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1 I SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ Aquecedor Solar Social Mário Kawano Prof. Universitário Fundação Inaciana de Ensino Mkawano@fei.edu.br Resumo Neste trabalho procuro conscientizar a população que o maior gasto de energia residencial é para produzir aquecimento de água. Também proponho mudanças de hábitos a fim de diminuir o consumo de energia elétrica. Mostro dois modelos de aquecedores solares para população carente, aproveitando materiais reciclados Palavras-chave: Energia Solar, Energia Alternativa, Aquecedores Solar. Seção 2.-Curso de Engenharia Industrial meio ambiente sustentável Apresentação: oral. 1. Introdução Antes da crise energética de 2001, pouco se preocupava com o consumo de energia elétrica, uma família de 4 pessoas consumia em média 282 Kwh mensais. Alguns eletrodomésticos eram obsoletos quanto a eficiência como: geladeiras, lâmpadas incandescentes, televisores de 29”, chuveiros etc...A Figura 1 Distribuição do consumo de eletrodomésticos antes do apagão chuv.ver. 28% Refrigerador 23% freezer 16% estufa 3% lâmp. Inc. 13% TV 29" 8% Outros 6% ferro elétrico 3% chuv.ver. Refrigerador freezer lâmp. Inc. TV 29" Outros estufa ferro elétricoConsumoTotal de 282 Kwh 2 figura 1, traz um gráfico, mostrando a influência de cada eletrodoméstico no consumo total de energia. Figura 2 modernização dos eletrodomésticos A crise no setor de energia elétrica mudou hábitos e tornou a população mais consciente. O chuveiro mudou da posição inverno para verão economizando energia elétrica. As lâmpadas foram trocadas pelas fluorescentes compactas. No lugar da TV de 29” usou-se a de 14”. Estas modificações fizeram que o item TV saísse de foco quanto ao consumo, que pode ser visto na figura 2. O novo refrigerador consome menos que o freezer. A Figura 2 mostra a modernização dos eletrodomésticos. A impressão que temos é que o consumo de chuveiro aumentou, mas na realidade foi o consumo dos outros equipamentos que caíram dando essa falsa impressão. Basta comparar o freezer com o chuveiro que tiraremos uma boa conclusão. Notem que o chuveiro continua sendo o maior consumidor de energia. A redução no consumo de energia foi de 30%. freezer 34% Refrigerador 21% Outros 13% chuv.ver. 7% ferro elétrico 7% lâmp PL 7% estufa 6% TV 14" 5% freezer Refrigerador Outros chuv.ver. ferro elétrico lâmp PL estufa TV 14"Consumo total 136Kwh chuv.ver. 38% freezer 23% estufa 4% Refrigerador 14% Outros 12% ferro elétrico 4% lâmp PL 5% chuv.ver. freezer Refrigerador Outros estufa ferro elétrico lâmp PL Consumo total 197 Kwh 3 Figura 3 queda do consumo mensal usando aquecedor solar Usando um aquecedor solar o consumo total caiu para menos da metade, ou seja, passou a ser de 136 Kwh mensais, como podemos ver pela figura 3. O chuveiro não pode ser eliminado completamente, pois em aproximadamente 20 a 40 dos dias por ano, não há Sol[ 1 ], sendo assim o chuveiro ainda representa 7% no consumo total de energia. Notem também que se mudarmos o hábito de conservarmos alimentos em freezer, o consumo, cai drasticamente para apenas 32%. 2. Uso de aquecedor solar A figura 4, mostra o princípio de funcionamento de um aquecedor solar. Figura 4 Princípio de funcionamento de um aquecedor solar. Vamos começar pela manhã, ainda supondo que após dias chuvosos, vamos ter um dia ensolarado. Como o receptor de calor está abaixo do nível do reservatório térmico este está repleto de água. Ao receber energia, a água em seu interior aquece tendo sua densidade diminuída e assim inicia o seu movimento ascendente indo flutuar na parte superior do reservatório. Devido também a sua posição o receptor acaba recebendo a água mais densa, pois está abaixo da parte inferior do reservatório. Esse movimento é contínuo enquanto houver Sol. Em uma medição feita chegamos a conclusão que pelo receptor chega a circular mais de 300 litros de água por dia. 4 3. Parte Experimental Como temos que construir um sistema barato, procuramos utilizar materiais reciclados: O reservatório térmico[2,3] pode ser uma caixa de isopor, revestido internamente com uma camada de silicone, a fim de evitar vazamentos e como a claridade através das paredes do isopor propicia a criação de algas na água, devemos revestir essa caixa com um plástico opaco. Podemos reutilizar também um tambor de polietileno, de preferência os que foram usados com produtos alimentícios, que pode ser visto na figura 5. Notem a disposição dos canos de entrada e saída do reservatório. A entrada deve ser feita por baixo do tambor, pois ao consumirmos a água quente da parte superior, a água fria eleva o restante da água quente que sobrou, mantendo-a sempre no nível mais elevado. Para controlar o nível de entrada a bóia fica amarrada com um fio de nylon. Para