como por exemplo com a sociologia e com o direito penal. 2) Controles sociais: Os controles sociais irão etiquetar os comportamentos desviados. 2.1) Controles sociais informais: Os controles sociais informais são aqueles que não são estatais, como as escolas, a família e a igreja. Nas escolas dependendo da forma com que submete os indivíduos a seus dogmas ela pode estimular o crime, como por exemplo o bullying. Outro controle social informal muito importante é a família, os pais são exemplos para os filhos, sendo assim as ações dos pais influenciam a conduta dos filhos. A igreja é outro exemplo de controle social informal, tem relevância muito grande na vida dos fiéis. Dentro da igreja temos como exemplo o crime de pedofilia e a extorsão. É responsável então pelo surgimento de crime, sendo que para a criminologia dependendo da forma como o fiel se relaciona com a igreja pode vir a praticar crimes. 2.2) Controles sociais formais: Controle social informal é aquele exercido pelas instituições estatais, promovendo a criação de um criminoso ou evitando a pratica de crimes. O primeiro controle social que vamos estudar é a polícia. O delegado se atuar de forma equivocada divulgando e estigmatizando o criminoso para a impressa é uma forma de criar um criminoso. Às vezes, essa apresentação, que acontece na fase investigatória do crime, causa na população um certo tipo de repúdio, podendo sim aumentar a criminalização. A LEP diz que ninguém pode ser exposto a nenhum tipo de sensacionalismo. O Ministério Público ao acusar a pessoa do réu está estigmatizando o agente. É um estigma muito difícil de tirar, pois é difícil que os jurados tenham uma opinião diferente da que foi imposta pelo Promotor, pois este tem presunção de fé pública. A atuação discriminatória dos órgãos estatais influencia a forma de pensar da sociedade. O poder judiciário é outra forma de controle social formal. Quando o poder judiciário acusa, o estigma é muito pesado. A criminologia entende que dependendo da forma como o poder judiciário lida com o agente, cria um estigma tão grande e um rótulo capaz de influenciar a sociedade a entender essa criminalização como uma verdade absoluta. 3) Vitimização: A vítima, para a Criminologia, tem muita importância no Direito, o comportamento da vítima pode ser fundamental para o surgimento do crime. 3.1) Vitimização primária: quando se tem o primeiro contato da vítima com o crime (ofensa a bem jurídico). - Estupro (art. 213 do CP): dignidade sexual - Roubo (art. 157 do CP): patrimônio 3.2) Vitimização secundária: quando o sistema penal torna a pessoa vítima. Uma vez que a vítima sofreu lesão no seu bem jurídico, a vítima procurará o sistema penal. Muitas vezes nas delegacias, a vítima é exposta a uma situação degradante e muitas vezes sem proteção, ao invés de ser acolhida e confortada. Ou seja, a forma como o sistema penal lida com a vítima, o faz vítima de novo. 3.3) Vitimização terciária: quando a vítima passa a não mais confiar no Direito Penal, pois o sistema penal faliu e não consegue solucionar os crimes que chegam até o conhecimento do Estado. Surgem então as cifras negras ou ocultas, que são aqueles crimes que nunca chegaram a conhecimento do Estado, pois as pessoas não acreditam mais no poder do Estado para solucionar crimes. Novamente teremos a vitimização, porém agora será de toda a sociedade. Observação: A lei de tráfico de pessoas (Lei nº 13.344/ ) prevê no seu artigo 6º, V a previsão da vitimização secundária. Art. 6 o A proteção e o atendimento à vítima direta ou indireta do tráfico de pessoas compreendem: I - assistência jurídica, social, de trabalho e emprego e de saúde; II - acolhimento e abrigo provisório; III - atenção às suas necessidades específicas, especialmente em relação a questões de gênero, orientação sexual, origem étnica ou social, procedência, nacionalidade, raça, religião, faixa etária, situação migratória, atuação profissional, diversidade cultural, linguagem, laços sociais e familiares ou outro status; IV - preservação da intimidade e da identidade; V - prevenção à revitimização no atendimento e nos procedimentos investigatórios e judiciais; VI - atendimento humanizado; VII - informação sobre procedimentos administrativos e judiciais. § 1 o A atenção às vítimas dar-se-á com a interrupção da situação de exploração ou violência, a sua reinserção social, a garantia de facilitação do acesso à educação, à cultura, à formação profissional e ao trabalho e, no caso de crianças e adolescentes, a busca de sua reinserção familiar e comunitária. § 2 o No exterior, a assistência imediata a vítimas brasileiras estará a cargo da rede consular brasileira e será prestada independentemente de sua situação migratória, ocupação ou outro status. § 3 o A assistência à saúde prevista no inciso I deste artigo deve compreender os aspectos de recuperação física e psicológica da vítima. 