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Apostila FDDJ - DS9 - 1 semestre 2013

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1
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Atualização: 1º semestre 2013
PRIMEIRA PARTE: REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
NOÇÕES ELEMENTARES SOBRE SEGURIDADE SOCIAL
Seguridade Social – artigo 194, CF – é um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, 
à previdência e à assistência social.
A Constituição Federal de 1988 reuniu as três atividades da seguridade social: saúde, 
previdência social e assistência social, ganhando autonomia em relação ao Direito do 
Trabalho, sendo tratada no Capitulo “Da Ordem Social”.
Portanto, a Seguridade Social compreende as ações nas áreas da saúde, da 
assistência social e da previdência social. Essas ações são de responsabilidade dos 
Poderes Públicos (União, Estados, Distrito Federal de Municípios), que devem inserir 
recursos em suas leis orçamentárias para garantir o desenvolvimento dessas ações, 
bem como da sociedade.
Para se obter as ações da seguridade social nas áreas da saúde e da assistência 
social não é necessário contribuir para um sistema securitário. A Constituição Federal 
estabelece que a saúde é direito de todos e dever do Estado (artigo 196, CF) e que a 
assistência social será prestada a quem dela necessitar (artigo 203, CF). Porém, para 
se obter as prestações da previdência social (benefícios e serviços) a contribuição é 
obrigatória.
Organização da Seguridade Social: Nos termos do § único do artigo 194 da CF, 
compete ao Poder Público, nos termos da lei, a organização da Seguridade Social. A 
norma que regula as ações e serviços de saúde, estabelecendo condições para a sua 
promoção, proteção e recuperação é a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. A Lei 
nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993 – Lei Orgânica da Assistência Social disciplina a 
assistência social, como direito do cidadão e dever do Estado, sendo Política de 
Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através 
de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir 
o atendimento às necessidades básicas. 
2
Na área da Previdência Social temos a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 que 
dispõe sobre a organização da Seguridade Social, estabelecendo o Plano de Custeio, 
e a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 que dispõe sobre os Planos de Benefícios da 
Previdência Social. Essas duas leis previdenciárias foram regulamentadas 
respectivamente pelos Decretos nºs 356 e 357, de 07 de dezembro de 1991. O atual 
regulamento da Previdência Social é o Decreto nº 3.048, de 06 de maio de 1999.
PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL – Nos termos do parágrafo único do artigo 
194 da CF, temos que a Seguridade Social será organizada pelo Poder Público, 
baseando-se nos seguintes objetivos. Trata-se, na realidade, de princípios que regem 
a Seguridade Social, a saber:
• universalidade da cobertura e do atendimento – significa que todos devem 
estar cobertos pela proteção social e que esta deve abranger todos os riscos 
sociais (infortúnios que causam incapacidade).
• uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas 
e rurais – a Constituição Federal igualou as populações urbanas e rurais para 
fins de obtenção da proteção social.
• seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços – a 
seletividade implica que as prestações sejam fornecidas apenas a quem 
realmente necessitar, desde que se encontrem nas situações que a lei definiu, 
como por exemplo, o benefício de auxílio doença só será concedido em 
situação de incapacidade temporária. No que se refere à distributividade, o 
Poder Público se vale da Seguridade Social para distribuir renda entre a 
população, o que significa dizer que alguns beneficiários recebem todos os 
benefícios, outros não.
• irredutibilidade do valor dos benefícios – busca assegurar reajustamento, 
preservando, em caráter permanente, o seu valor real, igual poder de compra 
do benefício originalmente recebido, não podendo sofrer redução.
• equidade na forma de participação no custeio – leva em conta a capacidade de 
cada contribuinte, devendo-se cobrar mais contribuição de quem tem maior 
capacidade de pagamento para que se possa beneficiar os que não possuem 
as mesmas condições.
3
• diversidade da base de financiamento – o objetivo é diminuir o risco financeiro 
do sistema protetivo. Quanto maior o número de fontes de recursos, menor 
será o risco de a seguridade social sofrer, inesperadamente, grande perda 
financeira.
• caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão 
quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos 
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados – a administração da 
seguridade social permite a participação não só do Poder Público, mas 
também da sociedade, por isso que democrático e descentralizado, 
especialmente os trabalhadores, os empresários e os aposentados. 
• Pré-existência do custeio – nos termos do parágrafo 5º do artigo 195 da 
Constituição Federal, nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá 
ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 
Esse princípio representa a chamada regra da contrapartida, uma vez que 
também não é permitida a criação de uma fonte de custeio se não for para 
utilização em benefício ou serviço da Seguridade Social.
 
A LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – É o conjunto de leis e atos administrativos que 
disciplinam a organização e o funcionamento do sistema securitário.
O conteúdo da legislação previdenciária envolve os dispositivos constitucionais, as 
leis, os regulamentos, os decretos, as portarias, as instruções normativas, as 
resoluções, as circulares etc.
Fontes – São os modos de expressão do direito. As fontes principais ou formais do 
Direito Previdenciário são a Constituição Federal, as Leis (Ordinárias, 
Complementares e Delegadas), as Medidas Provisórias, as Súmulas do STF que 
forem aprovadas após a vigência da EC 45. As fontes secundárias são os atos 
normativos emanados do Poder Executivo (decretos, regulamentos, instruções 
normativas etc.) que se destinam a completar o texto da lei, não podendo inovar ou 
modificar o texto da norma que complementam.Os costumes, a jurisprudência, a 
doutrina e os princípios gerais de direito não são considerados fontes formais do 
Direito Previdenciário, mas sim critérios de integração da ordem jurídica, adotados 
pelo juízo quando da existência de lacunas no direito. A jurisprudência porque não se 
configura como norma obrigatória. A doutrina porque os juízes não estão obrigados a 
4
observar a doutrina nas suas decisões, até porque muitas vezes a doutrina não é 
pacífica, tendo posicionamentos opostos. 
Autonomia – Para a corrente mais moderna, o Direito Previdenciário coloca-se como 
ramo do Direito Social, haja vista o avanço da proteção social abrangendo também os 
segmentos da saúde e da assistência social. Para alguns, o Direito Previdenciário 
surgiu a partir da segmentação do Direito Administrativo, uma vez que o vínculo 
jurídico se dá obrigatoriamente com o Estado. Há um posicionamento minoritário de 
que o Direito Previdenciário faz parte do Direito do Trabalho, posição essa rechaçada 
pela maioria em razão de que as normas trabalhistas, e em especial a CLT, só seriam 
criadas muito tempo depois das normas previdenciárias. Conclui-se, dessa forma, que 
o Direito Previdenciário é reconhecidamente um ramo autônomo do Direitoem relação 
às outras áreas da ciência jurídica, uma vez que possui objeto próprio de estudo, 
princípios e conceitos específicos (tais como salário de contribuição e salário de 
benefício) diferentes dos que informam os outros ramos do direito.
Aplicação das normas previdenciárias – Aplicar a lei significa enquadrar 
determinado evento (situação concreta) na norma abstrata (situação genérica prevista 
em lei). Embora sendo a regra do direito, a subsunção não atende por completo todas 
as questões, daí a grande importância da hermenêutica jurídica.
Vigência – é o período que vai do momento em que a norma entra em vigor até o 
momento em que é revogada. Publicada a lei, é preciso identificar em que momento 
ela passa a ter vigência e até quando vigorará. 
Hierarquia – é a ordem de graduação entre as normas jurídicas, de forma que a 
superior é o fundamento de validade da inferior. Se as normas estiverem no mesmo 
patamar hierárquico, aplicam-se as regras: 1. norma específica prevalece sobre a 
geral; 2. in dúbio pro misero - deve ser utilizada a lei mais benéfica à parte mais fraca.
Interpretação – tem por objetivo extrair o verdadeiro significado do regramento jurídico. 
Os métodos mais comumente utilizados são a Gramatical, Sistemática, Histórica e 
Teleológica.
Integração – é a busca de outra norma para adaptação ao caso concreto quando 
houver lacuna da lei. Neste caso, poderão ser utilizadas a analogia, costumes, 
princípios gerais de direito, jurisprudência e equidade.
5
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SEGURIDADE SOCIAL NO MUNDO E NO BRASIL. 
SEGURO SOCIAL.
