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�PAGE � �PAGE �1� Cálculo Diferencial Integral III I) Funções de Mais de Uma Variável 1) Funções de Mais de Uma Variável Seja A um conjunto do espaço n-dimensional , isto é, os elementos de A são n-uplas ordenadas de números reais. Se a cada ponto P do conjunto A associamos um único elemento , temos uma função . Essa função é chamada de função de n-variáveis reais. E denotamos por: ou . A partir dessa definição, tem-se que o domínio de uma função de n variáveis é um conjunto de pontos em e que a imagem é um conjunto de números reais ou, equivalentemente, um conjunto de pontos em . Exemplos de Funções de Várias Variáveis (volume de um cilindro) (equação de estado de um gás ideal) (montante de um capital) 2) Estudo do Domínio e da Imagem de Funções de Várias Variáveis Como já foi dito anteriormente, o domínio de uma função de n variáveis é um conjunto de pontos em e a imagem é um conjunto de pontos em . É de extrema importância sabermos analisar bem estes conjuntos. Exemplos: 1 ) Determine o domínio e a imagem da função . Solução: Temos pois : x² + y² 8² (círculo) logo, ou Imf = [ 0; 8 ]. Centro (0,0) e raio 8 x z 8 -8 y y -8 8 x - 8 2 ) Determine o Domínio para , e esboce o gráfico do domínio. Solução: Gráfico do Domínio: z y x 3 ) Ache o domínio de Solução : x + y > 0 e x – y > 0 (A) x² - y² > 0 ( x + y ).( x – y ) > 0 ou x + y < 0 e x – y < 0 (B) Logo : D(w) = Gráfico do Domínio: y = - x y = x (B) (A) x + y < 0 x + y > 0 y x - y < 0 x - y > 0 4 ) Ache o domínio da função w = R. Solução: Para w pertencente a R temos x1 + x2 + x3 + x4 + x5 0, logo : Dw = { (x1 , x2 , x3 , x4 , x5) R5 | x1 + x2 + x3 + x4 + x5 0 }. Exercícios: 1) Encontre uma função de várias variáveis que nos dê: A quantidade em metros quadrados, de papel de parede necessária para revestir as paredes laterais de um quarto retangular de x metros de largura e y metros de comprimento, se a altura do quarto é z metros. O volume de um paralelepípedo retângulo de dimensões x, y e z. A distância entre dois pontos P(x, y, z) e Q(u, v, w). 2) Determine o domínio das seguintes funções: � a ) z = xy b) c ) w = d) z = e ) z = f ) z = g) z = ln ( ) h ) z = e i ) y = j ) w = l )z = ln � 3) Determine o domínio e faça uma representação gráfica do domínio das seguintes funções: 4) Dada a função , encontrar: a imagem de o domínio de f(x, y) 3) Representação Gráfica de Funções de Várias Variáveis Se f for uma função de duas variáveis, então o gráfico de f será o conjunto de todos os pontos em para os quais é um ponto no domínio de f e . Logo, o gráfico de uma função f de duas variáveis é uma superfície que representa o conjunto de todos os pontos no espaço tridimensional cujas coordenadas cartesianas são dadas por triplas ordenadas de números reais . Exemplo: Faça um esboço do gráfico das funções abaixo: Comentário: No caso das funções de uma variável, uma maneira de obter seu gráfico é elaborar uma tabela determinando os valores da função para uma série de pontos de seu domínio. Esse método rudimentar, embora não muito eficiente, constitui uma ferramenta importante. Entretanto, para esboçar o gráfico de uma forma mais precisa, vários outros recursos são utilizados, tais como determinação de raízes, assíntotas, intervalos de crescimento e decrescimento, pontos de máximos e mínimos, etc. Para uma função de duas variáveis, é praticamente impossível obter um esboço do gráfico apenas criando uma tabela com os valores da função em diversos pontos do seu domínio. Para contornar essa dificuldade, vários procedimentos podem ser utilizados. O principal deles, muito usado pelos cartógrafos na elaboração de mapas de relevo, consiste em determinar os conjuntos de pontos do domínio da função, em que esta permanece constante. Esses conjuntos de pontos são chamados curvas de nível da função e que veremos mais adiante. Outra forma é utilizar programas computacionais para gerar superfícies que seria difícil ou impossível desenhar. Para ilustrar a utilização desses programas, mostramos abaixo algumas superfície geradas com o software Maple V Release 5. Figura 1: z = sen (x + y) Figura 2: z = cos x + sen y Figura 3: z = x2 + y2 Figura 4: z = Figura 5: z = ln (x2 + y2) Figura 6: z = 2x2 + y2 – x2 – 2y 