4) Criminalização: 4.1) Primária: (legislador) A criminalização primária é a positivação do crime como tal. Quando o legislador cria o tipo penal. O legislador se preocupa sempre a punir os crimes de colarinho azul, como por exemplo o furto e o homicídio, praticados normalmente por pessoas de baixa renda. Não é comum a criação de crimes de colarinho branco, como por exemplo a sonegação fiscal. 4.2) Secundária: (sistema penal) A criminalização secundária ocorre quando o sistema penal busca excluir, não acreditar e descriminar as pessoas vítimas de crimes. 4.3) Terciária: (sociedade) A criminologia terciária é aquela que a sociedade passa a criminalizar certa conduta, como a conduta do tráfico e do roubo. A sociedade pode tanto vitimizar quanto criminalizar. Também associada aos crimes de colarinho azul. 5) Prevenções: 5.1) Primária: Prevenção primária é a forma de prevenção mais eficaz, para impedir crimes deve-se fazer medidas de políticas públicas e sociais. 5.2) Secundária: A prevenção secundária atua nos focos de criminalidade. Exemplo: polícias pacificadores 5.3) Terciária:A prevenção terciária atua tentando combater o próprio criminoso, através da ressocialização e da reintegração na sociedade. 6) Escolas da criminologia: 6.1) Escola clássica: O principal estudioso da Escola Clássica foi Cesare Beccaria, autor do livro “Dos delitos e das penas”. A partir do seu livro, aprendemos que devemos aplicar a lei, não precisamos de muitas leis, mas as que existem devem ser realmente aplicadas. Cria ainda o princípio da legalidade, afirmava que as penas não deveriam ser doces nem amargas, mas deveriam ser aplicadas. Utiliza o método dedutivo, lógico-abstrato, para estudar o crime e o criminoso. É um estudo que confunde Criminologia e Código Penal, pois para esta escola será crime e criminoso o que a lei diz. 6.2) Escola positivista: A Escola Positivista trabalha o paradigma etiológico. Etiologia é o estudo da causa, da origem, os motivos de um fato, do crime e do criminoso. Utiliza o método empírico ou indutivo, que é o estudo do caso concreto. Dessa forma, estuda o criminoso como ser humano, como determinada pessoa que possui certas características que podem ser ruim ou boas. O maior defensor dessa escola é o Cesare Lombroso, para o qual o criminoso nato é definido por alguns aspectos biológicos. Defendia que aqueles que teriam características biológicas que o definiriam como criminoso nato deveriam ser presos antes de cometerem o crime. O estudo de Lombroso foi realizado dentro das penitenciarias, encontrando portanto criminosos com a mesma aparência. A grande obra de Lombroso é “O homem delinqüente”. Isso estimulou o surgimento da Teoria do Direito Penal do autor, proposta por Mezger na escola neokantisca, para a qual deve-se punir a pessoa pelas suas condições pessoais. Outro grande estudioso da Escola Positivista foi Enrico Ferri, para o qual o criminoso é um ser anormal, e enquanto ser anormal que não tem condições padronizadas na sociedade, deveria ser tratado. A partir dessa ideia, surgem as medidas de segurança que deveriam ser aplicadas de forma indeterminada. O último estudioso dessa escola chama-se Rafael Garófalo, para o qual o criminoso tem um déficit moral, um desvio de caráter, não consegue fazer distinção entre o certo e o errado. Prega a eliminação, a pena de morte. Prega a prevenção especial negativa, que significa neutralizar o criminoso. Sua obra mais famosa é denominada “Criminologia”. 6.3) Escola interacionista/ etiquetamento/ Label Approach: Essa escola abandona totalmente o aspecto biológico e moral. Seu paradigma é social, no qual se cria rótulos às pessoas, criando o criminoso. Essa escola aciona os controles sociais como forma de rotular as pessoas. A criminologia mostra que a pessoa tratada de forma etiquetada dificilmente saíra do crime. Essa escola trabalha apenas o determinismo social, não havendo livre-arbítrio, pois para esta escola é o meio que determina o homem, a sociedade é quem cria o criminoso. Essa paradigma social é muito ligado à vulnerabilidade, assim a pessoa que vive num meio do crime e com criminosos ela tende ao crime. Surge então para explicar a vulnerabilidade a teoria da co-culpabilidade. Teoria da co-culpabilidade: A teoria da co-culpabilidade, de Zaffaroni, se fundamenta no artigo 6º da CF/88: Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Pelo fato do Estado não prover direitos sociais conforme determina o artigo acima, a pessoa se torna vulnerável. Zaffaroni propõe que se deve aplicar o artigo 66 do CP e o Estado-Juiz deve aplicar a atenuante inominada, é o Estado reconhecendo que errou ao não garantir direitos sociais, diminuindo a pena do agente. É uma forma de compensação da vulnerabilidade. Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. Dessa forma, podemos afirmar que para essa teoria que quanto maior a vulnerabilidade, menor a culpabilidade. Observação: Teoria da co-culpabilidade às avessas (art. 59 do CP): Segundo essa teoria, quanto maior a culpabilidade (pena), menor a vulnerabilidade. Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. Outra vertente dessa teoria seria a aplicação benéfica de penas para os crimes de colarinho branco. Neste caso, tanto a vulnerabilidade quanto a culpabilidade são baixas. Acontece, por exemplo, na Lei nº 10.684/03, permitindo o pagamento a qualquer tempo nos crimes relacionados ao fisco que extingue a punibilidade. A lei de repartição tributária (Lei nº. 13.254/16) regulamente recursos, bens e direitos de origem ilícita, podendo ter a extinção da punibilidade dos crimes. Na terceira vertente dessa teoria, teremos tanto a vulnerabilidade quanto a culpabilidade altas. A doutrina usa como exemplo as contravenções penais. Escola de Chicago: Dentro da escola interacionista tivemos a Escola de Chicago, que trabalha as teorias sociológicas. Para essa escola, a interação social pode ser vista no aspecto ecológico ou urbanístico. Os estudiosos perceberam que no centro cívico tinha-se pouquíssimos crimes, pois tem policiamento ostensivo e um Estado muito presente. Dessa forma, onde o Estado se faz presente não tem crime. Já nos subúrbios tinha-se alguns crimes, pelo fato de ter menos policiamento. Na última camada, encontra-se a periferia, onde se tem muitos crimes, tem-se o que se chama marginais, porque estão às margens da sociedade. Na periferia tem-se uma ausência do Estado. Dessa forma, concluiu-se que o crime surge onde não tem Estado presente. A solução encontrada pelos estudiosos foi que o Estado deveria se fazer presente na periferia. Na periferia existe uma espécie de subcultura delinqüente, o traficante forma em torno dele uma espécie de estado paralelo. Dentro das periferias surge também as chamadas gangues. Al Capone: Al Capone foi um contrabandista de bebidas que foi preso por sonegar impostos. Foi preso por um crime de colarinho branco, crime que não era normalmente combatido pelo Estado, que se preocupava com os crimes de periferia. Teorias que surgiram dentro da Escola de Chicago: 1- Teoria dos testículos despedaçados: - O foco dessa teoria é a polícia. - Algumas pessoas iam fazer crimes no centro cívico, como por exemplo a vadiagem e o furto, crimes de colarinho azul, pessoas essas que eram da periferia que praticavam crimes no centro cívico. Essas pessoas era vistas como pessoas que sujavam o centro cívico, que deveriam ser excluídas do centro cívico, deveriam ser retiradas da sociedade. 2- Teoria das janelas quebradas: - Proposta por George Kelling - Locais com descaso social é um facilitador para o surgimento do crime, pois não há presença estatal. Logo, o combate tem que ser no nascimento do crime, o primeiro ato criminoso já deve ser punido, por menor que ele seja. Seria uma forma de conservar um Estado limpo. A criação de um ambiente esteticamente bom, impede-se o crime. 3- Tolerância zero: - Aplicada na cidade de NovaIorque, pelo prefeito Giuliani. - Não cabe insignificância, deve-se punir todo e qualquer crime, por menor que seja a destruição. - Baseada no direito penal máximo 4- Movimento da lei e ordem: - O Estado é o grande tutor da paz social, presença do Estado para inibir o crime, como por exemplo policiamento nas ruas. - Baseada também no direito penal máximo Subcultura delinqüente: Na periferia as pessoas ficam isoladas, local onde essas pessoas se juntam, uma ideia de subcultura em relação ao centro cívico. Surgem então as gangues que passam aterrorizar o centro, contrários do que é dominante, com códigos de conduta próprios. Contracultura: São contrários à cultura dominante, não criam um Estado ou cultura paralela. 