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GABARITANDO ATUALIDADES NOVEMBRO/2017 Em Goiás, vídeos mostram agentes penitenciários torturando presos O Ministério Público Estadual de Goiás está investigando a ação violenta de agentes penitenciários. Presos foram torturados com armas de choque, mesmo sem oferecer resistência. Em Jataí, um detento levou choques enquanto dormia, até cair da cama. Em Formosa, no entorno de Brasília, em meio a vários presos, o agente escolheu um e acertou as costas do rapaz. De pé, o preso levou um outro choque. Depois, o mesmo detento tomou um tapa no pescoço e foi levado para dentro da cela, onde levou mais um choque. No chão, outro preso está rendido pelos agentes. Os vídeos foram gravados por agentes do Grupo de Operações Penitenciárias, o Gope. Nas imagens, os detentos levam choques sem oferecer nenhuma resistência. “Na visão do sindicato, não aconteceu nenhum crime ali. Pode ter acontecido algum excesso, mas crime não houve. Ali é um procedimento padrão realizado pelo Gope”, afirma Maxsuell Miranda, presidente do Sindicato dos Servidos de Execução Penal. Ainda segundo o sindicato, a ação registrada nos vídeos aconteceu depois de motins. “Os presos receberam a ordem do Gope e não acataram. Resolveram resistir às ordens do Gope”, diz Maxsuell Miranda. A Comissão de Direitos Humanos da OAB em Goiás afirma que os agentes cometeram crime de tortura. Os seis agentes que aparecem nas imagens já foram identificados e estão sendo investigados pela Secretaria de Segurança Pública. Depois das denúncias, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás determinou que todas as ações que forem feitas pelo Gope dentro de presídios do estado sejam gravadas. A medida é para coibir abusos e também tornar mais transparente a conduta de agentes penitenciários. Além das punições determinadas pelo estado, o Ministério Público quer que os agentes sejam condenados pelo crime de tortura. A Secretaria de Segurança Pública de Goiás afirmou que os vídeos foram gravados há mais de um ano e passaram por uma perícia, que afastou todos os seis agentes que aparecem nas imagens e que todos os 80 integrantes do Grupo de Operações Penitenciárias vão passar por um curso de reciclagem. Polícia Federal combate trabalho escravo e mineração ilegal no Amapá Os alvos da Operação Minamata foram empresários, políticos e agentes públicos responsáveis pela exploração depredatória de ouro e outros recursos naturais. Para a prática dos crimes, o grupo também é acusado de submeter pessoas a condições de trabalho análogas à de escravo. A ação ocorre nos estados do Amapá, Rio de Janeiro e São Paulo, ao todo foram seis mandados de prisão preventiva e cinco de prisão temporária. Além de conduções coercitivas e mandados de busca e apreensão. A exploração ocorria na área do Lourenço – considerado o mais velho garimpo em atividade do país - que fica no município amapaense de Calçoene. A Polícia Federal investiga a morte de pelo menos 24 pessoas, a maioria por soterramento, decorrentes de condições precárias de trabalho. Segundo os investigadores os danos ambientais são incalculáveis. De acordo com as Polícia Federal, empresários utilizaram uma cooperativa de garimpeiros e se aproveitavam das políticas públicas que estimulavam a inclusão social das comunidades de trabalhadores para atuar de forma clandestina na extração de ouro, encobrindo propósitos de exploração em larga escala sob o argumento da pesquisa mineral e lavra artesanal de pequena monta. As investigações ainda apontaram que a atividade irregular incentivou o uso em escala indiscriminada de substâncias tóxicas e metais pesados, como mercúrio e, até mesmo, cianeto, uma substância cujo contato pode ocasionar a morte de uma pessoa. A justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 113 milhões em bens móveis e imóveis. Entre as empresas investigadas, estão Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários que atuam como intermediárias nos mercados financeiro e de capitais em todo país. Aos 155 anos, Diário Oficial da União deixa de ser publicado em papel Para imprimir o DO, eram usadas 720 toneladas de papel por ano. Começou no Império. A Lei 1.177 de 9 de setembro de 1862 criou o Diário Oficial. A Família Real portuguesa trouxe para o Brasil a primeira prensa, as primeiras letras. O número um circulou no dia 1º de outubro de 1862. No meio de uma edição, sem nenhum destaque, a Lei Áurea, o fim da escravidão, em 1888. Um ano depois, a Proclamação da República. A Constituição, o Ato Institucional número 5, que tentou calar a todos. Se juntasse tudo, imagine o tamanho do livro. Bem maior que a edição de dezembro de 1997. Um recorde. Mais de duas mil páginas de burocracia. Por causa dela, o Diário Oficial da União ganhou o título de jornal diário com o maior número de páginas do mundo. Leis, decretos, nomeações. Para valer, as decisões do governo têm que estar no DO. Trinta de novembro de 2017: é o próprio Diário Oficial da União entrando na história. O DO, como é conhecido, está sendo impresso pela última vez. E a natureza agradece. Eram usadas 720 toneladas de papel por ano, quase 11 mil árvores para imprimir o DO. Palmas para a última edição. “A Imprensa Nacional utiliza recursos tecnológicos baseados em certificação digital para que esses documentos possam estar publicados na internet, no seu portal, com toda a garantia de integridade e autenticidade”, explica Symball Rufino, coordenador de Tecnologia da Imprensa Nacional. “O importante é que continue a haver o controle social, e ele agora existirá com muito mais facilidade”, Gil Castello Branco disse o secretário-geral da Associação Contas Abertas. Nos EUA, apresentador demitido por assédio sexual pede desculpas O apresentador da rede americana NBC, que foi demitido por causa das denúncias de assédio sexual, pediu desculpas e disse estar arrependido. Até alguns dias atrás, Matt Lauer trabalhava na bancada de um dos programas mais