Histórico Mundial: A Seguridade Social surgiu como um regime de proteção aos 
trabalhadores, oferecendo-lhes melhores condições de vida.
O primeiro ordenamento legal foi editado na Alemanha pelo chanceler Otto Von 
Bismarck, em 1883, instituindo-se o seguro-doença e estendendo-se posteriormente 
para outros benefícios. A participação do trabalhador era compulsória em conjunto 
com os empregadores e o governo.
A primeira Constituição a incluir o tema previdenciário foi a Carta Mexicana de 1917. 
Evolução histórica brasileira: Foi com a organização privada que se iniciou o seguro 
social brasileiro, sendo que o Estado foi se apropriando do sistema aos poucos, por 
meio de políticas intervencionistas. 
O marco inicial da previdência social brasileira foi a Lei Eloy Chaves, por meio do 
Decreto-Legislativo nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923. A partir daí foram criadas as 
Caixas de Aposentadoria e Pensões – CAP’s, para os empregados das empresas 
ferroviárias, mediante contribuição dos empregadores, dos trabalhadores e do Estado, 
assegurando aposentadoria aos empregados e pensão aos seus dependentes. As 
CAP’s eram organizadas por empresas, ou seja, cada empresa possuía a sua Caixa. 
Existiam também as Santas Casas de Misericórdia que atuavam na seguridade social 
no ramo da assistência social. 
Ainda com caráter mutualista existiam os Montepios, tais como o Mongeral – Montepio 
Geral dos Servidores do Estado, primeira entidade de previdência privada no país, 
cuja finalidade era complementar a renda dos servidores quando deixassem de 
trabalhar.
No início da era Vargas (1930-1945) surgem os IAP´s – Instituto de Aposentadoria e 
Pensões, organizados por categoria profissional, agrupando-se as CAP’s e dando 
mais solidez ao sistema previdenciário, uma vez que contavam com um número de 
segurados superior às destas e empresas pequenas sem condições mínimas para a 
criação de uma Caixa de Aposentadoria para seus empregados ficavam 
desprotegidas.
6
A partir de 02.01.1967 todos os IAP’s foram unificados no INPS – Instituto Nacional do 
Seguro Social por meio do Decreto-Lei nº 72, de 21.11.1966, consolidando-se o 
sistema previdenciário brasileiro.
Para reorganizar a previdência social foi instituído o SINPAS – Sistema Nacional de 
Previdência e Assistência Social, por meio da Lei 6.439/77, que se tornou o 
responsável pela integração das áreas de assistência social, de previdência social, 
assistência médica e gestão das entidades ligadas ao Ministério da Previdência e 
Assistência Social. O SINPAS compreendia:
• IAPAS – Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência 
Social, autarquia que administrava os recursos financeiros, responsável pela 
arrecadação, fiscalização e cobrança de contribuições e demais recursos. 
• INPS – Instituto Nacional de Previdência Social, autarquia responsável pela 
administração das prestações (benefícios e serviços). 
• INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência e 
Assistência Social, autarquia responsável pela prestação da saúde, da 
assistência médica.
• LBA – Legião Brasileira de Assistência, fundação pública responsável pela 
assistência social aos carentes.
• FUNABEM – Fundação Nacional do Bem Estar do Menor – fundação pública 
responsável pela promoção de política social em relação ao menor.
• CEME – Central de Medicamentos, órgão ministerial responsável pela 
distribuição de medicamentos por preços acessíveis ou a título gratuito.
• DATAPREV – Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social, 
empresa pública que gerencia o sistema tecnológico de informática.
O SINPAS foi extinto em 1990. A Lei 8.029/90 criou o INSS – Instituto Nacional do 
Seguro Social, com a junção do IAPAS e do INPS, autarquia responsável pelo seguro 
social, passando a administrar os recursos financeiros e as prestações da previdência 
social. O INAMPS foi extinto em 1993 e suas atividades integradas ao SUS – Sistema 
Único de Saúde. A LBA e a FUNABEM foram extintas em 1993 e a CEME em 1997.
A Medida Provisória nº 222, de 04. 10.2004, convertida na Lei nº 11.098, de 
13.01.2005, cria a Secretaria da Receita Previdenciária, atribuindo ao Ministério da 
Previdência Social competências relativas à arrecadação, fiscalização, lançamento e 
normatização de receitas previdenciárias.
7
A Lei 11.457, de 16.03.2007 cria a Secretaria da Receita Federal do Brasil, unificando 
a Secretaria da Receita Federal e Secretaria da Receita Previdenciária, com o objetivo 
de centralizar num só órgão a receita tributária federal.
Além das competências atribuídas pela legislação vigente à Secretaria da Receita 
Federal, cabe à Secretaria da Receita Federal do Brasil planejar, executar, 
acompanhar e avaliar as atividades relativas a tributação, fiscalização, arrecadação, 
cobrança e recolhimento das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a 
remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço, dos empregadores 
domésticos e dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário de contribuição e ainda 
as contribuições instituídas a título de substituição.
O produto da arrecadação dessas contribuições especificadas e acréscimos legais 
incidentes serão destinados, em caráter exclusivo, ao pagamento de benefícios do 
Regime Geral de Previdência Social e creditados diretamente ao Fundo do Regime 
Geral de Previdência Social. 
A Secretaria da Receita Federal do Brasil prestará contas anualmente ao Conselho 
Nacional de Previdência Social dos resultados da arrecadação das contribuições 
sociais destinadas ao financiamento do Regime Geral de Previdência Social e das 
compensações a elas referentes.
Cabe ao INSS, além das demais competências estabelecidas na legislação que lhe é 
aplicável emitir certidão relativa a tempo de contribuição, gerir o Fundo do Regime 
Geral de Previdência Social e calcular o montante das contribuições referidas emitindo 
o correspondente documento de arrecadação, com vistas no atendimento conclusivopara concessão ou revisão de benefício requerido.
REGIMES DE PREVIDÊNCIA SOCIAL: REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA 
SOCIAL, REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL E REGIME FACULTATIVO 
COMPLEMENTAR DE PREVIDÊNCIA SOCIAL.
Regimes de Previdência Social – é todo aquele que ofereça aos segurados os 
benefícios de aposentadoria e pensão por morte. No Brasil existem três tipos de 
regimes previdenciários:
8
1. Regimes Próprios de Previdência Social – RPPS - fazem parte os servidores 
públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que 
preferiram organizar o seu pessoal segundo um estatuto próprio, com 
contribuições e benefícios específicos, sempre regidos por lei. A base de 
contribuição dos servidores públicos ainda não tem limite máximo.
2. Regime Geral de Previdência Social – RGPS - é regime de previdência social 
de organização estatal, contributivo e compulsório, administrado pelo Instituto 
Nacional do Seguro Social – INSS e pela Secretaria da Receita Federal do 
Brasil – SRFB. É o regime obrigatório para todos aqueles que exercem 
atividades remuneradas por ele descritas. 
3. Regimes de Previdência Complementar – é facultativo e de natureza privada. É 
organizado de forma autônoma em relação ao RGPS e baseia-se na 
constituição de reservas que garantam o benefício contratado.
Os Regimes Próprios e o Regime Geral de Previdência Social são administrados pelo 
Poder Público. O regime de previdência complementar é de natureza privada.
O Regime Geral de Previdência Social se estrutura na Lei nº 8.212, de 24.07.1991, 
que dispõe sobre o Custeio da Seguridade Social, e Lei nº 8.213, de 24.07.1991, 
ambas regulamentadas pelo Decreto 3.048, de 06.05.1999.
A PREVIDÊNCIA SOCIAL DO RGPS
Finalidade da Previdência Social – objetiva a cobertura dos riscos sociais, 
garantindo meios indispensáveis de manutenção em razão de incapacidade laboral, de 
idade avançada, de tempo de serviço, de encargos familiares, de prisão ou morte 
daqueles de quem dependiam economicamente e do desemprego involuntário. 
Beneficiários da Previdência Social – é todo aquele que pode ser contemplado com 
um benefício previdenciário. São os segurados e os dependentes. 
• Segurados - são pessoas físicas que contribuem para o RGPS.
