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Resumo Empresarial III Recuperação Judicial e Extrajudicial

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RESUMO – DIREITO EMPRESARIAL III – 1A UND
RECUPERAÇÃO DE EMPRESA
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
- Preservação da empresa (a atividade empresarial é preservada);
- Separação do conceito de empresa e empresário (a atividade preservada é a da empresa, não do empresário);
- Recuperação de sociedades ou empresas recuperáveis;
- Retirada do mercado de sociedades ou de empresários irrecuperáveis;
- Proteção dos trabalhadores (primazia do interesse dos credores trabalhadores);
- Redução dos custos de créditos aqui no Brasil;
- Celeridade e eficiência dos processos judiciais;
- Segurança jurídica; 
- Participação ativa dos credores (agem para recuperar a empresa);
- Maximização do valor dos ativos do falido;
- Desburocratização da recuperação de ME e da EPP;
- Rigor na punição de crimes falimentares.
EMPRESA EM CRISE
- Econômica: retração do mercado que proporciona queda dos negócios da empresa;
- Financeira: incapacidade da empresa de honrar os compromissos por falta de caixa;
- Patrimonial: os passivos da empresa são maiores que os ativos.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
- Objetivo: (art. 47) viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
- Pressupostos: 
Ser empresário ou sociedade empresária
Exercer atividade empresarial a pelo menos 2 anos
Atender cumulativamente aos requisitos: não ser falido, não ter obtido a menos de 5 anos uma recuperação judicial com base no plano especial de microempresa
Não ter sido condenado ou não ter como administrador ou sócio controlado pelos crimes falimentares
- Competências para requerer a recuperação judicial:
Ser empresário ou sociedade empresária
O cônjuge sobrevivente do empresário individual ou EIRELI
Os herdeiros do devedor
O inventariante
Sócio remanescente
DO PROCESSO:
HABILITAÇÃO DOS CRÉDITOS
APRE
SENTAÇÃO DO PLANO DE RECU
.
 JUDICIAL
PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
DEFERIMENTO OU NÃO DO JUIZ
ASSEMBLIA DE CREDORES
S
E
N
T
E
N
Ç
A
CONCESSÃO DA 
RECUPERAÇÃ
O
	
FALÊNCIA
PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL: inicia-se o processo por meio de petição inicial, que deve conter todos os requisitos de art. 51 da LRE
DEFERIMENTO DO PEDIDO DE RECUPERAÇÃO: o juiz poderá deferir ou não o processo. Se for negada a recuperação, o devedor entrará em processo de falência (art. 52). O administrador judicial será escolhido pelo juiz, necessitando apenas ser um profissional idôneo. 
~ Após do deferimento será enviada uma carta aos credores, depois haverá a expedição do edital, que conterá: o resumo do pedido do devedor e da decisão que defere o processo, a relação nominal de credores, em que se discrimine o valor atualizado e a classificação de cada crédito e a advertência acerca dos prazos para habilitação dos créditos e para que os credores apresentem objeção ao plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor. ~
HABILITAÇÃO DOS CRÉDITOS: A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas. O administrador judicial deverá elaborar o quadro geral dos credores em até 45 dais, verificando a autenticidade dos créditos apresentados e classificando-os de acordo com a seguinte ordem de pagamento:
- Créditos trabalhistas (até 5 salários mínimos devem ser pagos em 30 dias, acima disso, respeitando o limite de 150 salários mínimos individualmente, 1 ano)
- Créditos com garantia real (garantidos por coisas. Ex.: penhor)
- Créditos tributários (união, estado e por último o município)
- Créditos com privilégio especial (art. 83, IV)
- Créditos com privilégio geral (art. 83, V)
- Créditos quirografários (garantidos apenas com assinatura) 
- Multas contratuais, tributárias e penas pecuniárias penais ou administrativas
- Créditos subordinados (subquirografários) 
Os credores terão 15 dias a partir da publicação do edital com resumo do plano judicial para a contestação dos créditos. 
