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Análise Macroeconômica I Tópico 2 MODELO MODELO Hipótese CLÁSSICO KEYNESIANO Utilização da Capacidade Instalada Comportamento dos PREÇOS Quando os Gastos Variam Quem Determina a RENDA Horizonte Temporal LONGO PRAZO CURTO PRAZO OS PREÇOS VARIAM A QUANTIDADE VARIA A OFERTA AGREGADA A DEMANDA AGREGADA PLENO EMPREGO OCIOSIDADE COMPLETAMENTE FLEXÍVEIS RÍGIDOS NO CURTO PRAZO DIFERENÇAS ENTRE OS MODELOS CLÁSSICO E KEYNESIANO A macroeconomia é composta de diversos modelos que nos ajudam a explicar as diversas situações encontradas no âmbito econômico das nações. Duas grandes correntes de pensamento econômico se dividem para explicar o funcionamento da economia (geração de renda, crescimento econômico, desem- prego, entre outras variáveis) e a diferença entre esses modelos encontra-se nas hipóteses adotadas. Abaixo as principais diferenças: Análise Macroeconômica I Tópico 2 MODELO DA OFERTA AGREGADA – DEMANDA AGREGADA O modelo Oferta Agregada – Demanda Agregada permite compreender as forças que fazem a economia se expandir, que causam a inflação e que provocam as flutuações no ciclo econômico. Também é muito útil na organização do estudo sobre macroeconomia. FUNDAMENTOS DA OFERTA AGREGADA A quantidade do PIB real oferecida ( Y ) depende de três fatores que são: * Quantidade de mão-de-obra (N); * Quantidade de Capital (K); * Estágio Tecnológico (T). Assim: Y = F(N, K, T) Em qualquer tempo dado, a quantidade de capital e o estágio tecnológico são fixos. Eles dependem de decisões tomadas em tempos passados. No entanto, a quantidade de mão-de-obra é variável, depende de decisões tomadas por empresas e pessoas em relação à oferta e à demanda por mão-de-obra. O mercado de trabalho pode estar a pleno emprego, acima do pleno emprego ou abaixo do pleno emprego. * Taxa Natural de Desemprego: É a taxa de desemprego em época de pleno emprego. A quantidade do PIB Real a pleno emprego é o PIB POTENCIAL. Ao longo do ciclo econômico o emprego flutua em relação ao pleno emprego enquanto o PIB Real flutua em relação ao PIB Potencial. O estudo da Oferta Agregada será dividido em curto e longo prazo: Análise Macroeconômica I Tópico 2 OFERTA AGREGADA DE LONGO PRAZO Na economia freqüentemente o PIB Real é movido para longe do PIB Potencial ao mesmo tempo que a taxa de desemprego é empurrada para longe da taxa de pleno emprego. As mesmas forças atuam para levar de volta o PIB Real de volta ao PIB Potencial e restaurar o pleno emprego. Longo Prazo Macroeconômico: Período de tempo suficientemente longo para permitir que tais forças tenham atuado de tal forma que o PIB Real se iguale ao PIB Potencial e que o pleno emprego prevaleça. A curva de Oferta Agregada de Longo Prazo (OALP) descreve e relação entre quantidade de PIB Real oferecida e o nível de preços quando ele se iguala ao PIB Potencial. 0 90 100 110 120 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 OALP Pib Real (trilhões de Reais 2000) N ív el d e P re ço s – D ef la to r d o P IB – 2 0 0 0 = 1 0 0 PIB POTENCIAL A OALP é vertical porque o PIB Potencial independe do nível de preços. Isso ocorre pois os preços de bens e serviços (índices de preços) e recursos produtivos variam na mesma proporção. Assim, os preços relativos e a taxa de salário real permanecem constantes, mantendo assim o PIB Real também constante. Análise Macroeconômica I Tópico 2 OFERTA AGREGADA DE CURTO PRAZO O Curto Prazo Macroeconômico refere-se ao período de tempo durante o qual o PIB real ofer- tado mantêm-se abaixo ou acima do pleno emprego, ao mesmo tempo em que a taxa de desemprego está abaixo ou acima da taxa natural. A curva de Oferta Agregada de Curto Prazo (OACP) descreve a relação entre a quantidade do PIB real ofertada e o nível de preços no curto prazo quando salários, os preços de outros recursos e o PIB potencial permanecem constantes. 