Os segurados se dividem em dois grupos:
9
1. obrigatórios – são todos aqueles que exercem atividade remunerada. Nos 
termos do artigo 11 da Lei 8.213/91 e artigo 9º do Decreto 3.048/99, 
distribuem-se em:
a. empregado – aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a 
empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante 
remuneração, inclusive como diretor empregado; e outros...
b. empregado doméstico – aquele que presta serviço de natureza 
contínua, mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito 
residencial desta, em atividade sem fins lucrativos;
existem três diferenças entre o empregado e o empregado doméstico:
- quanto ao empregador – o empregado presta serviço à empresa ou à pessoa 
física equiparada à empresa; o empregado doméstico presta serviço à pessoa ou 
família.
- quanto ao local de trabalho – a atividade do empregado é exercida em âmbito 
empresarial (indústria, comércio) e a do empregado doméstico em âmbito 
residencial.
- quanto aos fins – a atividade do empregado pode ou não gerar lucro para o 
empregador, mas a atividade do empregado doméstico é sempre sem fins 
lucrativos.
 
c. contribuinte individual – aquele que desenvolve atividade por conta 
própria de natureza eventual; e outros...
d. trabalhador avulso – aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de 
natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo 
empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-
de-obra;
e. segurado especial - a pessoa física residente no imóvel rural ou em 
aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em 
regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de 
terceiros, na condição de: a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, 
possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou 
arrendatário rurais, que explore atividade: 1. agropecuária em área de 
até 4 (quatro) módulos fiscais 2. de seringueiro ou extrativista vegetal 
10
que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2o 
da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o 
principal meio de vida; b) pescador artesanal ou a este assemelhado 
que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e c) 
cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos 
de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a 
e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo 
familiar respectivo. Para serem considerados segurados especiais, o 
cônjuge ou companheiro e os filhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou 
os a estes equiparados deverão ter participação ativa nas atividades 
rurais do grupo familiar. 
2. facultativos – são todos aqueles que não se enquadram como segurados 
obrigatórios, como por exemplo, a dona-de-casa, o estudante, o desempregado 
etc, desde que tenham a idade mínima de 16 anos. Em nenhuma hipótese será 
permitida a filiação como segurado facultativo daquele que já estiver protegido 
por um sistema securitário obrigatório (RGPS ou RPPS). Artigo 13 da Lei 
8.213/91 e artigo 11 do Decreto 3.048/99.
Servidor público vinculado a RPPS – é excluído do RGPS em razão de já existir um 
sistema securitário de proteção. Porém, caso venha a exercer, concomitante, uma ou 
mais atividades abrangidas pelo RGPS, tornar-se-á segurado obrigatório em relação a 
essas atividades. É vedada a filiação ao RGPS, na qualidade de segurado facultativo, 
de pessoa participante de regime próprio de previdência (§ 5º do art. 201, CF). O 
Regulamento da Previdência Social – RPS, Decreto nº 3.048/99, permite uma exceção 
a essa regra na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, 
nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio (§ 2º do art. 11 do RPS). 
Artigo 12 da Lei 8.213/91 e artigo 9º do RPS.
• Dependentes – são aqueles que dependem economicamente do segurado, na 
forma da lei. Não cabe ao segurado a livre indicação de seus dependentes. 
Artigo 16 da Lei 8.213/91 e artigo 16 do Decreto 3.048/99.
Os dependentes agrupam-se em três classes:
1ª classe - cônjuge e ex-cônjuge com pensão alimentícia, filhos e equiparados de 
qualquer condição, menor de 21 anos, não emancipado ou maior de 21anos 
inválido.
11
2ª classe - pais.
3ª classe - irmãos de qualquer condição, menor de 21 anos, não emancipado ou 
maior de 21 anos inválido.
É preciso atentar para três regras básicas: 
1. havendo dependentes na primeira classe, os dependentes das demais classes 
ficam automaticamente excluídos.
2. os dependentes de uma mesma classe concorrem entre si em igualdade de 
condições. O benefício é rateado em cotas iguais e havendo perda da 
qualidade de dependente, a cota é revertida em favor dos demais.
3. a dependência econômica das pessoas da primeira classe é presumida e a das 
demais classes deve ser comprovada. 
Prestações da Previdência Social – o RGPS compreende as prestações divididas 
em benefícios e serviços. Os benefícios são personalíssimos, portanto, seus titulares 
são os segurados ou os dependentes. São prestações pagas em pecúnia. Os serviços 
são prestados indistintamente aos segurados e aos dependentes e são prestações 
sem valor econômico. Artigo 18 daLei 8.213/91 e artigo 25 do Decreto 3.048/99.
Quanto ao segurado, os benefícios podem ser:
1. auxílio doença;
2. auxílio acidente;
3. aposentadoria por invalidez;
4. aposentadoria por idade;
5. aposentadoria por tempo de contribuição;
6. aposentadoria especial;
7. salário família;
8. salário maternidade.
Quanto ao dependente, os benefícios podem ser:
1. pensão por morte;
2. auxílio reclusão.
Os serviços são:
1. reabilitação profissional;
2. perícia médica;
3. serviço social.
12
Filiação é o vínculo que se estabelece entre as pessoas que contribuem para a 
previdência social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações. Para o segurado 
obrigatório a filiação é automática, pois decorre do exercício da atividade remunerada. 
Para o segurado facultativo, a filiação só ocorrerá após a inscrição formalizada com o 
pagamento da primeira contribuição. Lembre-se que a filiação do segurado facultativo 
é um ato volitivo, ao contrário do segurado obrigatório que tem sua filiação 
determinada por lei, em razão de sua atividade remunerada.
Inscrição é o ato pelo qual o segurado é cadastrado no RGPS, desde que 
tenha a idade mínima de 16 anos. Portanto, para o segurado obrigatório pode haver 
filiação sem que haja a inscrição, como por exemplo, um advogado que exerce a 
atividade há três anos sem nunca ter contribuído. Esse advogado é um contribuinte 
individual devedor que deverá fazer sua inscrição e recolher o período retroativo. 
Para o segurado facultativo, a filiação jamais virá antes da inscrição, pois sem esta 
não é possível o recolhimento, não podendo as contribuições retroagir a períodos 
anteriores a sua inscrição.
Se o segurado exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada 
sujeita ao RGPS, será obrigatoriamente inscrito em relação a cada uma delas. Se em 
uma das atividades estiver recolhendo sua contribuição social pelo teto máximo 
permitido, em relação às demais atividades estará dispensado do recolhimento. Assim 
por exemplo, um segurado que exerce a atividade de advogado (contribuinte 
individual) e concomitantemente de professor (empregado da universidade), que na 
empresa já esteja recolhendo no limite máximo, não terá que recolher como 
contribuinte individual porque estará dispensado. 
Se, na condição de aposentado do RGPS, voltar a exercer atividade abrangida por 
este regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às 
contribuições.
Manutenção e Perda da Qualidade de Segurado – Manter a qualidade de segurado 
significa manter o vínculo com o RGPS, uma vez que se trata de um sistema 
essencialmente contributivo. Entretanto, o RGPS permite que o segurado passe algum 
tempo sem efetuar recolhimentos, mantendo, assim mesmo, a condição de segurado. 
Esse período em que ele não contribui, mas mantém o vínculo previdenciário é 
denominado “período de graça”, no qual poderá obter benefícios previdenciários, 
13
exceto salário família e auxílio acidente para segurados empregados (artigos 97 e 104, 
§ 7º do Decreto 3.048/99).
Durante o “período de graça” não há que se falar em tempo para aposentadoria, uma 
vez que não estão sendo vertidas as contribuições para o RGPS. 
O período da manutenção da qualidade de segurado está especificado da seguinte 
forma:
• sem limite de prazo – para quem estiver em gozo de benefício.
• Até 3 meses após a cessação do serviço militar.
• Até 6 meses após a cessação das contribuições do segurado facultativo.
• Até 12 meses após:
o a cessação do benefício por incapacidade;
o a cessação das contribuições do segurado obrigatório;
o a cessação da segregação compulsória;
o o livramento do segurado detido ou recluso.
A cessação das contribuições do segurado obrigatório ocorre não só porque este 
deixou de exercer atividade remunerada, mas também quando estiver suspenso ou 
licenciado sem remuneração. 
