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2017 ZOUKDERNO (parte 7)

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ZOUKDERNO 
Ailton Zouk DelPol DF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2017 
Parte VII- (Junho/Dez) 
(@wanine_marcelle) 
 
 
ARMA ABSOLUTAMENTE INAPTA (07/06/2017) 
 
Saiu uma decisão do STJ (18/05). Agravo em recurso especial 765.902) que versava sobre o 
porte ilegal de arma de fogo de uso permitido que estava desmuniciada. A decisão dizia que o crime 
previsto no art. 14 é de perigo abstrato, sendo irrelevante a arma está desminuiciada ou até mesmo, 
desmontada ou estragada. 
Isso levou a alguns professores a interpretar que o STJ entendia que a arma absolutamente 
para realizar disparo iria configurar infração penal. 
A ementa traz o teor: desmontada ou estragada! O Zouk discorda do posicionamento desses 
professores com os seguintes fundamentos: 
- Essa ementa versa sobre arma desmuniciada e fez alusão a outro julgado do STJ o qual não 
versava sobre arma absolutamente inapta para realizar disparos e, sim sobre arma desmuniciada e 
em momento algum analisou arma absolutamente inapta para realizar disparos. 
Zouk entende que, ao falar em arma estragada, se refere a arma relativamente inapta. O STJ, 
no agravo de recurso espcial 397.473 já trouxe que não há necessidade da arma ser aprendida para 
um agente responder por porte ilegal de arma de fogo, mas uma vez apreendida, tem que ter a 
perícia. 
O pensamento do STJ quanto à arma absolutamente inapta continua sendo o mesmo, não á 
que se falar na materialização do delito do art. 14 e 16. Zouk não verifica mudança de entendimento. 
Quando STJ fala estragada, se refere àa arma relativamente inapta. 
EX: Tício e Mévio presenciaram o Paulo portando arma de fogo. Acionaram a polícia. A polícia 
chegou e Paulo correu e jogou a arma dentro do lago. Paulo responde por porte ilegal, sem 
necessidade de apreensão por ser crime de perigo abstrato. Se a arma é apreendida e a perícia 
constata ser absolutamente inapta a realizar disparo, não terá crime. Seria crime impossível. 
Equipara-se a arma de brinquedo. 
Entender que arma absolutamente inapta o agente responderia, se utilizada durante o roubo 
teríamos o roubo majorado. 
 
Arma desmuniciada, tanto para STJ quanto para STF, continua sendo infração penal. É crime 
de perigo abstrato. Objeto tutelado é a segurança pública e a paz social. 
Porte de munição? Consitui infração penal. 
S eu tiver uma arma absolutamente inapta para realizar disparo, mas ela está municiada? O 
agente vai responder pela munição e não pela arma. 
 
- Homicídio X Porte de arma de fogo: EX: Paulo saca uma arma de fogo e atira em Mévio, 
provocando a morte da vítima, tem o homicídio. Mas, se falar que Tício, em janeiro, adquiriu uma 
arma de fogo e que em novembro realizou disparos e matou Mévio, ele vai responder por homicídio 
e pelo porte (contextos fáticos distintos). 
 
- Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado se equipara ao magistrado, pode manter sob 
sua guarda arma ou munição de uso restrito, não comete crime do art. 16. 
Atirador desportivo pode transportar arma municiada, desde que tenha a guia de tráfico. 
 
 
 
- Policial Civil aposentado não pode portar arma de fogo, pois, não está mais no exercício da 
função. 
- Agente penitenciário pode ortar arma de fogo: alteração art. 6. 
 
- Arma de fogo na boleia do caminhão: 
EX: Tício é abordado na rua e estava com uma arma de fogo na boleia do caminhão. Ao ser 
levado para delegacia, o delegado coloca art. 14 (uso permitido). Caminhão não seria extensão da 
casa dele, tendo então que responder por posse? STJ entende que caminhão não é local de trabalho 
e sim, instrumento de trabalho. 
 
- Princípio da insignificância: não é possível nem ao portar somente uma munição. 
 
- Porte X legítima defesa: 
EX: Mévio estava na rua e, Tício, armado, seu desafeto se aproximava dele. Mévio pega a 
arma do policial que está ao seu lado e atira em Tício. Quando Mévio pegou a arma do policial ele 
não tinha autorização para portar essa arma. Existe legítima defesa em relação à Mévio e estado de 
necessidade em face ao policial. É possível legítima defesa e estado de necessidade simultâneos, mas 
não recíprocos. 
 
- Porte de arma de fogo de diversos calibres; a doutrina entende que é crime único. STJ 
entende que é concurso formal de crimes. Se fossem armas de mesmo calibre seria crime único e a 
quantidade seria utilizada na dosimetria. 
 
- Porte de arma X receptação: doutrina adota o princípio da especialidade, respondendo 
somente pelo porte no verbo adquirir. STJ¸ entende que responde pelos dois crimes. 
 
- Arma de fogo- posse: intra muros. 
 Porte: extra muros. 
Arma de fogo na boleia responde pelo porte, mas se o caminhão está na garagem da casa, 
responde pela posse irregular de arma de fogo. 
Arma de fogo enterrada no quintal da residência: STJ entende que é porte de arma de fogo 
porque o art. 12 não tem o verbo ocultar e tem no art. 14 (porte). 
 
EX: Policiais estavam na rua e Tício fala que na casa de Mévio está cheio de armas. Os policiais 
entram na casa. O flagrante é válido? Simples informação não é fundada razão, logo, não e válido. 
Sùmula 711, STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime 
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. 
Com esse entendimento, o flagrante é relaxado, o que não quer dizer que o inquérito nõa 
continua com seu desenvolvimento. A ilegalidade é somente da prisão. 
 
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Realce
 
 
Um flagrante levado ao juiz que entende não ter sido o flagrante legal. EX: Tício matou Mévio 
e três dias depois foi rpeso em flagrante. Delegado lavra o flagrante. O juiz entende em relaxar o 
flagrante por ser ilegal, mas não necessariamente o colocaria em liberdade, se observar que cabe a 
preventiva. 
A prisão preventiva é possível sem ação penal? Sim, nessa naálise do flagrante acima 
(decretada de ofício pelo juiz). 
 
 
A MENTIRA NA ÓRBITA PROCESSAL PENAL (08/06/2017) 
 
 
O direito ao silêncio decorre do princípio do nemo tenetur se detegere, que é o princípio da 
não auto incriminação (também conhecido como direito/ aviso de Miranda). 
Art. 186, CP: Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o 
acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer 
calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas. 
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em 
prejuízo da defesa. 
Esse artigo materializa o direito constitucional de permanecer calado, não produzindo provas 
para si próprio. 
Analisando o art. 5 VXIII da CF e o art. 183 do CPP tem uma visualização inicial que o direito ao 
silêncio abarca somente o acusado e o preso. Mas esse direito abarca também o investigado, o 
acusado, a testemunha e a vítima. 
A simples ausência da advertência de seguir o art. 186 vai ensejar nulidade absoluta no 
processo? STF e STJ entendem que a nulidade é relativa, devendo provar o prejuízo. 
 
- Aviso de Miranda X a mentira: quando eu estou falseando a verdade durante o 
interrogatório, se mantém silente acerca da verdade (externa um fato que não é verdadeiro e 
mantém o silêncio quanto a verdade). 
Nucci menciona que o comportamento de dizer a verdade não pode ser exigido do acusado, 
sendo inconstitucional qualquer sanção ou restrição eventualmente aplicada aquele para se 
defender, lança mão da mentira, desde que a mentira não venha imputar fato criminoso a outra 
pessoa. É a chamada mentira defensiva. 
Mentira agressiva: mente atribuindo o fato delituoso a outra pessoa. 
Os tribunais dizem ser possível a mentira dfeniva, queé abarcado pela ampla defesa. 
Os tribunais não admitem a mentira aressiva, não sendo abarcada pela ampla defesa. 
 
- Direito ao silêncio X Conduta de falsear a verdade quanto a identificação pessoal: STF HC 
112.546/ MG e STJ na súmula 522: constitui fato típico, respondendo or fasa identidade. 
 
No direito norte americano, tem que adverter quanto ao direito ao silêncio e, querendo falar 
a verdade, faz um juramento de falar a verdade, sob pena de configurar o delito de perjúrio. 
 
 
O direito brasileiro não tem o crime de perjúrio, querendo o acusado falar e mentir para nã o 
se auto incriminar, tem o que se chama de direito ao silêncioparcial (pode responder algumas 
perguntas e outras, não). 
 