vistos da TV americana nas manhãs. Na edição de quinta-feira (30), a apresentadora Savannah Guthrie leu a nota que ele mandou depois de ser demitido por assédio sexual: “Existe verdade suficiente nessas histórias para me deixar constrangido e envergonhado”. Pelo menos três funcionárias da rede NBC relataram que foram assediadas por ele. Em setembro, Matt havia entrevistado Bill O’Reilly, que era o principal âncora de outra rede, a Fox News, e foi demitido em abril, também por assédio sexual. Charlie Rose, um dos principais âncoras da TV americana, foi acusado de atos como tocar as coxas e aparecer sem roupas diante de algumas colegas de trabalho. O ator Kevin Spacey foi acusado por vários homens de assédio e abuso sexual. Alguns eram menores de idade na época dos fatos. E o produtor de filmes Harvey Weinstein foi acusado de assédio e estupro por mais de 40 mulheres, entre elas, muitas atrizes de Hollywood. Esses e outros casos que estão vindo à tona mostram o que parece ser uma cultura disseminada de assédio sexual no cinema e na TV dos Estados Unidos, mas não só lá. Na política também. Agora, enquanto nas emissoras e nos estúdios, os acusados foram logo afastados, na política, continuam todos aí. Roy Moore, candidato a senador pelo Partido Republicano, foi acusado de assédio sexual por mulheres que, na época, eram menores de idade. O líder do partido no Senado defendeu que ele retirasse a candidatura, mas o presidente Donald Trump, que na campanha dele também foi acusado de assédio sexual, defendeu o candidato. Várias mulheres também acusaram de assédio dois democratas. O senador Al Franken pediu desculpas; o deputado John Conyers, que nega as acusações, foi internado na quinta-feira (30). A líder democrata na Câmara, Nancy Pelosi, defendeu que ele renuncie. Marinha da Argentina encerra operação de resgate do submarino San Juan A Armada Argentina em coletiva de imprensa realizada com 6 horas de atraso, informouque não haverá mais operação de resgate da tripulação do submarino ARA San Juan, tendo em vista que está desaparecido desde o dia 15 de novembro e nada foi encontrado até agora. As buscas irão continuar, mas com foco na localização dos destroços, com equipamentos específicos para a tarefa. Os equipamentos e tripulações de salvamento serão dispensados. Depois de ter percorrido um milhão de milhas náuticas e de analisar a área a uma profundidade de 300 metros sem resultados positivos, somado ao fato de que a última comunicação da tripulação foi há duas semanas, a Armada mudará o protocolo de busca e resgate para apenas busca do navio. Nas últimas horas, percebeu-se que vários dos navios que participavam das tarefas no Golfo San Jorge estavam retornando a Comodoro Rivadavia. Entre eles, o Atlantis, dos Estados Unidos, o Sophie Siem, da Noruega e o Didi-K, do Uruguai. Maduro se antecipa na busca por reeleição em 2018 O presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, tentará a reeleição em 2018, anunciou seu vice- presidente, confirmando um segredo que reforça um cenário de antecipação das eleições. E, 2018 "vamos ter, se Deus e o povo quiserem, a reeleição de nosso irmão Nicolás Maduro como presidente da República", disse o vice-presidente, Tareck El Aissami, durante um encontro Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV, governo). Sob aplausos, El Aissami indicou que a eventual reeleição de Maduro será a resposta ao "golpismo" da oposição e à "perseguição financeira e às sanções" dos Estados Unidos. Um segundo mandato de Maduro - acrescentou El Aissami - fortalecerá as vitórias do chavismo em 2017, entre as quais mencionou a eleição da Assembleia Constituinte que rege com poderes absolutos desde agosto e as eleições regionais, ganhas em 18 de 23 governos em outubro. Maduro, um ex-motorista de ônibus de 55 anos, foi eleito para o período 2013-2019, após a morte do presidente Hugo Chávez, que o apontou como sucessor. Por lei, as eleições devem ser realizadas em dezembro de 2018, mas dirigentes opositores e analistas não descartam uma antecipação. O anúncio foi criticado pelos líderes opositores. "Se Maduro quer que a crise econômica seja resolvida em 2018, a única coisa que deve fazer é ir embora e permitir que a Venezuela eleja um governo honesto e eficiente", escreveu no Twitter o deputado Henry Ramos Allup. A desejo de Maduro era previsível, pois mesmo com baixa popularidade (de 15% a 20% segundo as pesquisas), é o líder chavista com maior aprovação, explicou à AFP a cientista política Francine Jácome. O anúncio de El Aissami também alimenta a possibilidade de que as eleições sejam antecipadas. A grave crise econômica e o obscuro panorama para 2018 também podem levar o governo a celebrar as eleições antes que a situação piore. Depois da queda dos preços do petróleo em 2014, o governo reduziu drasticamente as importações, das quais o país é historicamente dependente, gerando uma severa escassez de alimentos e medicamentos. O colapso econômico levou a Venezuela e sua petrolífera PDVSA -que aporta 96% das divisas- serem declaradas recentemente em moratória por um grupo de credores e agências de classificação de risco, após o atraso no pagamento de juros da dívida. Maduro tenta renegociar o passivo, que se estima em 150 bilhões de dólares, em meio a quatro anos consecutivos de recessão e uma inflação que segundo o FMI passará de 2.300% em 2018. Especialistas garantem que o presidente poderá optar por um calote seletivo para financiar sua campanha e projetar uma imagem de recuperação, o que exporia o país a embargos e processos judiciais. Evo Morales anuncia candidatura à reeleição para um quarto mandato O IX Congresso Extraordinário do Movimento para o Socialismo (MAS), que acaba de ser encerrado depois de dois dias de sessões, aprovou a defesa da possibilidade de reeleição para o pleito de 2019, pela quarta vez consecutiva, de seu líder Evo Morales, presidente da Bolívia desde 2006. Para isso, segundo a resolução aprovada pelos