4) Curvas de Nível Seja k um número real. Uma curva de nível, , de uma função é o conjunto de todos os pontos , tais que . Simbolicamente, escrevemos: . Exemplo: Trace as curvas de nível das funções abaixo, para os valores de k fornecidos em cada item. , para k = 1, 4, e 9 , para k = 1, 4, e 9 Observando as figuras dos exemplos (a) e (b), vemos que as curvas de nível de ambas as funções e são circunferências de centro na origem. Assim, utilizando somente as curvas de nível, podemos ter dificuldade em esboçar o gráfico corretamente. Outro recurso muito útil para visualizar a forma do gráfico consiste em determinar a interseção deste com os planos yz e xz. , para k = 0, 1, 2, 3. , para k = 2, 4, 6, 8 e10 OBS: Em particular quando f é uma função de três variáveis, temos as superfícies de níveis. II) Derivadas Parciais 1) Definição A discussão sobre derivação de uma função de n variáveis com valores reais reduz-se ao caso unidimensional, se tratarmos uma função de n variáveis como uma função de uma variável de cada vez, mantendo fixas as demais variáveis. Isso nos leva ao conceito de derivada parcial. Seja f uma função de duas variáveis, x e y. A derivada parcial de f em relação a x é aquela função, denotada por , tal que seus valores funcionais em qualquer ponto no domínio de f sejam dados por se o limite existir. Da mesma forma, a derivada parcial de f em relação a y é aquela função, denotada por , tal que seus valores funcionais em qualquer ponto no domínio de f sejam dados por se o limite existir. Exemplo: Usando a definição acima, determine e da função . OBS: Existem outras notações para , ou seja, , e , assim como para temos, , e . Não precisamos necessariamente utilizar a definição para encontramos as derivadas parciais de uma função com duas variáveis. Podemos obter essas derivadas mais facilmente, se aplicarmos os teoremas para a derivação ordinária, considerando y constante ao calcularmos e considerando x constante, ao calcularmos . Isso pode ser aplicado também a funções de mais de duas variáveis. Exemplos: 1 ) Calcule e para a função z = 3x – x²y² + 2x³y.Solução: = 3-2xy² + 6x²y = - 2x² y+ 2x³ 2 ) Idem para g(x,y) = Solução: = = 3 ) Idem para z = sen ( 2x + y ) Solução: = cos ( 2x + y ) . 2 = 2.cos ( 2x + y ) = cos ( 2x + y ) . 1 = cos ( 2x + y ) 4 ) Idem para f(x,y) = 2x²y + 3xy² - 4x Solução: = 4xy + 3y² - 4 = 2x² + 6xy 5) Dada a função , determine e . 6) Dada a função , determine . Exercícios: 1) Determine as derivadas parciais indicadas: Lembrete: 2) Sabendo-se que , determine: 3) Dada a função , mostre que . 4) Se S for a área da superfície, em metros quadrados, do corpo de uma pessoa, então a fórmula que dá um valor aproximado para S será , onde Wkg e Hm são o peso e a altura da pessoa. Se W = 70kg e H = 1,8m, determine e e interprete os resultados. 2) Aplicação de Derivadas Parciais na Economia Uma aplicação de funções de duas variáveis em economia/administração é a função demanda. Considere duas mercadorias relacionadas para as quais p é o preço unitário quando x unidades da mercadoria A são demandadas e q o preço unitário da mercadoria B quando y unidades são demandadas. Assim, as funções demandas serão: x = f(p, q) e y = g(p, q) 2.1) Representação gráfica: A função de uma variável y = f(x) é uma curva em R2, pois o domínio tem dimensão 1 e a imagem tem dimensão 1, logo esta função precisa de um espaço de bidimensional para ser representada. Portanto, o gráfico de uma função com domínio em R2 é uma superfície em R3, pois o domínio tem dimensão 2 e a imagem tem dimensão 1. No caso da função demanda, a representação gráfica recebe o nome de superfícies de demanda. Através da análise dessa superfície duas mercadorias podem ser classificadas em concorrentes ou complementares. a) concorrentes: para q constante, se p cresce (x decresce), y cresce; b) complementares: para q constante, se p cresce (x decresce), y decresce. Exemplo: Suponha que x unidades da mercadoria A e y unidades da mercadoria B sejam demandadas quando os preços por unidades são p e q, respectivamente, e as equações de demanda são: x = –2p + 3q + 12 e y = – 4q + p + 8 Determine se as mercadorias são concorrentes ou complementares. e Ou seja, quando p cresce 1 unidade, x decresce 2 unidades e y cresce 2 unidades, sendo assim as mercadorias são concorrentes. 