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FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Nutricional Revisado pela profª Nanci Rouse Teruel Berto - 2011 ROTEIRO DE ESTÁGIO NUTRIÇÃO CLÍNICA AMBULATORIAL 2011 FACULDADE ASSIS GURGACZFACULDADE ASSIS GURGACZFACULDADE ASSIS GURGACZFACULDADE ASSIS GURGACZ Avenida das Torres, 500 Fone: (45) 3321-3900 ramal 3852 Fax: (045) 3321-3900 CEP: 85.806-095 – Cascavel – Paraná E-mail: nutricao@fag.edu.br FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 2 Este manual consiste em material de auxílio para a realização de estágio na área clinica ambulatorial. Foi elaborado pelas professoras Ana Flávia de Oliveira, Rosangela da Silva, Nanci Rouse Teruel Berto, Rozane Toso Bleil e Lisiane Chiaradia Pavan. Foi aprovado pelo colegiado de nutrição e é revisado anualmente pelas professoras de estágio. Revisado 2011 – Profª Nanci Rouse Teruel Berto FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 3 ÍNDICE Descrição Página Rotinas Do Atendimento Na Clínica Fag 04 Exame Físico 08 Aplicabilidade dos Inquéritos Dietéticos a Diferentes Grupos Populacionais 13 Gestante 14 Lactante 20 Criança 21 Adolescente 29 Adulto 39 Idoso 54 Casos especiais 55 Ingestão de Água e fibras 66 Padronização de porções para adultos e lista de substitutos 67 Lista de substitutos para crianças 73 RDA - 1989 76 DRIs - 77 Protocolo de atendimento nutricional ao obeso 82 Avaliação de Micronutrientes 93 Protocolo para atendimento nutricional ao amputado 99 Roteiro para estudos de caso e relatório final 100 Roteiro Relatório Final 101 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 4 ROTINA DE ATENDIMENTO NA CLÍNICA FAG 1º CONSULTA: - Montar um prontuário para o paciente com a ficha de acompanhamento da evolução nutricional e ficha de primeira consulta (anamnese); - Chamar o paciente previamente agendado; - Apresentar-se, dizendo seu nome e que é acadêmico de nutrição; - Conduzir o paciente à sala de avaliação nutricional e realizar as medidas antropométricas e exame físico pertinentes à faixa etária explicando ao paciente o que será realizado; - Levar o paciente até o consultório para o atendimento; - Explicar ao paciente como é o funcionamento do atendimento da Nutrição na Clínica FAG (próxima página) e entregar o folder específico; - Realizar os cálculos antropométricos, diagnosticar o estado nutricional e informá-lo; - Realizar o exame físico; - Realizar anamanese alimentar; - Ao acabar a anamnese, pedir para o paciente aguardar no consultório e ir até o supervisor para discutir o caso com o prontuário completo; - Anotar todas as condutas por escrito para o paciente e colocá-las na ficha, com letra legível e seqüência lógica; - Voltar ao paciente e tomar as condutas necessárias, de acordo com a discussão prévia com o supervisor; - Acompanhar o paciente até a porta de saída; - Agendar o retorno conforme previamente discutido com o supervisor ou de acordo com as possibilidades do paciente e agenda; - Anotar na agenda da nutrição (à lápis) e no cartão do paciente ( à caneta) e encaminhá-lo para a recepção onde será agendado também no sistema; - Não esquecer de anotar na agenda se o paciente é do centro de reabilitação ( CR) ou da clínica ( CL) com as respectivas siglas; - Anotar preferencialmente o telefone fixo. FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 5 ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O PACIENTE • Os pacientes deverão apresentar-se na recepção da Clínica Escola com (10) dez minutos de antecedência ao horário marcado para o atendimento, dirigir-se à recepção munido do seu cartão de atendimento; • Paciente com mais de 15 minutos de atraso sem justificativa não será mais atendido, salvo em situações especiais; • A cada atendimento, o paciente e/ou responsável, deverá assinar a ficha de controle de freqüência, na recepção da clínica com as recepcionistas; • O paciente deverá aguardar seu atendimento na sala de espera; • Menor de 12 anos não poderá permanecer na sala de espera sem a companhia de um responsável; • O paciente deverá avisar a recepção através telefone 3321-3930, quando precisar faltar ou chegar atrasado ao atendimento; • O paciente deverá comunicar à recepção quando houver mudança de seu endereço ou telefone para contato; • O paciente perderá o direito ao atendimento mediante 02 (duas) faltas consecutivas sem justificativa ou 03 (três) intercaladas. Caso o paciente desejar ou necessitar dar continuidade ao atendimento deverá novamente dar entrada com solicitação junto à secretaria da clínica FAG, e aguardar a convocação para retomada do tratamento; • No atendimento da nutrição, caso haja 3 retornos sem aderência ao tratamento o paciente perderá sua vaga; • Somente poderá ter um acompanhante na sala de atendimento; • O atendimento sempre será realizado por um acadêmico de nutrição com supervisão de docente nutricionista. OBS.: Se o paciente se sentir lesado ou diante de qualquer dúvida com relação ao seu atendimento, procurar o supervisor de estágio presente para esclarecimentos gerais. FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 6 RETORNO: - Ler o prontuário do paciente (se possível no dia anterior) antes de chamá-lo, observando as condutas já tomadas, quadro clínico e diagnóstico nutricional; - Discutir com o professor-supervisor antes de chamar o paciente; - Chamar o paciente previamente agendado; - Apresentar-se, dizendo seu nome e que é acadêmico de nutrição, caso nunca tenha atendido o paciente; - Sempre que possível, atender o mesmo paciente; - Não fazer permuta de horários com os colegas sem solicitar ao supervisor; - Realizar a avaliação antropométrica condizente com o caso ( pregas 1x mês; circunferências e peso em todas as consultas); - Realizar o exame físico. - Levar o paciente até o consultório para o atendimento; - Realizar os cálculos antropométricos e comparar mudanças; - Deixar o paciente relatar as mudanças na alimentação( Conduzir sem Induzir); - ANOTAR MUDANÇAS conforme exemplo (pág.6) - Rever se as condutas propostas foram seguidas ; - Não orientar o paciente antes de discutir com o supervisor; - Pedir para o paciente aguardar no consultório e ir até o supervisor para discutir o caso e as condutas; - Anotar todas as condutas por escrito para o paciente e colocá-las na ficha, com letra legível e seqüência lógica; - Voltar ao paciente e tomar a conduta necessária, de acordo com a discussão prévia com o supervisor; - Acompanhar o paciente até a porta de saída; - Agendar o retorno conforme previamente discutido com o supervisor ou de acordo com as possibilidades do paciente. FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 7EXEMPLO DO PREENCHIMENTO DO RETORNO: - Colocar a data - Colocar o PIC: Período inter consulta – tempo da última consulta até hoje - Avaliar a evolução nutricional – se houve perda de peso ou não e o que está envolvido neste contexto; - Avaliar as intercorrências que houveram no período, relativo ou não à nutrição. - Anotar o que foi observado no exame físico. - Questionar se está ou não em uso de medicamentos; - Verificar se trouxe exames bioquímicos – anotar atrás da ficha de evolução nutricional; - Deixar o paciente relatar suas mudanças na alimentação, podendo perguntar: o que mudou na alimentação da última consulta até hoje? - Sempre que necessário, realizar um dia alimentar habitual ou recordatório de 24h. - Anotar a conduta na ficha de evolução* - Nunca deixar à critério do paciente um novo Plano alimentar; - Anotar a programação para a próxima consulta, incluir o cálculo da TMB, VET e peso utilizado para fazer os cálculos. - Colocar nome legível do acadêmico que atendeu. - Conferência e assinatura do supervisor FICHA DE EVOLUÇÃO CLÍNICA DATA EVOLUÇÃO 25/05/05 PIC: 30 dias RELATO DO PACIENTE:RELATO DO PACIENTE:RELATO DO PACIENTE:RELATO DO PACIENTE: Evolução nutricional: Não perdeu peso – manteve Intercorrências no PIC: não teve Sem uso de medicamentos. Trouxe exames solicitados: alteração no triglicérides. - Não está comendo frutas - Não conseguiu introduzir café