presentes por aclamação, há “quatro vias” para o Governo escolher de forma a que a nova reeleição de Morales “não se afaste nenhum milímetro da lei”. “Vamos nos encontrar nas urnas”, desafiou o presidente, referindo-se à oposição, em seu discurso final. O MAS já tentou mudar a Constituição em fevereiro passado com um referendo, no qual foi derrotado. O MAS sempre enfatizou que essa derrotada se deu “por apenas 1% dos votos”: 50% votaram “não” e 49% “sim”. A Constituição aprovada em 2009 estabelece um máximo de duas reeleições para o presidente do país e outros cargos eletivos, limite que foi essencial nas negociações entre os governistas e a oposição que permitiram na ocasião a aprovação dessa regra pelas urnas. Por esse motivo, Morales teria de ter deixado o poder em 2014, algo de que conseguiu escapar, porém, apoiando-se em uma interpretação da cláusula de proibição por parte do Tribunal Constitucional, que decidiu não contabilizar o primeiro mandato do presidente pelo fato de este ter ocorrido antes da promulgação da nova Constituição. O MAS argumenta que a derrota de Morales no referendo de fevereiro decorreu de uma “artimanha” dos meios de comunicação, que pouco antes do comparecimento da população às urnas revelou a existência de Gabriela Zapata, uma ex-companheira do presidente que naquele momento era gerente comercial da CAMC, a principal parceira chinesa do governo. Depois do referendo, Zapata foi presa por usar o nome de Morales para obter enriquecimento ilícito. Na prisão, afirmou que o filho que supostamente havia tido com o presidente e que este dava por morto estava, na verdade, vivo. Isso permitiu a sustentação da ideia de tráfico de influência contra Morales e de provar que este mentiu. O caso acabou por ganhar grande dimensão, tornando-se o assunto mais importante a ser desvendado. Como, no final das contas, a mulher apresentou diante da justiça um menino impostor, sua versão sobre seu relacionamento com Evo e com outros integrantes do governo acabou desmoronando. De acordo com um documentário divulgado nos últimos dias pelo governo, a importância adquirida por Zapata e as suspeitas que recaíram sobre o presidente do país decorreram de um “complô” articulado por quatro veículos de comunicação que os governistas identificam como o “cartel da mentira” justamente nos dias que antecederam o referendo e nos dias imediatamente posteriores a ele. Por isso, no congresso, Morales disse aos presentes, gritando, que “desta vez será sem mentiras”. As quatro vias que o MAS pretende explorar para driblar a proibição constitucional de uma nova reeleição são um novo referendo, convocado desta vez por “iniciativa popular”; a renúncia de Morales seis meses antes do encerramento do atual mandato, o que o habilitaria a se recandidatar depois; recorrer ao Tribunal Constitucional; e, por fim, atuar no sentido de o Parlamento aprovar uma reforma constitucional. A contrapartida que o partido oficial pretende oferecer à oposição para que esta aceite se deparar mais uma vez com Morales nas eleições presidenciais consiste na extensão do benefício da reeleição de modo indefinido para todos os atuais governantes, inclusive aqueles que estão à frente, hoje em dia, de governos regionais e municipais. Em Daca, Papa agradece a Bangladesh por acolher rohingyas O Papa Francisco esteve em Bangladesh, a segunda e última etapa da viagem pelo sudeste asiático. Fora do território budista de Mianmar, o Papa Francisco também não usou o nome do povo rohingya, mas falou diretamente sobre a crise. No discurso em Daca, megalópole de 16 milhões de habitantes, Francisco agradeceu à Bangladesh, que acolheu mais de 600 mil refugiados rohingya, a minoria muçulmana que foge da perseguição no país vizinho. “É preciso que a comunidade internacional tome medidas eficazes. Nenhum de nós pode deixar de estarconsciente da gravidade da situação e do imenso sofrimento humano”, disse o Papa. Francisco falou da generosidade e do impulso humanitário com os quais Bangladesh, país islâmico, ajuda os refugiados em massa do estado de Rakhine, Mianmar. A crise do povo rohingya é uma das mais longas do mundo e também uma das mais negligenciadas. O diagnóstico, feito pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), levou a ONU a aprovar uma resolução em dezembro de 2014 que exortava Mianmar a permitir o acesso à cidadania para a minoria, classificada de forma geral como apátrida. No país, eles são proibidos de se casar ou de viajar sem a permissão das autoridades e não têm o direito de possuir terra ou propriedade. O povo representa cerca de 5% entre 60 milhões de habitantes de Mianmar, e sua origem ainda é amplamente debatida. No Brasil, 44,5 milhões ganham menos de um salário mínimo Pesquisa do IBGE mostra o retrato da desigualdade no país: os 10% mais ricos ficam com 43% de todos os ganhos O IBGE divulgou dia 29 de novembro, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a Pnad Contínua, sobre trabalho infantil e rendimentos da população brasileira. É um retrato da desigualdade no país. Em 2016, 44,5 milhões de brasileiros receberam em média R$ 747 por mês, menos que o salário mínimo. Enquanto isso, as 889 mil pessoas mais bem remuneradas do país receberam, em média, R$ 27 mil por mês. Quer dizer, apenas 1% ganha 36 vezes mais do que a metade dos trabalhadores recebe em média. A diferença fica evidente quando descobrimos que os 10% mais ricos ficam com 43% de todos os ganhos. O índice de Gini, indicador usado para medir a desigualdade, ficou em 0,525. Quanto mais perto de um, pior a situação. A Região Nordeste é a mais desigual. No Sul e no Centro-Oeste, a diferença entre ricos e pobres é menor. Das 40 milhões de crianças com idades entre 5 anos e 17 anos, 1,8 milhão trabalham. Mais da metade, quase um milhão, de forma irregular. Por lei, crianças entre 5 e 13 anos, não podem trabalhar de jeito nenhum. Mas 190 mil meninos e meninas nessa idade trocaram as brincadeiras por alguma ocupação. Além