Para o segurado que já tiver efetuado mais de 120 contribuições, sem interrupção que 
acarrete a perda da qualidade de segurado, o prazo de 12 meses após a cessação do 
benefício por incapacidade e da cessação das contribuições será prorrogado para até 
24 meses. Se ocorrer situação de desemprego, devidamente comprovado no órgão 
próprio do Ministério do Trabalho e Emprego, o prazo será acrescido de mais 12 
meses. Vale dizer que o prazo aqui tratado pode alcançar até 36 meses.
A segregação compulsória abrange quem tenha sofrido doença epidemiológica para a 
qual a vigilância sanitária obriga o isolamento com o intuito de evitar a difusão da 
contaminação. É utilizado apenas em relação a casos em que a enfermidade não 
enseje a concessão de auxílio doença.
No caso de livramento do segurado, inclui-se também a situação de fuga.
14
A perda da qualidade de segurado ocorre no dia seguinte ao do vencimento da 
contribuição do contribuinte individual relativa ao mês imediatamente posterior ao 
término dos prazos fixados.
Vamos a um exemplo prático: segurado foi demitido da empresa após 15 anos de 
trabalho. Sabe-se que seu período de graça é de 24 meses (tem mais de 120 
contribuições). No 24º mês ele comprova no MTE sua situação de desempregado, 
estendendo sua qualidade de segurado por mais 12 meses. Supondo que sua 
demissão tenha ocorrido em 30 de junho de 2007, a perda da qualidade de segurado 
ocorrerá no dia 16 de agosto de 2010, se o dia 15 de agosto de 2010 for dia útil. 
Explicando: até a competência junho é de graça; a competência julho deverá ser 
recolhida e seu prazo será até 15 de agosto, caso seja dia útil. Não ocorrendo o 
recolhimento nesse dia, no dia seguinte, 16 de agosto de 2010, haverá a perda da 
qualidade de segurado e o desligamento do segurado com o RGPS.
No momento em que o segurado vier a recolher novamente uma contribuição social, já 
terá recuperado sua qualidade de segurado.
A perda da qualidade de segurado importa na caducidade dos direitos inerentes a 
essa qualidade. Entretanto, a perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à 
aposentadoria para cuja concessão tenham sido preenchidos todos os requisitos, 
segundo a legislação em vigor à época em que estes requisitos foram atendidos. Da 
mesma forma, não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado 
que falecer após a perda desta qualidade, salvo se preenchidos os requisitos para 
obtenção de aposentadoria.
A partir de Lei 10.666, de 08.05.2003, a perda da qualidade de segurado não está 
sendo considerada para efeito de concessão das aposentadorias por tempo de 
contribuição, especial e por idade. Entretanto, no caso de aposentadoria por idade, é 
necessário que o segurado conte, na data do requerimento do benefício, com, no 
mínimo, o número de contribuições mensais exigido para efeito de carência.
Carência – é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o 
beneficiário faça jus ao benefício. O período de carência é contado da data de filiação 
ao RGPS quando se tratar de segurado empregado e trabalhador avulso e da data do 
efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso para o segurado empregado 
doméstico, contribuinte individual e facultativo. 
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Exige-se carência de:
• 12 contribuições mensais para auxílio doença e aposentadoria por invalidez
• 180 contribuições mensais para aposentadoria por idade, tempo de 
contribuição e especial
• 10 contribuições mensais para salário-maternidade da segurada contribuinte 
individual e facultativa
A carência do segurado especial é sempre contada em meses de atividade rural 
anteriores aorequerimento do benefício, ainda que de forma descontínua, igual ao 
número de meses correspondente à carência do benefício requerido.
Não se exige carência:
• pensão por morte e auxílio reclusão, por se tratar de benefícios de 
dependentes;
• salário família;
• salário maternidade, para as seguradas empregada, empregada doméstica e 
trabalhadora avulsa;
• auxílio acidente de qualquer natureza ou causa, entendendo-se como tal 
aquele de origem traumática e por exposição a agentes exógenos (físicos, 
químicos e biológicos), que acarrete lesão corporal ou perturbação funcional 
que cause a morte, a perda, ou a redução permanente ou temporária da 
capacidade laborativa;
• auxílio doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de 
qualquer natureza ou causa, bem como nos casos de segurado que, após filiar-
se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das 
doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da 
Saúde e da Previdência e Assistência Social a cada três anos, de acordo com 
os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que 
lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
• reabilitação profissional.
A carência não se confunde com o tempo de contribuição. Se o segurado obrigatório 
exerce atividade há três anos sem nunca ter recolhido contribuição social, deverá 
efetuar os recolhimentos em atraso porque é devedor, mas essas contribuições serão 
computadas apenas como tempo de contribuição, uma vez que a carência é contada a 
partir do primeiro recolhimento sem atraso.
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No caso de auxílio doença, de aposentadoria por invalidez e salário maternidade, 
havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a esta perda 
somente contarão para efeito de carência, depois de o segurado contar, a partir da 
nova filiação, com quatro contribuições mensais (um terço da carência exigida). Essa 
exigência não se aplica aos benefícios de aposentadoria por idade, por tempo de 
contribuição e especial. 
Para efeito de carência, considera-se presumido o recolhimento das contribuições do 
segurado empregado, do trabalhador avulso e as descontadas do contribuinte 
individual que presta serviço a empresa.
As contribuições vertidas para regime próprio de previdência social serão 
consideradas para todos os efeitos, inclusive para os de carência, para os segurados 
que se desvinculem deste regime, filiando-se ao RGPS.
A carência das aposentadorias por idade, tempo de contribuição e especial para os 
segurados inscritos na previdência social urbana até 24 de julho de 1991, bem como 
para os trabalhadores e empregadores rurais amparados pela previdência social rural, 
obedecerá à tabela do artigo 142 da Lei 8.213/91 e artigo 182 do Decreto 3.048/99, 
levando-se em conta o ano em que o segurado implementou todas as condições 
necessárias à obtenção do benefício. No ano de 2009 são exigidas 168 contribuições. 
Salário de benefício - é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos 
benefícios de prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto 
o salário família, a pensão por morte, o salário-maternidade e o auxílio reclusão. Vale 
dizer, o salário de benefício é a base de cálculo das aposentadorias, do auxílio doença 
e do auxílio acidente. A partir desta base é que será calculado o efetivo valor da renda 
mensal do beneficio previdenciário, por meio de aplicação de percentuais, a depender 
do benefício.
Até a aprovação da Lei 9.876/99, o valor do benefício era baseado nos últimos 36 
salários de contribuição do segurado. Essa forma de cálculo colocava em risco a 
continuidade do sistema de proteção social em razão da falta de razoabilidade 
financeira, uma vez que os segurados costumavam aumentar as suas contribuições 
nesse período para alcançar benefícios elevados.
17
A partir da Lei 9.876/99, o salário de benefício consiste na média aritmética simples 
dos maiores salários de contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o 
período contributivo.
Todos os salários de contribuição utilizados no cálculo do salário de benefício serão 
corrigidos, mês a mês, de acordo com a variação integral do INPC, referente ao 
período decorrido a partir da primeira competência do salário de contribuição que 
compõe o período básico de cálculo até o mês anterior ao do início do benefício, de 
modo a preservar o seu valor real.
Em se tratando de aposentadoria por tempo de contribuição e aposentadoria por 
idade, o salário de benefício consiste na média aritmética simples dos maiores salários 
de contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, 
multiplicada pelo fator previdenciário.
O fator previdenciário será calculado considerando-se a idade, a expectativa de 
sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar. A idade e o tempo 
de contribuição encontram-se no numerador da fórmula de cálculo do salário de 
benefício, ou seja, quanto maiores a idade e o tempo de contribuição, maior será o 
salário de benefício, elevando o valor do benefício. Em contrapartida, a expectativa de 
sobrevida, baseada em tabela do IBGE, está no denominador da fórmula, logo, quanto 
maior a expectativa de sobrevida, menor será o benefício. 
Fica garantido ao segurado com direito à aposentadoria por idade a opção pela não 
aplicação do fator previdenciário, devendo o INSS, quando da concessão do benefício, 
proceder ao cálculo da renda mensal inicial com e sem o fator previdenciário.
