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Análise Macroeconômica I Tópico 2 MODELO MODELO Hipótese CLÁSSICO KEYNESIANO Utilização da Capacidade Instalada Comportamento dos PREÇOS Quando os Gastos Variam Quem Determina a RENDA Horizonte Temporal LONGO PRAZO CURTO PRAZO OS PREÇOS VARIAM A QUANTIDADE VARIA A OFERTA AGREGADA A DEMANDA AGREGADA PLENO EMPREGO OCIOSIDADE COMPLETAMENTE FLEXÍVEIS RÍGIDOS NO CURTO PRAZO DIFERENÇAS ENTRE OS MODELOS CLÁSSICO E KEYNESIANO A macroeconomia é composta de diversos modelos que nos ajudam a explicar as diversas situações encontradas no âmbito econômico das nações. Duas grandes correntes de pensamento econômico se dividem para explicar o funcionamento da economia (geração de renda, crescimento econômico, desem- prego, entre outras variáveis) e a diferença entre esses modelos encontra-se nas hipóteses adotadas. Abaixo as principais diferenças: Análise Macroeconômica I Tópico 2 MODELO DA OFERTA AGREGADA – DEMANDA AGREGADA O modelo Oferta Agregada – Demanda Agregada permite compreender as forças que fazem a economia se expandir, que causam a inflação e que provocam as flutuações no ciclo econômico. Também é muito útil na organização do estudo sobre macroeconomia. FUNDAMENTOS DA OFERTA AGREGADA A quantidade do PIB real oferecida ( Y ) depende de três fatores que são: * Quantidade de mão-de-obra (N); * Quantidade de Capital (K); * Estágio Tecnológico (T). Assim: Y = F(N, K, T) Em qualquer tempo dado, a quantidade de capital e o estágio tecnológico são fixos. Eles dependem de decisões tomadas em tempos passados. No entanto, a quantidade de mão-de-obra é variável, depende de decisões tomadas por empresas e pessoas em relação à oferta e à demanda por mão-de-obra. O mercado de trabalho pode estar a pleno emprego, acima do pleno emprego ou abaixo do pleno emprego. * Taxa Natural de Desemprego: É a taxa de desemprego em época de pleno emprego. A quantidade do PIB Real a pleno emprego é o PIB POTENCIAL. Ao longo do ciclo econômico o emprego flutua em relação ao pleno emprego enquanto o PIB Real flutua em relação ao PIB Potencial. O estudo da Oferta Agregada será dividido em curto e longo prazo: Análise Macroeconômica I Tópico 2 OFERTA AGREGADA DE LONGO PRAZO Na economia freqüentemente o PIB Real é movido para longe do PIB Potencial ao mesmo tempo que a taxa de desemprego é empurrada para longe da taxa de pleno emprego. As mesmas forças atuam para levar de volta o PIB Real de volta ao PIB Potencial e restaurar o pleno emprego. Longo Prazo Macroeconômico: Período de tempo suficientemente longo para permitir que tais forças tenham atuado de tal forma que o PIB Real se iguale ao PIB Potencial e que o pleno emprego prevaleça. A curva de Oferta Agregada de Longo Prazo (OALP) descreve e relação entre quantidade de PIB Real oferecida e o nível de preços quando ele se iguala ao PIB Potencial. 0 90 100 110 120 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 OALP Pib Real (trilhões de Reais 2000) N ív el d e P re ço s – D ef la to r d o P IB – 2 0 0 0 = 1 0 0 PIB POTENCIAL A OALP é vertical porque o PIB Potencial independe do nível de preços. Isso ocorre pois os preços de bens e serviços (índices de preços) e recursos produtivos variam na mesma proporção. Assim, os preços relativos e a taxa de salário real permanecem constantes, mantendo assim o PIB Real também constante. Análise Macroeconômica I Tópico 2 OFERTA AGREGADA DE CURTO PRAZO O Curto Prazo Macroeconômico refere-se ao período de tempo durante o qual o PIB real ofer- tado mantêm-se abaixo ou acima do pleno emprego, ao mesmo tempo em que a taxa de desemprego está abaixo ou acima da taxa natural. A curva de Oferta Agregada de Curto Prazo (OACP) descreve a relação entre a quantidade do PIB real ofertada e o nível de preços no curto prazo quando salários, os preços de outros recursos e o PIB potencial permanecem constantes. 