disso, 800 mil adolescentes não têm registro em carteira, o que é proibido. O Brasil assumiu o compromisso de erradicar o trabalho infantil até 2025, mas os números mostram que o desafio ainda é grande. General croata tomou veneno e se matou no tribunal, ao ser condenado por crimes de guerra A condenação do general que tomou veneno diante da corte saiu em 2013. Ele foi culpado, juntamente com outras 5 pessoas, por não ter impedido que soldados do Exército bósnio-croata sob seu comando matassem civis muçulmanos na cidade de Mostar, entre os anos de 1993 e 1994. Antes de participar da guerra, entretanto, o Slobodan Praljak se formou em Filosofia e em Cinema e chegou a trabalhar como cineasta. Em 1991, no entanto, ele se alistou voluntariamente no exército croata, logo no início do conflito, e liderou uma unidade militar formada em especial por intelectuais. O que foi a Guerra da Iugoslávia? Em 1992, a Bósnia, de maioria muçulmana, declara independência em meio à desintegração do país comunista; Depois de 1 ano de conflito, em 1993, a ONU declarou zonas de segurança que incluíam as cidades de Sarajevo e Srebrenica; Em 1995, tropas lideradas por Mladic invadiram a Srebrenica e mataram 8 mil muçulmanos; Em novembro de 1995, depois de bombardeios da Otan (aliança militar ocidental), as forças sérvio-bósnias foram derrotadas; STF proíbe em todo o país produção, venda e uso de materiais com amianto Por maioria, ministros decidiram que artigo da lei federal que permitia uso do amianto tipo crisotila é inconstitucional. Tribunal decidiu ainda que Congresso não pode permitir utilização do produto. Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na quarta-feira (29), por 7 votos a 2, proibir, em todo o país, a produção, a comercialização e o uso do amianto tipo crisotila, usado, principalmente, para fabricação de telhas e caixas d´água. Vários estados já proíbem a comercialização deste produto – também conhecido como "asbesto branco" – apontando riscos à saúde de operários que trabalham na produção de materiais que contêm esse tipo de amianto. Nesta quarta-feira, os ministros entenderam que o artigo da lei federal que permitia o uso da do amianto crisotila na construção civil é inconstitucional. Os magistrados concluíram ainda que essa decisão deve ser seguida por todas as instâncias do Judiciário. Pelo entendimento do Supremo, o Congresso não poderá mais aprovar nenhuma lei para autorizar o uso deste material. Além disso, os estados também não poderão editar leis que permitam a utilização do amianto. Nesta quarta-feira, o STF julgou duas ações de entidades ligadas à construção civil que questionavam uma lei do Rio de Janeiro que proíbe a produção de materiais com amianto no estado. A relatora da ação, ministra Rosa Weber, recomendou a rejeição do pedido de inconstitucionalidade da legislação estadual fluminense apresentado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI). A magistrada argumentou, por outro lado, que "inconstitucional" é a legislação federal que regulamenta a extração, a comercialização e o uso da crisotila. Como o Supremo já havia tomado essa mesma decisão em agosto, ao analisar uma ação contra uma lei do estado de São Paulo, os ministros entenderam que seria preciso discutir o alcance do entendimento da Corte. Zimbábue tem novo presidente, após 4 décadas sob o comando de Mugabe Mnangagwa assume, prega união e chama Mugabe de ‘pai da nação’. Conhecido por 'Crocodilo', presidente foi saudado por 60 mil zimbabuanos. Tomou posse na sexta-feira (24) o novo presidente do Zimbábue. Todo mundo com menos de 37 anos viu, pela primeira vez, um novo líder do Zimbábue. Dias atrás, Emmerson Mnangagwa prometeu a queda dos inimigos. Nesta sexta, o discurso foi de união. O ex-vice-presidente chamou Robert Mugabe de “pai da nação”, justo o ditador que, no começo do mês, tinha afastado ele próprio sob acusação de bruxaria. E sobrenatural foi a empolgação dos 60 mil no estádio. Zimbabuanos saudaram o “Crocodilo”, apelido do novo presidente. A esperança de todos é que a maré mude de vez - um país com a economia arrebentada e uma história recente marcada por repressão. O novo líder era o braço direito do ditador, mas parece não seguir mais os passos do velho governo. Um zimbabuano explicou que o país dele é rural e que as pessoas dependem muito umas das outras. “A expectativa coletiva é que, de uma vez por todas, o novo governo absorva esse senso de comunidade”, disse. O dia também marca o fim da vida política de Robert Mugabe. O ex-presidente, de 93 anos, não foi à cerimônia de posse. A explicação oficial é de que, por causa da idade, ele precisou descansar. De fato, nas últimas quatro décadas poucas vezes o país viu uma agitação tão grande. Numa entrevista há dois anos, o novo presidente explicou a origem do apelido: “O crocodilo entra na água para caçar sua presa e só ataca na hora certa.” Esse é o momento de Emmerson Mnangagwa. Número de crianças no Brasil cai e sobe o de idosos, afirma IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios mostra mudanças na família. Nas casas moram 205 milhões de pessoas: aumento de 3,4% em 4 anos. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD Contínua, divulgada nesta sexta-feira (24) pelo IBGE, detectou mudanças nas famílias brasileiras. A população está vendo diminuir o número de crianças e aumentar o de idosos. Nas casas brasileiras, moram 205 milhões de pessoas: um crescimento de 3,4% em 4 anos. E quando se olha no espelho, o Brasil nota o passar do tempo. Seu Felipe nasceu em 1915, em uma família de sete irmãos, um número que naquele tempo nem chamava atenção. O bisneto dele é o Francesco,filho único, e isso, atualmente, é o que passou a ser comum. “Infelizmente, hoje em dia está difícil de a gente realmente criar filho. Então, enfim, cada vez a gente está realmente diminuindo mais essa quantidade de filhos para poder dar qualidade de educação às crianças”, disse a mãe do Francesco, a advogada Flávia de Luca Mucciolo. Nessa família, são quatro gerações vivendo debaixo do mesmo teto, das mesmas tradições. A vida dentro de casa é um retrato das mudanças na família brasileira. O IBGE está dizendo que Papai Noel vai ter menos trabalho no Brasil. Afinal, os adultos não costumam escrever para ele com tanta frequência e a pesquisa divulgada nesta sexta-feira diz que o número de crianças até 9 anos no país foi ultrapassado pelo de pessoas com mais de 60 anos. Em quatro anos, idosos e crianças praticamente trocaram de posição. Em 2012, os brasileiros com até 9 anos eram pouco mais de 14% da população nas casas brasileiras. Em 2016, quando a pesquisa foi feita, passaram a ser 12,9%. Já quem tem 60 anos ou mais representava 12,8% do total. Quatro anos depois, superaram 14%. O IBGE também detectou mudanças ao perguntar aos brasileiros sobre a própria cor. Mais pretos e pardos A população que se declara preta, nos termos usados pelo IBGE, aumentou quase 15% em quatro anos. No mesmo período, o número dos que se autodeclaram pardos também cresceu, mais de 6%. Assim, o percentual da população que se declara branca vem diminuindo. Os especialistas dizem que essas mudanças representam, acima de tudo, um movimento de afirmação de identidade. “Porque era um fator de desmerecimento você dizer a cor e o movimento trabalhou para valorizar como fator de orgulho, porque a cor deixou de ser apenas ônus. Porque antes era ônus. Ela passou também a ser um fator de direito. Então, juntado o orgulho, a consciência e esse fator de direito é natural que aqueles que se achavam marrom bombom, jambo, agora de forma orgulhosa se consideram como negros”, disse o Ivanir dos Santos, da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN). Maioria dos ministros do STF é a favor de restringir foro privilegiado Até agora, 6 dos 11 ministros concordam com relator Luís Roberto Barroso. Foro seria mantido apenas para crimes cometidos durante o mandato. A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou a favor de restringir o foro privilegiado apenas aos crimes cometidos durante o mandato e em função dele. Até agora, seis dos 11 ministros concordaram com o relator, Luís Roberto Barroso. Durante a votação, a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, ressaltou que todos os cidadãos têm que ser julgados da mesma forma. Quando o julgamento começou nesta quinta-feira (23), o placar já era de quatro a zero pela limitação. Em maio, o ministro que conduz a discussão, Luís Roberto Barroso, votou para que os congressistas só tenham foro privilegiado no Supremo nos casos de crimes praticados durante o mandato e em função do cargo. Na época, Barroso foi seguido pelos ministros Marco Aurélio Mello, Rosa Weber e Cármen Lúcia. O julgamento é baseado num caso específico: o do prefeito de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, Marcos da Rocha Mendes, acusado de crime eleitoral. O processo contra ele foi aberto numa corte porque era prefeito. Sem mandato, foi para a Justiça Eleitoral de primeira instância. Quando virou deputado federal, STF. Reeleito prefeito, o processo pode voltar para onde tudo começou há nove anos. O ministro Alexandre de Moraes, que em maio suspendeu o julgamento ao pedir vista, foi o primeiro a votar nesta quinta. Ele também defendeu uma restrição do foro privilegiado a crimes cometidos durante o mandato, mas, na visão dele, o foro especial deve valer para todos os tipos de crimes e não só os cometidos em função do cargo. Com Cabral, Garotinho e Rosinha, RJ tem três ex-governadores presos Pezão teve mandato cassado pelo TRE, mas está recorrendo no cargo. Outros líderes da política, como Jorge Picciani, estão atrás das grades. Em uma sucessão de escândalos de corrupção, o Estado do Rio viu alguns dos principais líderes políticos dos últimos 20 anos irem para cadeia. Dentro de um palácio, a poltrona usada por quem comanda o segundo estado mais importante do país. Nas últimas duas décadas, todos os que sentaram lá acabaram tendo que acertar contas com a Justiça. Dos últimos quatro eleitos, três estão atrás das grades: Anthony Garotinho, a mulher dele, Rosinha Matheus, e Sérgio Cabral. O atual governador, Luiz Fernando Pezão, já foi citado em delações premiadas e teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral, mas está recorrendo no cargo. Todos foram aliados, mas Garotinho e Cabral romperam em 2006 e só voltaram a ficar perto um do outro há um ano, quando os dois ficaram presos em Bangu. Sérgio Cabral nunca mais saiu da cadeia. Já está condenado a 72 anos de prisão. Garotinho reconquistou a liberdade, mas preso de novo divide, mais uma vez, o presídio com o ex-aliado. Agora, a cadeia pública em Benfica. Endereço dos presos da Lava Jato, e onde estão outros políticos que também decidiram o destino do estado nos últimos 20 anos. Jorge Picciani foi seis vezes presidente da Assembleia Legislativa; Paulo Melo, que tem sete mandatos, também presidiu a casa. Antes deles, o próprio Sérgio Cabral esteve à frente da Alerj. Hoje, todos estão na Galeria C, no segundo andar do presídio. São nove celas com capacidade para 54 presos. Garotinho vai ficar em uma ala separada, porque é inimigo político do grupo. A situação do Rio de Janeiro levou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a dizer, na terça-feira (21), que o estado vive um “clima de terra sem lei”. O juiz Sérgio Moro também falou, na terça, sobre a corrupção no Rio, em um evento em Curitiba. Ele disse que esquemas de corrupção parecidos com o da Petrobras podem ter se espalhado pelo país. “O exemplo mais visível atualmente talvez seja o estado do Rio de Janeiro, onde ali se verificou que puxando o fio de uma investigação, originada de corrupção em contratos da Petrobras, se identificou um esquema criminoso muito mais complexo e muito mais abrangente”, explicou o juiz. E, quando revelados, os esquemas criminosos nos mostram que, dentro do palácio, o problema não é a poltrona