Para o segurado filiado à previdência social até 28 de novembro de 1999, inclusive o 
oriundo de regime próprio de previdência social, que vier a cumprir as condições 
exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, no 
cálculo do salário de benefício será considerada a média aritmética simples dos 
maiores salários de contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de 
todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994.
O salário de benefício do segurado que contribui em razão de atividades 
concomitantes será calculado com base na soma dos salários de contribuição das 
atividades exercidas até a data do requerimento ou do óbito ou no período básico de 
cálculo. Se o segurado satisfizer, em relação a cada atividade, as condições para 
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obtenção do benefício requerido, o salário de benefício será calculado com base na 
soma dos respectivos salários de contribuição. Não se verificando essa hipótese, o 
salário de benefício corresponderá à soma das seguintes parcelas: 1. o salário de 
benefício calculado com base nos salários de contribuição das atividades em relação 
às quais são atendidas as condições do benefício requerido; e 2. um percentual da 
média do salário de contribuição de cada uma das demais atividades, equivalente à 
relação entre o número de meses completos de contribuição e os do período da 
carência do benefício requerido. Quando se tratar de benefício por tempo de 
contribuição, o percentual de que trata o item 2 será o resultante da relação entre os 
anos completos de atividade e o número de anos de contribuição considerado para a 
concessão do benefício.
O valor do salário de benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem 
superior ao limite máximo do salário de contribuição na data de início do benefício.
Renda Mensal do Benefício – é calculada aplicando-se um percentual ao salário de 
benefício. Assim:• auxílio doença: 91% do salário de benefício
• aposentadoria por invalidez: 100% do salário de benefício
• aposentadoria por tempo de contribuição: 100% do salário de benefício
• aposentadoria especial: 100% do salário de benefício
• aposentadoria por idade: 70% do salário de benefício, mais um por cento deste 
por grupo de doze contribuições mensais, até o máximo de trinta por cento
• auxílio acidente: 50% do salário de benefício que deu origem ao auxílio doença
• pensão por morte: 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou 
daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de 
seu falecimento
A renda mensal do benefício de prestação continuada que substituir o salário de 
contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado não terá valor inferior ao do 
salário mínimo nem superior ao limite máximo do salário de contribuição, exceto no 
caso da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência 
permanente de outra pessoa em que o valor será acrescido de 25%.
A renda mensal dos benefícios por totalização, concedidos com base em acordos 
internacionais de previdência social, pode ter valor inferior ao do salário mínimo. Isso o 
19
recorre quando o segurado recebe parte do seu benefício pelo regime brasileiro 
(RGPS) e outra parte por regime estrangeiro.
BENEFÍCIOS EM ESPÉCIE
1. Auxílio Doença - artigos 59 ao 64 da Lei 8.213/91 e artigos 71 ao 80 do Decreto 
3.048/99 - Será devido ao segurado que, após cumprida, quando for o caso, a 
carência exigida (12 contribuições mensais), ficar incapacitado para o seu trabalho ou 
para a sua atividade habitual por mais de quinze dias consecutivos.
Trata-se de uma incapacidade temporária, verificada mediante exame médico pericial 
a cargo do INSS. 
Não será devido auxílio doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de 
Previdência Social já portador de doença ou lesão invocada como causa para a 
concessão do benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de 
progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
A data do início do benefício será:
- para segurado empregado: a contar do décimo sexto dia do afastamento da 
atividade, se requerido no prazo de 30 dias ou a contar da data de entrada do 
requerimento, se requerido após 30 dias do afastamento da atividade;
- para os demais segurados: a contar da data do início da incapacidade, se requerido 
no prazo de 30 dias ou a contar da data de entrada do requerimento, se requerido 
após 30 dias do afastamento da atividade.
O segurado empregado em gozo de auxílio doença é considerado pela empresa como 
licenciado. Durante os primeiros quinze dias consecutivos de afastamento da atividade 
por motivo de doença, incumbe à empresa pagar ao segurado empregado o seu 
salário.
O auxílio doença do segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pela 
previdência social será devido mesmo no caso de incapacidade apenas para o 
exercício de uma delas. Se nas várias atividades o segurado exercer a mesma 
profissão, será exigido de imediato o afastamento de todas.
Se o segurado empregado, por motivo de doença, afastar-se do trabalho durante 
quinze dias, retornando à atividade no décimo sexto dia, e se dela voltar a se afastar 
dentro de sessenta dias desse retorno, em decorrência da mesma doença, fará jus ao 
auxílio doença a partir da data do novo afastamento.
Se o segurado requerer novo benefício decorrente da mesma doença no prazo de 60 
dias contados da cessação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do 
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pagamento relativo aos quinze primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o 
benefício anterior e descontando-se os dias trabalhados, se for o caso. Tratando-se de 
outra doença, será um novo benefício.
O segurado em gozo de auxílio doença está obrigado, independentemente de sua 
idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo 
da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e 
custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de 
sangue, que são facultativos.
O auxílio doença cessa pela recuperação da capacidade para o trabalho, pela 
transformação em aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente de qualquer 
natureza, e pela transformação em aposentadoria por idade, desde que haja carência 
e que seja requerida pelo próprio segurado.
2. Aposentadoria por Invalidez - artigos 42 ao 47 da Lei 8.213/91 e artigos 43 ao 80 
do Decreto 3.048/99 - Será devida ao segurado que, após cumprida, quando for o 
caso, a carência exigida (12 contribuições mensais) e estando ou não em gozo de 
auxílio doença, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação 
para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga 
enquanto permanecer nessa condição. Trata-se de uma incapacidade permanente, 
verificada mediante exame médico-pericial a cargo do INSS. 
Não será devido quando o segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência 
Social já portador de doença ou lesão invocada como causa para a concessão do 
benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou 
agravamento dessa doença ou lesão.
A data do início do benefício será:
- para segurado empregado: a contar do décimo sexto dia do afastamento da 
atividade, se requerido no prazo de 30 dias ou a contar da data de entrada do 
requerimento, se requerido após 30 dias do afastamento da atividade ou ainda a 
contar do dia imediato ao da cessação do auxílio doença;
- para os demais segurados: a contar da data do início da incapacidade, se requerido 
no prazo de 30 dias ou a contar da data de entrada do requerimento, se requerido 
após 30 dias do afastamento da atividade, ou ainda a contar do dia imediato ao da 
cessação do auxílio doença.
Durante os primeiros quinze dias de afastamento consecutivos da atividade por motivo 
de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário.
A concessão de aposentadoria por invalidez, inclusive mediante transformação de 
auxílio doença, está condicionada ao afastamento de todas as atividades. Quando o 
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segurado que exercer mais de uma atividade se incapacitar definitivamente para uma 
delas, deverá o auxílio doença ser mantido indefinidamente, não cabendo sua 
transformação em aposentadoria por invalidez, enquanto essa incapacidade não se 
estender às demais atividades.
O segurado aposentado por invalidez está obrigado, a qualquer tempo, e 
independentemente de sua idade, a submeter-se a exame médico a cargo da 
previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e 
tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, 
que são facultativos, sob pena de suspensão do benefício. 
O aposentado por invalidez fica obrigado a submeter-se a exames médico periciais, a 
realizarem-se bienalmente, sob pena de sustação do pagamento do benefício.
Cessa o benefício: a) quando o segurado retornar voluntariamente à atividade; b) 
quando o segurado se julgar apto a retornar à atividade, devendo solicitar a realização 
de nova avaliação médico-pericial, que concluindo pela recuperação da capacidade 
laborativa, cancelará o benefício. O segurado que retornar à atividade poderá 
requerer, a qualquer tempo, novo benefício, tendo este processamento normal.
3. Auxílio Acidente – artigo 86 da Lei 8.213/91e artigo 104 do Decreto 3.048/99 - É 
benefício de natureza indenizatória, concedido ao segurado empregado, trabalhador 
avulso e especial quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de 
qualquer natureza, resultar seqüela definitiva que implique redução da capacidade 
para o trabalho que habitualmente exercia ou impossibilidade de desempenho da 
atividade que exercia a época do acidente, porém permita o desempenho de outra, 
nos casos indicados pela perícia médica do INSS.
Será devido a contar do dia seguinte ao da cessação do auxílio doença até a véspera 
de início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.