2.2) Interpretação econômica: Exemplo: Suponha que o custo de produção (Z) de certa mercadoria dependa apenas de duas variáveis. x – custo da mão de obra por hora y – custo da matéria-prima por quilo. Z = 600 + 30x + 8y = 30. Quando o custo da matéria-prima (y) permanece fixo, um aumento de R$ 1,00 no custo por hora da mão de obra (x) resulta em um aumento de R$ 30,00 no custo da produção (Z) = 8. Quando o custo da mão de obra (x) permanece fixo, um aumento de R$ 1,00 no custo da matéria-prima (y) resulta em um aumento de R$ 8,00 no custo da produção (Z) Exercícios Resolvidos: 1) A empresa ETC & TAL produz pneus. O gerente de produção realizou um estudo sobre o número de pneus do tipo I produzidos por dia em seu pátio fabril. Neste estudo, o gerente concluiu que a produção P depende do número de operários envolvidos na produção (x) e da quantidade de máquinas ligadas (y). A equação que relaciona essas variáveis é dada por: P(x,y) = 30x + 40y . Determine Resp: Dê a interpretação econômica para o item anterior Resp: . Quando a quantidade de máquinas ligadas (y) permanece fixo, um aumento de 1 operário resulta em um aumento de 30 unidades na produção. . Quando o número de operários permanece fixo, um aumento de 1 máquina ligada resulta em um aumento de 40 unidades na produção. c) A produção é mais sensível a uma variação absoluta no número de operários ou no número de máquinas? Justifique. Resp: Números de máquinas, pois resulta em um aumento maior na produção. d) Se uma das 5 máquinas utilizadas na produção tiver que ser desligada para manutenção corretiva durante dois dias, qual será, aproximadamente a queda no número de unidades produzidas neste intervalo. Resp: 1 máquina desligada queda de 40 unidades na produção por dia, em 2 dias 80 unidades. 2) Para um certo mercado varejista está determinado que se x for o número diário de comerciais na televisão, y for o número de minutos de duração de cada comercial, o número de unidades vendidas diariamente (Z) será dado pela expressão: Z = 2xy2 + x2 + 9000 Suponha que existam 12 comerciais, cada um com 1 minuto de duração. a) encontre a taxa de variação instantânea de Z por unidade de variação em x se y permanecer fixo em 1. Resp: = 2.1+ 2 .12 = 26 b) use o item (a) para encontrar a variação (aproximada) nas vendas diárias, se o número de comerciais com 1 minuto for aumentado em 25%. = 2.1+ 2 .15 = 32 encontre a taxa de variação instantânea de Z por unidade de variação em y se x permanecer fixo em 12. d) use o item (c) para encontrar a variação (aproximada) nas vendas diárias, se a duração de cada um dos 12 comerciais for aumentada em 25%. Exercícios: 1) Sejam duas mercadorias A e B. Se X é a quantidade demandada da mercadoria A quando seu preço unitário é p e o preço unitário de B é q e Y a quantidade demandada da mercadoria B quando seu preço unitário é q e o de A é p, tal que: X = -2p + 3q + 12 e Y = -4q + p + 8 a) determine as demandas marginais parciais b) interprete o item anterior c) conclua se as mercadorias A e B são concorrentes ou complementares. 2) Suponha que x unidades da mercadoria 1 e y unidades da mercadoria 2 sejam demandadas mensalmente num dado comércio regional do Brasil quando os preços unitários de 1 e 2 são p e q, respectivamente. As equações de demanda para essas mercadorias são: X = 5q2 – 3pq e Y = 4p2 – 4pq Suponha que no mês de novembro p = R$ 120,00 e q = R$ 100,00. a) Encontre as quantidades demandadas de cada mercadoria no mês de novembro; b) Encontre as quatro demandas marginais parciais; c) Use o item (b) para determinar como as quantidades demandadas de cada uma das mercadorias são afetadas quando o preço de 1 é aumentado de R$ 120,00 para R$ 121,00 e o preço de 2 fica fixo em R$ 100,00; d) Use o item (b) para determinar como as quantidades demandadas de cada uma das mercadorias são afetadas quando o preço de 2 é diminuído de R$ 100,00 para R$ 98,00 e o preço de 1 fica fixo em R$ 120,00. 3) No mercado de “Big Field” existem dois bens A e B que foram estudados pelos universitários da Universidade Letradinhos. Nestes estudos, as equações das demandas um dos produtos foram determinadas. Bem A x = 120 – 5p – 2q Bem B y = 80 – 3p – 4q Onde x e y representam as quantidades demandas dos bens A e B, respectivamente e p e q os preços unitários dos bens A e B respectivamente. Determine, justificando através dos cálculos e sua interpretação econômica, se as mercadorias são complementares ou concorrentes. 