e, sim, quem senta nela. Procuradora-geral da República diz que RJ vive "clima de terra sem lei" A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decidiu levar ao Supremo Tribunal Federal essa disputa entre o Legislativo e o Judiciário do Rio de Janeiro. E disse que o estado vive um clima de terra sem lei. Raquel Dodge afirmou que a decisão do Supremo sobre medidas cautelares a parlamentares, usada pelo Senado para devolver o mandato ao senador Aécio Neves, não se estende a deputados estaduais. A Procuradoria informou que entrou com a ação no STF antes da decisão que já mandou os três deputados de volta à prisão. E reforçou: o fato de a Alerj ignorar os crimes atribuídos aos deputados indica o quadro de anomalia e excepcionalidade vivido nesse momento, o que, segundo a procuradora, exige uma resposta imediata e firme do Supremo. Raquel Dodge disse que o fato de a resolução legislativa ter sido cumprida por ordem direta da Alerj, sem expedição de alvará de soltura pela Justiça, é prova eloquente do clima de terra sem lei que domina o estado. E que a resolução, ordenando aos carcereiros que soltassem os deputados não encontra respaldo ou paralelo, aproximando-se, pura e simplesmente, de um ato de força ilegal. O relator será o ministro Edson Fachin. Entra em vigor Lei de Migração que dá mais direitos a estrangeiros Lei facilita regularização de estrangeiros e cria visto humanitário. Muitos imigrantes chegam ao Brasil na condição de refugiados. No Brasil, entrou em vigor nesta terça-feira (21) a Lei de Migração que dá mais direitos aos estrangeiros, refugiados ou não. Nos computadoresda corretora de valores passam fortunas em ações, dólares. Na tela, na frente do Jeff, tem algo muito mais valioso: a família, que ele deixou na República Democrática do Congo, na África. “Minha primeira filha”, diz ele, mostrando a foto. Jeff era professor de contabilidade e ativista de direitos humanos. Teve que fugir porque o país dele vive uma guerra civil. “Eu quero vir com junto com minha família aqui no Brasil como foi lá no Congo”, afirma ele, ainda tropeçando no português. Jeff é um dos três africanos contratados pela corretora, todos com formação universitária e todos ralaram muito até chegar aqui. “Demorou, demorou muito, mas eu quando eu peguei primeiro emprego, meu primeiro emprego foi atendente de restaurante. Nunca desanimei, estava sempre atrás do meu sonho”, conta Rachel Ntumba, assistente administrativa. A força e a riqueza de São Paulo foram erguidas por imigrantes. E é isso que o pessoal da corretora faz todos os dias: construir riqueza. Abrir as portas para os estrangeiros, refugiados, não é nada mais do que a velha receita paulistana e brasileira: confiar no talento de quem vem de fora. “Eu percebi que eles eram diamante bruto. São profissionais extremamente capacitados, têm uma experiência profissional maravilhosa e que podem também agregar à empresa com toda a diversidade e experiência que eles tiveram de vida”, diz Fernanda de Lima, CEO da Gradual Investimentos. A nova Lei de Migração substitui o Estatuto do Estrangeiro, de 1980. Ela facilita a regularização dos estrangeiros, evita deportação imediata da fronteira, cria o visto humanitário para vítimas de desastres ambientais, combates armados e violação de direitos humanos. E os estrangeiros passam a ter os mesmos direitos trabalhistas dos brasileiros. O advogado Manuel Nabais da Furriela diz que a lei tem alguns defeitos, como a burocracia para decidir quais grupos que tem direito ao visto humanitário, mas, no geral, tem muitos avanços. “A legislação anterior, que era o Estatuto do Estrangeiro, ainda do regime militar, previa que o estrangeiro seria alguém ou poderia ser alguém que colocaria em risco a segurança nacional. Essa nova legislação vê o estrangeiro de uma forma a não o criminalizar”, explica Furriela, que é da Comissão Especial do Direito do Refugiado da OAB- SP. Talvez fique mais fácil realizar alguns sonhos aqui no Brasil. “Eu ter meu filhinho com meu esposo do lado, a minha casa própria, quem sabe, né, e ter um lado feliz”, confessa Rachel Ntumba. Piauí tem o maior parque de energia solar em operação na América do Sul Área do tamanho de 700 campos de futebol tem um milhão de painéis. Usina fornece energia para abastecer cidade de 1,2 milhão de pessoas. Neste país tropical, as iniciativas para aproveitar nossos recursos naturais se multiplicam. No sertão do Piauí, onde sobra sol e vento, isso está mudando a vida de muita gente. Gente que fala diferentes línguas e que acaba de finalizar um projeto que vem mudando a vida de moradores do sertão piauiense. A do Aílton por exemplo. Ele já trabalhou como vigilante, vendedor, instalador de gesso. Ficou desempregado por nove meses. “Hoje minha carteira tem operador de instalação. Então, isso me abriu muito os horizontes, isso me abriu muitas as oportunidades”, diz Aílton Pereira. Oportunidade que surgiu no quintal de casa. Forte radiação, baixa umidade, muitas horas e muitos dias de sol, características que atraíram para o Piauí o maior parque de energia solar em operação da América do Sul. O cenário mais parece de um filme de ficção científica, são quase um milhão de painéis distribuídos numa área do tamanho de 700 campos de futebol. A usina fica na cidade de Ribeira do Piauí, a 490 quilômetros de Teresina. Ela acaba de entrar em operação fornecendo ao sistema interligado nacional 292 megawatts, energia suficiente para abastecer diariamente uma cidade com 1,2 milhão de pessoas. “Isso é uma indicação da potencialidade da energia solar como fonte de contribuição a matriz, as necessidades da matriz energética do país”, disse Tomassio Quadrini, gerente de projetos. Hoje a participação da energia solar na matriz energética do Brasil é de apenas 0,2%. A meta do setor é atingir 10% em 2030. Já o vento é aproveitado há um bom tempo. Em 2008, foi instalado o primeiro parque de energia eólica do Piauí. De lá para cá, já são 36 parques funcionando e mais 