da manhã - Foi realizado a BIA (se houver necessidade, realizar um recordatório de 24h ou dia alimentar habitual para entender a alimentação do paciente) CONDUTA:CONDUTA:CONDUTA:CONDUTA: - Entrega do cardápio de 1800 Kcal, ressaltando evitar açúcares e carboidratos refinados preferindo os alimentos ricos em fibras.Ex... - Calculo da TMB: 1250 kcal NET: 1750Kcal – peso ideal utilizado para o Cálculo: IMC de 24,5: 68Kg PROGRAMAÇÃO PARA PRÓXIMA CONSULTA:PROGRAMAÇÃO PARA PRÓXIMA CONSULTA:PROGRAMAÇÃO PARA PRÓXIMA CONSULTA:PROGRAMAÇÃO PARA PRÓXIMA CONSULTA: - Conferir a aceitação do cardápio proposto e orientações trabalhadas. AcadêmicoAcadêmicoAcadêmicoAcadêmico : : : : Nome completo Nome completo Nome completo Nome completo Supervisora :Carimbo e assinatura FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 8 Exame físico O exame físico é parte integrante da avaliação do estado nutricional e é imprescindível para identificar sinais e sintomas clínicos que nortearão a conduta nutricional individualizada . O exame físico deve ser o mais completo possível e deve procurar sinais que possam dar indícios sobre algum distúrbio nutricional. Roteiro para o exame físico: 1 Inspeção geral Identificação do Paciente Diagnóstico Clínico Principal História da Doença Atual História Patológica Pregressa História Familiar História Social Avaliação da Função Intestinal 2.Sinais vitais Os sinais vitais do paciente são: temperatura, pulso, respiração e a pressão arterial. Existem equipamentos próprios para a verificação de cada sinal vital, que devem ser verificados com cautela e sempre que possível não comentá-lo com o paciente. (Solicitar para enfermagem) 3 Cabeça e pescoço Verificar presença de : Fácies agudo, Fácies crônico, Fácies Cushingóide ou de Lua- Cheia, Fácies de Síndrome de Down, Fácies de Depressão ANEMIA: ���� Ver coloração da pele (região palmoplantar e mucosas conjuntival e labial); DESIDRATAÇÃO: ���� Verificar sede intensa, astenia, fraqueza, apatia, sonolência,agitação psicomotora; ���� Pedir ao paciente que produza salivação; ���� Verificar brilho nos olhos; ���� Verificar tensão ocular; ���� Verificar umidade das mucosas; ���� Examinar o turgor (pele murcha e prega se desfaz lenta// ���� Examinar a elasticidade; ICTERÍCIA: ���� Impregnação de pigmentos biliares na pele e mucosas (esclerótica e sublingual) ���� coloração amarela. ���� Pode ser intra ou extra hepática; FEBRE: FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 9 Exame Atrofia Temporal �Atrofia bitemporal � Paciente deixou/diminuiu mastigação – dieta hipocalórica � 3 a 4 semanas leva a atrofia muscular temporal; �Relação com imunocompetência � Perda da bola gordurosa de Bichart � Sinal da “asa quebrada” Exame dos Olhos �Verificar a coloração da região da conjuntiva e da esclerótica �A palidez na conjuntiva é um indicativo de anemia �A esclerótica amarela indica icterícia Alterações na cavidade oral: � Observar o aspecto da língua : � A língua lisa, inflamada, magenta (púrpura), dolorosa ou com atrofia ou hipertrofia das papilas pode sugerir deficiência de riboflavina, niacina, ácido fólico, Vitamina B 12, Piridoxina e Ferro. �A macroglossia (hipertrofia lingual) é um dos sinais típicos de pacientes com hipotireoidismo ou acromegalia. � Língua saburrosa - É a língua que se apresenta recoberta por fina camada de material de colorido esbranquiçado. �Candidíase da boca - É comum na primeira infância e popularmente, nesses casos, é denominada "sapinho", sem maior importância nessa faixa etária. ����Boca seca - O uso de medicamentos atropínicos ocasionam boca seca. A desidratação, obviamente, também o faz. ���� Estomatites e glossites - São inflamações da boca e da língua. São secundárias a causas bacterianas, virais e outras. Não devem ser esquecidos aspectos de "glossites" decorrentes de hipovitaminoses, especialmente do complexo B. A presença de glossite requer a pesquisa de sua etiologia. ����Afta - da mucosa oral é uma lesão vesiculosa de etiologia desconhecida. - Gengivo-estomatite herpética aguda. O herpes apresenta-se como vesículas mais resistentes, geralmente menores, conglomeradas. O herpes, causado pelo "Herpes virus hominis", é tratado, com sucesso, pelo aciclovir. - Doença de Chron - As aftas podem ocorrer na doença de Chron, podendo favorecer o diagnóstico presuntivo. FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 10 - Doença Celíaca e Diabetes insulino-dependente - As aftas podem acompanhar a doença celíaca e por vezes, está ligada ao diabetes. - AIDS - A afta está presente nesta moléstia com relativa frequência . ���� Presença de queilite/queilose- Observar a coloração e a umidade dos lábios e mucosa oral, a existência de nódulos, ulcerações e rachaduras no canto da boca. Tórax Verificação de massa muscular no pescoço, tórax, dorso e membros superiores e inferiores: ���� Pescoço: *verificar perdas musc. da região supra e infraclaviculares e fúrcula esternal ���� Tórax: *retração intercostal – menor força respiratória *oco axilar profundo – dificuldade de medir a temperatura Membros Superiores e Inferiores ���� Membros superiores: *atrofia de mm bi e tricipital; ���� Membros inferiores: atrofia de mm da coxa interna;atrofia de mm da panturrilha ���� Pesquisa de edemas: A pesquisa de edema é de suma importância no diagnóstico de desnutrição protéico-calórica;está relacionada a presença de hipoproteinemia (hipoalbuminemia);verificar presença de depressão tecidual que demora algum tempo até voltar ao normal. Este sinal é chamado de CACIFO ou Sinal de GODET Pele: Verificar hidratação, integridade , palidez , cianose, icterícia, carotenemia, petequias 3.7.Unhas Anemia: unhasquebradiças, secas, opacas, com vários sulcos transversais, formato côncavo da unha (coiloniquia), descolamento distal (onicólise). Doenças cardíacas: unhas curvadas para baixo, alargadas, coloração arroxeada e pontos arroxeados. Doenças renais: engrossamento das unhas, coloração amarelada ou cinzenta, linhas transversais esbranquiçadas, unha metade marrom, metade clara. Doenças hepáticas: na cirrose estão presentes as chamadas “Unhas de Terry”- de cor esbranquiçada na parte proximal e coloração normal na parte distal, unha pálida, amarelada, arredondamento e aumento da unha. FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 11 Doenças gastrointestinais: unhas doloridas, frágeis e que se descolam da parte distal ou descamam. Presença de pontos hemorrágicos. Diabetes: unhas grossas, avermelhadas e com visualização de vasos na pele. É comum a presença de micoses, engrossamento e endurecimento das pontas dos dedos. Hipertireoidismo: afinamento e enfraquecimento das unhas, descolamento da parte distal e abaulamento. Hipotireoidismo: unhas opacas e grossas. Lúpus eritematoso: manchas brancas na unha, depressões puntiformes e descolamento da parte distal da unha. Hemorragia da cutícula. Reumatismo: unhas amareladas, com sulcos transversais, lúnula (mancha esbranquiçada e semilunar presente na base da unha) avermelhada e engrossamento sob a unha. Leucemia: unha quebradiça, hiperqueratose (engrossamento) ou perda total da unha. AIDS: é freqüente o acometimento da unha por infecções causadas por fungos, cândida, vírus e herpes e também a presença do sarcoma de Kaposi (tumor vascular) na unha. Outras alterações que devem ser avaliadas: Unheiro e Micoses Alterações nutricionais podem alterar o aspecto das unhas Deficiência de vitamina A: unha com aspecto de casca de ovo, esbranquiçada e quebradiça. Deficiência de vitamina B12: linhas longitudinais escurecidas, cor azul enegrecida. Deficiência de vitamina C: hemorragia subungueal, com a presença de pontos avermelhados no leito ungueal. Deficiência de zinco: coloração acinzentada, cutícula seca e engrossada, descamação intensa ao redor das unhas, linhas transversais bem acentuadas. Deficiência de nicotinamida – vitamina B3 (pelagra - doença dos alcoólatras): linhas transversais esbranquiçadas, ausência de brilho e descolamento da parte distal da unha. Quais os medicamentos que causam alterações no