0 90 100 110 120 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 OALP Pib Real (trilhões de Reais 2000) N ív el d e P re ço s – D ef la to r d o P IB – 2 0 0 0 = 1 0 0 a b c d e OACP PIB real acima do PIB potencial PIB real abaixo do PIB potencial 130 2,0 2,1 Ponto Nível de Preços PIB Real (Deflator do PIB) (Trilhões Reais 2000) a 90 1,54 b 100 1,67 c 110 1,80 d 120 1,93 e 130 2,06 A curva de OACP é ascendente porque os preços aumentam sem que os salários aumentem, incentivan- do as empresas a produzir devido ao aumento dos lucros. Na medida que a produção vai aumentando, o preço dos recursos vão subindo pela escassez de recursos produtivos, diminuindo o lucro e fazendo com que a produção volte ao seu nível original, porém com preços mais altos. Também ocorre que enquanto alguns setores operam a pleno emprego, (aumentando preços quando a demanda aumenta), outros operam com ociosidade, por isso a curva de OACP é um misto entre a curva de OA Keynesiana e OA clássica. Análise Macroeconômica I Tópico 2 MOVIMENTO AO LONGO DAS CURVAS DE OFERTA AGREGADA 0 90 100 110 120 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 OALP Pib Real (trilhões de Reais 2000) N ív el d e P re ço s – D ef la to r d o P IB – 2 0 0 0 = 1 0 0 OACP 130 2,0 2,1 140 O NÍVEL DE PREÇOS SOBE E A TAXA DE SALÁRIO MONETÁRIO SOBE NA MESMA PORCENTAGEM O NÍVEL DE PREÇOS SOBE E A TAXA DE SALÁRIO MONETÁRIO SE MANTÉM INALTERADA. Um aumento no nível de preços sem que haja mudança nos salários nominais e demais fatores de produção faz com que o PIB real aumente, provocando um movimento ao longo da curva OACP . Isso pois os fatores de produção ficam relativamente mais baratos, incentivando sua aquisição.A elevação do nível de preços com o repasse em igual percentual aos demais recursos de produção mantém a quantidade do PIB real constante e provoca um movimento ao longo da OALP, pois isso não altera em nada os preços relativos dos bens e serviços relativamente ao custo dos fatores de produção. MUDANÇAS NA OFERTA AGREGADA Como verificou-se, uma mudança no nível de preços provoca um movimento ao longo das curvas de OA sem alterá-las. As curvas de OA apenas se alterarão quando houverem mudanças nos planos de produção. Para sabermos como ocorrem os movimentos das curvas OALP e OACP, devemos entender primeiro como ocorrem as mudanças no PIB potencial, pois alterações do PIB potencial provocam desloca- mentos das curvas de OA. Análise Macroeconômica I Tópico 2 O PIB potencial varia por três razões: 1. Mudança na quantidade de Mão-de-Obra em pleno emprego: Ao longo do tempo, o PIB real cresce se a força de trabalho aumenta. Com capital e tecnologia constantes , o PIB potencial somente crescerá se a quantidade de mão-de-obra a pleno emprego também crescer. Flutuações de emprego ao longo do ciclo econômico provocam flutuações no PIB real ofertado, porém não afetam o PIB potencial e a OA de longo prazo. 2. Mudança na quantidade de Capital: Na economia, quanto maior a quantidade de capital mais produtiva é a força de trabalho e maior é o PIB potencial. Podemos observar que o PIB potencial per capita das nações industrializadas, com altos volumes de capital (como os EUA) são imensamente maiores que na China ou na Indonésia, que são pobres em capital.Também é considerado como capital o Capital Humano. O capital humano é constituído tanto pela capacitação adquirida na escola como em treinamentos dentro das empresas. Quanto maior a quantidade de capital humano, maior será o PIB potencial. 