O recebimento de salário ou concessão de outro benefício não prejudicará a 
continuidade do recebimento do auxílio acidente. Entretanto, é vedada a sua 
acumulação com qualquer aposentadoria, com outro auxílio-acidente e com auxílio 
doença em razão da mesma causa.
Não cabe a concessão de auxílio acidente quando o segurado estiver desempregado, 
podendo ser concedido o auxílio doença previdenciário, desde que atendidas as 
condições inerentes à espécie.
4. Aposentadoria por Idade – artigos 48 ao 51 da Lei 8.213/91 e artigos 51 a 55 do 
Decreto 3.048/99 - A perda da qualidade de segurado não será considerada para a 
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concessão da aposentadoria por idade, desde que o segurado conte com, no mínimo, 
o número de contribuições mensais exigido para efeito de carência na data do 
requerimento do benefício.
Será devida ao segurado que completar sessenta e cinco anos de idade, se homem, 
ou sessenta, se mulher, reduzidos esses limites para sessenta e cinqüenta e cinco 
anos de idade para os trabalhadores rurais, bem como para os segurados garimpeiros 
que trabalhem, comprovadamente, em regime de economia familiar.
A carência para os segurados filiados após 24.07.91 é de 180 contribuições mensais e 
para os filiados anteriormente a essa data, aplica-se a tabela do artigo 182 do RPS.
A data do início do benefício será:
- para segurado empregado e empregado doméstico: a contar da data do 
desligamento do emprego, se requerida em 90 dias; a contar da data de entrada do 
requerimento, se requerido após 90 dias do desligamento ou quando não houver 
desligamento;
- para os demais segurados: a contar da data de entrada do requerimento.
A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde que o segurado 
tenha cumprido a carência, quando este completar setenta anos de idade, se do sexo 
masculino, ou sessenta e cinco, se do sexo feminino, sendo compulsória, caso em que 
será garantida ao empregado a indenização prevista na legislação trabalhista, 
considerada como data da rescisão do contrato de trabalho a imediatamente anterior à 
do início da aposentadoria.
A aposentadoria por idade poderá ser decorrente da transformação de aposentadoria 
por invalidez ou auxílio doença, desde que requerida pelo segurado, observado o 
cumprimento da carência exigida na data de início do benefício a ser transformado.
5. Aposentadoria por Tempo de Contribuição - artigos 52 ao 56 da Lei 8.213/91 e 
artigos 51 a 55 do Decreto 3.048/99 - A perda da qualidade de segurado não será 
considerada para a concessão do benefício. Será devida ao segurado após trinta e 
cinco anos de contribuição, se homem, ou trinta anos. No caso do professor que comprove, 
exclusivamente, tempo de efetivo exercício em função de magistério na educação 
infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio, será devida nos termos do § 8º do 
art. 201 da Constituição. Considera-se função de magistério a atividade docente do 
professor exercida exclusivamente em sala de aula.
A data do início do benefício será:
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- para segurado empregado e empregado doméstico: a contar da data do 
desligamento do emprego, se requerida em 90 dias; a contar da data de entrada do 
requerimento, se requerido após 90 dias do desligamento ou quando não houver 
desligamento;
- para os demais segurados: a contar da data de entrada do requerimento.
Considera-se tempo de contribuição o tempo, contado de data a data, desde o início 
até a data do requerimento ou do desligamento de atividade abrangida pela 
previdência social, descontados os períodos legalmente estabelecidos como de 
suspensão de contrato de trabalho, de interrupção de exercício e de desligamento da 
atividade. Cabe ao contribuinte individual comprovar a interrupção ou o encerramento 
da atividade pela qual vinha contribuindo, sob pena de ser considerado em débito no 
período sem contribuição.
A prova de tempo de serviço, considerado tempo de contribuição é feita mediante 
documentos que comprovem o exercício de atividade nos períodos a ser contados, 
devendo esses documentos ser contemporâneos dos fatos a comprovar e mencionar 
as datas de início e término e, quando se tratar de trabalhador avulso, a duração do 
trabalho e a condição em que foi prestado.
Não será admitida prova exclusivamente testemunhal para efeito de comprovação de 
tempo de serviço ou de contribuição, salvo na ocorrência de motivo de força maior ou 
caso fortuito. Se o documento apresentado pelo segurado não atender ao estabelecido 
neste artigo, a prova exigida pode ser complementada por outros documentos que 
levem à convicção do fato a comprovar, inclusive mediante justificação administrativa.
O segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social até 16 de dezembro de 
1998, cumprida a carência exigida, terá direito a aposentadoria, com valores 
proporcionais ao tempo de contribuição, quando, cumulativamente: 
I - contar cinqüenta e três anos ou mais de idade, se homem, e quarenta e oito anos 
ou mais de idade, se mulher; e
II - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e 
b) um período adicional de contribuição equivalente a, no mínimo, quarenta por cento 
do tempo que, em 16 de dezembro de 1998, faltava para atingir o limite de tempo 
mínimo.
24
6. Aposentadoria Especial - artigos 57 ao 58 da Lei 8.213/91 e artigos 51 a 55 do 
Decreto 3.048/99 - A perda da qualidade de segurado não será considerada para a 
concessão do benefício. Será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e 
contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de 
trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco 
anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física.
A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado do 
tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, exercido em 
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o 
período mínimo exigido.
É possível a conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de 
atividade comum, mas ao contrário não é permitido. Para o segurado que houver 
exercido sucessivamente duas ou mais atividades sujeitas a condições especiais 
prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo 
mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos serão somados 
após conversão.
A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita 
mediante formulário denominado perfil profissiográfico previdenciário emitido pela 
empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do 
trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. A 
empresa que não mantiver laudo técnicoatualizado com referência aos agentes 
nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir 
documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo 
laudo estará sujeita à aplicação de auto de infração. O perfil profissiográfico 
previdenciário, abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador, será 
fornecido a este, quando da rescisão do contrato de trabalho ou do desligamento do 
cooperado, em cópia autêntica, sob pena de multa.
A data do início do benefício será:
- para segurado empregado: a contar da data do desligamento do emprego, se 
requerida em 90 dias; a contar da data de entrada do requerimento, se requerido após 
90 dias do desligamento ou quando não houver desligamento;
- para os demais segurados: a contar da data de entrada do requerimento.
O segurado que retornar ao exercício de atividade ou operações que o sujeitem aos 
agentes nocivos, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que 
25
seja a forma de prestação do serviço, ou categoria de segurado, terá seu benefício 
cessado a partir da data do retorno à atividade.
7. Salário Família – artigos 65 ao 70 da Lei 8.213/91 e artigos 51 a 55 do Decreto 
3.048/99 - Será devido, mensalmente, apenas ao segurado empregado e ao 
trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados de 
qualquer condição, até quatorze anos de idade ou inválido, tenham salário de 
contribuição inferior ou igual a R$ 971,33 (novecentos e setenta e um reais e trinta e 
três centavos).
Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos 
têm direito ao salário-família.
Valor da cota, por dependente, partir de 1º de janeiro de 2012, é de:
• R$ 33,14 (trinta e três reais e quatorze centavos) para o segurado com 
remuneração mensal não superior a R$ 646,24 (seiscentos e quarenta e seis 
reais e vinte e quatro centavos);
• R$ 23,35 (vinte e três reais e trinta e cinco centavos) para o segurado com 
remuneração mensal superior a R$ 646,24 (seiscentos e quarenta e seis reais 
e vinte e quatro centavos) e igual ou inferior a R$ 971,33 (novecentos e setenta 
e um reais e trinta e três centavos).
O salário família será pago:
1. pela empresa - ao empregado, com o respectivo salário, devendo deduzir as 
cotas quando do recolhimento das contribuições sobre a folha de salário.
2. pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, mediante convênio – ao 
trabalhador avulso.
3. pelo INSS - ao empregado e trabalhador avulso aposentados por idade, por 
invalidez ou em gozo de auxílio doença, juntamente com o benefício.
As cotas do salário família, pagas pela empresa, deverão ser deduzidas quando do 
recolhimento das contribuições sobre a folha de salário. A empresa deverá conservar, 
durante dez anos, os comprovantes dos pagamentos e as cópias das certidões 
correspondentes, para exame pela fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social.