leito ungueal? Minociclina: cor azulada nas unhas. Tetraciclina: cor marrom e descolamento distal. Anticonvulsivantes: diminuição do tamanho das unhas. Antidepressivos: unhas com manchas brancas. FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 12 Outras alterações - fâneros: Fâneros ou fâneros cutâneos são as estruturas visíveis da pele. Compreendem os cabelos, pêlos e unhas. Achado Deficiência/interpretação Aparência geral Perda ponderal Desnutrição < 90% do peso ideal Grave < 70% do peso ideal Redução da massa dos músculos temporais e proximais dos membros Proteína esquelética diminuída Espessura da prega cutânea diminuída pelo “teste da preensão” Reservas de gordura corporal diminuídas Pele, unhas e cabelos Fios de cabelos facilmente arrancados Proteína Equimoses, hemorragia perifolicular Vitamina C Exantema “em tinta descascada” dos membros inferiores Zinco Pele grossa, “bossas de ganso” Vitamina A Hiperpigmentação das áreas expostas à luz solar Niacina, triptofano Coiloníquia Ferro Olhos Palidez conjuntival Anemia Xeroftalmia conjuntival Vitamina A Oftalmoplegia Tiamina Boca e mucosas Seborréia nasolabial Ácidos graxos essenciais Glossite (língua lisa e vermelha) e/ou queilose Riboflavina, niacina, vitamina B12, piridoxina, folato Diminuição da gustação Zinco Sistema neurológico Desorientação Niacina, fósforo Confabulação Tiamina Marcha cerebelar, dismetria Tiamina Neuropatia periférica Tiamina, piridoxina, vitamina E Perda das sensações propioceptivas e vibratória Vitamina B12 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 13 APLICABILIDADE DOS INQUÉRITOS DIETÉTICOS A DIFERENTES GRUPOS POPULACIONAIS Grupo/ estado fisiológico Considerações Gestantes Ingestão muda neste período, estar atento a mudanças devido tabus, crenças. Lactantes Ingestão muda com a intensidade de amamentação. Lactentes com uso de fórmulas infantis Ingestão varia mês a mês. Pré-escolares Ingestão deve ser observada e relatada/anotada pelo cuidador. Escolares Limitação de memória, vocabulário incompleto, desconhecimento dos ingredientes. Adolescentes Ingestão muda com a maturação sexual, padrão alimentar variado, tendência de omissão pelas meninas. Idosos Limitação em recordar alimentos ingeridos, dificuldade de escrita, audição, visão. Indivíduos enfermos Alimentação diferente do habitual, presença de vômito, diarréia, jejum, etc. Analfabetos Avaliação deve ser realizada por outro membro da família ou pelo observador Obesos/magros Tendência a omissão ou inclusão de alimentos que não foram consumidos Atletas Depende da fase de treinamento, ingestão de suplementos, líquidos isotônicos, etc. FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 14 1.0 - GESTANTE 1.1 Primeira consulta coletar os seguintes dados: • Idade gestacional, materna e atividade profissional; • Fatores de risco: idade materna < 17 anos e > 35 anos; esforço físico; stress; exposição a agentes físicos, químicos e biológicos; situação conjugal insegura; baixa escolaridade; condições de moradia desfavorável; altura < 1,45m; peso <45kg e > 75kg; uso de drogas; baixa renda per capta; • História reprodutiva anterior desfavorável; • Doença obstétrica atual: pré-eclâmpsia e eclâmpsia, ganho de peso inadequado, etc; • Intercorrências clínicas: cardiopatias, hipertensão arterial, doenças infecciosas, etc; • Avaliação dos sinais, sintomas digestivos e função intestinal; • Avaliação das condições para o aleitamento materno e orientações para condicionamentos dos mamilos; • Avaliação de exames complementares: glicemia, hemograma, lipidograma e PA; • Coletar peso (pré-gestacional e atual) e estatura • Calcular o IMC atual • Calcular o IMC pré - gestacional • Calcular a semana gestacional, considerando como semana seguinte a partir de 4 dias. Ex. 15 semanas e 4 dias = 16 semanas; • Usar o gráfico de IMC para avaliar o estado nutricional da gestante • Classificar a gestante segundo o gráfico e a tabela de IMC ( à seguir) 1.2 Consultas subseqüentes, segundo Vitolo (2003). • Avaliação do ganho de peso e reavaliação deste ganho até a 40a semana; • Anamnese alimentar detalhada; • Investigação de sinais e sintomas digestivos e da função intestinal; • Acompanhamento dos exames complementares; • Ajuste da orientação nutricional, conforme exames e ganho de peso; • Reforço dos cuidados com as mamas FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 15Fonte: Atalah et al,1997. FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 16 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 17 1.3 - Ganho de peso recomendado – Gestante Estado Nutricional Pré-gestacional IMC – (Kg/m²) Ganho de peso total (kg) no 1º trimestre Ganho de peso semanal (kg) no 2º e 3º trimestres Ganho de peso total (kg) Baixo Peso/adolescente/gemelar -< 19,8 2,3 0,5 12,5 a 18 Adequado- 19,8 a 26 1,6 0,5 11,5 a 16 Sobrepeso- 26 a 29 0,9 0,3 7 a 11,5 Obeso - > 29 - 0,3 < 7 Fonte: Institute of Medicine, 1998. 1.3.1- GANHO DE PESO RECOMENDADO – GESTAÇÃO GEMELAR - IOM Ganho de peso (kg) / semana no 1º trimestre Ganho de peso semanal (kg) no 2º e 3º trimestres Ganho de peso total (kg) - 0,75 16 a 20 Fonte: (IOM) Institute of Medicine, 1990 1.3.2 - GANHO DE PESO RECOMENDADO – GESTAÇÃO GEMELAR - LUKE Estado Nutricional IMC – (Kg/m²) Ganho de peso total (kg) Baixo Peso -< 19,8 22,67 a 28,41 Adequado- 19,8 a 26 18,14 a 24,46 Sobrepeso- 26 a 29 17,23 a 21,31 Obeso - > 29 13,15 a 17,23 Fonte: Luke B.2005 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 18 1.4 – Recomendações nutricionais 1.4.1 - RDA, 1989 Idade (anos) ou condição Kcal / Kg Kcal total / dia Adolescente 11 - 14 47 2200 Adolescente 15 - 18 40 2200 Mulher 19 - 24 38 2200 Mulher 25 - 50 36 2200 Mulher + 51 30 1900 Gestante 1º trimestre - + 0 Gestante 2º trimestre - + 300 Gestante 3º trimestre - + 300 Lactante 1º semestre - + 500 Lactante 2º semestre - + 500 Observações: - Gestantes que iniciem a gravidez baixo peso ou adolescentes devem adicionar + 300 Kcal já no 1º trimestre; - Gestantes que iniciam a gestação com sobrepeso e obesidade devem ser informadas quanto aos riscos e não devem aumentar calorias adicionais durante a gravidez; - Para pacientes eutróficas: usar peso ideal Pré-gestacional; - Para pacientes desnutridas: usar peso ideal; - Para pacientes com sobrepeso / obesidade: usar peso atual (Pré-Gestacional) e não aumentar as calorias. 1.4.2- DRI, 2002 Gestantes = GET calculado com a fórmula específica + Reserva energética da gestação GET: � Para meninas de 9 a 18 anos: � GET = 135,3 – 30,8 x idade (a) + Atividade Física (FA*)x (10,0 x peso [kg] + 934 x altura [m]) + 25 (kcal para crescimento) FA* FA = 1,00 (sedentária) FA = 1,16 (Pouco ativa) FA = 1,31 (Ativa) FA = 1,56 ( Muito ativa) FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 19 � Para mulheres de 19 anos ou mais: � GET = 354 – 6,91 x idade [a] + atividade física (FA**) x (9,36 x peso [Kg] + 726 x altura [m]) FA** FA = 1,00 (sedentária) FA = 1,12 (Pouco ativa) FA = 1,27 (Ativa) FA = 1,45 ( Muito ativa) Reserva energética para gestação ( Incremento gasto + Armazenamento de energia) : 1o trimestre = GET + 0 2º trimestre = GET + 160 kcal + 180 Kcal 3º trimestre = GET + 272 kcal + 180 Kcal 1.4.3-Recomendação da RDA/NRC, 1989: GET = TMB X Fator atividade física TMB segundo FAO/OMS, 1985 Taxa de metabolismo basal segundo a idade materna Idade GEB (kcal/dia) 10 a 18 12,2 P* (kg) + 746 18 a 30 14,7 P* (kg) + 496 30 a 60 8,7 P* (kg) + 829 * Considera o peso pré-gestacional Fator atividade física, segundo FAO/OMS, 1985 Natureza da atividade Fator Leve 1,56 Moderada 1,64 intensa 1,82 Observação: mulheres residentes em regiões urbanas, o fator atividade física varia de 1,3 a 1,5 (VITOLO, 2003). 1.4.4 - Cálculo simplificado: (VITOLO, 2003) GET = 36 kcal/kg de peso ideal pré-gestacional * * Peso ideal pré-gestacional pode ser determinado por : • IMC ( 22 – mediano) • Tabela da Metropolitan Life • Adolescentes – Percentil 50 da curva do NCHS ( National center for Health and Statistics) • Observação: gestante obesa e com um fator de risco (hipertensão), utilizar 30 kcal/kg do peso ideal. 