3. Avanços Tecnológicos: A mudança tecnológica permite que empresas produzam mais a partir de qualquer quantidade de insumos. Assim, com capital e mão-de-obra constantes, melhoramentos tecnoló- gicos aumentam o PIB potencial. Os avanços tecnológicos são, de longe, a mais importante fonte de aumento de produção nos últimos duzentos anos. MUDANÇAS NA OALP Mudança na Remuneração Monetária dos Salários e Outros Recursos Quando ocorre alteração do salário nominal ou nos preços monetários de outros recursos, a OACP muda, porém a OALP permanece inalterada. Um aumento das remunerações monetárias afetam a OACP porque aumentam os custos das empresas, diminuindo a disposição de suprir qualquer quantidade para cada nível de preço. Assim, aumentos de salários nominais reduzem a OACP. Análise Macroeconômica I Tópico 2 Mudanças nos preços nominais dos recursos não afetam a OALP porque esses aumentos estarão acompanhados por uma mudança em igual porcentagem no nível de preços. Como não existe variação nos preços relativos, as empresas não tem incentivo para aumentar a produção e o PIB real permanece constante em relação ao PIB potencial. 0 90 100 110 120 1,7 1,8 1,9 2,0 2,1 OALP0 Pib Real (trilhões de Reais 2000) N ív el d e P re ço s – D ef la to r d o P IB – 2 0 0 0 = 1 0 0 OACP0 130 OALP1 OACP1 Um aumento no PIB potencial aumenta tanto a OALP quanto a OACP, deslocando ambas as curvas de oferta agregada para a direita, da OALP0 para a OALP1 e de OACP0 para a OACP1 . MUDANÇA NO PIB POTENCIAL 0 90 100 110 120 1,7 1,8 1,9 2,0 2,1 OALP Pib Real (trilhões de Reais 2000) N ív el d e P re ço s – D ef la to r d o P IB – 2 0 0 0 = 1 0 0 OACP0 130 OACP1 Uma elevação do salário nominal diminui a OACP e des- loca sua curva para esquerda, de OACP0 para a OACP1. A mudança no salário nominal não altera o PIB potencial, portanto a OALP não se desloca MUDANÇA NOS SALÁRIOS NOMINAIS Análise Macroeconômica I Tópico 2 A quantidade do PIB Real Demandada é a soma do gasto real em consumo ( C ), do investimento ( I ), das compras do governo ( G ), e das exportações ( X ) menos as importações ( M ). Isto é: Y = C + I + G + X – M DEMANDA AGREGADA O Comportamento das Variáveis Função Consumo O consumo é uma função crescente (e linear) do nível de renda nacional. A função consumo é definida por: C = a + by, onde a é o consumo autônomo e b é a propensão marginal a consumir. Propensão marginal a consumir (PMgC) é o acréscimo do consumo dado um acréscimo na renda nacional, sendo que a 0 < PMgC < 1. y C PMgC A PMgC é < 1 pois as pessoas reservam parte da elevação de sua renda para poupança. O consumo autônomo (a) é a parcela do consumo que não depende da renda, mas de outros fatores (riqueza, renda futura, etc...), ou seja, mesmo sem renda as pessoas continuam consumindo. 3.3.2 – Função Poupança Poupança (S) é a parcela da renda não consumida, portanto S = y – C. Dado que C = a + b(y), temos S = y – (a + b(y)) ou S = y – a – b(y). Rearranjando os termos, teremos: S = – a + (1 – b)y , onde (1 – b) é a propensão marginal a poupar, que é o acréscimo da poupança agregada dado um acréscimo na renda nacional. y S bPMgS 1 Análise Macroeconômica I Tópico 2 Função Investimento Investimento Agregado (I) talvez seja a mais importante das variáveis macroeconômicas, já que é o principal determinante do crescimento do produto e do emprego. Desempenha duplo papel, pois serve tanto como elemento da Demanda Agregada como da Oferta Agregada. I = Io - dr, onde Io é o investimento autônomo, d é a medida da resposta do investimento à variações da taxa de juros e d > 0. Função Gastos do Governo É uma função autônoma da renda. Os gastos do governo dependem dos objetivos escolhidos pelas autoridades e não dependem de outras variáveis econômicas. Função Tributação (ou Impostos) A tributação também possui uma parcela autônoma à renda e outra parcela que representa a participação do imposto no produto. Assim: T = to + t1y, onde to é o tributo autônomo e t1 é a parcela de participação do tributo na renda. Função Importação A importação também possui parcela autônoma à renda, mas depende de outras duas variáveis: a renda interna e a taxa de câmbio. A importação apresenta uma relação positiva com a renda interna e uma relação negativa com a taxa