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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Aline Seelig Luciana Guaragna Souza Porto Alegre, 02 de julho de 2002� TUBULÃO Este trabalho trata de uma revisão e reapresentação de material didático, sobre um assunto visto em aula e pesquisado em livros, TUBULÂO. A execução de uma fundação em tubulão consiste na escavação manual ou mecânica, de um poço, até encontrar um solo com a tensão admissível prevista em projeto, e na abertura de uma base alargada neste terreno a fim de transmitir a carga do pilar através de uma pressão compatível com as características do terreno. São os tipos de tubulões que se pode utilizar: tubulão a céu aberto e tubulão pneumático. � sumário INTRODUÇÃO 04 1. Definição 05 2. Tubulões a céu aberto 06 3. Tubulões a ar comprimido 08 4. Dimensionamento de fundação por tubulão 09 4.1 Dimensionamento da Base 10 4.2 Cálculo do Fuste do Tubulão 11 4.3 Cálculo da Cabeça do Tubulão 12 5. EXEMPLO APLICADO 14 5.1 Apresentação do Problema 14 5.2 Solução 14 5.3 Detalhamento Final 16 CONCLUSÃO 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 18 ANEXOS 19 � INTRODUÇÃO Tubulão é um elemento de fundação profunda, cilíndrico ou retangular, executado com ou sem revestimento, manual ou mecanicamente, em que, pelo menos na sua etapa final de escavação, há descida de operário. Pode ser feito a céu aberto ou sob ar comprimido (pneumático), e ter ou não base alargada. Tubulão a céu aberto é um poço executado acima do nível d’água, ou abaixo caso seja possível bombeá-la sem risco de desabamento. A carga é transmitida até o solo resistente através do fuste ou através de uma base alargada. Após a escavação e feita a limpeza ou esgotamento da água, procede-se a concretagem. Não há necessidade de utilização de vibrador, desde que o concreto tenha plasticidade adequada. Para obras em que o terreno superior seja instável, ou dentro de lagos, rios etc, os tubulões podem ser revestidos com camisas de concreto ou de aço. Neste caso, pode ser adaptado ao tubulão equipamento pneumático de forma a permitir que os trabalhos sejam executados a seco, com pressão de ar comprimido. � 1. Definição Elemento de fundação profunda, normalmente cilíndrico, em que, pelo menos na sua etapa final, há descida de operário. Pode ser feito a céu aberto ou sob ar comprimido (pneumático) e ter ou não base alargada. Pode ser executado com ou sem revestimento, podendo este ser de aço ou de concreto. No caso de revestimento de aço (camisa metálica), este poderá ser perdido ou recuperado. Os tubulões são fundações de grande diâmetro e elevada capacidade de carga, com seção circular e geralmente com base alargada. A NBR 6122/96 recomenda que a base do tubulão deve ser dimensionada de modo a evitar alturas superiores a 2m. 1.1 Tipos de Tubulões: São classificados de acordo com o processo construtivo: A céu aberto: escavados manualmente com ou sem escoramento lateral; Mecânicos: executados pela cravação de camisa metálica, escavando-se seu interior; Pneumáticos: escavados manualmente abaixo de nível freático com o auxílio da aplicação de uma contra-pressão. � 2. Tubulões a céu aberto Os tubulões a céu aberto são elementos estruturais de fundações profundas, de grande porte, com seção circular, que apresentam, em geral, a base alargada e que são executados, como o nome sugere, a céu aberto. São construídos, primeiramente: (a) escavando-se, manual ou mecanicamente, um poço revestido ou não por uma camisa de concreto armado ou por camisa metálica; (b) em seguida alarga-se a base preocupando-se com a posterior limpeza do fundo; (c) posiciona-se a armação e; (d) concreta-se o tubulão, com ou sem recuperação do revestimento. � O fuste, normalmente, é de seção circular, adotando-se 70 cm como diâmetro mínimo (para permitir a entrada e saída de operários). Esta dimensão deve também ser usada quando se perfura mecanicamente o fuste. Ao contrário do fuste, a projeção da base do tubulão, poderá ser circular ou em forma de falsa elipse. � 3. Tubulões a ar comprimido Pretendendo-se executar um tubulão num terreno onde haja muita água, o esgotamento da escavação, por meio de bombas, é difícil, além do que é inexeqüível a construção da base abaixo do nível d’água, devido ao perigo de desmoronamento do solo. Estes obstáculos são vencidos com o uso do tubulão pneumático, o qual mantém a água afastada da câmara de trabalho por meio de ar comprimido. A NBR 6122/96 recomenda que toda a armadura longitudinal necessária seja colocada, preferencialmente, na camisa. Caso não seja possível, deve ser acrescentada uma armadura no núcleo, a qual deve ser montada de maneira que seja suficientemente rígida, de modo a não se deformar