1.4.5 – Recomendações de macro e micronutrientes (RDA e DRI em anexo) FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 20 2. LACTANTES 2.1-Recomendações de energia: IOM 2002 GET= GET calculado com a fórmula do adulto + Gasto da produção de leite 1ºs 6 meses = EER para mulheres + 330 6-12 meses = EER para mulheres + 400 2.2 – Recomendações de macro e micronutrientes (RDA e DRI em anexo,pág.68-73) 2.3 - Orientações de como Amamentar: - Lavar bem as mãos com água e sabão. - Iniciar a amamentação na sala de parto, logo após o nascimento. Este procedimento facilita a rápida descida do leite. - Oferecer o peito sempre que o bebê quiser. Durante o dia e durante a noite ele não precisa de mais nada: nem água, chá, ou outros leites. - Manter a mãe bem posicionada e bem apoiada. - Limpar o peito somente com o próprio leite. - Esvaziar, manualmente, a aréola. Com os dedos polegar e indicador, retirar um pouco de leite. O bebê pega fácil e o mamilo da mãe não dói. -Levar o bebê ao peito e não o peito ao bebê. Manter a posição “barriga com barriga”. O leite sai com facilidade e na quantidade suficiente. - Cuidar para que o bebê abocanhe a maior parte da aréola além de todo o mamilo, observar a abertura da boca e a posição dos lábios “boca de peixe” do bebê. - Deixar o bebê esvaziar um peito antes de oferecer o outro. O leite inicial supre a sede do bebê e o final, a fome. - Na próxima mamada, iniciar pela última mama oferecida. - Fazer o bebê arrotar antes de oferecer o segundo peito. - Acordar o bebê para mamar, sempre que o peito estiver muito cheio. - Esvaziar as mamas, após cada mamada, caso o bebê não consiga esvaziar. - Retirar o mamilo da boca do bebê introduzindo o dedo mindinho no canto da boca do bebê. FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 21 3. CRIANÇAS 3.1 - Recém-nascido 3.1.1 - Avaliar as condições de gestação e nascimento (a termo, pré-termo, baixo-peso – AIG, GIG ou PIG ). 3.1.2 - Avaliar peso e estatura ao nascer. - Classificação da OMS (1997): � Baixo peso ao nascer crianças que nasceram com menos de 2,5Kg � Muito baixo peso de 1,5 a 1Kg de nascimento � Extremo baixo peso com menos de 1Kg - Medir peso, estatura e perímetro cefálico (PC). O PC deve ser usado com a idade corrigida até os 18 meses. - Avaliar ganho de peso/dia: Ganho de peso da criança nascida à termo: Período Média de ganho de peso/dia* 1º trimestre 30 g/dia 2º trimestre 20 g/dia 3º trimestre 15 g/dia 4º trimestre 12 g/dia 2º ano de vida 8 g/dia Obs: Pode perder até 10% do peso na 1ª semana de vida. *Deve-se verificar ganho de peso abaixo destes valores. Ganho Estatural: Período Média de crescimento/ano* 1º ano 25 cm/ ano 2º ano 12 cm/ano 3º ano 8 cm/ano *Ideal > 2 cm/mês1. Perímetro cefálico: Período Média de crescimento/mês 1º trimestre 2 cm/mês 2º trimestre 1 cm/mês 2º semestre 0,5 cm/mês 2º e 3º ano de vida 0,25 cm/mêsFACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 22 – Recomendações para necessidades energéticas 3.1.3.1 – RDA (anexo) • PREMATURA: de 150 a 200 kcal/Kg de peso atual – avaliar as condições – Usar idade corrigida* até os dois anos para realização da avaliação nutricional • O comprimento até os 3 anos e 6 meses, ainda assim pode persistir uma diferença de 1 a 2 cm em relação a população geral. Idade corrigida* (IC)= idade cronológica (em semanas) - (40 - idade gestacional) 3.1.3 – Orientação Nutricional – Crianças de 0 a 6 meses 3.1.3.1 - Em aleitamento materno, segundo Lacerda (2002): • Checar a técnica de amamentação se está correta (pedir à mãe que oferte o peito a criança); • Verificar a irritabilidade da criança; • Freqüência de mamadas; • No de fraldas molhadas (8 a 10 fraldas/dia); • Realizar a promoção do Aleitamento Materno (AM) informando seus benefícios à mãe e a criança. • Conduta nutricional: aleitamento materno exclusivo até 6 mês e em livre demanda. 3.1.4.2 - Em aleitamento artificial, segundo Lacerda (2002), deve-se: • Observar a duração do aleitamento materno; • Ver a possibilidade de promover a relactação e se houver interesse buscar auxílio da enfermagem e atuar em equipe; • Levantar o tipo de leite usado, o no de mamadeiras, volume das mamadeiras, a composição em medidas caseiras e a diluição, técnica de preparo e o tipo de CHO (complexo ou simples); • Instruir a mãe quanto ao preparo e reconstituição do leite; • Verificar as condições de higiene; • Observar o consumo de outros alimentos (tipo, início da introdução, consistência); • Verificar a ingestão hídrica; • Levantar o padrão alimentar da criança por meio de recordatório e freqüência alimentar. • Observar os critérios para a seleção do tipo de leite ou fórmula (renda e local de moradia da família - urbana ou rural; acesso ao produto; condição de conservação; idade; maturidade e saúde da criança). FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 23 3.1.4.3 - Avaliar suplementações necessárias: � Prematuro: Polivitamínico 1x a recomendação e ferro 2 mg/Kg/dia (Até 2 meses) � Crianças – Vit A até 2 anos (inclusive em aleitamento materno) � Crianças – Ferro desde o nascimento se sem aleitamento materno: 1 mg/kg/dia, ou ao desmame se o alimento não for enriquecido de ferro � Crianças não amamentadas e em uso de leite de vaca não enriquecido: polivitamínico (1x a recomendação) desde o nascimento. 3.2 - Criança de 3 meses a 2 anos 3.2.1 - Avaliar as condições de gestação e nascimento (a termo, pré-termo, baixo-peso – AIG, GIG ou PIG) - Coletar peso, estatura e perímetro cefálico - Acompanhar a criança pelo gráfico de crescimento – NCHS P/I e E/I ou OMS Percentil DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL (E/I, P/I, P/E) < p3 Baixa estatura ou Baixo peso ≥ p 3 e < p 10 Risco de baixa estatura ou RN para baixo peso ≥ p10 e < p90 Eutrófico ≥ p90 e < p97 Sobrepeso ≥ p 97 Alta estatura ou Obesidade 3.2.1.1 - Critério de classificação: Gomez (P/I) Índice: (P/I) Peso para idade = Peso observado x 100 Peso esperado para idade CLASSIFICAÇÃO PESO PARA IDADE (%) Eutrofia ≥ 90 Desnutrição grau I 75 – 90 Desnutrição grau II 60 – 75 Desnutrição grau III < 60 3.2.2 - – Recomendações para necessidades energéticas (pág. 68). - Para o cálculo do VET: RDA (em anexo) • PREMATURA: Usar idade corrigida até os dois anos para realizar avaliação nutricional e seguir o cálculo de acordo com o estado nutricional • DESNUTRIDA: Fazer o cálculo com o peso atual e multiplicar pelo fator 1,5. • EUTRÓFICA: Fazer o cálculo com o peso atual • SOBREPESO: Fazer o cálculo com o peso atual • OBESA: Fazer o cálculo com o peso ideal para a estatura FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 24 3.2.3 - Orientação Nutricional – Crianças de 3 meses a 2 anos - PRIORIZAR O ALEITAMENTO MATERNO (até 6 meses exclusivo) após seguir introdução dos alimentos* 3.2.4 - Avaliar suplementações necessárias: � Prematuro: Polivitamínico 1x a recomendação e ferro 2 mg/Kg/dia � Crianças – Vit A até 2 anos (inclusive em aleitamento materno) � Crianças – Ferro desde o nascimento se sem aleitamento materno: 1 mg/kg/dia, ou ao desmame se o alimento não for enriquecido de ferro � Crianças não amamentadas e em uso de leite de vaca não enriquecido: polivitamínico (1x a recomendação) desde o nascimento. 