- Direito ao silêncio X comportamento ativo (fazere) e comportamento passivo (tolere): 
O direito ao silêncio abarca apenas o comportamento ativo (fazere), ou seja, ele não é 
obrigado a um fazer. Ex: bafômetro, exame grafotécnico, acareação. 
O comportamento passivo (Ex: auto d reconhecimento de pessoas) não é abarcado. 
Auto de reconhecimento de pessoas não é obrigatório entre as pessoas ter pessoas com as 
mesmas características: 
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á 
pela seguinte forma: 
Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras 
que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a 
apontá-la; 
 
A corrente minoritária entende que ao acusado é garantido a ampla defesa e o contraditório, 
devendo abranger a mentira agressiva e a defensiva. 
A terceira corrente entende que a mentira, de maneira alguma, pode ser admitida no 
processo. O processo penal busca a verdade real, logo, aquele que mente está litigando de má fé. 
Para essa corrente, o fato de não penalizar a pessoa que mente, ofende o princípio da 
individualização da pena (a pessoa que não mentiu vai receber o mesmo tratamento penal de quem 
não mentiu). 
 
Hoje se tem a relativização uanto a busca da verdade real. Deve considerar a teoria dos jogod 
no processo penal: o PP é um jogo, onde se faz um acordo e se tem um benefício (transação penal). 
Para essa corrente, o juiz deve considerar a mentira na dosimetria da pena, considerando a 
personalidade negaiva do agente. 
 
Confissão é chamada de ponte de bronze: é uma atenunante. 
Ponte de ouro há uma readequaão da figura típica. É o arrependimento eficaz e desistência 
voluntária. 
Ponte de prata: arrependimento posterior. Tem a diminuição da pena. 
Ponte de diamante: é a delação premiada, podendo o agente ter a pena diminuída ou nem 
responder pelo fato. 
 
 
CASO DO TATUADOR (10/06/2017) 
 
Trata-se de lesão corporal gravíssima com deformidade permanente ou um delito de tortura? 
 
 
 
Art 1 da lei 9455, a regra é que crime de tortura pode ser praticado por qualquer pessoa, é 
crime comum. Mas, a tortura castigo e a tortura omissão são crimes próprios. 
A tortura com roupagem dec rime comum só se visualiza aqui no Brasil. 
A doutrina costuma chamar de crime jaboticaba (tortura como crime comum). 
 
Art. 1º Constitui crime de tortura: 
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento 
físico ou mental: 
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; 
(Tortura omissão tortura institucional) 
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; 
 
c) em razão de discriminação racial ou religiosa; (tortura discriminatória ou racial) 
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou 
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou 
medida de caráter preventivo. (Tortura castigo). 
 
Maioria da doutrina entende ser um crime formal 
 
No depoimento do tatuador, ele fala que torturou como forma de casito pelo menor ter 
subtraído a bicicleta dele. Não pode ser considerado tortura castigo porque o tatuador não tem a 
guarda, poder ou autoridade (ausência de elementar do tipo). 
Após ter tatuado a testa do menor, o menor ficou sendo forçado a confessar o fato diante da 
filmagem, ainda configura a tortura. 
Na opnião do Zouk, esse caso configura tortura confissão. 
 
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a 
sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de 
medida legal.(Tortura do encarcerado) 
EX: Policial Tício prende Mévio em flagrante e sem a intenção de castigar, e começa a bater 
em Mévio. Prisão em flagrante é legal. Entra na tortura do encarcerado? 
Temos duas correntes: 
1ª Se o policial bate no preso no momento da prisão, se qualquer finalidade, tem a tortura do 
encarcerado. Mesmo chamando de prisão captura, porque ainda depende da homologação do 
delegado, a pessoa está presa. 
2ª se a tortura ocorre sem motivação na hora da prisão em flagrante, não há que se falar em 
tortura do encarcerado. 
Considerando a 1ª corrente, na hipótese do flagrante facultativo, poderia uma pessoa do povo 
responder pela tortura do encarcerado. 
Nos julgados, quando há uma tortura sem qualquer tipo de motivação, no contexto de prisão 
captura, tem somente o abuso de autoridade e a lesão corporal causada. 
 
 
 
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro 
a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. 
Tortura para confessar e ensejar lesão grave ou gravíssima, te duas correntes a cerca desse 
resultado: 
1ª entende que a lesão corporal pode ser dolosa ou culposa, não respondendo em concurso 
pela deformidade permanete ou gravíssima. 
2 ª entende que deve ser necessariamente culposo. 
Quanto a morte da vítima, não tem discussão de doutrina, tem que ser necessariamente 
culposa. 
Se que uero matar a vítma, muito embora eu tenha vontade de obter a confissão, e se utiliza 
da tortura, responde no art. 121, §2, III. 
 
Lesão corporal é gravíssima qunado resultar deformidade permanente. É de ação penal 
pública indondicionada. 
EX: Tício joga ácido no rosto da vítima (vitriolagem), com objetivo de causar lesã corporal. 
Tícia, deformada, realiza cirurgia plástica, o que para o STJ não afastao fato criminoso. 
A doutrina entende que se a cirurgia reparadora tem sucesso, afasta a deformidade 
permanente. 
 
A aividde de tatuar é regulada por lei. Quando tem o consentimento do cliente, eles está no 
exercício regular de direito, desde que não seja um menor (pois aí configura lesã colporal). 
 
- Tortura castigo X Maus tratos: 
Elemento subjetivo que vai determinar se ele agiu como dolo de torturar (dolo de dano) ou se 
tinha a intenção de corrigir (dolo de perigo). 
 
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o 
cumprimento da pena em regime fechado. 
STJ entende que não há a necessidade de iniciar no regime fechado. 
STF: 1ª turma entende que tem que iniciar no fechado; 
 
No caso concreto, o tatuador prendeu em flagrante. Na vsão do Zouk Tem a tortura c/c §3. 
 
 
TRÁFICO DE DROGAS X CONFISCO DE BENS (11/06/2017) 
 
EX:Tício, caminhoneiro foi abordado levando um carregamento de drogas. Tício possui três 
veículos; um desses veículos ele emprega diretamente para o tráfico; a Kimbi é parada. Ocrrendo um 
defeito no caminhão que transporta drogas, ele pega a Kombi para transportar e, nessa 
eventualidade, a PM o abordou. Delegado, conhecedor do art. 62 d alei 11.343, apreendeu a Kombi 
e lavrou o APF. O art. 62 não fala que foi confiscado, a propriedade daKombi continua com Tício. 
A Kombi foi utilizada de forma eventual. 
 
 
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas 
culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão 
expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer 
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que 
couber, o disposto no art. 5º. 
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e 
reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei. 
 
Será que a utilização de veéiculo de forma eventual no tráfico, enseja o confisco desse bem ou 
há necessidade da habitualidade do uso do veículo? 
STF em repercussão geral entendeu que não há necessidade da habitualidade porque a CF 
assegura no art. 5, XXII o direito de propriedade, mas nenhum direito é absoluto. A própria CF 
relativiza alguns direitos. O dirieto de propriedade é relativizado (desapropriação). O ministro 
considerou que a propriedade utilizada para o tráfico, foi relativizada. 
O art. 243, §único não inclui a habitualidade do uso. 
OBS: Na associação para o tráfico é eu te que ter a estabilidade. NÃO FAZER CONFUSÃO. 
 
EX: Tício encontra Mévio e o chama para vender drogas. Isso ocorreu eventualmente, então, 
não pode falar em associação para o tráfico porque falta a habitualidade/estabilidade. Teria tráfico 
em concurso de pessoas, com fundamento no art.29 que materializa a teoria monista/unitária (todo 
aquele que contribui para o crime responde pelo crime, na medida da sua culpabilidade. 
 Pode um partícipe receber pena maior que um autor? Para teoria monista, todo aquele que 
contribui para o crime responde na medida da sua culpabilidade. Se o partícipe tem extensa ficha 
criminal em relação ao autor, seria possível sim. A punibilidade do partícipe vai ser de acordo com 
sua culpabilidade. 
A associação requer estabilidade, art. 3. Não havendo estabilidade, configura concurso de 
pessoas(participação e autoria). 
EX: Tício diz para Mévio que se a polícia chegar, ele avise, sem nada receber por isso. Mévio 
vai apenas colaborar com um ato, não sendo habitual. Pela teoria monista, Mévio responderia na 
medida de sua culpabilidade. Ao se criar o art. 37, é uma excessão pluralista à teoria monista, pois, 
no art. 37 muito embora responda por crime autônomo, ele é partícipe do art. 33. 
O art.37 não pode fazer parte da associação. EX:Tício e Mévio monatam uma associação para 
o tráfico, se dividindo em tarefas. Tício cuida do dinheiro, Mévio fica encarregado de avisar se a 
polícia chegar, mas também faz parte do lucro da associação. Mévio, fogueteiro que participa 
também do lucro da divisão, avisa da polícia e a polícia pega. Configura o art. 35 +33 e, não somente 
o art. 37. Há divisão de tarefas, ele esá estável porque faz parte da associação. 
Art. 35 não combina com art. 37. 
EX: Tício colabora como fogueteiro com Mévio, traficante individual. Polícia pega Tício, de 
forma eventual. Tício reponde pelo art. 37? O art.37 fala em colaborar com grupo, organização ou 
associação e, não com traficante individual. Tício responde no art. 33. 
 