garantir que a água de saída seja a mais quente possível, usa-se um pescador, que é feito de mangueira flexível com revestimento térmico e outra bóia. A bóia pode ser até uma lâmpada grande queimada. As tubulações são na realidade mangueiras de polietileno de ¾”. Esse encanamento vale também para caixa de isopor. Figura 5 reservatório térmico de baixo custo 3.1 Primeiro Tipo de Aquecedor Solar A primeira idéia é construir um aquecedor bastante barato, aproveitando pedaços de mangueira de irrigação e garrafas pet de 2 litros de refrigerante. O formato do receptor de calor é de um radiador usado em automóveis. Para termos um efeito estufa ao redor das mangueiras, são usadas a garrafas pet. A metade inferior da garrafa deve ser pintada de branco ou deve ter um pedaço de papel alumínio, refletindo a radiação solar para a mangueira de irrigação. Na parte que ficar mais alta das garrafas deve-se fazer um pequeno orifício, a fim de evaporar a umidade acumulada no interior da mesma. O orifício para mangueira pode ser feito com um pedaço de cano de ¾ “ galvanizado, basta aquecê-lo no fogo. Cortando com uma 5 cerra o pescoço da garrafa, termos a saída da mangueira. As conexões são feitas usando os conectores próprios para esse tipo de mangueira, mas podemos usar conexões polietileno, que pode ser visto na figura 6. Conector tipo T Cotovelo de 90 Luva para emenda de Mangueiras Figura 6 Conexões de polietileno usados para o receptor de calor Para diminuir o custo não foram usadas braçadeiras nas conexões e sim arame galvanizado de 2mm. Se alguma conexão sofrer algum esforço tanto de tração como de cizalhamento, devemos substituir a conexão de plástico por metal . A figura 7 mostra o receptor de calor com garrafas pets. 3.2 Segundo Tipo de Aquecedor Solar Este aquecedor é um pouco mais caro, mas foi feito com objetivo de aumentar a área de contato da água com a radiação solar e assim ser mais compacto. É feito com duas serpentinas idênticas, que pode ser vista na figura 8 Usaremos os tipos de conectores de polietileno para mangueira preta também de polietileno, já visto na figura 6. Este projeto recebeu o prêmioDestaque Universidade Tigre de 2003. Podemos ver uma foto do projeto montado na figura 9. 6 figura 7 Receptor de calor com garrafas pet 7 Figura 8 Serpentina para aquecedor solar compacto Figura 9 projeto ganhador do prêmio destaque Universidade Tigre 2003. A figura 10 mostra as duas serpentinas intercaladas 57cm 5cm 8 Figura 10 Dois receptores de calor intercalados Foram usados em cada serpentina 12 conectores tipo T, 2 cotovelos, 12 pedaços de mangueira de ¾” com 8cm de comprimento e 7 pedaços grandes de mangueira, cujo comprimento depende da largura da estufa. A estufa foi feita com tábua de assoalho de ype, com 15cm de largura. Para manter a mangueira sempre com a mesma inclinação, usamos o mesmo arame das braçadeiras. A figura 11a mostra o detalhe dos arames na estufa. As mangueiras são presas com cinta elástica. A figura 11b mostra o fundo e a superfície superior da estufa. O fundo é composto por uma camada de isopor ou lã de vidro sendo esta última mais apropriada, pois as altas temperaturas no interior da estufa danificam o isopor. Sobre esse isolamento térmico usamos um lençol de borracha, que serve para absorver irradiação. Uma camada de 9,5cm 9 vidro de pelo menos 3mm fecha a estufa, vidro que pode ser encontrado em depósito de sucatas, pois vidros riscados são sucateados. Figura 11a mostra o detalhe por cima dos arames na estufa Figura 11b mostra os detalhes de perfil da estufa 4. Conclusão O primeiro tipo de aquecedor é bem mais barato, pois a maior despesa está no vidro do segundo aquecedor, mas a manutenção é mais freqüente devido o acúmulo de pó nas garrafas Pet. A durabilidade é muito boa, pois 10 temos aquecedores instalados a 4 anos que ainda estão em perfeito funcionamento. O segundo tipo de aquecedor atinge temperatura mais alta chegamos a medir 71 Celsius na superfície do reservatório térmico, a limpeza é mais simples e menos freqüente. Como a estufa atinge temperatura muito elevada é aconselhável abrir uma pequena fresta em sua parte superior. O consumo residencial de água aumenta de acordo com a distância do encanamento entre o reservatório térmico e o chuveiro. Em distâncias curtas o desperdício não passa de um litro de água. Isso parece desastroso, mas vamos calcular o desperdício de água a fim gerar a energia necessária para tomarmos um único banho de 15 minutos no inverno. A potência do chuveiro é na maioria dos casos 5500 Watts. Podemos calcular o consumo de água para gerar essa energia. Supondo que a energia gasta neste banho venha de Itaipu. A Expressão que dá a potência em função da vazão [3] é: A altura da queda H de Itaipu é de 120m [3] logo: H5 PQ =9,17 l/s, portanto em 900s teremos