3.3 - Crianças de 2 anos a 10 anos 3.3.1 - Avaliar as condições de gestação e nascimento 3.3.2 - Realizar peso, estatura, CB, PCT e CMB 3.3.3 – Classificar: - Critério de classificação: Waterloo (P/E e E/I) e Jeliffe para P/E acima de 110% 3.3.3.1 - WATERLOO (E/I) Estatura para idade: Estatura observada x 100 Estatura esperada para idade (P/E) Peso para estatura: Peso observado x 100 Peso esperado para estatura observada P/E E/I ≥≥≥≥ 90 <<<< 90 ≥≥≥≥ 95 Eutrofia Desnutrição Atual <<<< 95 Desnutrição Pregressa Desnutrição Crônica 3.3.3.2 - JELIFFE Classificação de Obesidade – P/E: 90 –109,9% - Eutróficos 110 –119,9% - Sobrepeso 120 –129,9% - Pequeno Obeso 130 –139,9% - Médio Obeso 140 –159,9% - Grande Obeso >160% - Obeso Mórbido FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 25 3.3.3.3 - Acompanhar a criança pelo gráfico de crescimento – NCHS E/I e E/I Percentil DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL (E/I, , P/E) < p3 Baixa estatura ou Baixo peso ≥ p 3 e < p 10 Risco de baixa estatura ou RN para baixo peso ≥ p10 e < p90 Eutrófico ≥ p90 e < p97 Sobrepeso ≥ p 97 Alta estatura ou Obesidade 3.3.3.3 - Utilizar a curva de IMC do CDC para comparação(anexo) 3.3.4 – Para o cálculo do peso ideal – P/E 3.3.5 - Para o cálculo do VET: DRI • DESNUTRIDA: Fazer o cálculo com o peso IDEAL • EUTRÓFICA: Fazer o cálculo com o peso atual • SOBREPESO: Fazer o cálculo com o peso atual • OBESA: Fazer o cálculo com o peso ideal para a estatura IMPORTANTE: AVALIAR O ESTADIO PUBERAL PARA AVALIAR A CONDUTA NUTRICIONAL (Tanner ). (Principalmente crianças sobrepeso e obesas) FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 26 3.3.6 – Evolução da alimentação Esquema Alimentar Diário do Lactente em aleitamento materno Horário 6 - 8 meses 8 – 10 meses 10 - 12 meses Pela manhã Aleitamento materno livre demanda Aleitamento materno livre demanda Aleitamento materno livre demanda Intervalo Suco de frutas Suco de frutas Suco de frutas 11-12 horas Refeição de sal Refeição de sal Refeição de sal À tarde* Aleitamento materno livre demanda Aleitamento materno livre demanda Aleitamento materno livre demanda17-18 horas Aleitamento materno livre demanda Refeição de sal Refeição de sal À noite Aleitamento materno livre demanda Aleitamento materno livre demanda Aleitamento materno livre demanda * A mamada da tarde pode ser eventualmente complementada com fruta amassada Esquema Alimentar Diário para o Lactente Alimentado Artificialmente Horário 4 - 8 meses1 8 - 10 meses2 10 - 12 meses3 Pela manhã Leite em mamadeira Leite em mamadeira Leite em copo Intervalo Suco de fruta ou fruta Suco de fruta ou fruta Suco de fruta ou fruta 11-12 horas Refeição de sal Refeição de sal Refeição de sal À tarde Leite com fruta ou cereal Leite com fruta ou cereal Leite com fruta ou cereal 17-18 horas Leite em mamadeira Refeição de sal Refeição de sal À noite Leite em mamadeira Leite em mamadeira Leite em copo 1Dos 4 aos 6 meses: introdução da 1ª refeição de sal e das frutas 2Dos 8 aos 10 meses: introdução da 2ª refeição de sal 3Dos 10 aos 12 meses: a refeição de sal aproxima-se da alimentação da família FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 27 QUANTIDADES DIÁRIAS RECOMENDADAS DOS PRINCIPAIS ALIMENTOS NA ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA CONFORME A IDADE ALIMENTOS Introdução de alimentos (4-12 meses) 1 – 3 anos 4 – 6 anos 7 – 10 anos Arroz, batata, massinha, etc. 1 colher de sopa aumentando para duas gradativamente 2 colheres de sopa duas vezes ao dia 3 colheres de sopa duas vezes ao dia 4 – 5 colheres de sopa duas vezes ao dia Feijão, ervilha, lentilha, etc. 1 colher de sopa aumentando para duas gradativamente a partir do 6º mês ½ concha pequena duas vezes ao dia 1 concha pequena duas vezes ao dia 1 concha média duas vezes ao dia Carnes em geral 1 colher de sopa aumentando para duas gradativamente 2 colheres de sopa duas vezes ao dia 3 colheres de sopa duas vezes ao dia 4 colheres de sopa duas vezes ao dia Legumes cozidos 1 colher de sopa aumentando para duas gradativamente 2 colheres de sopa duas vezes ao dia 3 colheres de sopa duas vezes ao dia 4 colheres de sopa duas vezes ao dia Hortaliças cruas Somente cozidas, iniciando as cruas no 10º mês 2 folhas médias duas vezes ao dia 3 folhas médias duas vezes ao dia 4 folhas médias duas vezes ao dia Frutas 1 unidade /dia 2 unidades/dia 2 unidades/dia 3 unidades/dia Suco de fruta Não substituindo uma mamada 1 copo de 200 ml /dia 1 copo de 200 ml /dia 2 copos de 200 ml /dia Leite 5 – 4 mamadas ou mamadeiras de 200 ml chegando ao final do 1º ano com 3 3 copos de leite de 200 ml 3 copos de leite de 200 ml 2 – 3 copos de leite de 200 ml Pão francês ou biscoitos em geral cereal 30g após o 6º mês 1 pão francês ou 5 biscoitos sem recheio 2 pães franceses ou 10 biscoitos sem recheio 3 pães franceses ou 15 biscoitos sem recheio Doce / açúcares ------------ 50g/dia 50g/dia 100 g/dia Ovo Só a gema iniciando por ¼ até oferecer o total 2 a 3 / semana 2 a 3/ semana 2 a 3/semana Para o cálculo da capacidade gástrica da criança em ml: 30 ml/Kg de peso atual. FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 28 Fonte:(Editorial publicado na revista Jornal de Pediatria 2001;77:153-155) Classificação : � PIG: abaixo do percentil 10; � AIG: entre os percentis 10 e 90; � GIG: acima do percentil 90 � Pré-termo ou prematuro - 24-37 semanas � À termo - 38-42 semanas � Pós-termo > 42 semanas FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 29 4. ADOLESCENTES (10 a 20 anos – Segundo OMS) 4.1 – Avaliar as condições de gestação e nascimento conforme ficha de anamanese. 4.2 - Coletar dados ( peso, estatura, CB, PCT e CMB, PCSE ) conforme ficha de atendimento. 4.3 - Avaliar o estadio puberal (Tanner) AVALIAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE TANNER Rapazes G2: Inicio do crescimento G3: Crescimento G3: Estirão G5: Declínio na velocidade de crescimento Garotas M1: Inicio de crescimento M2:Crescimento M3-M4: Menarca M4:Declínio na velocidade de crescimento M5: Fase adulta Pré-púbere: Meninos: Genitais e pelos púbicos I e Volume testicular 1-3 ml. Meninas: Mamas e pelos púbicos I Púbere: Meninos: Genitais e pelos púbicos II,III e IV, volume 4-12 ml Meninas: Mamas e pelos púbicos II, III, IV. Pós-pubere Meninos : Genitais e pelos púbicos IV e volume 15-25 ml. Meninas: Mamas e pelos púbicos V NOTA: As fases G3 e G4 para meninos e M2 e M3 para meninas são as melhores para uma intervenção dietoterápica, tanto para ganho como para perda de peso. FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 30 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 31 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 32 4.4 - Critério de classificação: IMC e E/I Percentil de IMC por Idade Percentil de IMC por Idade Adolescentes Sexo Feminino Adolescentes Sexo Masculino Idade 5 15 50 85 95 Idade 5 15 50 85 95 10 14,23 15,09 17,00 20,19 23,20 10 14,42 15,15 16,72 19,60 22,60 11 14,60 15,53 17,67 21,18 24,59 11 14,83 15,59 17,28 20,35 23,70 12 14,98 15,98 18,35 22,17 25,95 12 15,24 16,06 18,87 21,12 24,89 13 15,36 16,43 18,95 23,08 27,07 13 15,73 16,62 18,53 21,93 25,93 14 15,67 16,79 19,32 23,88 27,97 14 16,18 17,20 19,22 22,77 26,93 15 16,01 17,16 19,69 24,29 28,51 15 16,59 17,76 19,92 23,63 27,76 16 16,37 17,54 20,09 24,74 29,10 16 17,01 18,32 20,63 24,45 28,53 17 16,59 17,81 20,36 25,23 29,72 17 17,31 18,68 21,12 25,28 29,32 18 16,71 17,99 20,57 25,56 30,22 18 17,54 18,89 21,45 25,95 30,02 19 16,87 18,20 20,80 25,85 30,72 19 17,80 19,20 21,86 26,36 30,66 Fonte: WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. Physica, Status: the use and interpretation of anthropometry. WHO Technical Report Series n. 854. Geneva: WHO, 1995. VALORES DE REFERÊNCIA PARA ADOLESCENTES PONTOS DE CORTE: Percentil do IMC (OMS, 1995) DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL Percentil do IMC (CDC, 2000) DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL < p15 Baixo peso < p5 Baixo peso ≥ p15 e < p85 Eutrófico ≥ p 5 e < p 15 * Risco baixo peso ≥ p 85 Sobrepeso ≥ p15 e < p85 Eutrófico ≥ p85 e < p95 Sobrepeso ≥ p 95 Obesidade . FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - AtendimentoClínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 33 4.4.1 - Percentual de gordura para crianças e adolescentes Soma das dobras: subescapular e tricipital. • MENINAS Se a soma for menor ou igual que 35mm: %G = 1,33 (DCSe+DCT) – 0,013 (DCSe+DCT)² - 2,5 Se a soma for maior que 35mm: %G = 0,546 (DCSe+DCT) + 9,7 • MENINOS Se a soma for menor ou igual que 35mm: %G = 1,21 (DCSe+DCT) – 0,008 (DCSe+DCT)² – Coeficiente. Se a soma for maior que 35mm: %G = 0,783 (DCSe+DCT) – Coeficiente Coeficiente segundo a Idade: Pré-adolescente: 1,7 Adolescente: 3,4 Adulto Jovem: 5,5 TABELAS DE NORMALIDADE PARA O PERCENTUAL DE GORDURA Crianças e Adolescentes de 7 a 17 anos Classificação Masculino Feminino Excessivamente baixa Até 6% Até 12% Baixa 6,01 a 10% 12,01 a 15% Adequada 10,01 a 20% 15,01 a 25% Moderadamente alta 20,01 a 25% 25,01 a 30% Alta 25,01 a 31% 30,01 a 36% Excessivamente Alta > 31,01% > 36,01% Fonte: DEURENBERG, P. , PIETERS, J.J.L., HAUTUAST.J.G.L.. The assessment of the body fat percentage by skinfold thickness measurement in childhood e young adolescent. British Journal of Nutrition, v. 63, n. 2, 1990. 