4) Seja x o valor do estoque de uma loja, y o número de empregados e L o lucro diário desta loja. L(x,y) = 3xy2 + x2 + 4000 No momento, o estoque é de R$10,00 e há 2 empregados. a) Encontre a taxa de variação instantânea de L por unidade de variação em x se y for mantido fixo em 2; b) Use o resultado do item (a) para achar a variação aproximada no lucro semanal se o estoque variar de R$10,00 para R$11,00 e o número de empregados permanecer fixo em 2; c) Encontre a taxa de variação instantânea de L por unidade de variação em y se x for mantido fixo em R$ 10,00; d) Utilize o item (c) para encontrar a variação aproximada no lucro semanal se o número de empregados for aumentado de 2 para 4, com o estoque fixo em R$ 10,00.3) Diferencial Total Se f for uma função de n variáveis e f for diferenciável em um ponto P, então a diferencial total de f será a função df tendo valores funcionais dados por Sendo , definindo , , ..., e usando a notação em vez de , podemos escrever a igualdade acima como 4) Diferencial de uma função em um ponto Seja em . A diferencial de f no ponto é definida pela função ou transformação linear: Na notação clássica, temos que a diferencial de f é dada por: Exercícios: 1) Sabendo-se que , determine . 2) Se , determine . 3) Se , determine . 4) Se , no ponto (1, 2, ). 5) Nos itens abaixo, determine a diferencial total dw. 5) Plano Tangente Seja diferenciável no ponto . Chamamos plano tangente ao gráfico de f no ponto ao plano dado pela equação: Exemplo: Determinar o plano tangente ao gráfico da função no ponto (1, 1, ) Exercícios: 1) Determinar o plano tangente ao gráfico das funções: a) , no ponto b) , no ponto 6) Vetor Gradiente Seja uma função que admite derivadas parciais de 1ª ordem no ponto . O Gradiente de f no ponto , denotado por: grad f ou é um vetor cujas componentes são as derivadas de 1ª ordem de f nesse ponto. Ou seja: = Geometricamente, interpretamos como um vetor aplicado no ponto , isto é, transladado paralelamente da origem para o ponto . Se trabalharmos com um ponto genérico (x, y), representaremos o vetor gradiente como: OBS: Uma das mais importantes propriedades do vetor gradiente é que ele é perpendicular às curvas de nível de f. Exercício: Determine o gradiente das funções dadas: 7) A Regra da Cadeia Se u for uma função diferenciável de x e y, definida por , onde , e , , e todas existirem, então u será uma função de r e s e ainda Exemplo: Dadas as funções , , , determine e . 8) A Regra da Cadeia Generalizada Suponha que u seja uma função diferenciável de n variáveis, e cada uma dessas variáveis por sua vez seja uma função de m variáveis . Suponha ainda que cada uma das derivadas parciais exista. Então u será uma função de e Exemplo: Dadas as funções , , , , e . Exercício: Dadas as funções abaixo, determine as derivadas parciais indicadas, usando a regra da cadeia: 9) Derivadas Parciais de Ordem Superior Se f for uma função de duas variáveis, então em geral e também serão funções de duas variáveis. E se as derivadas parciais dessas funções existirem, elas serão chamadas de derivadas parciais segundas de f ou derivadas de segunda ordem de f. Em contraste, e são chamadas de derivadas parciais primeiras de f ou ainda derivadas de primeira ordem de f. Existem quatro derivadas parciais de segunda ordem de uma função de duas variáveis. Se f for uma função de duas variáveis x e y, as notações: todas denotarão a derivada segunda de f, obtida com o cálculo da derivada parcial primeira de f em relação a x e então derivando parcialmente o resultado em relação a y. Essa derivada parcial segunda é definida por se esse limite existir. As notações todas denotam a derivada parcial segunda de f, obtida ao derivarmos parcialmente duas vezes em relação a x. Temos a definição se esse limite existir. As duas outras derivadas parciais segundas são definidas de forma análoga: se esses limites existirem. As definições de derivadas parciais de ordem superior são similares. Novamente, existem várias notações para uma derivada específica. Por exemplo, todas representam a derivada parcial terceira de f, obtida ao derivarmos parcialmente duas vezes em relação a x e então, uma vez em relação a y. Comentário: Na notação com subíndice, a ordem da diferenciação parcial é da esquerda para a direita, enquanto que na notação , a ordem é da direita para a esquerda. Exemplo 1: Dada a função , determine: Exemplo 2: Determine , sabendo-se que . Exercícios: 1) Calcule as derivadas parciais de segunda ordem de: a) b) c) d) e) f) 2) Dadas as funções abaixo, determine , e mostre que . 