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Aspectos da economia

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Aspectos da economia
	no segundo império
Síntese da Economia Brasileira 
Milton Braga Furtado
Em 1840, surgem condições favoráveis para que D. Pedro II viesse a assumir o trono brasileiro, porém os sete primeiros anos do Segundo Império foram conturbados por insurreições regionais, a exportação do café crescia, o que aumentava as receitas, mas ainda persistiam crises financeiras que eram provocadas pelo desiquilíbrio orçamentário, o que levou o país a fazer seu terceiro empréstimo, da Inglaterra, para cobrir os déficits do tesouro imperial, causados principalmente por gastos com rebeliões e compromissos externos.
As Economias tradicionais (açúcar e algodão), mantiveram-se estagnadas, porém em contrapartida o café aumentava sua participação no mercado mundial. Os Estados Unidos representavam 28% das nossas exportações, o que tornava o Brasil menos dependente da Inglaterra, o que dava poder ao país de resistir ao tratado de 1827, até que finalmente em 1844, a câmara brasileira considerou definitivamente expirado o tratado de 1827 e aprovou a tarifa Alves Branco, que elevava os direitos alfandegários sobre artigos estrangeiros com taxas entre 30 e 60%.
Início de uma Nova Época
 O aumento da produção de café a partir dos anos 60 elevou o saldo da balança comercial, tirando o país da estagnação. Houve uma valorização na moeda, aumentaram investimentos em setores secundários e terciários da economia, impulsionando a economia, a fim de superar o retardo latifundiário e monocultor.
A Época de Mauá
Por volta de 1845 surge o empresário Irineu Evangelista de Souza, mais conhecido como Barão de Mauá. Mauá Fundou o Banco do Comércio e da Indústria do Brasil (1851), que passou a se chamar Banco do Brasil, este detinha a maior sociedade por ações da América do Sul, anos mais tarde fundiu-se com o banco Comercial do Rio de Janeiro, dando origem ao novo Banco do Brasil.
Mauá tentou desenvolver a mente empreendedora no país, no entanto, a escassez de capital, tecnologia e a mentalidade da época (agrária e escravista) desfavoreceram os ideais de Mauá. Com a crise de 1875, Mauá, já com o título de Visconde, foi obrigado a pedir moratória, do qual puderam ser avaliados seus empreendimentos, honrando todas as suas dívidas em 1882, sete anos antes de sua morte.
Transportes e Comunicações
O governo adotou medidas para estimular a implantação e operação das ferrovias, participando da constituição do capital em algumas companhias, garantiu o retorno de juros para os investidores nacionais e estrangeiros, oferecia subsídio às importações a esses investimentos. 
Iniciou nesse momento uma intensa fase de organização de empresas ferroviárias, que contou também com a participação do Barão de Mauá. Ainda nos anos cinquenta do séc. XIX foram inauguradas ferrovias no Rio de Janeiro e Recife. 
Nos anos 70 começam a surgir estrada de ferros no Sul, destacando-se a estrada de ferro ligando Curitiba a Paranaguá. Minas Gerais região cafeeira, houve a expansão da Estrada de Ferro D. Pedro II, até Juiz de fora e também a instalação da Estrada de Ferro Leopoldina, foi a principal via férrea da Zona da Mata.
 A navegação fluvial teve importante participação nesse período por ter o menor custo operacional em todos os tempos, introduzida por Mauá na Amazônia (1852), a navegação a vapor possibilitou a exploração mais eficiente dos recursos naturais da região.
As vias de terra, pelas quais transitavam as tropas de animais, receberam melhoramento, e foram ampliadas, sendo possível ter acesso a cidades que eram isoladas.
A instalação do telégrafo teve inicio no Rio de Janeiro em 1852, possibilitou que a comunicação fosse mais rápida, determinou maior equilíbrio econômico.