0 90 100 110 120 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 OALP Pib Real (trilhões de Reais 2000) N ív el d e P re ço s – D ef la to r d o P IB – 2 0 0 0 = 1 0 0 a b c d e OACP PIB real acima do PIB potencial PIB real abaixo do PIB potencial 130 2,0 2,1 Ponto Nível de Preços PIB Real (Deflator do PIB) (Trilhões Reais 2000) a 90 1,54 b 100 1,67 c 110 1,80 d 120 1,93 e 130 2,06 A curva de OACP é ascendente porque os preços aumentam sem que os salários aumentem, incentivan- do as empresas a produzir devido ao aumento dos lucros. Na medida que a produção vai aumentando, o preço dos recursos vão subindo pela escassez de recursos produtivos, diminuindo o lucro e fazendo com que a produção volte ao seu nível original, porém com preços mais altos. Também ocorre que enquanto alguns setores operam a pleno emprego, (aumentando preços quando a demanda aumenta), outros operam com ociosidade, por isso a curva de OACP é um misto entre a curva de OA Keynesiana e OA clássica. Análise Macroeconômica I Tópico 2 MOVIMENTO AO LONGO DAS CURVAS DE OFERTA AGREGADA 0 90 100 110 120 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 OALP Pib Real (trilhões de Reais 2000) N ív el d e P re ço s – D ef la to r d o P IB – 2 0 0 0 = 1 0 0 OACP 130 2,0 2,1 140 O NÍVEL DE PREÇOS SOBE E A TAXA DE SALÁRIO MONETÁRIO SOBE NA MESMA PORCENTAGEM O NÍVEL DE PREÇOS SOBE E A TAXA DE SALÁRIO MONETÁRIO SE MANTÉM INALTERADA. Um aumento no nível de preços sem que haja mudança nos salários nominais e demais fatores de produção faz com que o PIB real aumente, provocando um movimento ao longo da curva OACP . Isso pois os fatores de produção ficam relativamente mais baratos, incentivando sua aquisição.A elevação do nível de preços com o repasse em igual percentual aos demais recursos de produção mantém a quantidade do PIB real constante e provoca um movimento ao longo da OALP, pois isso não altera em nada os preços relativos dos bens e serviços relativamente ao custo dos fatores de produção. MUDANÇAS NA OFERTA AGREGADA Como verificou-se, uma mudança no nível de preços provoca um movimento ao longo das curvas de OA sem alterá-las. As curvas de OA apenas se alterarão quando houverem mudanças nos planos de produção. Para sabermos como ocorrem os movimentos das curvas OALP e OACP, devemos entender primeiro como ocorrem as mudanças no PIB potencial, pois alterações do PIB potencial provocam desloca- mentos das curvas de OA. Análise Macroeconômica I Tópico 2 O PIB potencial varia por três razões: 1. Mudança na quantidade de Mão-de-Obra em pleno emprego: Ao longo do tempo, o PIB real cresce se a força de trabalho aumenta. Com capital e tecnologia constantes , o PIB potencial somente crescerá se a quantidade de mão-de-obra a pleno emprego também crescer. Flutuações de emprego ao longo do ciclo econômico provocam flutuações no PIB real ofertado, porém não afetam o PIB potencial e a OA de longo prazo. 2. Mudança na quantidade de Capital: Na economia, quanto maior a quantidade de capital mais produtiva é a força de trabalho e maior é o PIB potencial. Podemos observar que o PIB potencial per capita das nações industrializadas, com altos volumes de capital (como os EUA) são imensamente maiores que na China ou na Indonésia, que são pobres em capital.