6.4) Escola crítica/ nova criminologia/ reação social: O aspecto social ainda é preponderante, já que aborda o crime e o criminoso a partir do fenômeno da luta de classes. Segundo Karl Marx, a nossa sociedade é vista como uma pirâmide, sendo que no topo da pirâmide estariam os ricos ou patrões, que são uma pequena parcela da sociedade. Na base da pirâmide teríamos os pobres ou empregados, que seriam a grande parcela da população. O crime surge na luta do rico com o pobre. Dessa forma, o rico não quer ficar pobre e pratica crimes como sonegação, lavagem de dinheiro, corrupção, fraude em licitação. Por sua vez, o pobre comete crimes para ascender socialmente, pratica então crimes de furto, roubo, estelionato, tráfico de drogas, entre outros. Acabando a busca pelo capital, acaba o crime. Para essa escola, o Direito Penal está a cargo de um grupo dominante, pois o Direito Penal tende a proteger essa classe dominante, punindo apenas o criminoso pobre. Essa escola critica as leis benéficas ao colarinho branco. 6.5) Escola minimalista: Trabalha a visão do Direito Penal mínimo e da sociedade de riscos. Para essa escola, o Direito Penal deve preocupar-se apenas com as condutas e os bens mais relevantes, que realmente merecem atenção e proteção maior por parte do Estado. Para Larenz e Honig, nós vivemos em uma sociedade de crimes difusos, de violações difusas, que afetam muitas pessoas, crimes cometidos por entes abstratos, como por exemplo crimes contra o consumidor e contra o meio ambiente, crimes que afetam uma enormidade de pessoas. Nessa ideia de violação difusa, ocorre crimes que são aceitos, pois é uma sociedade de riscos. Cobra-se das empresas que esses crimes não ocorram, mas podem ocorrer, como por exemplo uma poluição ambiental. Os autores dão como solução para esses crimes de risco, a aplicação da administrativização do Direito Penal, que seria aplicar o Direito Administrativo para os crimes de violação difusa, pois esse direito é mais célere e eficaz, aplicar-se-ia penas diferentes da prisão. 6.6) Escola abolicionista: Prega-se a total abolição do Direito Penal. Para essa escola, o sistema penal está falido. Hulsman e Zaffaroni falam da ineficácia do direito penal nos crimes de violação difusa mas também em todos os crimes, por causa das cifras negra/ ocultas. Pois os crimes não punidos são infinitamente superiores. O abolicionismo permite a justiça restaurativa. Prega a privatização dos conflitos, que haja um consenso entre autor e vítima, uma reparação do dano, uma compensação do delito. 7) Modelos de reação ao crime: A criminologia trabalha a forma como deve combater o crime, aplicando pena ou ressocializando, por exemplo. 7.1) Modelo clássico/ dissuasório: Defendido por Hegel. Objetivo: retribuição do mal causado pelo crime com o mal da pena. - Visa aplicar a pena para retribuir ao criminoso o mal causado pelo seu crime. - O Estado não se preocupa com a ressocialização ou com a vítima. Participantes: - Estado - Criminoso 7.2) Modelo Ressocializador: Começa-se a perceber que o criminoso deve ter um tratamento bom na penitenciária e na sociedade, pois o criminoso irá viver em convívio novamente na sociedade. Objetivo: Prevenção do crime Exemplos: - Remição: pelo estudo ou pelo trabalho - Saída temporária 7.3) Modelo restaurativo/ integrador: Objetivo: reparação do dano, como uma forma de integrar a sociedade Aqui acontece o que chamamos de privatização dos conflito. É chamado de 3ª via do Direito Penal. Participantes: - Vítima - Criminoso Exemplos: - Transação penal - Composição civil 8) Aspectos contemporâneos da criminologia: Hoje o método usado é o método empírico. A criminologia atualmente trabalha o conceito de crime e criminoso com base no aspecto social. Tem-se muita influência da teoria da co-culpabilidade. Dentro dos aspectos legais, termos as seguintes conclusões: - Reparação do danos: o 3ª via do Direito Penal o Artigo 16 do CP Arrependimento posterior (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) o Artigo 312, §3º do CP Peculato Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Peculato culposo § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. - Ressocialização: o Progressão de regime o Remição: pelo trabalho ou pelo estudo o Prisão domiciliar: Cumprimento de pena (art. 117 da LEP) Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se tratar de: I - condenado maior de 70 (setenta) anos; II - condenado acometido de doença grave; III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; IV - condenada gestante. Medida cautelar (art. 317 e 318 do CPP) Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). IV - gestante; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). - Direito Penal do autor
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