O pagamento do salário família será devido a partir da data da apresentação da 
certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado, estando 
condicionado à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória, até seis 
anos de idade, e de comprovação semestral de freqüência à escola do filho ou 
26
equiparado, a partir dos sete anos de idade, sob pena de suspensão do benefício. Não 
é devido salário-família no período entre a suspensão do benefício motivada pela falta 
de comprovação da frequência escolar e o seu reativamento, salvo se provada a 
frequência escolar regular no período.
Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de 
abandono legalmente caracterizado ou perda do poder familiar, o salário família 
passará a ser pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento do menor, ou a 
outra pessoa, se houver determinação judicial nesse sentido.
O salário-família cessa automaticamente por morte do filho ou equiparado, a contar do 
mês seguinte ao do óbito; quando o filho ou equiparado completar quatorze anos de 
idade, salvo se inválido, a contar do mês seguinte ao da data do aniversário; pela 
recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte 
ao da cessação da incapacidade; ou pelo desemprego do segurado.
As cotas do salário família não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salário ou 
ao benefício.
8. Salário Maternidade - artigos 71 ao 73 da Lei 8.213/91 e artigos 51 a 55 do 
Decreto 3.048/99 - É devido à segurada da previdência social, durante cento e vinte 
dias, com início vinte e oito dias antes e término noventa e um dias depois do parto, 
podendo ser prorrogado, em casos excepcionais, de mais duas semanas, mediante 
atestado médico específico.
 
Em caso de parto antecipado ou não, a segurada tem direito aos cento e vinte dias e 
em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico, a segurada 
terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas.
É devido à segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para 
fins de adoção de criança, independentemente de a mãe biológica ter recebido o 
mesmo benefício quando do nascimento da criança, cujo prazo varia de acordo com a 
idade da criança: até um ano completo, por cento e vinte dias; a partir de um ano até 
quatro anos completos, por sessenta dias; ou a partir de quatro anos até completar 
oito anos, por trinta dias.
Renda Mensal:
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- para a segurada empregada consiste numa renda mensal igual à sua 
remuneração integral e será pago pela empresa;
- para a segurada empregada doméstica será o valor correspondente ao do seu 
último salário de contribuição; 
- para a trabalhadora avulsa consiste numa renda mensal igual à sua 
remuneração integral equivalente a um mês de trabalho;
- para a segurada especial será um salário mínimo.
- para as seguradas contribuinte individual, facultativa e a desempregada que 
mantém a qualidade de segurada, em um doze avos da soma dos doze últimos 
salários de contribuição, apurados em período não superior a quinze meses.
Nos meses de início e término do salário maternidade da segurada empregada, o 
salário maternidade será proporcional aos dias de afastamento do trabalho.
No caso de empregos concomitantes, a segurada fará jus ao salário maternidade 
relativo a cada emprego.
O salário maternidade não pode ser acumulado com benefício por incapacidade. 
Quando ocorrer incapacidade em concomitância com o período de pagamento do 
salário maternidade, o benefício por incapacidade, conforme o caso, deverá ser 
suspenso enquanto perdurar o referido pagamento, ou terá sua data de início adiada 
para o primeiro dia seguinte ao término do período de cento e vinte dias.
A segurada aposentada que retornar à atividade fará jus ao pagamento do salário-
maternidade.
9. Pensão por Morte – artigos 74 ao 79 da Lei 8.213/91 e artigos 51 a 55 do Decreto 
3.048/99 - Será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, 
aposentado ou não, a contar da data:
- do óbito, quando o dependente requerer até trinta dias depois deste; 
- da data do requerimento, quando requerida após esse prazo;
- da decisão judicial, no caso de morte presumida.
Cessa o benefício:
- pela morte do pensionista;
- para o pensionista menor de idade, ao completar vinte e um anos, salvo se for 
inválido, ou pela emancipação, ainda que inválido, exceto, neste caso, se a 
emancipação for decorrente de colação de grau científico em curso de ensinosuperior; 
28
- para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez, verificada em exame médico 
pericial a cargo da previdência social.
- pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos. 
- pelo reaparecimento do segurado, ficando os dependentes desobrigados da 
reposição dos valores recebidos, salvo má-fé.
10. Auxílio Reclusão – artigo 80 da Lei 8.213/91 e artigos 51 a 55 do Decreto 
3.048/99. Aplicam-se ao auxílio reclusão as mesmas regras da pensão, no que 
couber. Será devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão que não receber 
remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio doença, aposentadoria ou 
abono de permanência em serviço, desde que o seu último salário de contribuição seja 
inferior ou igual a R$ 971,33 (novecentos e setenta e um reais e trinta e três centavos).
É devido auxílio reclusão aos dependentes do segurado quando não houver salário de 
contribuição na data do seu efetivo recolhimento à prisão, desde que mantida a 
qualidade de segurado e será pago apenas durante o período em que o segurado 
estiver recolhido à prisão sob regime fechado ou semiaberto. É vedada a concessão 
do auxílio reclusão após a soltura do segurado.
A data de início do benefício será fixada na data do efetivo recolhimento do segurado 
à prisão, quando o dependente maior de dezesseis anos de idade requerer até trinta 
dias depois desta, ou na data do requerimento, se posterior, observado, no que 
couber, ou quando o dependente menor até dezesseis anos de idade, requerer até 
trinta dias após completar essa idade ou ainda da data do requerimento, quando 
requerida após esses prazos.
O beneficiário deverá apresentar trimestralmente atestado de que o segurado continua 
detido ou recluso, firmado pela autoridade competente. 
No caso de fuga, o benefício será suspenso e, se houver recaptura do segurado, será 
restabelecido a contar da data em que esta ocorrer, desde que esteja ainda mantida a 
qualidade de segurado.
Falecendo o segurado detido ou recluso, o auxílio reclusão que estiver sendo pago 
será automaticamente convertido em pensão por morte. 
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Acumulação de benefícios - artigo 124 da Lei 8.213/91 e artigos 51 a 55 do Decreto 
3.048/99 - Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto 
dos seguintes benefícios da previdência social, inclusive quando decorrentes de 
acidente do trabalho: 
1. aposentadoria com auxílio doença;
2. mais de uma aposentadoria;
3. aposentadoria com abono de permanência em serviço;
4. salário maternidade com auxílio doença;
5. mais de um auxílio acidente;
6. mais de uma pensão deixada por cônjuge;
7. mais de uma pensão deixada por companheiro ou companheira;
8. mais de uma pensão deixada por cônjuge e companheiro ou companheira; e
9. auxílio acidente com qualquer aposentadoria.
30
SEGUNDA PARTE: CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL
RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL – artigos 16 ao 28 da Lei 8.212/91 e artigos 
196 ao 213 do Decreto 3.048/99. A seguridade social é financiada por toda a 
sociedade, de forma direta e indireta, mediante recursos provenientes dos orçamentos 
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de contribuições sociais. 
Receitas da União - A contribuição da União é constituída de recursos adicionais do 
Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na Lei Orçamentária anual. A União é 
responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da seguridade 
social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da 
previdência social, na forma da Lei Orçamentária anual.
Receitas de outras fontes – Constituem outras receitas da seguridade social:
1. as multas, a atualização monetária e os juros moratórios;
2. a remuneração recebida pela prestação de serviços de arrecadação, 
fiscalização e cobrança prestados a terceiros;
3. as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou 
arrendamento de bens;
4. as demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras;
5. as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais;
6. cinqüenta por cento da receita obtida na forma do parágrafo único do art. 243 
da Constituição Federal, repassados pelo Instituto Nacional do Seguro Social 
(atualmente SRFB) aos órgãos responsáveis pelas ações de proteção à saúde 
e a ser aplicada no tratamento e recuperação de viciados em entorpecentes e 
drogas afins;
7. quarenta por cento do resultado dos leilões dos bens apreendidos pela 
Secretaria da Receita Federal; 
8. outras receitas previstas em legislação específica; e
9. As companhias seguradoras que mantém seguro obrigatório de danos 
pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres, de que trata a 
Lei n. 6.194, de 19 de dezembro de 1974, deverão repassar à seguridade 
social cinqüenta por cento do valor total do prêmio recolhido, destinados ao 
Sistema Único de Saúde, para custeio da assistência médico-hospitalar dos 
segurados vitimados em acidentes de trânsito.