4.5 - Cálculo do peso ideal – IMC P50 4.6 - Métodos para cálculo do gasto energético ( Crianças e adolescentes) 4.6.1. - Taxas energéticas (Kcal/Kg/dia) preconizadas pela FAO/OMS, 1985: Estas fórmulas devem ser utilizadas para crianças e adolescentes sadios ou com doenças leves em acompanhamento ambulatorial FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 34 4.6.1.1 - Recomendações energéticas para lactentes – FAO/WHO/ONU (1985) Consumo Necessidade Recomendações (kcal/dia) Idade (meses) (kcal/kg) (kcal/kg)* Meninos Meninas 0-1 118 124 470 445 1-2 114 116 550 505 2-3 107 109 610 545 3-4 101 103 655 590 4-5 96 99 695 630 5-6 93 96,5 730 670 6-7 91 95 765 720 7-8 90 94,5 810 750 8-9 90 95 855 800 9-10 91 99 925 865 10-11 93 100 970 905 11-12 97 104,5 1050 975 *Necessidades calculadas a partir do consumo calórico médio mais 5% 4.6.1.2 – Gasto energético basal – FAO/OMS(1985) -GEB Idade (anos) Masculino Feminino 0 - 3 60.9 P - 54 61.0 P - 51 3 – 10 22.7 P + 495 22.5 P + 499 10 – 18 17.5 P + 651 12.2 P + 746 4.6.2 – Gasto energético Basal – GEB - SCHOFIELD Idade (anos) Kcal/dia Sexo Masculino 0-3 0,167 (P) + 15,174 (A) – 617,6 3-10 19,59 (P) + 1,303 (A) + 414,9 10-18 16,25 (P) + 1,372 (A) + 515,5 Sexo Feminino 0-3 16,252 (P) + 10,232 (A) – 413,5 3-10 16,969 (P) + 1,618 (A) + 371,2 10-18 8,365 (P) + 4,65 (A) + 200,0 Fonte: STTALINGS E FUNG, 1998. (P) = peso em quilogramas (A) = Altura em centímetros 4.6.2.1 – GET Simplificado Multiplicar o GEB por 20% a 30% no caso de crianças SEDENTÁRIAS Multiplicar o GEB por 40% ou 50 % no caso de crianças ATIVAS FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 35 4.6.2.1 – GET Detalhado Multiplicar o GEB de acordo com as atividades: ATIVIDADE CÁLCULO Dormindo ou deitado GEB X 1 Atividades muito leves GEB X 1,2 A 1,5 Atividades leves GEB X 1,6 A 2,5 Atividades moderada GEB X 3,0 A 5,0 Atividades muito leves – sentado escrevendo, estudando, tocando instrumentos musicais Atividades leves: andando devagar, passeando de bicicleta, dançando, brincando de bola Atividades moderadas- andando depressa, andando de bicicleta, dançando em ritmo acelerado, natação, ginástica olímpica, jogando futebol, vôlei, basquete. Fonte: Samour apud Vitolo2003 4.6.3 – GET - Estimativa das necessidades para o Catch-up Growth: Esta fórmula deve ser utilizada para lactentes e crianças que precisam recuperar seu peso (crianças desnutridas): Kcal/Kg/dia: (a = taxa calórica para a idade) x (b = peso ideal para idade) Peso atual (kg) Onde: 1) a = determinar a taxa calórica para o peso correspondente ao P50 2) b = determinar o peso ideal (P50) para a presente idade da criança 3) Multiplicar “a” por “b” dividir pelo peso atual da criança. 4.6.4 - GET ( Kcal/Cm) - RDA (1989) IDADE SEXO MASCULINO SEXO FEMININO 11 – 14 anos 16 Kcal/cm 14 Kcal/cm 15 – 18 anos 17 Kcal/cm 13,5 Kcal/cm 4.6.5 - DRI, 2002 – Fórmulas para cálculo das Necessidades Energéticas Estas fórmulas devem ser utilizadas para pacientes sadios ou com doenças leves. Utilizar o seguinte critério: • DESNUTRIDA: Fazer o cálculo com o peso IDEAL • EUTRÓFICA: Fazer o cálculo com o peso atual • SOBREPESO: Fazer o cálculo com o peso atual • OBESA: Fazer o cálculo com o peso ideal para a estatura FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 36 Estas fórmulas devem ser utilizadas para crianças sadias ou com doenças leves IDADE GÊNERO ESTIMATIVA DA NECESSIDADE ENERGÉTICA KCAL/DIA Masculino 0-3 meses Feminino (89 x peso da criança [kg] – 100) + 175 (kcal para crescimento) Masculino 4 a 6 meses Feminino (89 x peso da criança [kg] – 100) + 56 (kcal para crescimento) Masculino 7 a 12 meses Feminino (89 x peso da criança [kg] – 100) + 22 (kcal para crescimento) Masculino 13 a 35 meses Feminino (89 x peso da criança [kg] – 100) + 20 (kcal para crescimento) Masculino 88,5 – (61,9 x idade) + Atividade Física x [(26,7 x peso [kg]) + (903 x altura [m]) ]+ 20 (kcal para crescimento) 3 a 8 anos Feminino 135,3 – (30,8 x idade) + Atividade Física x [(10,0 x peso [kg]) + (934 x altura [m]) ]+ 20 (kcal para crescimento) Masculino 88,5 – (61,9 x idade) + Atividade Física x [(26,7 x peso [kg]) +(903 x altura [m])] + 25 (kcal para crescimento) 9 a 18 anos Feminino 135,3 – (30,8 x idade) + Atividade Física x [(10,0 x peso [kg]) + (934 x altura [m]) ]+ 25 (kcal para crescimento) IOM,2002 CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA* IDADE GÊNERO SEDENTÁRIA BAIXA ATIVA MUITO ATIVA Masculino 1,00 1,13 1,26 1,42 3 A 18 ANOS Feminino 1,00 1,16 1,31 1,56 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 37 Para crianças e adolescentes com diagnóstico e sobrepeso e Obeso IDADE GÊNERO TAXA DE METABOLISMO BASAL (TMB) ESTIMATIVA DA NECESSIDADE ENERGÉTICA TOTAL (NET) KCAL/DIA 3 a 18 anos Masculino TMB= 420 – 33,5 x idade [a] + 418 x altura [m] + 16,7 x peso (kg) Após multiplicar pelo FA* para achar o GET 3 a 18 anos Feminino TMB=516 – 26,8 x idade [a] + 347 x altura [m] + 12,4 x peso (kg) Após multiplicar pelo FA* para achar o GET MANUTENÇÃO DE PESO EM SOBREPESO E OBESOS IDADE GÊNERO ESTIMATIVA DA NECESSIDADE ENERGÉTICA TOTAL (NET) KCAL/DIA 3 a 18 anos Masculino 114 – (50,9 x idade) + Atividade Física x [(19,5 x peso [kg]) + (1161,4 x altura [m]) ] Feminino 389 – (41,2 x idade) + Atividade Física x (15,0 x peso [kg] + 701,6 x altura [m]) Coeficiente de atividade física: CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA PARA DIAGNÓSTICOS DE SOBREPESO E OBESOS IDADE GÊNERO SEDENTÁRIA BAIXA ATIVA MUITO ATIVA Masculino 1,00 1,12 1,24 1,45 3 A 18 ANOS Feminino 1,00 1,18 1,35 1,60 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição- Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 38 4.6.6 .Cálculo Simplificado para o VET • 1000 Kcal para o 1º ano de vida • Adicionar 100 Kcal para cada ano até a idade de 11 anos Sexo feminino 11 a 15 anos adicionar 100 Kcal por ano depois de 10 anos > 15 anos calcular para adultos Sexo masculino 11 a 15 anos adicionar 200 Kcal para cada ano depois dos 10 anos > 15 anos , adicionar: 10 Kcal/Kg ( muito ativo) 8 Kcal/Kg ( atividades leves) 7Kcal/Kg ( sedentário) Fonte: Chalms, K H apud Vitolo(2003) FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 39 5. ADULTOS 5.1 – Coletar dados conforme ficha de anamanese. 5.2 - Coletar dados ( peso, estatura, circunferências, dobras cutâneas...) conforme ficha de atendimento. 5.3 – Classificar: 5.3.1 - Conforme: IMC – OMS IMC Classificação < 16 Magreza grau 3 – grave 16 – 16.99 Magreza grau 2 – moderada 17 – 18.49 Magreza grau 1 – leve 18.5 – 24.9 Eutrofia 25 – 29.9 Pré – obesidade – Sobrepeso 30 – 34.9 Obesidade grau 1 35 – 39.9 Obesidade grau 2 > 40 Obesidade grau 3 OMS,1997 5.3.2 - Conforme percentual de gordura corporal: 5.3.2.1 - Bioimpedância ( adultos sobrepeso e obeso) – Orientações na pg.37. 