27 em construção. Hoje, o estado está entre os principais produtores desse tipo de energia no país. Seu Francisco e dona Margarida já sabem o tamanho desse impacto. Hoje eles vivem numa casa novinha, com cinco quartos e um caminhão na garagem. Parte das terras casal foi arrendada para a instalação de duas torres eólicas. “Mudou muito, a gente não se preocupa mais com o dinheiro da feira, graças a Deus, a gente já sabe que tem todo mês”, conta Francisco. Já a comunidade quilombola também saiu ganhando com a energia solar. Recebeu livros dos funcionários da empresa, a escola foi pintada e cercada e parte do material se transformou numa pracinha. “O nosso sol natural está ajudando bastante, então, a gente fica feliz por isso, porque através dessa solar chegaram muitos benefícios para o nosso Piauí”, diz a moradora Mirian Rodrigues. Certidão de nascimento, casamento e óbito passa a ter número de CPF Documentos terão espaço para RG, título de eleitor, tipo sanguíneo. Nova certidão vai permitir paternidade ou maternidade socioafetiva. Trump decide incluir Coreia do Norte em lista de 'países que patrocinam terrorismo' O presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu incluir a Coreia do Norte novamente na lista de países "patrocinadores do terrorismo". O anúncio foi feito nesta segunda-feira (20), durante um encontro com membros do seu gabinete na Casa Branca. Trump disse que a medida faz parte da "campanha de pressão máxima" dos EUA em relação à Coreia do Norte. "Os Estados Unidos designam a Coreia do Norte como Estado patrocinador do terrorismo. Isso deveria ter ocorrido há tempos", afirmou Trump na Casa Branca. O Irã, o Sudão e a Síria também são designados pelos EUA como sendo patrocinadores do terrorismo. A Coreia do Norte já fez parte da lista, da qual foi retirada em 2008, em busca de um acordo para impedir o seu desenvolvimento nuclear. Em fevereiro, a Coreia do Sul havia pedido a Washington que voltasse a declarar Pyongyang patrocinadora do terrorismo em razão do assassinato de Kim Jong- nam, irmão mais velho do líder norte-coreano, Kim Jong-un, na Malásia. Em seu anúncio, Trump apontou "atos de terrorismo" cometidos pela Coreia do Norte, incluindo assassinatos em solo estrangeiro, além de lembrar pessoas afetadas pela "brutalidade" do regime, como o estudante americano Otto Warmbier, que morreu dias depois de retornar aos EUA, em coma. Ele ficou preso durante 17 meses na Coreia do Norte. As tensões e trocas de ameaças entre os governos em Pyongyang e Washington já se arrastam há meses. Mais recentemente, a turnê asiática de Trump gerou comentários irritados por parte da Coreia do Norte, que acusou o americano de estar "implorando" por uma guerra nuclear na península coreana. Em passagem por Seul, Trump havia declarado que Pyongyang representa uma "ameaça global que requer ação global" e convocou todas as nações responsáveis, incluindo China e Rússia, a "exigir que o regime norte-coreano encerre seu programa nuclear", que já incluiu o teste de uma bomba de hidrogênio e lançamentos de mísseis intercontinentais. Ainda assim, nesta segunda-feira, o secretário de Estado, Rex Tillerson, pouco depois da inclusão da Coreia do Norte na lista de Estados que patrocinam o terrorismo, disse que os EUA ainda têm "esperança" de que a diplomacia funcionará para conter a escalada de tensões com Pyongyang. COP 23 termina com participação dos EUA e pedido por 'mais ambição' em metas A 23ª sessão da Conferência da Partes(COP 23) terminou na madrugada deste sábado (18) em Bonn, na Alemanha, com a presença de representantes governamentais e independentes dos Estados Unidos e um clamor por mais "mais ambição" dos países no combate ao aquecimento global. O que se tem até agora é um documento com centenas de páginas, o chamado "Livro de Regras". Já está praticamente tudo neste texto, mas ainda existem vários pontos que precisam ser costurados, como os critérios para medir a redução das emissões de gás carbônico e de fiscalização dessas metas. Esse documento preliminar – que estava no topo da agenda desta COP – avançou, mas ainda é "um índice" do que precisa ser feito, de acordo com Tasso Azevedo, coordenador e pesquisador do Observatório do Clima. Os países ainda terão um longo trabalho pela frente até a próxima COP, no ano que vem, quando termina o prazo pra que esse "Livro de Regras" fique totalmente pronto. "A negociação internacional foi resgatada de uma possível reabertura do racha entre ricos e pobres. Só que, infelizmente, a atmosfera não está nem aí para nossos processos diplomáticos. O que precisamos agora é mais ambição em cortes de emissões e finanças, e isso esteve fora da mesa. Enquanto isso, a janela para prevenir o aquecimento global de 1,5ºC está se fechando rapidamente”, disse Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima. Segundo os especialistas, a reunião se fixou no debate sobre as responsabilidades dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Márcio Astrini, coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil, disse que já era previsto que esta seria uma "conferência de transição". "Não entregamos uma grande ambição, nem mudamos prazos", explicou. "Aconteceram alguns avanços, tivemos entendimentos, mas coisas que servem para a bolha dos participantes da conferência, coisas sobre artigos do texto e detalhes, sem mudanças fortes práticas", explicou. Presença americana Os Estados Unidos compareceram à conferência. De acordo com ambientalistas que estiveram na COP, alguns empresários e políticos americanos participaram e, independente da determinação de Donald Trump em sair do Acordo de Paris, disseram que vão manter os projetos para redução de emissões, as tentativas de preservação do meio-ambiente e as metas para combater o aquecimento global. "No começo, estavam todos muito apreensivos com a questão dos Estados Unidos. Que poderia atrapalhar demais, ou contaminar outros países. Isso acabou não acontecendo, pelo