31
Receitas das Contribuições Sociais – dividem-se em:
I - Empregado, Trabalhador Avulso e Empregado Doméstico:
Salário de contribuição Alíquota em %
até 1.247,70 8,00
de 1.247,71 até 2.079,50 9,00
de 2.079,15 até 4.159,00 11,00
Nota: esses valores foram estabelecidos na Portaria Interministerial nº 11 do MPS/MF, 
e 08.01.2013, com vigência a partir de 01.01.2013.
Salário de Contribuição para empregado e trabalhador avulso é a remuneração 
auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos 
pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o 
trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob 
a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos 
serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou 
tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou 
acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;. Para empregado doméstico é a 
remuneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e/ou na Carteira 
Profissional. 
Limites: o mínimo é piso salarial legal ou normativo da categoria ou, inexistindo este, 
ao salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado 
e o tempo de trabalho efetivo durante o mês. O máximo é o estabelecido em portaria 
do Ministério da Previdência Social.
Parcelas que integram o salário de contribuição:
1. A gratificação natalina - décimo terceiro salário - integra o salário de 
contribuição, exceto para o cálculo do salário de benefício, sendo devida a 
contribuição quando do pagamento ou crédito da última parcela ou na rescisão 
do contrato de trabalho.
2. O salário-maternidade.
3. O valor das diárias para viagens, quando excedente a cinquenta por cento da 
remuneração mensal do empregado, integra o salário de contribuição pelo seu 
valor total.
32
II – Contribuinte Individual e Facultativo:
A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo é de vinte 
por cento aplicada sobre o respectivo salário de contribuição, cujo limite mínimo é o 
salário mínimo e máximo é o estabelecido em Portaria Ministerial.
A partir da competência em que o segurado fizer a opção pela exclusão do direito ao 
benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, é de onze por cento, sobre o 
valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário de contribuição, a alíquota de 
contribuição: 
• do segurado contribuinte individual, que trabalhe por contaprópria, sem 
relação de trabalho com empresa ou equiparado; 
• do segurado facultativo; e
• especificamente quanto às contribuições relativas à sua participação na 
sociedade, do sócio de sociedade empresária que tenha tido receita bruta 
anual, no ano calendário anterior, de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais).
Salário de contribuição do segurado facultativo é o valor por ele declarado e do 
contribuinte individual é a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo 
exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês.
III – Empregador Doméstico:
é de doze por cento do salário de contribuição do empregado doméstico a seu serviço.
IV – Empresa – sobre a folha de salários:
Empresa urbana:
- vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a 
qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregado e trabalhador 
avulso;
- vinte por cento sobre o total das remunerações ou retribuições pagas ou 
creditadas no decorrer do mês ao segurado contribuinte individual;
33
- quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de 
serviços, relativamente a serviços que lhes são prestados por cooperados por 
intermédio de cooperativas de trabalho;
- um por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de 
acidente do trabalho seja considerado leve; dois por cento para a empresa em 
cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado 
médio; ou três por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o 
risco de acidente do trabalho seja considerado grave, incidentes sobre o total 
da remuneração paga, devida ou creditada a qualquer título, no decorrer do 
mês, ao segurado empregado e trabalhador avulso.
- se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a 
concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos 
de contribuição, a s alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos 
percentuais, respectivamente, incidente exclusivamente sobre a remuneração 
do segurado sujeito às condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física.
Empresa rural:
- dois vírgula cinco por cento sobre o total da receita bruta proveniente da 
comercialização da produção rural, quando se tratar de pessoa jurídica que 
tenha como fim apenas a atividade de produção rural.
- zero vírgula um por cento incidente sobre a receita bruta proveniente da 
comercialização de sua produção, quando se tratar de produtor rural pessoa 
jurídica.
V – Produtor rural pessoa física e segurado especial:
- dois por cento para a seguridade social; e
- zero vírgula um por cento para o financiamento dos benefícios concedidos em 
razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos 
ambientais do trabalho.
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VI – Associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional:
é de cinco por cento da receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos de que 
participe em todo território nacional, em qualquer modalidade desportiva, inclusive 
jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de 
marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos 
desportivos.
Isenção de Contribuições artigos 206 ao 210 do Decreto 3.048/99 – a pessoa 
jurídica de direito privado beneficente de assistência social fica isenta das 
contribuições referentes ao aporte patronal desde que atenda, cumulativamente, aos 
seguintes requisitos:
- seja reconhecida como de utilidade pública federal;
- seja reconhecida como de utilidade pública pelo respectivo Estado, Distrito Federal 
ou Município onde se encontre a sua sede;
- seja portadora do Registro e do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência 
Social fornecidos pelo Conselho Nacional de Assistência Social, renovado a cada três 
anos; 
- promova, gratuitamente e em caráter exclusivo, a assistência social beneficente a 
pessoas carentes, em especial a crianças, adolescentes, idosos e portadores de 
deficiência; 
- aplique integralmente o eventual resultado operacional na manutenção e 
desenvolvimento de seus objetivos institucionais, apresentando, anualmente, relatório 
circunstanciado de suas atividades ao Instituto Nacional do Seguro Social (atualmente 
SRFB); e
- não percebam seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores, benfeitores, ou 
equivalentes, remuneração, vantagens ou benefícios, por qualquer forma ou título, em 
razão das competências, funções ou atividades que lhes são atribuídas pelo 
respectivo estatuto social.
- esteja em situação regular em relação às contribuições sociais.
Entende-se por assistência social beneficente a prestação gratuita de benefícios e 
serviços a quem destes necessitar. Considera-se pessoa carente a que comprove não 
possuir meios de prover a própria manutenção, nem tê-la provida por sua família, bem 
como ser destinatária da Política Nacional de Assistência Social, aprovada pelo 
Conselho Nacional de Assistência Social.
35
A isenção das contribuições é extensiva a todas as entidades mantidas, suas 
dependências, estabelecimentos e obras de construção civil da pessoa jurídica de 
direito privado beneficente, quando por ela executadas e destinadas a uso próprio. A 
isenção concedida a uma pessoa jurídica não é extensiva e nem abrange outra 
pessoa jurídica, ainda que esta seja mantida por aquela, ou por ela controlada.
Será cancelada a isenção da pessoa jurídica de direito privado beneficente que não 
atender aos requisitos, a partir da data em que se a fiscalização verificar que a pessoa 
jurídica deixou de cumprir os requisitos previstos na legislação, emitindo Informação 
Fiscal na qual relatará os fatos que determinaram a perda da isenção. A pessoa 
jurídica de direito privado beneficente será cientificada do inteiro teor da Informação 
Fiscal, sugestões e conclusões emitidas pelo Instituto Nacional do Seguro Social e 
terá o prazo de quinze dias para apresentação de defesa e produção de provas. 
Apresentada a defesa ou decorrido o prazo sem manifestação da parte interessada, a 
autoridade competente decidirá acerca do cancelamento da isenção, emitindo Ato 
Cancelatório, se for o caso. Cancelada a isenção, a pessoa jurídica de direito privado 
beneficente terá o prazo de trinta dias contados da ciência da decisão, para interpor 
recurso com efeito suspensivo ao Conselho de Contribuintes.
A pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, que exerce atividade 
educacional ou que atenda ao Sistema Único de Saúde, mas não pratique de forma 
exclusiva e gratuita atendimento a pessoas carentes, gozará da isenção das 
contribuições, na proporção do valor das vagas cedidas, integral e gratuitamente, a 
carentes ou do valor do atendimento à saúde de caráter assistencial, desde que 
satisfaçam os requisitos constantes dos incisos I, II, III, V e VI do caput do art. 206 do 
RPS.
A pessoa jurídica de direito privado beneficiada com a isenção é obrigada a 
apresentar, anualmente, até 30 de abril, relatório circunstanciado de suas atividades 
no exercício anterior.
Prazo de Vencimento – artigos 216, 239 do Decreto 3.048/99 - o prazo para 
cumprimento da obrigação principal é:
- até dois dias úteis: associação desportiva que mantém equipe de futebol 
profissional quando da realização dos espetáculos desportivos.
36
- Até o dia 15 do mês seguinte:
o Contribuinte individual
o Segurado

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