5.3.2.2 - Utilizar o somatório de 4 pregas para adultos eutróficos; Orientações na pg 39 5.3.2.3 - Valores de referências para percentuais de gordura corporal para sedentários e ou praticantes de atividade física leve: Gordura corporal (%) Homens Mulheres Risco de doenças e desordens associadas à desnutrição < 5 < 8 Abaixo da média 6 - 14 9 – 22 Média 15 23 Acima da média 16 - 24 24 – 31 Risco de doenças associadas à obesidade > 25 > 32 Fonte: LOHMAN et al, 1992 5.3.2.4 - Valores de referências para percentuais de gordura corporal para sedentários e ou praticantes de atividade física leve: Gordura corporal (%) CLASSIFICAÇÃO Homens Mulheres Magro < 8 < 13 Ótimo 8 – 15 13 – 23 Leve Adiposidade 16 – 20 24 – 27 Adiposidade 21 – 24 28 – 32 Obesidade > 25 > 33 Fonte: Adaptado de NIEMAN, 1995 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 40 5.3.3 – Circunferência da cintura 5.3.3.1 - Risco de complicações metabólicas associadas à Obesidade Risco Elevado Muito Elevado Mulheres >/= 80 cm >/= 88 cm Homens >/= 94 cm >/= 102 cm OMS.1998 5.3.4 - Circunferência do braço – CB – (Pg 40) VALOR ENCONTRADO CLASSIFICAÇÃO ≤ P5 DESNUTRIDO P5 – P10 RISCO DE DESNUTRIÇÃO P10 – P85 EUTROFIA P85 – P90 SOBREPESO ≥ P90 OBESO 5.3.4.1 - Adequação da CB(%) = CB obtida (cm) X 100 CB Percentil 50 5.3.4.2 - Estado nutricional Segundo CB Desnutrição Grave Desnutrição Moderada Desnutrição Leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade CB <70% 70 a 80 % 80 a 90 % 90 a 110 % 110 a 120% >120% BLACKBURN & THORNTON,1979 5.3.5 – Prega Cutânea Tricipital – PCT – (Pg 41) VALOR ENCONTRADO CLASSIFICAÇÃO ≤ P5 DESNUTRIDO P5 – P10 RISCO DE DESNUTRIÇÃO P10 – P85 EUTROFIA P85 – P90 SOBREPESO ≥ P90 OBESO BLACKBURN & THORNTON,1979 5.3.5.1 - Adequação da PCT(%) = PCT obtida (cm) X 100 PCT Percentil 50 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 41 5.3.5.2 – Estado nutricional Segundo PCT Desnutrição Grave Desnutrição Moderada Desnutrição Leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade PCT <70% 70 a 80 % 80 a 90 % 90 a 110 % 110 a 120% >120% BLACKBURN & THORNTON,1979 5.3.6 – Circunferência Muscular do Braço – CMB – (Pg 42) CMB (cm) =CB (cm) – [0,314 x DCT (mm) ] 5.3.6.1 - Adequação da CMB(%) = CMB obtida (cm) X 100 CMB Percentil 50 5.3.6.2 - Estado nutricional Segundo CMB Desnutrição Grave Desnutrição Moderada Desnutrição Leve Eutrofia CMB <70% 70 a 80 % 80 a 90 % 90 % BLACKBURN & THORNTON,1979 Atenção: Não existe classificação de sobrepeso e obesidade através da CMB, pois esta medida avalia massa magra! 5.4 – Solicitar e/ou analisar os exames bioquímicos a serem acompanhados de acordo com a doença apresentada e o estado nutricional. 5.4.1 – Se for realizar os exames na clinica da Fag as orientações estão na página.43. 5.5 - Cálculo do peso ideal – OMS (IMC - 21,5, porém respeitar individualidades, ossaturas, etc.) 5.5 - Para o cálculo do VET: Utilizar a fórmula conforme conduta adequada. 5.5.1 - Necessidades energéticas totais pelo método de HARRIS BENEDICT Esta fórmula é utilizada habitualmente para pacientes internados ou em acompanhamento ambulatorial que apresentam doenças crônicas. Onde: P: Peso em Kg A: Altura em cm I: Idade em anos Homens: TMB = 66 + (13.7 x P) + (5.0 x A) – (6.8 x I) Mulheres: TMB = 655 + (9.6 x P) + (1.8 x A) – (4.7 x I) FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 42 Parâmetros para aplicação: - Peso ideal se o objetivo é o ganho de peso - Peso atual se o paciente for eutrófico - No caso de obesidade pode-se usar o peso ajustado: Peso ajustado = ( Peso ideal – Peso atual ) X 0,25 + Peso atual Cuppari,2005. GET = TMB X FA X FI X FT FATOR ATIVIDADE: Paciente confinado ao leito: 1,2 Paciente acamado, porém móvel: 1,25 Paciente que deambula: 1,3 FATOR INJÚRIA: • Câncer: 1.1 – 1.45 • Cirurgia eletiva: 1.0 a 1.1 • Desnutrição grave: 1.5 • Fraturas múltiplas: 1.2 – 1.35 • Infecção grave: 1.3 – 1.35 • Insuficiência cardíaca: 1.3 – 1.5 (sem fator atividade) • Insuficiência hepática: 1.3 – 1.55 • Insuficiência renal aguda: 1.3 • Manutenção de peso: 1.2 - 1.5 • Operação eletiva: 1.75 • Paciente não complicado: 1.0 • Pancreatite: 1.3 – 1.8 • Pequena cirurgia: 1.2 • Pequena cirurgia: 1.2 • Pequeno trauma de tecido: 1.14 – 1.37 • Peritonite: 1.2 – 1.5 • PO de cirurgia cardíaca: 1.2 –1.5 • PO de cirurgia geral: 1.0 – 1.5 • Politraumatizados: 1.9 • Queimadura: ( até 20%): 1.0 - 1.5 • Queimadura: (20 – 40%): 1.5 – 1.85 • Queimadura: (40 – 100%): 1.85 – 2.05 • Queimaduras extensas: 2.7 • Septicemia:1.4 – 1.8 • Septicemia: 1.6 • Transplante de fígado: 1.2 – 1.5 • Transplante de medula óssea: 1.2 – 1.3 • Trauma esquelético: 1.35 • Desnutrição Grave : 1,5 Fonte:- Long e col., 1979 FATOR TÉRMICO TEMPERATURA CORPORAL Sem febre 38º C 39º C 40º C 41º C FATOR TÉRMICO 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 Fonte: Kinney citado por Guimarães ,2008 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 43 5.5.2 - Taxas energéticas preconizadas pela FAO/OMS, 1985. Esta fórmula deve ser utilizada para indivíduos sadios ou em acompanhamento ambulatorial com doenças leves. TMB Idade (anos) Masculino Feminino 10 – 18 16.6 P + 77 A + 572 7.4 P + 482 A + 217 18 – 30 15.4 P +27 A + 717 13.3 P + 334 A + 35 30 – 60 11.3 P + 16 A + 901 8.7 P – 25 A + 862 > 60 8.8 P + 11 A +1071 9.2 P + 637 A – 302 P= Peso (kg) A= A (m) FATOR ATIVIDADE Idade em anos Atividade ocupacional Fator atividade MULHERES Fator atividade HOMENS 18,1 – 30 anos Leve 1,55 1,55 Moderada 1,65 1,80 Intensa 1,80 2,10 30,1 – 65 anos Leve 1,55 1,55 Moderada 1,65 1,80 Intensa 1,80 2,10 65,1 ou mais Leve 1,40 1,40 Moderada 1,60 1,60 Intensa 1,80 1,90 GET = TMB x FA Se o paciente for sedentário, multiplicar a TMB por 1,2 para o cálculo do GET. 5.5.3 - DRI, 2002 - FÓRMULAS PARA CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS. Parâmetros para aplicação: • DESNUTRIDO: Fazer o cálculo com o peso IDEAL • EUTRÓFICO: Fazer o cálculo com o peso atual • SOBREPESO / OBESO: Fazer o cálculo com o peso ideal e nunca prescrever dieta com valor energético menor que a taxa metabólica basal previamente calculada FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 44 Equações para estimativa da necessidade energética de adultos IDADE GÊNERO ESTIMATIVA DA NECESSIDADE ENERGÉTICA BASAL(TMB) ESTIMATIVA DA NECESSIDADE ENERGÉTICA TOTAL KCAL/DIA Masculino TMB= 293 – 3,8 x idade (anos) + 456,4 x estatura (m) + 10,12 x peso (Kg) 662 - (9,53 x idade(anos)) + Atividade Física x [(15,91 x peso [kg]) +(539,6 x altura [m])] 19 anos ou mais Feminino TMB= 247 – 2,67 x idade (anos) + 401,5 x estatura (m) + 8,6 x peso (kg) 354 – (6,91 x idade) + Atividade Física x [(9,36 x peso [kg]) + (726 x altura [m]) ] Fonte:IOM,2002 Fonte:IOM,2002 Equações para estimativa da necessidade energética de adultos com sobrepeso e obesos de 19 anos ou mais: IDADE GÊNERO ESTIMATIVA DA NECESSIDADE ENERGÉTICA TOTAL KCAL/DIA PARA DIAGNÓSTICOS DE SOBREPESO E OBESOS Masculino GET = 1086 – 10,1 x idade [a] + atividade física x (13,7 x peso [Kg] + 416 x altura [m]) 19 anos ou mais Feminino GET = 448 – 7,95 x idade [a] + atividade física x (11,4 x peso [Kg] + 619 x altura [m]) CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA IDADE GÊNERO SEDENTÁRIA BAIXA ATIVA MUITO ATIVA Masculino 1,00 1,11 1,25 1,48 19 ANOS ou mais Feminino 1,00 1,12 1,27 1,45 CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA PARA DIAGNÓSTICOS DE SOBREPESO E OBESOS IDADE GÊNERO SEDENTÁRIA BAIXA ATIVA MUITO ATIVA Masculino 1,00 1,12 1,29 1,59 19 ANOS ou mais Feminino 1,00 1,16 1,27 1,44 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 45 ATIVIDADES FÍSICAS RELACIONADAS A CADA NIVEL DE ATIVIDADE FÍSICA (AF) Nível de atividade física Atividade Física Sedentário Trabalhos domésticos, de esforço moderado, caminhadas para atividades relacionadas com o cotidiano, ficar sentado por varias horas. Leve (Baixa) Caminhadas (6,4 Km/h) além das mesmas atividades relacionadas ao NAF sedentário. Moderado (Ativo) Ginástica aeróbica, corrida, natação, jogar tênis, além das mesmas atividades relacionadas ao NAF sedentário. Intenso(Muito Ativo) Ciclismo de intensidade moderada, corrida, pular corda, jogar tênis, além das mesmas atividades relacionadas ao NAF sedentário. Cuppari,2005 5.5.4 FÓRMULAS DE BOLSO Necessidade energética total estimada por recomendação de energia por quilo de peso corporal segundo o objetivo da intervenção nutricional OBJETIVO RECOMENDAÇÃO Para perda de peso 20-25 Kcal/kg peso/dia Para manutenção do peso 25-30 Kcal/kg peso /dia Para ganho de peso 30-35 Kcal/kg peso /dia Citado por Martins e Cardoso 2000) Necessidade energética total estimada por recomendação de energia por quilo de peso corporal segundo o objetivo da intervenção nutricional para indivíduos em condição de catabolismo OBJETIVO RECOMENDAÇÃO Para manutenção do peso 30-35 Kcal/kg peso/dia Para ganho de peso 35-40 Kcal/kg peso /dia Citado por Martins e Cardoso 2000) Necessidade