Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aspectos da Economia no Segundo Império Em 1840, Surgem condições favoráveis para que D. Pedro II viesse a assumir o trono brasileiro, porém os sete primeiros anos do Segundo Império foram conturbados por insurreições regionais, a exportação do café crescia o que aumentava as receitas, mas ainda persistiam crises financeiras que eram provocadas pelo desiquilíbrio orçamentário, o que levou o país a fazer seu terceiro empréstimo, da Inglaterra, para cobrir os déficits do tesouro imperial, causados principalmente por gastos com rebeliões e compromissos externos. O aumento da produção de café a partir dos anos 60 elevou o saldo da balança comercial, tirando o país da estagnação. Houve uma valorização na moeda, aumentaram investimentos em setores secundários e terciários da economia, impulsionando a economia, a fim de superar o retardo latifundiário e monocultor. Por volta de 1845 surge o empresário Irineu Evangelista de Souza, mais conhecido como Barão de Mauá. Mauá Fundou o Banco do Comércio e da Indústria do Brasil (1851), que passou a se chamar Banco do Brasil, este detinha a maior sociedade por ações da América do Sul, anos mais tarde fundiu-se com o banco Comercial do Rio de Janeiro, dando origem ao novo Banco do Brasil. Mauá tentou desenvolver a mente empreendedora no país, no entanto, a escassez de capital, tecnologia e a mentalidade da época (agrária e escravista) desfavoreceram os ideais de Mauá. Com a crise de 1875, Mauá, já com o título de Visconde, foi obrigado a pedir moratória, do qual puderam ser avaliados seus empreendimentos, honrando todas as suas dívidas em 1882, sete anos antes de sua morte. O governo adotou medidas para estimular a implantação e operação das ferrovias, participando da constituição do capital em algumas companhias, garantiu o retorno de juros para os investidores nacionais e estrangeiros, oferecia subsídio às importações a esses investimentos. Iniciou nesse momento uma intensa fase de organização de empresas ferroviárias, que contou também com a participação do Barão de Mauá. Todas essas linhas destinavam-se a levar produtos agrícolas para serem exportados e a conduzir as importações. Ampliou o poder de transporte, e aumentou as relações comerciais e financeiras internacionais, tornou o meio de transporte preferencial de carga e de passageiros. Foi o melhor meio de transporte de 1850 aos anos trinta do séc. XX. A navegação fluvial teve importante participação nesse período por ter o menor custo operacional em todos os tempos, introduzida por Mauá na Amazônia (1852), a navegação a vapor possibilitou a exploração mais eficiente dos recursos naturais da região. As vias de terra, pelas quais transitavam as tropas de animais, receberam melhoramento, e foram ampliadas, sendo possível ter acesso a cidades que eram isoladas. A instalação do telégrafo teve inicio no Rio de Janeiro em 1852, possibilitou que a comunicação fosse mais rápida, determinou maior equilíbrio econômico. Em 1808, a criação do Banco do Brasil estimulou a organização de casas bancárias e outros bancos comerciais que agilizaram o mercado financeiro, consolidando o sistema capitalista brasileiro. A crise financeira agravou-se com a queda das exportações de café, decorrente de fatores climáticos. Diante da situação o governo autorizou o Banco do Brasil a emitir a expansão do meio circulante em 124,2%. A crise prolongou-se por oito anos e agravou-se com a Guerra do Paraguai, diminuindo em muito, o surto de crescimento econômico assinalado a partir de 1854. A falta de instituições de crédito em longo prazo inibiu investimentos em setores que exigiam maior período de maturação. A atividade do comercio interno e, principalmente, a do externo justificaram, no entanto, a criação de bancos estrangeiros no País. A maioria dos instalados pertencia, porém, a brasileiros, estabelecendo uma tradição que se manteve. Os fatores que contribuíram para o crescimento da economia agrícola: Imigração- A partir de 1850 cerca de 130 mil estrangeiros chegaram ao Brasil destinados à plantação de café. Ferrovias- A rede ferroviária apoiou a expansão da cultura do café e ofereceu condições para um crescimento industrial. O café contribuiu com mais da metade do valor das exportações, a produção anual de café aumentou, atingindo 8,5 milhões de sacas o que correspondia com a metade da produção mundial. O algodão teve sua participação na fabricação de tecidos na Europa. Com a guerra da secessão dos Estados Unidos teve uma violenta alta de preços do algodão no mercado mundial, estimulou a intensificação de sua produção no Brasil. Com relação ao açúcar além da falta de capital, a mão-de-obra escrava retardava a adoção de inovações tecnológicas que possibilitassem aumentar a produtividade. O látex extraído das seringueiras nativas da região amazônica passou a ser um dos produtos de maior procura no mercado mundial. O alto preço alcançado pela borracha no mercado mundial estimularam outras regiões do mundo a realizar pesquisas. Chegando ao fim deste período imperial havia um superávit na balança comercial motivado pelo aumento das atividades produtivas. A partir de 1860 até 1890 ouve maiores investimentos estrangeiros no pais. Assim cresceram as indústrias manufatureiras, criaram-se bancos comerciais, mais ferrovias, melhoramento dos portos, exploração de minas e usinas elétricas. Encerrando o período imperial, entre as já comentadas tentativas de introduzir indústrias e mais ferrovias no pais durante depressão mundial, a miséria do povo e o pouco crescimento econômico do Brasil persistiam, e ainda assim o legado deixado do império era uma taxa de 70% do mercado mundial em exportações do café brasileiro. O progresso tecnológico levou alguns países ao topo da economia mundial, estes usaram várias manobras econômicas para se manter no topo, criando monopólios, oligopólios e barreiras protecionistas, mesmo com a “política de livre comercio” que diziam ser a mais justa economicamente, praticamente subjugando os países fornecedores de produtos primários e restringindo suas economias a meros mercados consumidores importados. Grupo 4 – Fiad Japur José Alves Patrick Bibiano Leila Pires Josias Barreto
Compartilhar