desperdiçado 8250 litros, que é mais que um caminhão tanque de água. Normalmente, devido ao custo, a população mais privilegiada é quem faz uso de aquecedores solares. Já a população mais carente não tem recursos para este investimento, portanto os aquecedores aqui propostos justamente contemplam essa parte da população. Referências bibliográficas: [1] www.soletrol.com.br/Especiais/Troque_seu_chuveiro/ [2] Bezerra, Arnaldo Moura; Aplicações Térmicas da Energia Solar; Editora universitária; 1998; João Pessoa, PB. [3] Palz, Wolfgang; Energia Solar e Fontes Alternativas; Nemus; 1981; São Paulo; S.P. [3] Macintyre, Archibald Joseph; Máquinas Motrizes Hidráulicas; Guanabara II; 1983; Rio de Janeiro; R.J. HQP **5 11 NORMAS PARA A APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS 1. O artigo deverá ser encaminhado na íntegra. Não serão aceitos resumos. 2. O artigo completo deverá ser escrito em Word for Windows versão 97 formato RTF (Rich Text Format), contendo o máximo de 12 (doze) laudas. 3. Texto: Tamanho de página A4, fonte Bookman Old Style, tamanho 12. Espaçamento entre linhas simples. 4. Margens: todas as margens, superior, inferior, lateral esquerda e lateral direita devem ter 2,5 cm. 5. Cabeçalho: deve ser inserido na primeira linha da primeira página, centralizado, com o seguinte título, em duas linhas, divididas conforme abaixo, com corpo tamanho 14: I SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ 6. Título do trabalho: deve ser inserido uma linha abaixo do título do simpósio, centralizado, letra tamanho 14, em negrito, primeira letra em maiúscula e demais letras em minúscula. 7. Nomes dos autores: o nome do primeiro autor deve vir duas linhas abaixo do titulo, centralizado, com letra, tamanho 10, com a primeira letra de cada nome em maiúscula e o restante em minúscula, em negrito. Abaixo do nome do autor, deve ser inserida a função do autor e abaixo, a identificação da instituição a qual pertence. Abaixo, o e-mail do autor. Nas linhas seguintes, fazer o mesmo para os demais autores, deixando um espaço de uma linha entre os mesmos. 8. Resumo: deverá ser inserido duas linhas abaixo do nome dos autores, no próprio idioma do trabalho, com o máximo de 200 palavras. Deve-se utilizar texto com tamanho 12, com espaçamento entre linhas simples e o título em negrito, localizado à margem esquerda. 9. Palavras-chave: imediatamente abaixo do resumo, devem ser informadas as palavras-chave. Sugere-se três palavras-chave, no idioma do artigo, com a primeira letra de cada palavra em maiúscula e o restante em minúscula, tamanho 12. 10. Uma linha abaixo, deverá ser identificada a Seção a qual pertence o trabalho, com o nome do curso correspondente. Por exemplo, Seção 1 – Curso de Fisioterapia. 11. Uma linha abaixo, anotar a forma preferida para apresentação do trabalho, com a inscrição exemplificada a seguir. Apresentação: oral ou Apresentação: poster. 12. Títulos e sub-títulos: devem ser alinhados à esquerda, em negrito, e numerados com algarismos arábicos, a partir de 1. Introdução, apenas com a primeira letra em maiúscula. 13. Corpo do texto: o corpo do texto deve iniciar imediatamente abaixo do título das seções. Deverá ser utilizada a fonte Bookman Old Style, tamanho 12, justificado, com espaçamento entre linhas simples. 14. Figuras, quadros e tabelas: devem ser legendadas abaixo das mesmas. 15. O resumo dos artigos submetidos e aceitos serão disponibilizados na página do evento após o mesmo e editado em CD. 16. Serão aceitos artigos submetidos em Português, Espanhol e Inglês. 17. O artigo deverá ser enviado EXCLUSIVAMENTE por meio eletrônico, no endereço simposio@unaerp.br 18. A data para o envio do artigo expirará em 29/10/2004. 19. Serão disponibilizadas as seguintes seções temáticas para a apresentação de trabalhos científicos: a) Apresentação de artigos na forma oral, painéis ou posters, sobre o tema central “Meio Ambiente Sustentável”; b) Apresentaçãode Monografias ou Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, sobre o tema central “Meio Ambiente Sustentável” ou de outra temática; c) Projetos de pesquisa sobre o tema central “Meio Ambiente Sustentável”, relacionados aos cursos mantidos na Unaerp Campus Guarujá. 20. Serão conferidos certificados a todos os autores presentes no ato da apresentação dos trabalhos, obedecendo as datas e horários estipulados. Somente serão incluídos na programação de apresentações, os trabalhos cujos autores comprovarem o pagamento do valor da inscrição até a data do envio dos mesmos. 21. Os critérios para aceitação dos trabalhos serão: originalidade, compatibilidade com o tema central do Simpósio, contribuição para o desenvolvimento econômico e social, organização geral do trabalho e normas técnicas. 12
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