energética total estimada por recomendação de energia por quilo de peso corporal segundo o objetivo da intervenção nutricional para pacientes com obesidade mórbida OBJETIVO RECOMENDAÇÃO Restrição energética moderada 15 a 20Kcal/Kg peso atual/dia ( nunca inferior a TMB) Citado por Martins e Cardoso 2000) FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 46 Bioimpedância - Orientar as seguintes recomendações prévias: - Jejum hídrico e sólido nas 4 horas que antecedem o teste, - Evitar consumo de cafeína (café, chá, chocolate, refrigerante tipo cola) 24 h antes do teste. - Não praticar atividade física moderada ou intensa nas 12 horas que antecedem o teste, - Não consumir bebidas alcoólicas nas 48 horas que antecedem o teste, - Não ingerir medicamentos diuréticos nos 7 dias que antecedem o teste, - Urinar dentro dos 30 minutos que antecedem o teste, - O paciente deverá permanecer deitado por no mínimo 5 minutos antes de iniciar o exame para garantir a distribuição homogênea dos fluidos corporais - A pele deve ser higienizada com álcool para melhorar a aderência - O paciente não deve tocar as superfícies(maca) ou objeto metálicos(objetos pessoais) durante o exame - Não avaliar : mulheres com retenção aumentada de líquidos em função do estágio de seu ciclo menstrual, pacientes com marcapasso e gestantes. Uso do aparelho de BIA da clínica da FAG - A chave geral do aparelho deverá estar no “I”, ligar “on” - Apertar “data” e colocar os dados do paciente - Ligar os eletrodos, sendo os vermelhos no punho e anterior do calcanhar e o preto no início dos dedos médios da mão e do pé no lado direito do paciente - Apertar “test” DUAS vezes - Anotar os resultados ou apertar “print” para imprimir os resultados - Desligar “on” - TECLADO EM GERAL: � CLEAR: limpa os resultados caso digitação incorreta � COMP: mostra os resultados da gordura %, massa gorda, massa magra e TMB � DATA: permite digitar os dados da pessoa � ENTER: avança o cursor � OHMS: mostra a resistência e reactância � TBW: mostra os valores da água corporal AGUA CORPORAL TOTAL: • Os níveis normais de hidratação indicam que os indivíduos de ambos os sexos devem apresentar entre 69% a 75% de água na massa magra. • Índices acima de 75% podem indicar retenção hídrica • Índices abaixo de 69% podem indicar Desidratação, eventualmente devido à falta de preparo adequado para o exame e ocorre a leitura de Bioresistência acima dos valores normais, podendo levar a umasuperestimativa da gordura percentual em até 5%. FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 47 SOMATÓRIO DAS 4 PREGAS- - Utilizar o somatório de 4 pregas para adultos eutróficos; - Instruções gerais para a aferição das dobras cutâneas: - Identificar e marcar o local a ser medido; - Segurar a prega formada pela pele e pelo tecido adiposo com os dedos polegar e indicador da mão esquerda a 1 cm do ponto marcado; - Manter a prega entre os dedos até o término da aferição; - A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo de dois a três segundos; - Utilizar a média de três medidas. DOBRA CUTÂNEA TRICIPITAL DOBRA CUTÂNEA BICIPITAL DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR DOBRA CUTÂNEA SUPRAILÍACA FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 48 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 49 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 50 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 51 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 52 - USO DOS APARELHOS DE MEDIÇÃO BIOQUÍMICA DE GLICEMIA, TRIGLICERIDEMIA E COLESTEROL - Os aparelhos devem ser utilizados sempre na presença do supervisor; - O uso da medição deve ser restrita às pessoas que não tem condições de realizar as medidas em laboratórios particulares ou pelo SUS; - A glicemia poderá ser feita para avaliar o controle glicêmico do paciente portador de diabetes que não tiver uma unidade básica de saúde próximo à sua casa para realizá-lo - A glicemia poderá ser feita em jejum, ou 2 horas pós – prandial. - O colesterol e triglicérides devem ser feitos em jejum completo de 10 a 12 horas. Uso do aparelho: - Colocar luvas e higienizar com algodão e álcool o dedo do paciente, que deverá estar bem seco ao realizar o teste; - Preparar o lancetador; - Preparar o aparelho verificando primeiro o código da fita a ser utilizada e após colocando a tira para o teste respectivo (glicemia, colesterol e triglicérides) até que ele sinalize que está pronto (EV); - Abrir o local que fica a fita; - Furar o dedo do paciente, preferencialmente no nº 03, nas laterais do dedo; - Colocar o sangue na fita, cobrindo toda a área reservada para isso com sangue (em amarelo) ; - Fechar o aparelho e esperar ele dar o resultado da medição. 5.4.2 – Interpretação da Glicemia para adultos e crianças: Jejum: - 70-110mg/dl - Normal - 100-110mg/dl: provável pré diabetes - Acima de 110mg/dl: provável diabetes - Solicitar investigação ao médico quando os valores forem acima de 100 mg/dl. Duas horas pós prandial: (medida sempre após 2 horas de se alimentar) - Abaixo de 140 mg/dl: ideal - 140-200mg: Provável Pré-diabetes - Acima de 200mg: Provável diabetes. - Solicitar investigação ao médico quando os valores forem acima de 140 mg/dl. LO – Abaixo de 20 mg/dl HI – Acima de 600 mg/dl FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 53 5.4.3 – Interpretação do Colesterol para adultos: Abaixo de 200 mg/dl LO – Abaixo de 150 mg/dl HI – Acima de 300 mg/dl Triglicérides para adultos: Abaixo de 150mg/dl LO – Abaixo de 70 mg/dl HI – Acima de 600 mg/dl Colesterol e triglicérides para crianças deverão seguir as tabelas específicas conforme a idade. Abaixo valores de referência segundo Kwiterowich (1989) para crianças acima de 2 anos até adolescentes de 19 anos de idade. Valores (Mg/dl) Lipídios Idade Desejáveis Limítrofes Aumentados CT < 170 170 a 199 >/=200 LDL-C < 110 110 a 129 >/= 130 HDL-C < 10 anos >/= 40 10 a 19 anos >/=35 TG <10 anos </= 100 >100 10 a 19 anos </= 130 >130 SBP/SBC/1989 FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 54 6. IDOSOS 6.1 – Coletar dados conforme ficha de anamanese. 6.2 - Coletar dados ( peso, estatura, circunferências...) conforme ficha de atendimento. 6.3 – Classificar: 6.3.1 - Conforme: IMC – OMS IMC Classificação < 22 Magreza 22 - 27 Eutrofia > 27 Excesso de peso Fonte: LIPSCHITZ, D.A., 1994. 6.3.2 - Conforme: IMC – OPAS Fonte: Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS)2003* http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/l_saber.pdf 6.4 - Exames bioquímicos a serem acompanhados: de acordo com a doença apresentada e estado nutricional, atenção às doenças da idade. 6.5 - Cálculo do peso ideal: determinar IMC entre 22-27 6.6 - Para o cálculo do VET: Utilizar a fórmula conforme conduta adequada. 6.6.1 - Necessidades energéticas e protéicas • Segundo SBAN (1990) as recomendações energéticas para idosos são: Sexo masculino: 2200 Kcal/dia Sexo feminino: 1850 Kcal/dia • Há uma redução das necessidades energéticas de 2 a 4% por década; • Necessidade protéica segundo Waitzberg (2001): 0,8 a 1,0 g/ kg/ dia; IMC (kg/m2) Classificação < 23 Baixo peso 23 > IMC < 28 Eutrofia ≥ 28 e < 30 Sobrepeso ≥ 30 Obesidade FACULDADE ASSIS GURGACZ Curso de Nutrição - Atendimento Clínico – Ambulatorial ____________________________________________________________________________________ 55 7. CASOS ESPECIAIS 7.1 - Síndrome de Down 7.1.1 - Fazer as avaliações pertinentes à idade, porém usar a curva específica para Síndrome de Down ( Pg 47 E 48) 7.1.2 - Critérios de classificação de IMC para Sd Dows : Baixo Peso Normal Sobrepeso Obeso Menino < 20 20 a 27 27 a 31,5 + 31,5 Menina < 22 22 a 28,5 28,5 a 32,5 + 32,5 7.1.3 - Orientações dietéticas: • Prevenir problemas emocionais que possam levar a ingestão excessiva de alimentos (gula); • Paciente inativo: compensar reduzindo a ingestão calórica; • Tratar constipações, diarréias e infecções; • Suprir a demanda de calorias e proteínas de acordo com a idade e evitar prejuízos adicionais
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