APRESENTAÇÃO DO PLANO: após o deferimento do processo, o devedor terá 60 dias para apresentação do plano de recuperação judicial aos credores. Após a apresentação do plano, os credores terão até 30 dias para se opor ao plano.
ASSEMBLEIA DE CREDORES: os credores terão 150 dias a partir do deferimento da recuperação para se reunir em assembléia para deliberar sobre o plano. A assembléia é composta por titulares de créditos trabalhistas, titulares de créditos com garantia real, titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou créditos subordinados. A presidência é do administrador judicial ou, se a assembléia for convocada para afastamento de administrador judicial, pelo credor titular do maior crédito. A aprovação se dará da seguinte forma:
- Maioria simples dos credores presentes (50%+1), nos créditos trabalhistas;
- Mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembléia, de titulares de créditos com garantia real e créditos quirografários e, cumulativamente, pela maioria simples dos credores presentes.
SENTENÇA CONCESSIVA DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL OU DECRETAÇÃO DE FALÊNCIA: tendo o devedor cumprido todos os prazos e os credores aprovado o plano, segue a execução do plano proposto. Porém, nos casos de deliberação da assembléia geral, não apresentação do plano no prazo ou rejeição do plano pelos credores pode haver a convolação da recuperação judicial em falência. A convolação pode haver também pelo descumprimento de qualquer obrigação do plano, mas essa ocorre após o deferimento do plano, diferentemente das outras possibilidades, que ocorrem na fase postulatória.
RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
- Objetivo: negociação do plano de recuperação de empresa diretamente com os credores;
- Para a concessão da recuperação extrajudicial, os pressupostos são os mesmos da judicial;
DO PROCESSO:
DEVEDOR E 
CREDORES SE REUNEM
OBJEÇÕES
PUBLICAÇÃO
PETIÇÃO PARA HOMOLOGAÇÃO
APROVAÇÃO DO PLANO
IMPUGNAÇÕES
VISTA DOS AUTOS
DECISÃO DO JUIZ
HOMOLOGAÇÃO
 
REUNIÃO DE CREDORES E APROVAÇÃO DO PLANO: Se todos os credores forem de acordo com o plano proposto, a homologação judicial será facultativa. Se pelo menos 3/5 dos credores aprovarem o plano, a homologação judicial terá o efeito de obrigar aqueles que não concordaram a se submeterem ao plano
PETIÇÃO PARA HOMOLOGAÇÃO: para ocorrer a homologação, é necessário que os seguintes requisitos sejam cumpridos:
- O plano de recuperação não pode contemplar pagamento antecipado de dívidas nem tratamento desfavorável aos credores que a ele não estejam sujeitos;
- O devedor não poderá requerer a homologação judicial do plano extrajudicial, estando pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido recuperação judicial ou homologação de outro plano de recuperação extrajudicial há menos de dois anos.
Além disso, faz-se necessária uma petição inicial que contenha:
Documento que contenha os termos e condições de cumprimento do plano, com as assinaturas dos credores que a ele aderiram;
Exposição da situação patrimonial do devedor;
Demonstrações contábeis relativas ao último exercício social, levantadas especialmente para instruir o pedido;
Documentos que comprovem o poder dos subscritores para novar ou transigir sobre os créditos, com indicação do endereço de cada um;
Natureza, classificação e valor de cada crédito, discriminando sua origem, vencimentos, com indicação dos registros contábeis de cada transação pendente.
PUBLICAÇÃO: a publicação de edital deverá ocorrer no Diário Oficial e em jornal de grande circulação na sede e filiais da empresa, se houver.
OBJEÇÕES: a partir da publicação, os credores são convocados para que em 30 dias contados da publicação apresentem objeção, coma prova do seu crédito.
IMPUGNAÇÕES: as impugnações só poderão acontecer em caso:
Não preenchimento da adesão do percentual de 3/5 de todos os créditos abrangidos pelo plano;
Prática de qualquer dos atos capitulados no inciso III do art.94 (Liquidação precipitada, fraude etc);
Descumprimento dos requisitos fundamentais para o deferimento do pedido de homologação judicial;
Descumprimento de qualquer outra exigência legal.