3) Determine as derivadas parciais indicadas. III) Derivadas Direcionais e Gradientes 1) Introdução As derivadas parciais e , medem as taxas de variação dos valores funcionais f(x, y) na direção dos eixos x e y, respectivamente. As derivadas direcionais, introduzidas nesse capítulo, dão as taxas de variação dessas funções em qualquer direção. O gradiente, também introduzido nesse capítulo, dá a direção e o sentido em que a função tem a sua maior taxa de variação. Esses conceitos são aplicados em nossa discussão sobre planos tangentes e normais a superfícies. Assim como usamos as derivadas primeira e segunda para determinar os extremos de funções de uma única variável, mostraremos adiante de que modo as derivadas direcionais podem ser aplicadas para encontramos valores extremos de funções de duas variáveis. 2) Derivadas Direcionais No capítulo anterior, vimos que as derivadas parciais e representam, respectivamente, a taxa de variação de f quando mantemos y constante e variamos x e a taxa de variação de f quando mantemos x constante e variamos y. Contudo, poderíamos perguntar: por que manter uma variável constante e aumentar a outra? Afinal, esta não é a única estratégia possível! Por exemplo, não seria mais produtivo aumentar as duas variáveis ao mesmo tempo em uma certa proporção? A resposta é que, de fato, existe uma estratégia mais produtiva do que aquela sugerida pelas derivadas parciais, descritas no capítulo anterior. Vamos generalizar a definição de uma derivada parcial, a fim de obter a taxa de variação de uma função em relação a qualquer direção e sentido. Isso nos leva ao conceito de derivada direcional. A derivada direcional dá a taxa de variação dos valores funcionais f(x, y) em relação à direção e sentido do vetor unitário u: Exemplo: Dada a função , determine a taxa de variação de na direção do vetor e no ponto . Comentário: Em resumo, a estratégia de se mudar uma variável de cada vez corresponde, geometricamente, ao fato de que estamos caminhando por uma reta passando pelo ponto e paralela a um dos eixos coordenados, isto é, estamos caminhando por uma reta passando pelo ponto cujo vetor diretor é da forma ou (estes vetores são denominados vetores da base canônica de ). Fica claro como podemos obter outras estratégias: basta tomar retas passando por mas com uma direção arbitrária. Mais especificamente, queremos caminhar no domínio D da função por uma reta passando pelo ponto , cuja direção é dada por um vetor diretor , pré-estabelecido e analisar o comportamento de f sobre esta reta. Comentário: Como vimos o gradiente de f, denotado por , é definido por: Assim sendo, qualquer derivada direcional de uma função diferenciável pode ser obtida se multiplicarmos escalarmente o gradiente pelo vetor unitário na direção e sentidos desejados: . A derivada direcional será máxima quando o vetor unitário u estiver na direção e sentido de ; e nesse caso . Assim sendo, o gradiente de uma função está na direção e sentido em que a função tem a taxa máxima de variação. Veja o teorema abaixo: Teorema (Adaptado de Bortolossi (2002)). Considere f uma função de duas variáveis x e y, diferenciável e p for um ponto interior de D. Se , então a direção de maior crescimento de em p é dada por (com uma taxa de crescimento máxima igual a ) e a direção de maior decrescimento de em p é dada por (com uma taxa de decrescimento máxima igual a ). Comentário: Podemos estender todos estes conceitos descritos acima para uma função de trêsvariáveis ou mais. Exemplo: Dada a função , ache o valor máximo de , no ponto . Exercícios: 1) Determine a derivada direcional da função, em cada caso, na direção e sentido do vetor unitário u dado: . . . . 