 
Ofende o princípio da proporcionalidade jogar o art. 37 como partícipe do art. 33 quando ele 
trabalha somente com traficante individual e a pessoa que colabora com associação ou grupo, jogar 
no art. 37 que nem é tráfico? A doutrina entede em aplicar a analogia in buona parten, aplica-se ao 
colaborador do traficante individual, o art. 37. 
 
O relator Luiz Fux entendeu não constituir pressuposto do confisco a utilização do bem com 
habitualidade. Também falou do princípio da proteção vedação da proteção deficiente. Cita que no 
direito comparado há um tratamento legislativo mais gravoso no que se refere ao tráfico de drogas. 
Relator também fez referência ao mandato de criminalização. 
Os ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio não conrdaram. Para eles, deveria se 
observar o princípio da proporcionalidade e da razoabilidade. É razoável apreender um veículo que 
foi utilizado de forma eventual? Outra coisa, o §único do art. 243 não é independente, ele é acessório 
do caput. 
Art. 243, CF: As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas 
culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão 
expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização 
ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 
5º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 81, de 2014) 
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito 
de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo 
especial com destinação específica, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 81, de 
2014) 
Na verdade. O que vai ser objeto de confisco é propriedade urbana e rual. Se o veículo tivesse 
dentro da propriedade, poderia ser e, não um veículo que não tenha qualquer ligação com essa 
propriedade. 
O ministro Marco Aurélio, que acompanhou o Ministro Ricardo, foram vencidos. 
 
Para prova: Não há de se falar somente em propriedades rurais e urbanas, o veículo pode sim 
ser objeto de confisco, não havendo a necessidade de sua utilização de forma habitual no tráfico, 
porque o art. 243, §único não criou esse pressuposto da habitualidade. Noutro giro, no julgado, a 
minoria entendeu que o §único é acessório do caput que faz referência apenas à ropriedades rurais e 
urbanas. 
 
O art.62 fala de apreensão e não de confisco. 
Art. 62. Os veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte, os maquinários, 
utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza, utilizados para a prática dos crimes definidos nesta 
Lei, após a sua regular apreensão, ficarão sob custódia da autoridade de polícia judiciária, excetuadas as 
armas, que serão recolhidas na forma de legislação específica. 
§ 1o Comprovado o interesse público na utilização de qualquer dos bens mencionados neste artigo, a 
autoridade de polícia judiciária poderá deles fazer uso, sob sua responsabilidade e com o objetivo de sua 
conservação, mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público. 
 
Apreendeu arma de tráfico, não fica na delegacia. 
Para um delegado utilizar um veículo apreendido, tem que ter autorização judicial. 
 
 
EX: Tício e Mévio praticaram crime de roubo e utilizaram para isso um automóvel, mediante 
arma de fogo. (Roubo circunstanciado, concurso de pessoas e emprego de arma de fogo). Delegado 
apreendeu o veículo. Delegado pode pedir autorização ao juiz par utilizar esse veículo nos trabalhos 
policiais, comprovando interesse público?( o art. 62 assegura isso no crime de tráfico)! A 
jurisprudência do STJ entende que pode ser utilizado fazendo analogia ao art. 62 da lei de drogas. 
 
 
 
TRÁFICO DE DROGAS X PRISÃO DOMICILIAR- STJ E STF (15/06/2017) 
 
Estatuto da Primeira Infância, lei 13.257 trouxe diversas autorizações, sobretudo quando se 
trata da prisão domiciliar. 
Diversos casos estão sendo levados ao STJ e STF. 
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só 
podendo dela ausentar-se com autorização judicial. 
Art. 317, CPP a prisão domiciliar é espécie de cautelar ou uma forma de cumprimento de 
prisão preventiva?Adoutrina diverge.Tem quem entenda que seja uma forma de cautelar, com o 
fundamento no art. 318 (Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando 
o agente for), então não é a mesma coisa de prisão preventiva. 
Outra parte da doutrina entende que a prisão domiciliar é uma forma de cumprimento de 
prisão preventiva. 
Zouk entende que é uma forma de cumprimento da prisão preventiva porque a prisão 
domiciliar, muito embora traga em seu bojo qunaod o juiz pode substituir, o fundamento para o 
cerceamento de liberdade decorre de outra cautelar. EX: Uma mulher, gestante, vai permanecer 
presa preventivamente, mas em casa O fundamento vem da prisão preventiva que o juiz substituiu 
pela domiciliar. Além dos requisitos do art. 318, tem que visualizar também os requisitos do art.312. 
 
A lei 13.257 ensejou diversas alterações. Uma alteração importante é referente à prisão 
domiciliar. 
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:). 
I - maior de 80 (oitenta) anos; 
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; 
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com 
deficiência; 
IV - gestante; (Basta que seja gestante, não há mais a necessidade de ser 7 meses ou de risco) 
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; 
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade 
incompletos. 
 
Basta que a vítima esteja gestante ou que tenha filho menor de 12 ano? 
Foi levado uma situação em sede dde STJ e STTF de uma mulher com filho menor de 12 anos, 
e eles entenderam que a substituição da preventiva pela domiciliar não é automática, deve ser 
analisado oc aso concreto. 
 
 
Tem um julgado do STJ de uma mulher com filho de até 12 anos incompletos, que além 
responder por tráfico, respondia por associação criminosa também, sendo a chefe. Como foi 
caracterizado que ela chefiava, o STJ entendeu pelo indeferimento do HC. 
 
Julgado recente da ª turma do STJ, seguindo STF, analisando um caso de uma mulher 
envolvida em associação para o tráfico e foi decretada a preventiva entendnendo que havia 
omprometimento da ordem pública devido à possibilidade de reiteração de prática delituosa. A 
defesa alegou que não estavam presentes os pressupostos da preventiva e que a mulher tinha um 
filho menor de 12 anos com patologia grave e, necessitava de seus cuidados. O STJ entendeu que 
haviam pressupostos para preventiva, mas, avaliando o caso concreto, a mulher é primária, possui 
bons anteceentes e residência fixa, sendo a conduta um caso isolado na vida da mulher, entendendo 
pela reversão da custódia da cautelar em prisão domiciliar. A gravidade do delito, por si só, ou a 
periculosidade da ré não impedem a conversão da preventiva em domiciliar, devendo analisar o caso 
concreto. Não bastam somente os requisitos do art.318. 
HC 134.069/DF (21/06/201) o STF entendeu que a conversão não é automática. 
A lei alterou os art.6, 185, 304 e 318. 
 
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva 
decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do 
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. 
Diz que a preventiva pode ser decretada na fase investigatória e na fase processual. 
O juiz, de ofício, só pode decretaar no curso da ação penal. Não pode o juiz decretar de ofício 
em sede de investigação. (princípio da imparcialidade). 
O art. 311 afasta a síndrome de Dom Casmurro no Processo Penal (juiz investigador). 
O juiz pode decretar prisão preventiva fora da fase de instrução processual? A doutrina 
menciona que não devido o sistema acusatório. A doutrina traz uma xceção: art. 310: 
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: 
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 
312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão (aqui 
não tem ainda uma ação penal proposta, sendo então o juiz decretando em sede de investigação). 
 Doutrina diz que esse inciso II seria manifestação da síndrome de Dom Casmuro e ofenderia o 
princípio do acusatório. 
O art. 310 entra em conflito com o art. 311. 
Os tribunais entendem que é possível o juiz decretar preventiva de ofício mesmo sem a manifestação 
do MP (na audiência de custódia, por exemplo). 
 
O art. 311 menciona que o querelante e o assistente podem representar pela preventiva. 
Pode representar em sede de investigação? O assistente somente pode ser habilitado quando já tiver 
uma instrução processual. 
O assistente pode participar de apuração de ato infracional? STJ entende que não! 
 
A prisão preventiva é uma decisão rebus sic standibus? Sim, pois uma vez decretada a 
preventiva pode ser modificada. EX: Tício matou Mévio e foi decretada sua preventiva por haver risco 
 
 
dele deixar o Brasil. O advogado de Tício entrega o passaporte, havendo assim uma mudança nos 
fatos, não havendo mais a necessidade da preventva, podendo ser revista e revogada. 
 
O IP também é uma decisão rebus sic standibus (no caso de excludente de ilicitude, 
posicionamento do STF por não fazer coisa julgada material). 
 
A decretação de preventiva não ofende a presunção de inocência? Acorrente minoritária 
entende que sim, pois, para ter o cerceamento de liberdade tinha que ter o trânsito em julgado. A 
corrente majoritária entende que a preventiva é prisão cautelar, sendo então processual. 
PROVA: prisão preventiva é processual, aí julga não ser possível no IP por ele não ser 
processo. ERRADO. Prisão processual quer dizer que a preventia está prevista no CPP. 
O fundamento é que a cautelar não ofende a presunção de inocência porque é uma prisão 
que deve servir o processo, e não é uma prisão condenatória. 
O que se tem hoje é que a prisão é exceção, a regra é a liberdade. 
Hoje, se tem a banalização da cprisão preventiva.Temos diversas prisões preventivas 
decretadas com ausência clara dos pressupostos. São prisões midiáticas (síndrome de Alice). 
A prisão preventiva não ofende a presunção de inocência. Não há que se falar no direito 
hiperbólico monocular, ou seja, a visão apenas para direitos e garantias do investigado, tem que ter 
também a segurança da ordem pública, sendo a visão direcionada para o agente preso e para a 
sociedade. Visão para a sociedade (princípio da vedação da proteção deficiente). Tem o direito ao 
contraditório, tem o direito ao silêncio, mas também pode ser preso preventivamente se ameaçar 
testemunhas; se der indícios que vai se furtar da aplicação da sanção penal, etc. 
 