de câmbio. Quando y aumenta, M aumenta. Porém quando a taxa de câmbio aumenta, as importações caem. Assim ,onde mo é a importação autônoma, m1 é a parcela da renda que é desti- nada aos produtos importados, m2 é a sensibilidade (elasticidade) das importações à variações na taxa de câmbio e tx é a taxa de câmbio real. m1 é um número entre 0 e 1. txmymmM 210 Análise Macroeconômica I Tópico 2 Função Exportação As exportações, além da parcela autônoma, também dependem da taxa de câmbio real. À medida que a taxa de câmbio aumenta, o volume de exportações também aumenta (uma relação positiva, portanto). As exportações também dependem da renda externa, porém como é uma variável exógena ao modelo e que foge ao controle dos formuladores de política econômica, será deixada de fora da equação. txxxX 10 , onde x0 é a exportação autônoma e x1 é a sensibilidade (elasticidade) das exportações à variações na taxa de câmbio real. x1 é um número entre 0 e 1. ))()(())(( )( 21010010 txmymmtxxxGdrIyttybaY MXGICY C I G X M EQUAÇÃO DA DEMANDA AGREGADA – COMPLETA A quantidade do PIB Real demandada é a quantidade total de bens e serviços finais que as famílias, empresas, governo e estrangeiros pretendem adquirir. Esses planos de compra dependem de muitos fatores. Os principais fatores são: O nível de preços; As expectativas; Política Fiscal e Monetária; Economia Mundial. Primeiramente focalizaremos a relação entre a quantidade do PIB real demandada e nível de preços. A equação acima ainda não expressa esta relação (entre demanda e preços) e só poderemos entendê- la após o estudo do mercado monetário, quando mostrarmos o equilíbrio entre o lado real e monetário. Por enquanto veremos como a quantidade de PIB real demandada varia quando o nível de preços varia. Análise Macroeconômica I Tópico 2 N ív el d e P re ço s – D ef la to r d o P IB – 2 0 0 0 = 1 0 0 0 90 100 110 120 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 Pib Real (trilhões de Reais 2000) DA 130 2,0 2,1 a b c d e Nível de Preços PIB Real Ponto (deflator de PIB) trilhões de reais 2000 a 130 1,54 b 120 1,67 c 110 1,80 d 100 1,93 e 90 2,06 A curva da DA mostra a relação entre a quantidade do PIB real demandada e o nível de preço. Esta curva apresenta este declive devido à dois efeitos: Efeito Riqueza e Efeito Substituição. Redução da quantidade do PIB real demandado Aumento da quantidade do PIB real demandado Efeito Riqueza: Quando o nível de preços se eleva e outros fatores permanecem inalterados, a riqueza real diminui. A riqueza real é a quantidade de dinheiro no banco, ações, obrigações e outros ativos que as pessoas possuem, medidas não em dinheiro mas em bens e serviços que esse montante monetário pode comprar. EfeitoSubstituição: Quando o nível de preços se eleva e outros fatores permanecem inalterados, as taxas de juros sobem. O motivo básico da elevação é porque a quantidade real de dinheiro em circulação diminui quando os preços sobem, possibilitando que as instituições bancárias elevem suas taxas de juros. Para enfrentar essas taxas mais elevadas, as famílias e as empresas adiam suas intenções de compra, cortando despesas. O efeito substituição consiste em substituir bens de consumo futuro por bens de consumo presente e é chamado efeito substituição intertemporal. Outra explicação é de que quando os preços internos sobem e Análise Macroeconômica I Tópico 2 os demais fatores permanecem inalterados, inclusive os preços de outros países. Essa elevação dos preços de um país fazem com que os bens e serviços produzidos internamente fiquem mais caros quando comparados ao mesmos bens e serviços feitos no exterior. Essa mudança nos preços relativos incentiva as pessoas a substituir produtos nacionais mais caros por produtos estrangeiros mais baratos. Mudanças Nos Demais Fatores Que Afetam a Demanda Agregada – DESLOCAMENTOS da CURVA da DEMANDA AGREGADA As