2) Determine o valor da derivada direcional no ponto P0 para cada função dada na direção e sentido do vetor unitário u: 3) Determine Duf no ponto P dado, onde u é o vetor unitário na direção e sentido de . Também em P, determine Duf, se u for um vetor unitário para o qual Duf é máximo. 4) Determine a direção na qual a função cresce mais rapidamente no ponto . 5) A altura do vulcão havaiano Mauna Loa é (de maneira aproximada ) descrita pela função , onde h é a altura acima do nível do mar em milhas e x e y medem as distâncias leste-oeste e norte-sul em milhas com relação ao topo da montanha. No ponto : O quão rapidamente cresce a altura na direção (isto é, na direção nordeste)? Em qual direção a altura cresce mais rapidamente? Em qual direção a altura decresce mais rapidamente? Se você caminhasse na direção sul, você estaria subindo ou descendo? A que taxa? Se você caminhasse na direção noroeste, você estaria subindo ou descendo? A que taxa? 6) Suponha que uma montanha tenha o formato de um parabolóide elíptico , onde a, b e c são constantes positivas, x e y são as coordenadas leste-oeste e norte-sul no mapa e z é a altitude acima do nível do mar (x, y e z são todas medidas em metros). No ponto qual é a direção em que a altitude cresce mais rapidamente? Se você larga uma pedra em em qual direção ela deverá começar a rolar? IV) Integral Dupla 1) Definição Seja uma função Z = f(x, y) definida numa região fechada e limitada do plano xy, como mostra a figura abaixo: Traçando paralelas aos eixos x e y, respectivamente, recobriremos a região R por pequenos retângulos. Em cada retângulo Rk escolhemos um ponto (xk, yk) e formamos a soma , onde é a área de Rk . Traçando pararelas tornando os retângulos cada vez menores, teremos: esse limite é chamado de Integral Dupla de f(x, y) sobre a região R. Denotamos: ou R é a região de Integração A soma é Riemann Quando Z = f(x, y) é maior ou igual a zero sobre R. Observando a figura, vemos que o produto f(xk, yk). , representa o volume de um prisma reto, cuja base é o retângulo Rk e cuja altura é f(xk, yk). A Soma de Riemann , representa uma aproximação do volume da porção do espaço compreendida abaixo do gráfico de Z = f(x, y) e acima da região R do plano xy. Assim, quando f(x, y) 0 a nos dá o volume do sólido delimitado superiormente pelo gráfico de Z = f(x, y), inferiormente pela região R e lateralmente pelo “cilindro” vertical cuja base é o contorno de R. Exemplo: O volume do sólido que está acima do quadrado R = [0,2] x [0,2] e abaixo do parabolóide elíptico Z = 16 – x2 – 2y2 pode ser aproximado pela subdivisão de R em quatro quadrados iguais e a escolha do ponto amostra como o canto superior de cada quadrado Rij. Solução: Os quadrados estão ilustrados na figura acima e a área de cada um vale 1. O parabolóide é o gráfico de f(x, y) = 16 – x2 – 2y2. Aproximando o volume pela soma de Riemann com m = n = 2, temos: = f(1,1)(A + f(1,2) (A + f(2,1) (A + f(2,2) (A = 13(1) + 7(1) + 10(1) + 4(1) = 34 Esse é o volume das caixas aproximadoras, como mostra a figura abaixo: Obtemos melhor aproximação do volume quando aumentamos o número de quadrados. A figura abaixo mostra como as figuras começam a parecer mais com o sólido verdadeiro e as aproximações correspondentes vão se tornando mais precisas quando usamos 16, 64 e 256 quadrados. 2) Propriedades da Integral Dupla 1) , para todo k real. 2) 3) Se f(x, y) g(x, y) , para todo (x, y) pertencente à região R, então . 4) Se f(x, y) 0 , para todo (x, y) pertencente à região R, então . 5) Se a região R é composta por duas sub-regiões R1 e R2 que não têm pontos em comum, exceto os pontos de suas fronteiras, então: 3) Cálculo das Integrais Duplas Temos dois tipos de Região de Integração: Tipo I) Com e contínuas em [a, b]. f2(x) R f1(x) a b Nesse caso a integral é calculada através da seguinte integral, dita iterada: Tipo II) Com e contínuas em [c, d]. d R c Nesse caso a integral será: 4) Aplicações: Massa E Centro De Massa De Uma Lâmina Suponha uma lâmina colocada em uma região R do plano xy e cuja densidade (em unidades de massa por unidade de área) no ponto (x, y) em R é dada por ((x,y), onde ( é uma função contínua sobre R. Então a massa total m da lâmina é dada por: Além disso, o centro de massa dessa lâmina é o ponto (X, Y), onde