Art. 310 Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o 
fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro 
de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante 
termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação. 
EX: Tícia chega à delegacia sendo conduzida pelos policiais com uma faca na mão por ter 
acabado de praticar um homicídio. As testemunhas dizem que a vítima subjulgou a vítima com uma 
faca para cometer um delito sexual e, Tícia, em legítima defesa deu um golpe em Mévio que vveio a 
morrer no local. 
Pode o delegado, diante das excludentes de ilicitude, conceder liberdade provisória? 
O parágrafo único fala em ‘juiz’ para conceder a liberdade provisória. 
A 1ªcorrente diz que o CPP não tem fundamente para possibilitar ao delegadode conceder a 
liberdade provisória em legítima defesa, devendo ser verificada pelo juiz. 
Uma 2ª corrente entende que é possível, pois, se trata de direito fundamental de ir e vir, não 
havendo restrição de liberdade, não podendo submeter essa liberdade provisória a condição 
jurisdicional. Em interpretação extensiva, ao ler juiz, estende a autoridade policial também. Essa 
corrente entende que a redação não restringe direitos e que o delegado clocando a vítma em 
liberdade, está homenageando o direito de ir e vir. (falta uma estrutura do crime, a antijuriciade, não 
podendo o delegado lavrar o flagrante). 
Zouk não lavra flagrante em situação dessa. 
 
 
 
ART. 240 X 241 E 241-A DO ECA X STF ESTJ (20/06/2017) 
 
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo 
explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: 
Reprodução é divulgar o que foi criado. 
Cena de sexo explícito ou pornográfico: conceito contido no ar. 241-E 
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou 
pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais 
explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins 
primordialmente sexuais. 
EX: Tício fotografou Mévia, 13 anos, em posição sensuaisl. Tício não tirou a roupa dela. 
Pode dizer que configura o art. 240? Não tem atividade sexual e nem exibição de órgãos 
genitais de Mévia, Parte da doutrina não enquadra a conduta de Tício nessa conduta para não ferir o 
princípio da legalidade (atipicidade do fato). 
Posicionamento do STJ é que constitui crime, mesmo sem nudez. O art. 240, quando define 
pornografia infantil, ele não é completo, devendo ser interpretado lançando mão da proteção da 
criança e adolescente em desenvolvimento peculiar, art. 6. Sendo assim, há incidência do ECA, não só 
nos casos de fotografias de crianças nuas, como também quando a nudez não é expressa, desde que 
ocorra incontroversa finalidade atividade libidinosa das imagens. 
Em uma prova discursiva: De acordo com o princípio da legalidade, não teria como enquadrar 
a conduta desse agente que está fotografando a criança em posição sensual, mas de roupa. Noutro 
giro, segundo o STJ não há necessidade de ocorrer nudez, basta as fotos com fins libidinosos. 
EX: Joana, 12 anos, filha de João é fotografada pelo pai em posição sensual. 
O delito demanda dolo específico, tem que ter a finalidade de sexo explícito ou pornográfico. 
O STJ entende que deve complementar o art. 241-E com o art. 6 porque ele que traz o 
conceito de sexo explícito ou pornográfico. Recurso especial 1543267 
 
Art. 240, §1: Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo 
intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem 
com esses contracena. 
EX: Tício contracenando com Mévia. Mévia tem 15 anos. Mévia consentiu com o ato. Incide o 
art. 240§1. 
EX: Tício contracena com Maria, que tem 13 anos. Mesmo Maria consentindo, seu 
consentimento não tem valor porque se tem estupro de vulnerável. Tem uma corrente que entende 
responder somente pelo estupro de vulnerável; outra corrente entende responder em concurso com 
art. 240, §1. 
 
O examinador vai colocar na prova: constitui crime no ECA, vender ou expor a venda , 
fotografia, vídeo ou ouro registro que conteha sexo explícito ou pornográfico envolvendo criança ou 
adolescente. OK. Diz também que a pena aumenta de 1/3 se o agente comete o crime prevalecendo 
das relações de parentesco consanguíneo ou afim até o 3°. ERRADO, essa causa de aumento faz 
referência ao art. 240 e não ao art. 241. O legislador vai colocar as causas de aumento do §2 e colocar 
no art. 241. CUIDADO!!! Se o agente vende ou expõe fotografia, ele não fotografou, e é familiar da 
 
 
vítima: não vai ter aumento de 1/3 porque essa causa de aumento se refere ao art. 240 e não a art. 
241! 
 
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo 
explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: 
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer 
meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que 
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
I - assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou imagens de que 
trata o caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
II - assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, cenas ou imagens 
de que trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
§ 2o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1o deste artigo são puníveis quando o responsável 
legal pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que 
trata o caput deste artigo. 
 
O art. 241-A fala da pessoa que transmite à outra pessoa fotos de criança em cena de sexo 
explícito ou pornográfica. 
EX: Tício publicou em um site fotos de uma criança em cena de sexo explícito ou pornográfica, 
praticando o delito do art. 241-A. De quem é a competência para processar e julgar? O art. 109, CF 
estabelece que compete à Justiça Federal processar infrações previstas em tratados ou convenções 
internacionais em que o Brasil sja signatário (ex: Tráfico internacional; Pornografia e pedofilia). STF: 
Se há publicação de foto da criança na rede mundial de computadores, e essa foto pode ser acessada 
fora do Brasil, não havendo a necessidade da foto ser visualizada, bastando que seja possível a 
visualização. Tem-se o atributo da internacionalidade, sendo competência da Justiça Federal. (R Ext. 
628.624/MG). 
 
EX: Tício trocou fotos com Mévio, através o whastapp e facebook. O fato de ele ter utilizado a 
rede mundial de computadores, atrai a competência para justiça federal? O STJ se posicionou no 
conflito negativo de competência, entendendo que a mensagem trocada pelo ‘whats’, o remetente 
escolhe o destinatário, não tendo o atributo da internacionalidade. Em tese, tem a competência da 
justiça estadual, muito embora tendo utilizado a internet. A 3ª sessão, no conflito negativo de 
competência nº 150.564/MG, julgado em 26/04/2017 entendeu que simples fato de utilizar a 
internet não atrai a competência para JF, pois não demanda o atributo da internacionalidade. 
Pode-se constatar que se, por exemplo, Tício tivesse trocado essas mensagens com uma 
pessoa no exterior, Zouk entende ser JF por ter o atributo da internacionalidade. Para Zouk, o julgado 
se posicionou diferente orque o destinatário da mensagem estava no Brasil. 
EX: TA polícia está investigando Tício. O inquérito identificou que Tício estava mandando 
mensagem para Mévio. As investigações continuaram, foram proszidas provas, inclusive uma busca e 
apreensão deferida pela justiça estadual. Mais na frente, descobriu-se que ele enviava para Mévio e 
Mévio mandava para um estrangeiro. Havia então um concurso de pessoas. Essas provas produzidas 
 
 
por juiz estadual são válidas? (juiz estadual descobriu que não era competente). SIM, são válidas. 
Aplica-se a teoria do juízo aparente, pois, no início da investigação o juiz aparentava competência. 
 
O legisladorpode dizer: constitui crime no ECA, aliciar, assediar, mitigar ou constranger por 
qualquer meio de comunicação,criança e adolescente com fim de com ela praticar ato libidinoso. 
Você vai achar que isso foi lido no ECA realmente pois, o ECA sempre utiliza a palavra criança e 
adolescente, MAS no srt. 241 menciona somente CRIANÇA. 
 
 
CASO FÁBIO ASSUNÇÃO X DELEGADO DE POLÍCIA DE PLANTÃO (26/06/2017) 
 
A conduta do ator foi enquadrada como desacato, resistência e dano ao patrimônio público. 
Zouk já tratou do desacato e do dano. 
Revisão rápida do delito de dano, abordando os principais pontos. 
 