VISTA DOS AUTOS: o devedor terá vista dos autos para manifestar-se em 05 dias, 
DECISÃO DO JUIZ: passados os 5 dias anteriormente citados, os autos serão conclusos ao Juiz, que decidirá, em 5 dias, sobre a impugnação, deferindo ou não a homologação.
HOMOLOGAÇÃO: a partir da homologação, surtirá os seguintes efeitos:
Alcançado o percentual de 3/5 de cada espécie dos créditos abrangidos pelo plano, a homologação obriga os demais credores;
Distribuído o pedido de homologação, os credores que aderiram não podem desistir.
O plano de recuperação extrajudicial só produz efeito após sua homologação judicial, a menos que tal efeito tenha sido previsto, desde que exclusivamente com relação à modificação do valor e da forma de pagamento dos credores signatários;
Se houver previsão da alienação judicial de filiais ou unidades produtivas, o juiz ordenará a sua realização, mediante leilão, propostas fechadas ou pregão (art.142).
- Todos os créditos podem ser inclusos no plano de recuperação extrajudicial, exceto: Os créditos tributários, os créditos trabalhistas e decorrentes de acidente de trabalho, os créditos garantidos com alienação fiduciária, arrendamento mercantil, vendedor ou promitente vendedor de imóvel com contratos com cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive incorporações imobiliárias, com reserva de domínio e contrato de câmbio
- Os créditos que podem estar incluídos no plano pertencem a cinco categorias:
Créditos com garantia real;
Créditos com privilégio especial;
Créditos com privilégio geral;
Créditos quirografários;
Créditos subordinados.
*A homologação judicial requer a adesão de credores que representem pelo menos 3/5 do valor dos créditos envolvidos em cada uma das categorias incluídas no plano.
RECUPERAÇÃO ESPECIAL (PARA ME E EPP)
Disposições específicas:
O tratamento diferenciado abrange as seguintes disposições:
O deferimento do pedido não depende da concordância dos credores, dispensando convocação de assembléia geral (art.72);
O juiz pode, de plano, conceder a recuperação, desde que atendidas as exigências legais, ou, julgando improcedente o pedido, na eventualidade de haver objeção de credores titulares de mais da metade de qualquer uma das classes de créditos, decretar a falência (art.72, p. único - nova redação da LC 147/14);
O plano atinge todos os créditos quirografários, excetuando-se os decorrentes de repasse de recursos oficiais, os fiscais e aqueles descritos no art.49, §3o e 4o (art.71, I - nova redação da LC 147/14);
Faculta o pagamento do débito em até 36 parcelas mensais iguais e sucessivas, corrigidas monetariamente e com juros SELIC (art.71, II - nova redação da LC 147/14), sendo a primeira parcela paga no prazo máximo de 180 dias, contados da data de distribuição do pedido de recuperação judicial (art.71, III);
A contratação de empregados e aumento de despesas dependem de autorização do juiz, após ouvidos o administrador judicial e o Comitê de credores (art.71, IV).
O pedido de recuperação judicial especial não suspende a prescrição e nem a ações e execuções por créditos não abrangidos pelo plano (art.71, p. único).
Nos termos do que dispõe o art.72, não é necessário convocar a Assembléia Geral de Credores para deliberar sobre o plano, mas caso haja objeção de credores titulares de mais da metade dos créditos abrangidos pelo plano o juiz poderá indeferir o pedido e decretar a falência do devedor:
Art.72, Parágrafo único. O juiz também julgará improcedente o pedido de recuperação judicial e decretará a falência do devedor se houver objeções, nos termos do art. 55 desta Lei, de credores titulares de mais da metade dos créditos descritos no inciso I do caput do art. 71 desta Lei.
As demais normas válidas para o procedimento ordinário aplicam-se também ao procedimento especial, desde que não sejam incompatíveis com suas disposições específicas.

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