Em 1808, a criação do Banco do Brasil estimulou a organização de casas bancárias e outros bancos comerciais que agilizaram o mercado financeiro, consolidando o sistema capitalista brasileiro. Os novos bancos emitiam títulos de credito com juros e vencimento a curto prazo, os quais, de fato, desempenavam a função de moeda, o que provocou a expansão dos meios de pagamento em 603%, entre 1809 e 1853
A partir de 1870, as transações comerciais e cambiais expandiram o mercado de cambiais, que, por sua complexidade, passou a estimualar um aumento das atividades bancárias e bursáteis.
A crise financeira agravou-se com a queda das exportações de café, decorrente de fatores climáticos. Diante da situação o governo autorizou o Banco do Brasil a emitir a expansão do meio circulante em 124,2%. A crise prolongou-se por oito anos e agravou-se com a Guerra do Paraguai, diminuindo em muito, o surto de crescimento econômico assinalado a partir de 1854.
As Atividades Financeiras
A falta de instituições de crédito a longo prazo inibiu investimentos em setores que exigiam maior período de maturação. 
A atividade do comercio interno e, principalmente, a do externo justificaram, no entanto, a criação de bancos estrangeiros no País. A maioria dos instalados pertencia, porém, a brasileiros, estabelecendo uma tradição que se manteve.
As atividades Agrícolas
Os fatores que contribuíram para o crescimento da economia agrícola: 
Imigração- A partir de 1850 cerca de 130 mil estrangeiros chegaram ao Brasil destinados a plantação de café. 
Ferrovias- A rede ferroviária apoiou a expansão da cultura do café e ofereceu condições para um crescimento industrial. 
O café contribuiu com mais da metade do valor das exportações, a produção anual de café aumentou, atingindo 8,5 milhões de sacas o que correspondia com a metade da produção mundial.
O algodão teve sua participação na fabricação de tecidos na Europa. Com a guerra da secessão dos Estados Unidos teve uma violenta alta de preços do algodão no mercado mundial, estimulou a intensificação de sua produção no Brasil. 
Com relação ao açúcar além da falta de capital, a mão-de-obra escrava retardava a adoção de inovações tecnológicas que possibilitassem aumentar a produtividade.
O látex extraído das seringueiras nativas da região amazônica passou a ser um dos produtos de maior procura no mercado mundial. O alto preço alcançado pela borracha no mercado mundial estimularam outras regiões do mundo a realizar pesquisas. O país nada fez nesse sentido, e a partir de 1909 passou a sofrer a concorrência de seringais plantados racionalmente o sudeste asiático, com sementes levadas do Brasil.
Superávit 1860 a 1890 
O Final do Período Imperial
Ferrovias 
Bancos Comerciais 
Fabricas Manufatureiras 
Investimento em portos 
Mineração 
Período de Crescimento com investimentos principalmente externos 
Abolição da Escravatura 1880 
Imigração = Assalariados 
Grande Movimentação Financeira
Criação da Bolsa de Valores 
Nordeste em Crise
Crise Mundial 
Apesar do Café brasileiro deter 80% do mercado mundial , esse ponto forte brasileiro era ao mesmo tempo o ponto fraco.
Fatores determinantes citados pelo autor : 
- Carência de capital financeiro e humano e recursos tecnológicos 
- Mercado interno retraído 
-Liberalismo ortodoxo e inflexível 
- Rígida influencia da mentalidade agrária 
Encerrando o período imperial , entre as já comentadas tentativas de introduzir industrias e mais ferrovias no pais durante depressão mundial , a miséria do povo e o pouco crescimento econômico do Brasil persistiam,e ainda assim o legado deixado pelo império era uma taxa de 70% do mercado mundial em exportações do café brasileiro.
Aspectos da economia mundial do Séc. XIX
	 “Política de livre comercio”
EUA 
Alemanha
Inglaterra
Monopólios ,Oligopólios e barreiras protecionistas
Forçando a não evoluir e ficar apenas como mercado consumidor 
Brasil e países subdesenvolvidos 
Resultado
Guerra entre economias
 = 
Conflitos Militares 
= 
Crises Economicas 
Colocando em cheque o capitalismo e abrindo brecha para Socialismo .
Obrigado!

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