Dano 
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 
Destruir é eliminar fisicamente a coisa; inutilizar é tornar a coisa imprestável; deteriorr é 
diminuir a utilidade da coisa. 
O art. 163 e chamado de conteúdo variado ou conduta mista. 
O crime de dano, na sua forma simples, é de menor potencial ofensivo. 
Analisando a escala penal do dano, a pena do simples é de detenção de 1 a 6 meses ou multa. 
É cabível a suspensão condicional do processo, como também, a aplciabildiade da lei 9099. 
O art. fala em coisa alheia, em tese, não tem crime de dano quando se destrói coisa própria. 
CUIDADO: Destruir coisa prória é atípico, exceto quando estiver destruindo coisa própria para obter 
recebimento de indenização ou valor de seguro (art. 171, V), configura a fraude para recebimento. 
O CP prevê a figura dolosa do crime de dano. CUIDADO: Se o legislador perguntar se é 
possível crime de dano culposo no ordenamento jurídico brasileiro (código penal militar e também na 
lei de crimes amientais), sim; mas não é possível no CP. 
O dano é um crime de forma livre. 
Dano é crime material; não transeunte (tem que realizar o exame peicial direto ou indireto). 
EX: Tício compra um animal e Mévio o mata. Muito embora o cachorro tenh custado um valor 
econômico, não configura dano sim crime ambiental. 
 
Art. 62, §ú (lei 9605): Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano: 
 
A pichação caracteriza o crime de dano quando recai em monumento urbano. EX: Tício vai a 
uma área de fazenda e pixa. Configura dano e não crime ambiental, pois a edificação é rual e não se 
fala em crme ambiental. Se falar em veículo, veículo não é monumento, então configura-se o dano e 
não crime ambiental. 
Imóvel rural é dano e não crime ambiental; veículo também não é monumento. 
 
 
 
- O caso de danificação de celas para fuga de preso: 
O art. 352 trata da evazão mediante violência contra pessoa. 
Utilizar violência contra coisa, provocando um dano contra a cela, tem dois osicionamentos: 
- STF: há a figura do dano qualificado, pois, é dispensável a finalidade do agente prejudicar o 
patrimônio alheio, bastando a destrição ou deterioração da coisa. EX: Tício quebrou a cela para fugir, 
para o STF vai responder por dano qualificado. 
- STJ: se o agente tinha a finalidade de fugir e acabou danificando a cela, não tem o dano 
qualificado configurado-> o fato é atípico porque a violência foi em relação à coisa e não contra a 
pessoa e o dano provocado foi para a fuga. Não há finalidade de causar prejuízo a patrimônio de 
outrem. Para ter dano o gente não pode ter a intenção de fugir; se ele tem a intenção de fugir, não 
tem o dano configurado. 
 
Art. 163, 
I - com violência à pessoa ou grave ameaça; 
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave 
III - contra o patrimônio da União, de Estado ou de Município; 
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou 
sociedade de economia mista; 
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima: 
 
Dano simples a ação é panl privada; dano qualificado (I, II e III), a ação penal ´pública e 
incondicionada. 
 
Analisando o art. 331, o agente ofende o funcionário público querendo menosprezar a sua 
função. 
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 
 
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente 
para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: 
Pena - detenção, de dois meses a dois anos. 
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa: 
Pena - reclusão, de um a três anos. 
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência. 
 
O art. 329 fala da resistência passiva. EX: Se o ator tivesse se jogado no chão ou tivesse se 
agarrado no psote dizendo que não ia; o fato ia ser atípico porque a resistência é passiva. 
 
Caso concreto: 
Fábio teria se metido em uma confusão, discutido com populares e começou a ofender os 
olíciais. Se ofendeu os policiais no exercício da função, cometeu desacato. Comentendo desacato, os 
policiais, no estrito cumprimento do dever legal, deram voz de prisão e realizaram a prisão captura. 
 
 
Com a prisão captura, Fábio começou a forçar para soltar-se, tendo resistência ativa, configurando o 
crime de resistência. 
Já dentro da viatura, Fábio danificou a viatura. Viatura é bem público. 
Fato chega ao delegado. Delegado tem que analisar os vários crimes. 
Vamos supor que só tinham os crimes de desacato e resistência, ambos crimes de menor 
potencial ofensivo, o delegado tem que somar as penas, o que ultrapassa os dois anos, tendo que 
lavrar o auto de prisão em flagrante. Depois o delegado verifica se é possível arbitrar fiança (não 
ultrapassando 4 anos). 
Não é o que ocorre na prática, devido a grande demanda de flagrantes por dia. O que se faz é 
o TCO, pois não somam as penas dos crimes de menor potencial ofensivo. 
Para a prova: Somam-se as penas dos crimes de menor potencial ofensivo e realiza o auto de 
prisão em flagrante. 
EX: O Fábio tivesse lesionado uma vítima qualquer e junto com ela fosse levado à delegacia. A 
vítima na delegacia não representa pelo delito de lesão corporal (ação penal pública condicionada de 
regra geral e incondicionada se for no âmbito doméstico). O delegado pode lavrar um TCO se a vítima 
não representar a lesão corporal? Em IP o delegado precisa da representação da vítima, pois, é uma 
condição de procedibilidade, mas, a lei 9099 não diz que lavratura de TCO e condicionada ao tratar 
de crimes de ação penal pública condicionada a representação (ler art. 69 da lei 9099). Lavratura de 
TCO não se submete a condição de procedibilidade. 
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o 
encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos 
exames periciais necessários. 
 
Ase não tem provas para dizer que fulano deu causa á lesão, mesmo assim tem que lavrar o 
TCO e encamihar autor e vítima para o judiciário. 
 
EX: Tício, menor, ameaçou a Mévia, e foi levado a delegacia da criança e do adolescente. 
Mévia não quis representar. Pode o delegado lavrar o TCO por Tício ter cometido ato infracional 
análogo ao crime de ameaça? Sim, não interessa se o ato é análogo a um crime e que o 
procedimento submete á ação penal privada ou ação penal pública condicionada; sempre vai ser 
instaurado. Na justiça infância e juventude há o princípio da proteção do menor e no estado em 
apurar esse fato. 
 
EX: O Fábio Assunção passou pela viatura da PM do DF e com intenção, deu um soco na 
viatura, danificando-a. a PM/DF. O fato foi levado a degelgacia, qual o procedimento? Em tese, teria 
o dano qualificado pela destruição da viatura. 
STJ: Dano ao patrimônio público do DF é dano simples, não cabendo APF e sim TCO (dano 
simples pena não superior a 6 meses). 
Art. 163, no incisoIII não traz o DF, e como o direito enal adota o princípio da legalidade, o STJ 
diz que o dano ao patrimônio do DF é simples (HC 154.051-DF de 04/12/2012). Lado outro, TJ/DF, 
numa interpretação teleológica, o código quis proteger o bem público, não importando de onde é, 
até mesmo porque o código é da década de 40 e o DF foi criado depois. 
 
 
 
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 
Dano qualificado 
Parágrafo único - Se o crime é cometido: 
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou 
sociedade de economia mista; 
 
Se o delegado segue o STJ, tem que lavrar um TCO. 
O delegado pode arbitrar fiança por a pena não ser superior a 4 anos. 
Com esse mesmo entendimento, tem posicionamento do STJ entendendo que dano ao 
patrimônio público de empresa pública é dano simples e não qualificado (Recurso em HC 57.544-SP 
de 06/08/2015). 
No ator em questão, parece ter feito uso de bebida alcoólica ou substâcia entorpecente que 
retirou toda sua capacidade de entender o caráter ilícito do fato e agir de acordo com esse 
entendimento. Considerando que no momento do fato ele não era capaz de se entender o caráter 
ilícito do fato, no tempo do crime, afastaria a imputabilidade dele (imputabilidade como elemento da 
culpabilidade), e ele não responderia? O entendimento que prevalece é que a embriaguez constitui 
até um agravante. Aplica-se a teoria da actio liberia in causa, e no momento da ingestão ele sabia que 
desacar era crime, então irá responder. 
Poderia o autor do delito ser algemado? Súmula vinculante 11, sim, pois era razoável diante 
da situação que ele se encontrava. 
 
- Relaxamento de prisão e concessão de liberdade provisória mediante fiança: 
No caso do ator, ele cometeu o delito, a prisão foi legal e o juiz entendeu que eram ausentes 
os pressupostos da prisão preventiva, o ator pagou fiança e o juiz concedeu a liberdade provisória. 
 
EX: Sendo advogada no DF, o cliente foi preso pela prática de dano qualificado por ter 
quebrado a viatura da PM. O delegado entendeu pela comcepção do TJ/DF e o cliente encontra-se 
preso em flagrante. Cliente não tem dinheiro para pagar fiança. A advogada, antes de entrar com 
pedido de liberdade provisória, tem que entrar com pedido de relaxamento da prisão com bse no 
julgado do STJ. 
 