contrário. Teve uma reação muito forte de governadores, de empresas americanas, que apesar do anúncio do presidente querem continuar no Acordo", disse Astrini. Por outro lado, o ato de estreia do governo do presidente dos Estados Unidos foi alvo de manifestação de centenas de jovens. O único evento oficial da delegação americana pretendia promover o "acesso universal aos combustíveis fósseis e à energia nuclear", tendo como oradores os executivos da Peabody Energy, uma multinacional do carvão, da NuScale Power, de engenharia nuclear, e da Tellurian, uma grande exportador de gás natural. O Brasil O Brasil recebeu um reforço de R$ 420 milhões da Alemanha e do Reino Unido para financiar projetos de manejo sustentável de florestas no Acre e no Mato Grosso. Da Noruega, maior doadora do Fundo Amazônia, nenhum centavo a mais. Vidar Hegelsen, ministro norueguês do Meio Ambiente, classificou de "positiva" a queda de 16% na taxa de desmatamento da Floresta Amazônica entre agosto de 2016 e julho deste ano. Em junho último, ele havia criticado a política ambiental do Brasil que, logo na sequência, viu o repasse de verbas norueguesas cair. Ao mesmo tempo que os brasileiros receberam investimento financeiro, também ganharam o "prêmio Fóssil do Dia", uma crítica irônica à medida provisória que propõe reduzir impostos de exploração e produção de petróleo e gás. A MP 795 foi aprovada em comissão mista em outubro e encaminhada para a votação na Câmara dos Deputados e no Senado. "O ganhador do Fóssil de hoje é o Brasil, por propor dar às companhias de petróleo US$ 300 bilhões em subsídios", diz o perfil da organização do prêmio no Twitter. Segundo um estudo da consultoria legislativa da Câmara dos Deputados, a perda na arrecadação de impostos seria de R$ 1 trilhão em 25 anos. Quadro de Da Vinci é vendido por preço recorde: US$ 450 milhões Um retrato de Jesus Cristo arrematado na quarta-feira (15), em um leilão em Nova York, se tornou a obra de arte mais cara do mundo. A versão homem da Monalisa. O Leonardo da Vinci perdido. “Salvator mundi”, Jesus como o salvador. Depois de 19 minutos de disputa em leilão, virou o quadro mais caro da história: US$ 450 milhões com imposto, R$ 1,5 bilhão. Até a quarta-feira (15), o recorde era de um Picasso, “As mulheres de Argel”. Criada por volta de 1500, “Salvator mundi” ficou perdida por mais de um século. Foi reencontrada em 2005 e se juntou ao seleto grupo de apenas 15 quadros de Da Vinci que chegaram até nós. “Salvator mundi” talvez não tivesse se tornado o quadro mais caro da história se não tivesse sido exaltado em uma campanha de marketing sem precedentes. Passeou pelo mundo em exibição. O que dizem os críticos é que quem arrematou a obra comprou "gato por lebre". Em primeiro lugar, não se pode confirmar que é realmente um Da Vinci, apesar de um grupo de especialistas ter cravado que é. Em segundo lugar, eles dizem que o quadro está muito estragado, que já passou por muitas restaurações e que, portanto, não vale o preço. Agora, como arte não é matemática, e você está livre para pensar dela o que quiser, a gente nunca vai saber se eles estão certos ou se apenas sofrem de uma dor em uma certa parte do corpo, o cotovelo. Se não houvesse controvérsia não seria Leonardo. A figura está sorrindo? Você consegue confirmar que se trata de um homem? O gênio italiano sobrevive em nós, transformando em motor do mundo a curiosidade e o mistério. Rússia comemora os 100 anos da revolução comunista sem Putin Neste 7 de novembro, a Rússia comemorou o centenário da Revolução Comunista de forma discreta. O presidente Vladimir Putin preferiu se manter à distância. Tanques de guerra para desviar a atenção. O desfile militar na Praça Vermelha comemorava a marcha do exército soviético por Moscou durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, o governo de Vladimir Putin pretendia dar outro sentido ao 7 de novembro. Não funcionou. Ex-agente da polícia secreta comunista, o presidente disse recentemente que não há motivos para comemorar os 100 anos da revolução, por isso, não apareceu em nenhum dos eventos desta terça-feira. Nem em São Petersburgo, nem em Moscou, onde 1.600 simpatizantes de partidos comunistas do mundo todo fizeram uma passeata pelo centro da cidade. As maiores empresas do país ainda são estatais e os índices de escolaridade continuam altos como nas últimas décadas do período soviético. Segundo dados da organização internacional OCDE, em 2014, 99,7% dos russos acima dos 15 anos eram alfabetizados e 57% tinham frequentado, por algum tempo, universidades ou escolas técnicas: antigas prioridades de um líder da revolução, que ainda parece vigiar cada passo dos russos. Há 82 estátuas de Vladimir Lênin apenas em Moscou. Em todo país, são milhares delas. De certa forma, isso demonstra que o povo russo absolveu o principal líder da Revolução Comunista dos traumas do período soviético. Punições em campos de trabalho forçado, perda das liberdades individuais e frequentes crises de abastecimento de itens básicos são problemas normalmente associados a outros líderes soviéticos, como Josef Stalin. Naturalmente, o Partido Comunista Russo tenta valorizar apenas o que funcionava na União Soviética, e isso ainda tem um impacto na população. Aos 77 anos, um senhor anda na contramão da maioria dos russos. Não se limita a lembrar. Estuda e celebra os 100 anos de um evento semfim. Uzas Ermalavitchus foi jornalista e professor de ciências históricas na União Soviética. Nunca aceitou o fim do bloco comunista, em 1991, e ficou oito anos preso por ajudar a organizar um golpe contra o governo do ex- presidente russo Boris Yeltsin. "A revolução continua”, disse o funcionário do Partido Comunista Russo. Para ele, a contrarrevolução imperialista mundial liderada pelo fascismo americano está condenada ao fracasso. Um discurso que teima em não envelhecer. Para um verdadeiro revolucionário, o tempo não passa.
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