durante o manuseio e a instalação. O cálculo desta armadura é feito no estado limite de ruptura adotando-se (f=1,4, (c=1,5 (com revestimento), (c=1,6 (sem revestimento) , (s=1,15. � 4. Dimensionamento de fundação por tubulão O dimensionamento de fundação por tubulões deve obedecer ao critério de que o centro de gravidade da área do fuste e da área da base do tubulão deve coincidir com o ponto de aplicação da carga do pilar. De uma forma geral, basta um tubulão para transferir a carga do pilar para o terreno de apoio. � 4.1 Dimensionamento da Base Normalmente, a base do tubulão é dimensionada como um bloco de concreto simples, sem armadura. Porém, quando em divisas, adotamos, quando for o caso, base em forma de “falsa elipse”, onde: 4.2 Cálculo do Fuste do Tubulão Dimensionamos como um pilar simples, de acordo com a NBR 6118, com ou sem As, dispensando-se a verificação a flambagem, desde que totalmente enterrado. Para o caso mais corrente, de um pilar/fuste não armado (As(0) temos: sabendo-se que (f=1,4, (=1,1 e que para tubulão sem revestimento temos: (c=1,6, fck(14Mpa. NBR 6122/96 ( para o cálculo de fck adotamos: fck ( 25MPa ( pré-moldada 35MPa ( pré-moldada / usina com controle 18MPa ( revestimento perdido 16MPa ( revestimento recuperado ou concretagem com tremonha/ caçamba. 14MPa ( sem revestimento 18MPa ( estacas tipo strauss 4.3 Cálculo da Cabeça do Tubulão Segundo Langendonck, a maior tensão transversal de tração será: Dispensando-se a armadura de fretagem, segundo CEB: onde: Em caso contrário, isto é, quando (a e/ou (b>(t, teremos As fretagem determinada por: � 5. EXEMPLO APLICADO 5.1 Apresentação do Problema Projetar um tubulão para o pilar abaixo, assente na cota -6,00m, sabendo que o solo permite escavação a céu aberto e que (s=0,2 MN/m2. Dados: d= 90cm fck= 15Mpa CA50A N= 1000kN a= 30cm b= 70cm 5.2 Solução Verificação do fuste: (com fck (14Mpa – NBR 6122) < 90cm OK!!! Dimensionamento da base: dimensionamento do bloco � ( utilizando-se o gráfico, (min(47° Armadura de fretagem (lo=90cm): Pilar: Fuste: Compressão: (co,d < (cod,u OK!!! Tração: direção // a Como (ta > ( necessitamos armadura de fretagem // a. em 5 camadas ( ( 6(6,3( ) Tração: direção // b Como (tb < ( não necessitamos armadura de fretagem // b. 5.3 Detalhamento Final � CONCLUSÃO Com o desenvolvimento deste trabalho podemos verificar a importância de um correto dimensionamento dos tubulões, pois a falta de um critériorazoável neste sentido pode provocar acidentes. Sendo assim, soluções conservadoras são aconselhadas enquanto maior experiência não tiver sido acumulada. Verificamos que os tubulões são elementos estruturais de fundação profunda que diferenciam-se das estacas porque em pelo menos na sua etapa final há descida de operário para completar a geometria da escavação. Mas, assemelha-se aos blocos de concreto simples (fundação superficial), pois sua base é calculada do mesmo modo. Lembramos ainda, que com o uso do tubulão pneumático, o qual mantém a água afastada da câmara de trabalho por meio de ar comprimido pode-se executar um tubulão num terreno onde haja muita água, pois o esgotamento da escavação, por meio de bombas, é difícil, além do que é inexeqüível a construção da base abaixo do nível d’água, devido ao perigo de desmoronamento do solo. � Referências bibliográficas Oliveira Filho, Ubirajara Marques Fundações profundas: estudos. 3ª edição revisada e ampliada – D.C. Luzzato Ed., 1988. Prof. Francisco Xavier P. da Rocha Fundações 2ª parte – Escola Politécnica – PUCRS 1969. Vários Autores – Vários Editores Técnicos Fundações: Teoria e Prática – 2ª edição – Pini. Páginas da Internet com visitas a obras de execução de fundações em tubulão. � EMBED Word.Picture.8 ��� _1085868650.unknown _1086162514.unknown _1086163800.unknown _1086435888.unknown _1086435980.unknown _1086436008.unknown _1086441645.doc _1087131437.unknown _1086436244.unknown _1086435987.unknown _1086435933.unknown _1086164087.unknown _1086164298.unknown _1086164361.unknown _1086435794.unknown _1086164319.unknown _1086163864.unknown _1086163994.unknown _1086163584.unknown _1086163605.unknown _1086163707.unknown _1086163598.unknown _1086163160.unknown _1086163200.unknown _1086163577.unknown _1086162971.unknown _1086161899.unknown _1086162040.unknown _1086162455.unknown _1086161980.unknown _1085868928.unknown _1086161733.unknown _1085868857.unknown _1085867243.unknown _1085868319.unknown _1085868479.unknown _1085868598.unknown _1085868422.unknown _1085867585.unknown _1085867815.unknown _1085867484.unknown _1085866667.unknown _1085866951.unknown _1085867013.unknown _1085866803.unknown _1085866444.unknown _1085866553.unknown _1085866357.unknown
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