REVISÃO: AUTOR DE INFRAÇÃO (01/07/2017) 
 
Situação: indivíduo praticou um delito e se evadido do local. Foi perseguido por PMS e na 
tentativa de se furtar da ação, entrou na residência dele. Os PM’s entrram também para prendê-lo. A 
questão perguntava se os policiais podiam entrar na residência. CESP no gabarito informou que não! 
Quando se tem o flagrante róprio, temos duas correntes: 
- Minoritária etende que policiais não podem entrar, buscando como fundamento o art. 150 
(violação em domicílio), e no §3 tem as excludentes e no inciso II diz que o crime teria que está 
 
 
sendo rpatcado no momento da entrada na casa para configurar o flagrante próprio. Foi essa 
corrente adotada pela CESP 
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou 
tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências: 
§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências: 
I - durante o dia, com observância das formalidades legais (faz referência ao mandato de prisão e 
não a situação de perseguição), para efetuar prisão ou outra diligência; 
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de 
o ser. (o crime tem que está sendo rpaaticado dentro da residência) 
 
 
O mandato judicial de prisão só pode ser cumprido durante o dia no caso em que a pessoa se 
encontra dentro da sua residência, estando o infrator em via pública, o mandato pode ser cumprido a 
qualquer hora. 
- Majoritária entende que a pirâmide de Kelsen vê a carta magna acima da legislação 
infraconstitucional e na CF há ossibilidade da relativização da inviolabilidade do domicílio quando do 
cumprimento de mandato judicial durante o dia e faz referência que também é possível na situação 
de flagrante delito, sem mencionar se, próprio ou impróprio. 
 
 
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS BENÉFICA (05/07/2017) 
 
 
Art. 5, XXXIX positivado o princípio da estrita legalidade. Nesse artigo tem o prncpio da 
reserva legal ou estrita leglidade e o da anterioridade. 
Nas provas verificamos esse princípio com o nome de princípio da legalidade. A doutrina 
critica e utiliza o termo princípio da reserva legal ou estrita legalidade, pois legalidade faz referência 
as espécies normativas constantes no art. 59. 
Numa prova múltipla escolha, pode marcar entre as alternativas a que menciona princípio da 
reserva legal ou da estrita legalidade e não marcar princípio da legalidade. Se a questão traz princípio 
da legalidade e não tem nenhuma das utras alternativas, ai marca essa. 
Na prova discursiva é para dizer que a dotrina critica o uso da legalidade fazendo referência a 
necessidade de uma lei para dar roupagem criminosa a uma conduta, porque a legalidade então 
estaria ligada ao art. 59, CF que traz em seu bojo as diversas espécies normativas, entre elas, medida 
provisória e resolução, que não podem tratar de matéira penal, como regra (somente se a matéria 
penal for mais benéfica é que a MP pode tratar de matéria penal). 
A retroatividade da lei penal benéfica navega na órbita da aplicabilidade da lei penal no 
tempo, direito intertemporal. 
Norma incriminadora há necessidade de ter sido instituído através de uma lei em sentido 
estrito, ou seja, essa lei tem que decorrer necessariamente da União. 
Quando uma lei entra em vigor, regulará os fatos que ocorrerem durante a sua vigência. 
Lei penal quando entra em vigor vai produzir efeitos até outra le vir a revoga-la, expressa ou 
tacitamente. A revogação pode ser total (ab-rogação) ou parcial (derrogação). 
 
 
Lei quando entra em vigor e começa a produzir efeitos, só pode ser revogada mediante 
publicação de uma nova lei, devido princípio da continuidade das leis penais. 
Quando diz que há necessidade para que uma lei venha parar de produzir efeitos e seja 
retirada do ordenamento, há necessidade de outra lei posterior tratando do tema diferente ou essa 
lei expressamente revogue a lei anterior, começa a enxergar que não existe possibilidade de 
costumes revogarem lei penal. Costumes, muito embora figurem como fonte formal mediata, só 
pode ser utilizados se de acordo com a lei. 
Uma lei quando entra em vigor pode trazer em seu bojo um conteúdo benéfico, EX: alei 8072, 
pois inicialmente, quem praticava crime equiparado a hediondo cumpria em regime integralmente 
fechado e, hj, o STF entende que não há essa obrigatoriedade. Essa lei que alterou os crimes 
hediondos é uma lei penal benéfica. 
Ua lei benéfica vai retroagir, em homenagem ao princípio da retroatividade. 
Uma lei que não tenha conteúdo mais benéfico,é uma noacio legis in pejus, e não retroage. 
A lei penal quando publicada, produz efeitos para diante. Mas há excepcionalidades: se for 
uma lei penal benéfica, estará revestida da extratividade, e a lei vai retroagir, ou ser ultraiva (ainda 
que revogada, se aplica ao fato). 
Se a lei penal benéfica pode ser ultrativa, essa lei se prende ao fato (efeito carrapato da lei 
penal). Aplica-se a lei ainda que revogada. 
 
- Art. 3°, CP trata da lei excepcional e lei temporária. 
Lei temporária: Passado o período estabelecido na lei, a lei se auto revoga. 
Lei excepcional: a lei estabelece que enquanto a situação de normalidade permanecer, alei 
estará em vigência. 
Essas leis são auto revogáveis, chamadas de intermitentes. 
O princípio da continuidade das leis penais menciona que a lei só pode ser revogada com a 
publicação de outra lei. Aqui nesse art. teríamos uma excção a esse princípio, pois, teria a revogação 
de uma lei sem a necessidade de publicação de uma outra lei. 
Essas leis são ultrativas, ou seja, embora revogadas aplica-se aos fatos ocorridos na sua 
vigência (pois se prendem ao fato). 
 
- Lei penal mais benéfica X lei auto revogáveis: 
Lei penal benéfica publicada após a lei temporária, ela retroage? O princípio da retroatividade 
da lei nela benéfico se aplica possibilitadno lei penal bnéfica posterior a lei temporária? NÃO, os fatos 
ocorridos na época da lei temporária serão por elas regidos, pois, a lei é ultra-ativa. 
 
As leis temporárias e excepcionais são auto revogáveis e externam o fenômeno do efeito 
carrapato e, ainda que revogada, são aplicadas aos fatos ocorridos em sua vigência. 
Há possibilidade dessas leis não sere aplicadas a fatos que ocorreram durante sua vigência? Se 
a publicação de uma nova lei posterior e ela mencionar em seu bojo que os fatos ocorridos durante a 
vigência das leis intermitentes, serão regulados por essa nova lei. 
 
- Lei temporária benéfica em relação a uma lei anterior a ela: 
 
 
Irá retroagir? Ainda que essa lei seja benéfica, NÃO irá retroagir porque elas sã ultra-ativas, se 
aplicando aos fatos que ocorreram durante sua vigência. 
 
EX: Lei A está em vigência e a lei B, uma novatio legis in mellius, entra em vigência. Lei B se 
encontra em eríodo de vacatio. Tìcio é julgado qunado a lei B já exisia, mas estava no período de 
vacation. Essa lei B pode ser aplicada? Temos duas correntes: 
1ª O princípio da retroatividade fala que ‘lei’ benéfica se aplica, e a lei B é lei, logo, é aplicável. 
2ª STF entende que lei que se encotra na vacatio ainda não roduz efeitos, não podendo ser 
aplicada, ainda que benéfica. 
 
EX: Tício praticou homicídio simples (pena 6 a 20 anos) no dia 10/07/2016. No dia 15/09/2017 
começou a viger uma lei passando as ser a pena do homi´cidio de 5 a 15 anos, portanto, sendo mais 
benéfica. No dia 20/12/2017 saiu nova lei dizendo que a pena passou a ser de 10 a 20 anos. Quando 
essa última lei saiu, Tìcio estava sendo julgado. Temos uma lei intermediária que durante sua vigência 
não ocorreu os fatos e nem o julgamento. A lei intermediária é mais favorável, pelo fato de ser mais 
benéfica, não interessa se fatos ou julgamentos ocorreram ‘fora’ dessa lei, é ela que será aplicada. 
 
EX: Tício, primário, bons antecedentes, praticou tráfico na vigência da lei 6368. Nessa época, 
ele foi condenado quando tinha uma pena de 3 a 15 anos (não teve a diminuição de pena porque na 
época não existia a causa de diminuição). Em 2006 saiu a lei 11.343 tratando do tráfico, revogando a 
lei 6368. Nessa nova lei a pena do tráfico foi aumentada e foi criada uma causa de diminuição de 
pensa (ou seja, essa lei é mais benéfica quando trata da causa de diminuição e, maléfica quando 
aumenta a pena do tráfico). Será possível pegar o §4 da lei nova (causa de diminuição) e combinar 
com o caput da lei antiga? Duas correntes: 
1ª É possível, art. 2 §único menciona lei posterior que ‘de qualquer modo’... Se pode retroagir 
a lei toda, porque não poderia retroagir somente uma parte? 
2ª STF e STJ Dizem que não é possível a combinação de leis. 
A 6ª turma do STJ entendia pela possibilidade da combinação de leis, porém a 3 sessão 
pascificou a divergência entre a 5ª e 6ª turma, entendendo que não há possibilidade, que a lei pode 
até retroagri, mas na sua integralidade, ou o juiz vai esá criando uma nova lei ( a função d juiz é julgar 
e, não criar lei). 
 
-No art. 2° tem o abolitio criminis que é uma causa extintiva da punibilidade. Constituiria uma 
novatio legis in mellius? Não, pois apenas exclui a roupagem criminosa de uma conduta como crime e 
não compara com outra norma. 
Na abolitio retira os efeitos penais, mas permanecem os efeitos civis (obrigação de reparar o 
dano). 
Na abolitio não basta a revogação formal, tem que ter também a revogação material. 
 