e , sendo e os momentos em relação aos eixos x e y, respectivamente. Exemplo: Determine a massa e o centro de massa de uma lâmina triangular com vértices (0,0), (1,0) e (0,2), se a função densidade é ((x, y) = 1 + 3x + y. Solução: O triângulo R está limitado pelas retas x = 0, y = 0 e y = 2 – 2x.. Podemos expressar R por: R = { (x,y) | 0 ( x ( 1, 0 ( y ( 2 – 2x } A massa da lâmina é: Portanto: Os momentos são: Assim: , Logo, o centro de massa da lâmina é o ponto (3/8,11/16), indicado na figura: 5) Mudança de Variáveis em Integral Dupla Coordenadas Polares As equações: e que nos dão as coordenadas cartesianas de um dado ponto em termos de suas coordenadas polares, podem ser vistas como uma transformação que leva pontos do plano a pontos do plano xy. Assim: Para o cálculo das integrais, podemos considerar: e ou e Exemplo 1: Calcular I = , sendo R o círculo de centro na origem e raio 2. Exemplo 2: Calcular I = , onde R é a região delimitada pela circunferência . Observe que temos que transformar a região dada em uma circunferência com centro na origem. Fazemos x – 2 = u e y –2 = v . Então: du =1 e dv = 1 Assim: x = u + 2 e y = v +2 e podemos escrever Agora podemos resolver essa integral utilizando coordenadas polares. Exemplos: 1) Calcular o volume do sólido delimitado superiormente pelo gráfico de Z = 4 – x – y , inferiormente pela região R delimitada por x = 0, x = 2, y = 0 e e lateralmente pelo cilindro vertical cuja base é o contorno de R. 2) Calcular a integral I = , onde R é a região limitada por e y = 2x. 3) Calcular I = , onde R é o retângulo de vértices , , , . 4) Calcular a integral . 5) Calcular , onde R é a região limitada por x = 0, y = e x = . 6) Descrever a região de integração da integral ; e inverter a ordem de integração. 7) Determine o volume do sólido S que é delimitado pelo parabolóide elíptico , os planos x = 2 e y = 2, e os três planos coordenados. 8) Calcule , onde R é a região limitada pelas parábolas e . 9) Calcular a integral . 10) Calcule a integral , onde R é a região limitada pela circunferência . Exercícios: 1) Calcular , onde: a) R é o retângulo e b) R é o retângulo e c) R é o retângulo e d) R é o retângulo e e) R é o retângulo e 2) Esboçar a região de integração e calcular as seguintes integrais: a) b) c) d) e) 3) Inverta a ordem de integração: a) b) 4) Calcular , onde R é a região limitada por ey = 4. Faça o gráfico da região de integração. 5) Calcular , onde R é a região limitada por y = 0, x = e y = . 6) Calcular a integral . 7) Calcular , onde R é a região limitada por ; ; x = 1 e x = 1. Faça o gráfico da região de integração. 8) Calcular , onde R é a região limitada por e y = 4x e y = . Faça o gráfico da região de integração. 10) Calcular , onde R é a região descrita na figura abaixo: 11) Calcular , onde R é a região descrita na figura abaixo: 12) Calcular o volume do sólido no primeiro octante, delimitado pelos cilindros e . 13) Ache, por integração dupla, a área da região do plano xy , limitada pelas curvas e . 14) Usando Coordenada Polar. Calcular o volume do sólido acima do plano xy delimitado por . 15) Calcular , onde R é a região delimitada por 16) Calcular , onde R é a região do primeiro quadrante delimitada por , ; y = x e y = 0 17) Usando Coordenada Polar. Calcular , onde R é a região do plano xy delimitada por e . 18) Usando Coordenada Polar. Calcular , onde R é a região do plano xy delimitada por e . V) Integral Tripla Em construção!!! Gráfico da função. Gráfico do Domínio da função. 8 HEMISFÉRIO SUPERIOR 8 8 4 Observe que o gráfico da função seria quadridimensional, não podendo, portanto, ser esboçado. 