Expectativas: As expectativas sobre rendas futuras, inflação e lucros influenciam as intenções de compras dos dias atuais. Um aumento da renda esperada faz com que as famílias elevem o consumo presente. Um aumento da taxa esperada de inflação aumenta a demanda agregada pois as pessoas decidem comprar os bens e serviços mais baixos aos preços de hoje. Um aumento esperado da taxa de lucros aumentam o investimento que as empresas tencionam efetuar hoje. Política Fiscal e Monetária: Os planos do governo influenciar a economia instituindo e mudando impostos, transferindo pagamentos e compras governamentais são chamados de política fiscal. Uma diminuição dos impostos (ou aumento das transferências) aumentam a demanda agregada. Um aumento nos gastos governamentais também aumenta a demanda agregada. A Política Monetária consiste na implemen- tação de mudanças nas taxas de juros e na quantidade de dinheiro em circulação na economia. Um aumento da quantidade de dinheiro na economia reduz a taxa de juros, aumentando a demanda agregada, pois as famí- lias irão querer comprar mais bens duráveis e as empresas aumentarão seus investimentos. Economia Mundial: As duas principais influências da economia mundial sobre a demanda agregada são a taxa de câmbio e o volume de compras do exterior. Aumentos na taxa de câmbio aumentam a demanda agregada pois tornam o produto nacional mais barato em relação ao produzido no exterior. Ao mesmo tempo, aumento da renda do exterior aumenta a demanda por produtos nacionais pelos estran- geiros, aumentando a demanda agregada. Análise Macroeconômica I Tópico 2 90 100 110 120 130 0 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 Pib Real (trilhões de Reais 2000) 2,0 2,1 80 70 60 DA2 DA0 DA1 A DEMADA AGREGADA Diminui se: •Rendas futuras, Infla- ção ou lucros espera- dos diminuem •Política fiscal diminui as compras governa- mentais, aumenta os impostos ou diminui pagamentos de trans- ferências. •A política monetária diminui a quantidade de dinheiro e aumenta as taxas de juros •A taxa de câmbio (moeda nacional) valoriza ou a renda do exterior diminui. Aumenta se: •Rendas futuras, Infla- ção ou lucros espera- dos aumentam •Política fiscal aumenta as compras governa- mentais, diminui os impostos ou aumenta os pagamentos de trans- ferências. •A política monetária aumenta a quantidade de dinheiro e diminui as taxas de juros •A taxa de câmbio (moeda nacional) desvaloriza ou a renda do exterior aumenta. Diminuição da Demanda Agregada Aumento da Demanda Agregada EQUILÍBRIO MACROECONÔMICO A finalidade da Oferta e da Demanda Agregada é explicar mudanças no PIB real e no nível de preços. Combinando as curvas de Oferta Agregada e Demanda Agregada determinamos o equilíbrio macroeconômico. Veremos pois o equilíbrio macroeconômico de curto prazo e de longo prazo. Análise Macroeconômica I Tópico 2 O equilíbrio macroeconômico de curto prazo ocorre quando o PIB real demandado se iguala ao PIB real oferecido. No caso acima, o equilíbrio ocorre quando o PIB real é de 1,80 trilhões e o nível de preço é 110. Se o nível de preços for 120, o PIB real oferecido será 1,93 trilhões e o PIB real demandado será de 1,67 trilhões. As em- presas não conseguirão vender sua produção, que será diminuída e cortarão seus preços. Se o nível de preços for 100, as pessoas gos- tariam de comprar, porém as empresas não estarão dispostas a ofertar a quantidade demandada. As empresas elevarão seus preços e a produção até o ponto de equilíbrio macroeconômico. EQUILÍBRIO DE CURTO PRAZO 0 90 100 110 120 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 Pib Real (trilhões de Reais 2000) N ív el d e P re ço s – D ef la to r d o P IB – 2 0 0 0 = 1 0 0 a b c d e OACP 130 2,0 2,1 d b a e DA As empresas cor- tam a produção e os preços Equilíbrio Macroeco- nômico de curto prazo As empresas aumentam a produção e os preços. O equilíbrio