 
 
 
 
 
PRISÃO PREVENTIVA- EXCESSO DE PRAZO X SÚMULAS 21 E 52 (07/07/2017) 
 
EX: Tício e Mévio cometeram homicídio qualificado, considerado hediondo. Foram 
pronunciados e estão presos preventivamente. A prisão preventiva tem caráter cautelar, e não é 
prisão pena. Muito tem se banalizado a prisão preventiva, pois estão sendo decretadas sem a 
presença dos pressupostos, somente para dar uma satisfação à sociedade (Estado na síndrome de 
Alice). A prisão preventiva de Tìcio e Mévio já duram 7 anos. Não existe excesso de prazo? Pode ser 
alegado excesso de prazo após a denúncia? 
 
Súmula 21/STJ - 08/03/2017. Pronúncia. Constrangimento ilegal. Excesso de prazo. Superação. CPP, 
art. 408, § 1º. Lei 5.941/73. 
Pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo 
na instrução. 
 
A Súmula 52/ STJ: Segundo a qual, "encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de 
constrangimento ilegal por excesso de prazo". 
 
Analisando a súmula 21, não haveria justa causa numa ação de HC para considerar essa prisão 
ilegal, porque a súmula diz que depois de pronunciado não pode alegar excesso de prazo. 
A súmula 52 também traz que, encerrada a instrução, não será mais possível. 
O excesso de prazo pode decorrer de ato exclusivo da defesa (súmula 64), o que não irá 
configurar o constrangimento ilegal. 
Súmula 64/STJ: Não constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução, provocado pela 
defesa. 
 
No exemplo de Tício e Mévio, decorre de morosidade da justiça. 
Os tribunais estão fazendo releitura da súmula 21, porque ao raciocinar que não pode alegar 
excesso de prazo após a pronúncia, acaba por fazer letra morta frente ao direito constitucional e a 
razoável duração do processo. Aqui teria uma ponderação de interesses, entre o direito a liberdade 
(porque está preso preventivamente sem uma culpa formada) e o interesse da sociedade em manter 
a pessoa presa. Fazendo essa ponderação, vem prevalecendo o entendimento que a duração 
excessiva ofende o princípio da dignidade da pessoa humana, sobretudo quando o atraso decorre do 
judiciário. O Estado estaria tratando com desdém o direito à liberdade. Ao fazer a releitura das 
súmulas 21 e 52, fazendo alusão aos direitos e garantias fundamentais, o que não autoriza o Estado a 
aceitar uma prisão preventiva ad eterno. Mesmo que pronunciado, é possível sim alegação de 
excesso de prazo, desde que seja uma situação fora das raias do razoável. Quando a imputação do 
excesso de prazo é imputado somente a defesa, temos a súmula 64, tem-se a ampla defesa e não 
pode impedir a defesa de ouvir, por exemplo, uma testemunha sua que esteja em outro Estado. Mas 
se a moroozidade decorre do próprio poder judiciário, eis que o STF vem entendendo que não há 
fundamento para essa prisão preventiva. No julgado, o Zouk entendeu que o STF deveria ter relaxado 
a prisão por considerar ilegal, mas o STF revogou a prisão. O que tem sido feito quando entra com HC 
alegando excesso de prazo, o judiciário tem determinado a marcação de audiência imediata e em 
alguns casos relaxa também a prisão. 
 
 
STF em caso similar entendeu que a prisão ofende o direito constitucional e o princípio da 
dignidade da pessoa humana, o direito de ir e vir e de ter um processo com duração razoável. 
Não foram superadas as súmulas 21 e 52, mas foi feito uma releitura denro do campo do 
razoável. 
Ler o julgado: HC 142.177 julgado em 06/06/2017. 
 
 
LIVRAMENTO CONDICIONAL- ASSOCIAÇÃOPARA O TRÁFICO STJ (09/07/2017) 
 
A lei 8072 quando entrou vigor trouxe algumas alterações. A lei manifestou uma maior 
preocupação ao tratamento penal àqueles que praticavam crimes hediondos. Quando a lei ntrou em 
vigor, o regime era integralmente fechado, e lançando mão do princípio de individualização da pena, 
ocorreu uma alteração legislativa, passando o início da pena ao regime fechado e possibilitando a 
progressão de regime. Hoje, o STFI entendeu como inconstitucional a obrigatoriedade de iniciar no 
regime fechado. 
A 1ª turma do STF deu uma decisão, em relação à lei de tortura, entendendo que no crime de 
tortura deve iniciar no regime fechado. 
A lei 8072 com espírito mais gravoso a quem comete crime hediondo, alterou o art. 83 do CP: 
 Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de 
liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: 
 I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e 
tiver bons antecedentes; 
 II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; 
 III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho 
no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho 
honesto; 
 IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração; 
V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, 
prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o 
apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 
2016) 
 Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave 
ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições 
pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir. 
 
A li 8072 mencionou que em crimes hediondos e equiparados há a necessidade do apenado 
ter cumprido mais de 2/3 da pena. 
Qual a condição para ele fazer jus ao LC, considerando que, a associação para o tráfico não é 
tráfico (assim não tem roupagem de hediondez). Associação para tráfico não é tráfico e não está 
inserida no inciso V. 
Associação para o tráfico vai seguir a regra do inciso I ou do inciso V? 
 
 
Associação para o tráfico é crime de consumação antecipada, de resultado cortado. É crime 
formal. Se o agente se associa para traficar e vai lá e vende a droga ou mantém em depósito, 
responde pelos dois crimes, associação e o tráfico. 
O STJ entendeu que associação está prevista na lei de drogas. O art. 44, §único da lei diz: 
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional 
após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico. 
O caput desse artigo menciona o art. 33 e do art. 34 ao 37, então, muito embora associação 
não tenha roupagem de hediondo, a lei especial prevalece sobre lei geral, e seguindo a lei, caberá 
livramento condicional após cumprimento de 2/3 da pena. 
 
- No tráfico de drogas, há a necessidade (por força do art. 50, §1), para fins de lavratratura do 
auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de 
constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por 
pessoa idônea. Laudo preliminar para lavratura do flagrante e, via de regra, necessita de laudo 
definitivo para condenação. É possível uma pessoa ser condenada com base apenas em laudo 
preliminar? 
O laudo preliminar pode ser firmado por perito oficial ou por pessoa idonêa. O STJ entende 
que se o laudo preliminar for assinado por perito criminal, e a droga for de fácil identificação, é 
possível a condenação. 
 
- Tício foi condenado pelo art. 33 e 35 da lei de drogas. É possível a incidência da causa de 
diminuição de pena? 
O art. 35, associação, quer dizer que Tìcio integra associação criminosa, não tendo direito ao 
benefício da causa de diminuição. 
O art. 35 é associação de duas ou mais pessoas. A pessoa que está associada se dedica a 
tividade criminosa, tem habitualidade no tráfico. 
Art. 35 não convive com o art. 33, §4. 
O art. 35 convive com o caput do art. 33 
Agente pode responder por associação de tráfico e ter diminuição d epena? Não, há 
incoerência. 
O art. 33 é um tipo penal de conteúdo variado. Tem o verbo importar e exportar. Quem 
importa ou exporta comete tráfico, e tem pena de 5 a 15 anos. No art. 40 usa o verbo importar ou 
exportar para aumentar a pena de1/6 a 2/3. Não seria bis in iden, considerando que já tem esses 
verbos no art. 33? O art. 33 tem escala penal própria. O que eveidencia a transnacionalidade do 
delito é importar ou exportar. STJ entende que não há bis in iden na aplicação do aumento de pena 
pela transnacionalidade com as condutas de importar e epotar previstas no art. 33, pelo simples de o 
agente trazer consigo a droga já configura atipicidade formal do delito. 
 
 
ANALOGIA X NORMA INCRIMINADORA (11/07/2017) 
 
 
 
 
A analogia é uma forma de integração da norma ao ordenamento jurídico. 
Analogia não constitui fonte do direito. 
Analogia não é forma de interpretação da norma. 
Analogia Legal ou in legis: quando se aplica a um caso omisso uma lei que trata de caso 
semelhante. Aplica-se uma norma na lacuna. 
Analogia jurídica ou juris: aplica-se a um caso omisso um princípio geral do direito. 
 
->Analogia ≠ Interpretação analógica: 
IA: o legislador cria uma forma casuística e proporcionao ao juiz realizar uma interpretação. 
EX: homicídio do art. 121 qualificado pela pag homicídio cicariato)a promessa de recompensa (pode 
ser chamado de homicídio mercenário, homicídio remunerado ou, constitui motivo torpe. O que seria 
outro motivo torpe? O juiz vai entender no caso concreto. 
Analogia pode ser aplicada no direito penal, desde que seja in buona partem. 
A IA pode ser utilizada até mesmo em desfavor do acusado, quando, por exemplo, no art. 121, 
pois o juiz vai entender o que sria motivo torpe e enquadrar a ação de alguém. Outro exemplo é a 
descrição típica do art. 171, quando fala outro meio fraudulento. 
Com essa concepção de que a nalogia só pode ser utilizado in buona partem foi que o STJ 
entendeu que dano ao patrimônio público do DF e dano ao patrimônio de empresas públicas é dano 
simples e não qualificado. 
 