4 4 y = - x 2 2 1 1 0 x y (1,1) (2,2) (2,1) (1,2) R11 R22 R21 R12 (0,2) R y = 2 – 2x (1,0) (0,0) (0,2) y = 2 – 2x (3/8,11/16) ( R (1,0) (0,0) _1153060860.unknown _1365928833.unknown _1383150546.unknown _1383152832.unknown _1383153680.unknown _1383156659.unknown _1383327667.unknown _1383327762.unknown _1383328491.unknown _1383328516.unknown _1383328310.unknown _1383327675.unknown _1383156799.unknown _1383156953.unknown _1383327633.unknown _1383157074.unknown _1383156887.unknown _1383156691.unknown _1383155552.unknown _1383156375.unknown _1383156430.unknown _1383156296.unknown _1383153892.unknown _1383154360.unknown _1383153844.unknown _1383153861.unknown _1383153263.unknown _1383153427.unknown _1383153483.unknown _1383153366.unknown _1383153125.unknown _1383153168.unknown _1383152938.unknown _1383150756.unknown _1383152311.unknown _1383152769.unknown _1383150866.unknown _1383151798.unknown _1383151832.unknown _1383152158.unknown _1383151846.unknown _1383151813.unknown _1383150956.unknown _1383150955.unknown _1383150833.unknown _1383150848.unknown _1383150815.unknown _1383150627.unknown _1383150655.unknown _1383150733.unknown _1383150641.unknown _1383150598.unknown _1383150613.unknown _1383150583.unknown _1366108814.unknown _1383150000.unknown _1383150452.unknown _1383150508.unknown _1383150534.unknown _1383150471.unknown _1383150038.unknown _1383150410.unknown _1383150438.unknown _1383150371.unknown _1383150025.unknown _1366110352.unknown _1383117242.unknown _1383117395.unknown _1383118344.unknown _1383118389.unknown _1383117396.unknown _1383117272.unknown _1383117394.unknown _1366110553.unknown _1383117238.unknown _1366110529.unknown _1366110552.unknown _1366110525.unknown _1366109983.unknown _1366110106.unknown _1366110124.unknown _1366110073.unknown _1366109276.unknown _1366109964.unknown _1366109275.unknown _1366108972.unknown _1365930203.unknown _1366106829.unknown _1366107994.unknown _1366108094.unknown _1366108376.unknown _1366108386.unknown _1366108314.unknown _1366108080.unknown _1366107140.unknown _1366107166.unknown _1366106986.unknown _1365930812.unknown _1366033071.unknown _1366036354.unknown _1366036447.unknown _1366036597.unknown _1366033506.unknown _1366033532.unknown _1366033356.unknown _1366032633.unknown _1366032754.unknown _1365930987.unknown _1365975002.unknown _1365930996.unknown _1365930941.unknown _1365930374.unknown _1365930447.unknown _1365930692.unknown _1365930398.unknown _1365930228.unknown _1365930275.unknown _1365929508.unknown _1365929927.unknown _1365930043.unknown _1365930096.unknown _1365930179.unknown _1365929964.unknown _1365929722.unknown _1365929801.unknown _1365929575.unknown _1365928957.unknown _1365929363.unknown _1365929437.unknown _1365929320.unknown _1365928878.unknown _1365928937.unknown _1365928868.unknown _1338269999.unknown _1345882150.unknown _1365927903.unknown _1365928379.unknown _1365928550.unknown _1365928570.unknown _1365928516.unknown _1365927976.unknown _1365928117.unknown _1365927929.unknown _1345882645.unknown _1351077907.unknown _1361796912.unknown _1361796927.unknown _1351078488.unknown _1351077938.unknown _1350581289.unknown _1351077449.unknown _1351077549.unknown _1350581393.unknown _1350578270.unknown _1350580540.unknown _1350580556.unknown _1345882721.unknown _1345882452.unknown _1345882532.unknown _1345882407.unknown _1338271314.unknown _1338271679.unknown _1338272079.unknown _1338275000.unknown _1338275046.unknown _1338275514.unknown _1338275548.unknown _1338275179.unknown _1338275016.unknown _1338274398.unknown _1338274671.unknown _1338271804.unknown _1338272069.unknown _1338271789.unknown _1338271390.unknown _1338271422.unknown _1338271324.unknown _1338271161.unknown _1338271246.unknown _1338271289.unknown _1338271177.unknown _1338270738.unknown _1338271144.unknown _1338270044.unknown _1240841174.unknown _1288990322.unknown _1337072840.unknown _1337073471.unknown _1338269922.unknown _1338269966.unknown _1338269984.unknown _1338269948.unknown _1337073581.unknown _1338269651.unknown _1338269652.unknown _1338269865.unknown _1337073595.unknown _1337073607.unknown _1337073533.unknown _1337073541.unknown _1337073499.unknown _1337073153.unknown _1337073394.unknown _1337073438.unknown _1337073356.unknown _1337073062.unknown _1337072982.unknown _1337073045.unknown _1337072730.unknown _1337072776.unknown _1337072793.unknown _1337072768.unknown _1288991001.unknown _1288991101.unknown _1288990771.unknown _1241338678.unknown _1288989659.unknown _1288989841.unknown _1288989873.unknown _1288989674.unknown _1241356483.unknown _1288684772.unknown _1288684801.unknown _1241423751.unknown _1241423926.unknown _1241424433.unknown _1241423885.unknown _1241356570.unknown _1241355667.unknown _1241355909.unknown _1241354937.unknown _1241337469.unknown _1241338477.unknown _1241338588.unknown _1241338436.unknown 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