macroeconômico de longo prazo ocorre quando o PIB real se iguala ao PIB potencial. Assim, o equilíbrio de longo prazo ocorre no ponto em que a curva da demanda agregada corta a curva de oferta agregada de longo prazo. No longo prazo, a demanda agregada determina o nível de preço, mas não possui nenhum efeito sobre o PIB real. A taxa de salário real se ajusta no longo prazo, portanto a curva OACP cruza a OALP no ponto do nível de preço em equilíbrio de longo prazo. EQUILÍBRIO DE LONGO PRAZO 0 90 100 110 120 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 Pib Real (trilhões de Reais 2000) N ív el d e P re ço s – D ef la to r d o P IB – 2 0 0 0 = 1 0 0 a b c d e OACP 130 2,0 2,1 d b a e DA OALP No longo prazo a remuneração se ajusta Análise Macroeconômica I Tópico 2 CRESCIMENTO ECONÔMICO E INFLAÇÃO O crescimento econômico ocorre porque com o passar do tempo a quantidade de mão-de-obra cresce, acumula-se capital e a tecnologia avança. Essas mudanças aumentam o PIB potencial e deslocam a curva de OALP para a direita. A taxa de crescimento depende do ritmo de crescimento da mão-de-obra, capital e tecnologia. A inflação ocorre quando, ao longo do tempo, a demanda agregada cresce numa razão superior à da OALP. Se a demanda agregada aumentasse ao mesmo ritmo que a OALP, teríamos crescimento do PIB sem aumento dos preços. No longo prazo, a principal influência sobre a demanda agregada é a taxa de crescimento da oferta monetária. Quando a taxa de crescimento da moeda aumenta rapidamente, o mesmo ocorre com a demanda agregada e a taxa de inflação se eleva. Se a oferta de moeda desacelerar e os outros 0 90 100 110 120 1,7 1,8 1,9 2,0 2,1 OALP0 Pib Real (trilhões de Reais 2000) N ív el d e P re ço s – D ef la to r d o P IB – 2 0 0 0 = 1 0 0 DA1 130 OALP1 DA0 CRESCIMENTO ECONÔMICO E INFLAÇÃO O crescimento econômico é decorrência de um au- mento constante do PIB potencial. Ele está demons- trado como um movimento para a direita da OALP. O aumento dos preços ocorrem quando a demanda agre- gada aumenta à uma razão superior à razão do aumen- to da OALP. fatores permaneceremconstantes, a taxa de inflação acaba diminuindo. Análise Macroeconômica I Tópico 2 CICLOS ECONÔMICOS O ciclo econômico ocorre porque a demanda agregada e a oferta agregada de curto prazo flutuam, mas a taxa de salário não se ajusta suficientemente rápido para manter o PIB real ao nível do PIB potencial. Equilíbrio Abaixo do Pleno Emprego 0 90 100 110 120 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 Pib Real (trilhões de Reais 2000) N ív el d e P re ço s – D ef la to r d o P IB – 2 0 0 0 = 1 0 0 a OACP130 2,0 2,1 DA OALP Hiato Deflacionário 90 100 110 120 Pib Real (trilhões de Reais 2000) 130 0 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 b OACP 2,0 2,1 DA OALP Pleno Emprego Equilíbrio de Longo Prazo 0 90 100 110 120 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 Pib Real (trilhões de Reais 2000) OACP 130 2,0 2,1 DA OALP Hiato Inflacionário Equilíbrio Acima do Pleno Emprego c Quando o equilíbrio está abaixo do pleno emprego, o montante no qual o PIB potencial excede o PIB real é denominado de hiato deflacionário, uma medida da ociosidade da economia, abrindo espaço para o crescimento econômico de curto prazo sem inflação.Quando o equilíbrio está acima do pleno emprego, te- mos o que se chama de hiato inflacionário, ou seja, uma brecha entre o PIB real e o PIB potencial que gera pressões inflacionárias. Análise Macroeconômica I Tópico 2 0 1,60 1,70 1,80 1,90 1 ANO P IB – T ri lh õ ie s d e R ea is e m 2 0 0 0 2,00 Flutuações do PIB Real 2 3 4 a b c Hiato Deflacionário Hiato Inflacionário Pleno Emprego O gráfico ao lado mostra os ciclos econômicos e os hiatos inflacioná- rios e deflacionários. O PIB real flutua ao redor do PIB potencial, criando capacidade ociosa e pres- sões inflacionárias. É função do formulador de políticas econômicas aproximar o PIB real o mais próxi- mo possível do PIB potencial sem que isso resulte em pressões infla- cionárias. Análise Macroeconômica I Tópico 2 Flutuações da Demanda Agregada A razão pela qual o PIB real flutua ao redor do PIB potencial é porque a demanda agregada varia. A demanda agregada tem efeitos distintos no curto prazo e no longo prazo. 