O mesmo entendia o STF quando falava da fraude em certame público, antes de ser tipificado. 
Analogia in buona aprtem: aborto sentimental, humanitário- art. 128, II. O aborto teria que 
ser praticado por médico, ser decorrente de estupro e ocorrer o consentimento da vítima ou de ser 
representante. O art. fala que isso ocorre se a gravidez resulta de estupro, não mencionando o 
vulnerável. A doutrina aponta que com aplicação da analogia in buona parten, aplica-se a excludente 
do art. 128, II ao médico que faz o aborto em vítima de estupro de vulnerável. 
 
Pode ter uma analogia em norma penal incriminadora? 
A regra é que não pode usar, mas pode usar sim, desde que seja em benefício do agente. 
EX:art. 37 traz a figura penal do informante. Tício colabora com grupo (2 traficantes) tem concurso de 
pessoas e não associação. 
Se Tício colabora com apenas um traficante, não tem como caracterizar o art.37 porque o 
art. não traz traficante individual. De acordo com o art. 29, Tício colabora com o crime, e irá 
responder na medida de sua culpabilidade. Com base na teoria monista, Tício deveria responder no 
art. 33. Mas isso não ofenderia o princício da isonomia e da proporcionalidade,considerando eu se 
ele colaborar com grupo, organização ou associação seria o art. 37 (nem equiparado a hediondo é) e 
se ele colaborar com apenas um, responderá pelo art. 33 (equiparado a hediondo)? A doutrina fala 
que para evitar essa injustiça, lança mão da analogia em norma penal incriminadora (será possível 
porque está sendo utilizada em favor do acusado). 
 
Analogia pode ser chamada de suplemento analógico ou integração analógica. 
 
 
 
 
AQUISIÇÃO DE ARMA DE FOGO PRODUTO DE CRIME (16/07/2017) 
 
 
Agente responde na receptação + porte de arma de fogo ou aplica-se o princípio da 
especialidade, respondendo somente pelo porte se arma de fogo (verbo aquisição). 
Art. 180, CP:- Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa 
que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: 
Ao tratar do caput, traz a receptação própria e imprópria (...ou influencie para que terceiro de 
boa-fé....). 
EX: Mévio está querendo adquirir um veíuclo produto de crime e Tício sabe que Paulo tem um 
a venda e avisa à Mévio. Mévio tem a má-fe e Tício o auxilia nessa aquisição. Os dois tem má-fé, 
então caracteriza receptação própria. 
 
EX: Tício quer adquirir uma arma de fogo e compra essa arma sabendo que é produto de 
crime. A doutrina diz que responde por porte ilegal de arma de fogo, aplicando o princípio da 
especiabilidade. STJ: entende que são bens jurídicos distintos, na receptação (patrimônio protegido) 
e na aquisição de arma de fogo (bem jurídico é a paz pública), praticando dois crimes distintos em 
concurso formal de crime. 
A doutrina entende que se aplica o princípio da especialidade e seria concurso formal 
impróprio; dolos distintos. 
EX: Tìcio está querendo comprar uma arma de fogo o e soube que Mévio (imputável) furtou 
uma arma e está vendendo. Tìcio compra o veículo de Mévio. A aquisicação de veículo subtráido por 
um inimputável caracteriza a receptação? 
Quando se raciocina dentro da órbita finalista o conceito analítico de crim como crime sendo 
fato típico, antijurídico e culpável ou o crime é fato típico, antijurídico e a culpabilidade sendo é 
pressuposto da pena. Para o finalismo o dolo e a culpa estão alocados no fato típico. Se adoto o 
conceito tripartido, como pode ter uma receptação, considerando que o louco não consegue 
entender o caráter ilícito do fato? Tem que dizer que no momento da subtração da coisa ele tem que 
ser considerado imputável. Louco não pratica crime e Tício não teria praticado receptação, pois, falta 
um elemento do crime (culpabilidade) para Mévio. Atenção: art. 180,§4 diz que é crime mesmo que 
isento de pena o autor do crime. 
A doutrina diz que o CP adotou o conceito tripartido de crime, mas diversos dispositivos levam 
a acreditar que o CP adota o conceito bipartido (art. 180, §4 é aquela pessoa que praticou sendo o 
crime fato típio e antijurídico). 
O conceito quadripartico: crime é fato típico, antijurídico, culpável e punível. Ou seja, um 
crime que se encontra prescrito perde a roupagem de conduta criminosa. 
Art. 180, §4 responde por receptação ainda que desconhecido ou isente o autor do crime. 
 
- Atos infracionais: 
EX: Tício, menor, furtou arma de fogo e Mévio adquiriu essa arma. Ato infracional também 
caracteriza crime de receptação. 
 
 
 
Muito embora entanda-se que retirando a culpabilidade não teria o crime, aquele que adquire 
a arma de um louco, entra na receptação. 
 
Aquisição de arma de fogo produto de crime configura porte ilegal de arma de fogo no verbo 
adquirir ou receptação e porte ilegal de arma de fogo? Temos dois posicionamentos: 
1º A doutrina entende pelo princípio da especialidade, ou seja, o agente responde apenas 
pelo delito de porte ilegal de arma de fogo. Art. tem tipo misto alternativo de condutas múltiplas. 
2ª STJ o agente comete dois crimes: contra o patrimônio (receptação) e crime do estatuto do 
desarmamento (art. 14 e 16), pois temos bens jurpidicos distintos: patrimônio e paz social. 
 
- Se um louco subtrai arma de fogo e vende para Tício. Tício compra a arma sabendo que se 
trata de produto de crime, é receptação? Se adotar o conceito analítico de crime majoritário, como 
fato típico, antijurídico e culpável, é arricado errar a questão, pois, o louco não praticaria crime (falta 
a culpabilidade) por faltar a estrutura de um elemento da estrutura do crime. Com esse raciocínio, 
Tício não poderia responder por receptação. 
O CP dá indícios que o conceito analítico de crime adotado é o conceito bipartido, sendo fato 
típico e antijurídico (art. 180, §4). 
A doutrina majoritária entende que foi adotado o conceito tripartido. 
Se Tício adquire arma de fogo de um louco, tem materializado a receptação. 
 
- Ato infracional: adquirir arma de fogo de menor também configura receptação. 
 
Conceio tripartido: culpabilidade faz parte da estrutura do crime, logo, se praticado por um 
louco não pode dizer ser crime. 
O art. 180, §4 fala que a receptação é punível ainda que isento ou desconhecido autor de 
CRIME. Ou seja, crime é fato típico e antijurídico, sendo conceito bipartido. 
Imputabilidade faz parte da culpabilidade. Numa concepção finalista, dolo e culpa estão no 
fato típico (tem o que se chama de culpabilidade vazia, por ter deslocado dolo e culp para o fato 
típico). Finalismo tem o dolo neutro. 
 
 
APLICABILIDADE DA MAJORANTE DO ROUBO NO CONCURSO DE PESSOAS NO FURTO 
QUALIFICADO- STJ (19/07/2017) 
 
 
O furto e roubo são crimes contra o patrimônio. No furto tem a forma simples e a qualificada. 
Considerando maior reprovabilidade da pessoa para furtar, ela distrói ou rompe obstáculos ou lança 
mão do abuso de confiança, ou fraud, ou até mesmo usa uma chave falsa ou age em concurso de 
pessoas, o legislador estabeleceu uma escala penal diferenciada. 
 
Furto 
 
 
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. 
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a 
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de 
multa. 
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor 
econômico. 
 
Furto qualificado 
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: 
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; 
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; 
III - com emprego de chave falsa; 
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. 
. 
Uma das qualificadoras do furto, onde tem a esclaa penal de 2 a 8 anos, é quando o frto é 
praticado mediante concurso de duas ou mais pessoas. O roubo tabém, por sua vez, quando 
praticado em determinadas circunstâncias (Ex: subtrai a oisa mediante violência ou grave ameaça; 
mantém a vítima em seu poder restringindo sua liberdade) o legislador deu um tratamento mais 
severo, aumentando a pena. 
No furto em escala penal própria de odobro da pena quando praticado em concurso; no 
roubo mediante concurso, tem apenas uma causa de aumento. Não ofende o princípio da 
proporcionalidade? Considerando que o roubo é uma subtração do patrimônio e considerando a 
violência ou grave ameaça, sendo a conduta mais reprovável do que a do furto, não poderia puxar a 
causa de aumento do roubo e aplicar no furto, ou seja, aumentar a pena do furto simples de 1/3 até 
a ½, considerando que é uma conduta menos reprovável do que a do roubo?Não podia lançar mão da

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