100 105 110 Pib Real (trilhões de Reais 2000) 120 0 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 OACP0 2,0 2,1 DA0 OALP 115 DA1 O aumento da demanda agregada eleva os preços de todos os bens e serviços. Em resposta aos preços mais altos, as empresas aumentam a produção. Nesse estágio, os preços aumentaram porém os salários ainda não, pois são rígidos no curto prazo. Nesse momento, as empresas experimentam um aumento nos lucros e os trabalha- dores uma redução do poder de compra dos salários. Os trabalhadores exigem a reposição salarial e as empresas, ávidas por manter os lucros, aceitam as exigências. À medida que os salários sobem e as taxas de lucros caem, deslocando a OACP para a esquerda (de OACP0 para OACP1). Ao longo dessa trilha o PIB real cai e os preços sobem. Uma diminuição da demanda agregada produz os mesmos efeitos, porém opostos ao de um aumento na DA. 100 105 110 Pib Real (trilhões de Reais 2000) 120 0 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 OACP0 2,0 2,1 OALP 115 DA1 OACP1 Análise Macroeconômica I Tópico 2 Flutuações da Oferta Agregada As flutuações na Oferta Agregada de Curto Prazo podem provocar variações no PIB real em torno do PIB potencial. Embora esse tipo de acontecimento não seja muito comum, em teoria eles existem. Quando acontecem choques de oferta (com a respectiva elevação do preço) em alguns tipos insumos, tais como energia elétrica e petróleo, o aumento do custo destes insumos aliado ao choque temporário de oferta fazem com que as empresas repassem para os preços o aumento dos insumos ao mesmo tempo que diminuem a oferta agregada de curto prazo, provocando uma queda no PIB real. A combinação de aumento de preços (inflação) com queda no PIB real (recessão) é conhecida como estagflação. 100 105 110 Pib Real (trilhões de Reais 2000) 120 0 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 OACP0 2,0 2,1 DA0 OALP 115 OACP1 Um aumento no preço de alguns insumos (uma crise de energia, por exemplo), desloca a curva de Oferta Agregada de OACP0 para OACP1. O PIB real diminui de 1,80 trilhões para 1,70 trilhões e o nível de preço sobe de 110 para 115. Esse quadro de recessão e aumento de preços chama-se estagflação. Análise Macroeconômica I Tópico 2 Multiplicador Keynesiano de Gastos 11 1 )1(1 1 mtb k Quando acontece um gasto autônomo,observa-se que a renda de equilíbrio aumenta mais que o crescimento do respectivo gasto autônomo. Isso ocorre porque aumentos nos gastos autônomos induzem aumentos adicionais em outros gastos. Se a Agrale gastar R$ 10 milhões em um investimento numa nova linha de montagem, imediatamente o PIB aumenta R$ 10 milhões. Porém engenheiros, trabalhadores em construção civil e funcionários contratados possuem mais renda e gastarão essa renda extra em carros, fornos de microondas, férias e uma série de outros bens e serviços. O PIB real subirá então R$ 10 milhões mais o consumo adicional oriundo deste aumento de renda. Os produtores de carros, fornos de microondas e serviços de lazer por sua vez tiveram aumento de renda e gastam esse aumento em outros bens e serviços, e assim por diante. Assim: Renda Adicional induz despesa adicional que gera renda adicional. Essa variação ampliada da renda é o efeito multiplicador – A renda de equilíbrio aumenta mais que a elevação do gasto autônomo. O efeito multiplicador invariavelmente é um número maior que 1 (um). )1(1 1 1 1 tb k Multiplicador da Economia Fechada Multiplicador da Economia Aberta
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