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CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO

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CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO 
No direito romano havia três modalidades de negócios jurídicos ligados a locação :
Locatio rerum (atual locação); Locatio operis (atual empreitada);
Locatio operarum (atual prestação de serviços). Nessa última, em Roma – um sujeito, normalmente escravo – colocava os seus serviços à disposição de outrem, em determinado período, em troca de retribuição. 
O Código Civil de 1916 por apego à tradição manteve a “locação de serviços” e o CC de 2002 intitulou o capítulo VII dos contratos em espécie como contrato de prestação de serviços;
 Conceito 
O contrato de prestação de serviços ou a locatio operarum é negócio jurídico pelo qual alguém (o prestador) compromete-se a realizar uma determinada atividade com conteúdo lícito no interesse de outrem (o tomador) mediante certa e determinada remuneração.
Art. 593, do Código Civil.
A prestação de serviço compreende toda atividade lícita de serviço especializado, realizado com liberdade técnica, sem subordinação e mediante certa retribuição.
593 e 594 
A qualquer atividade lícita seja ela manual ou intelectual, desde que não haja subordinação e hierarquia, características inerentes ao contrato de trabalho.
Exemplos de Contratos de Prestação de Serviços regidos pelo CC
O trabalho autônomo - profissionais liberais e representantes comerciais.
O trabalho eventual - realizado quando necessário (ex: jardineiros).
A terceirização de serviços - trabalho realizado pelas pessoas prestadoras de serviços a terceiros (ex: limpeza, segurança, conservação de elevadores).
Classificação – Características- Natureza Juridica
Quanto a sua natureza jurídica trata-se contrato 
-bilateral, gera direitos e obrigações para ambas as partes. O prestador assume a obrigação de fazer perante o dono o serviço (obrigação de um resultado), que por sua vez se obriga a remunerá-lo;
Oneroso: por  originar vantagens para os contraentes, mediante contraprestações recíprocas; calcado na remuneração chamada de preço ou salário civil. Corrigindo-se mais tarde para o termo “retribuição” nos arts. 594, 596, 597, 602 e 603 do C.C
veja 596 e 597
 sinalagmático Pressupondo um perfeito equilíbrio entre a prestação e a contraprestação; onde as partes são credoras e devedoras entre si. O tomador é simultaneamente credor do serviço e devedor da remuneração enquanto que o prestador é credor do preço e devedor do serviço
- consensual que se aperfeiçoa com a simples vontade dos contratantes. 
-comutativo ou predeterminado, posto que as partes já saibam logo quais suas prestações, qual o objeto do negócio.
- não solene pode ser informal não sendo exigida sequer forma escrita para sua plena configuração. 
- personalissimo: É individual quanto a pessoa do contratante, e, em regra, personalíssimo, ou seja, celebrado intuito personae. 
A corrente DOUTRINÁRIA MAJORITARIA classifica-o como personalíssimo. o prestador de serviço só poderá se fazer substituir por outrem, se houver anuência do tomador;
- principal e definitivo, vez que independe de outra avença, nem é preparatório de nenhum outro negócio jurídico;
É  considerado ainda como um contrato de atividade, pela sua função econômica; 
Legislação 
593 a 609 do Código Civil.
O art. 593 do C.C. é aplicável às prestações de serviço não sujeitas à legislação trabalhista ou lei especial.
De modo que se a prestação de serviços envolver continuidade, a dependência e a subordinação merecerá a aplicação da CLT (Decreto-Lei 5.452/1943) e não o CC
E, por outro lado, havendo a caracterização de relação de consumo, deverá ser aplicado obrigatoriamente o CDC desde que presentes todos os requisitos alardeados nos arts. 2º e 3º. Da Lei 8.078/90.
Como é sabido e decidido recentemente, é aplicável o CDC quanto aos serviços de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, desde que ausente a natureza trabalhista.
Objeto 
O objeto desse contrato é uma obrigação de fazer, uma conduta que pode ser material ou imaterial(intelectual)
Se o prestador não for contratado para um certo e determinado serviço, entende-se que a sua obrigação diz respeito a todo e qualquer serviço compatível com suas forças e condições , dai surge os famosos serviços gerais ( art. 601)
Preço ou retribuição
Quanto ao preço ou retribuição prevê o art. 596 do C.C. que o mesmo sempre deve estar presente, visando a própria configuração do contrato. 
Não tendo sido claramente fixada, e não havendo acordo entre os contratantes, a retribuição poderá ser determinada por arbitramento (judicial ou extrajudicial) conforme os costumes locais, o tempo de serviço e qualidade.
Desta forma, pode-se ler o art. 596 do C.C. em consonância e sintonia com o art. 460 da CLT. Certo é que não se pode endossar o enriquecimento sem causa no contrato.
Não há prestação de serviços se não for efetivada e fixada a remuneração posto que é vedado o trabalho escravo.
É por conta da função social do contrato que se impõe legitimamente a vedação ao enriquecimento sem causa. Desta forma, em não havendo acordo eventual sobre o arbitramento da retribuição, o ajuste judicial poderá basear-se na realidade social.
O pagamento do contrato de prestação de serviço far-se-á depois de prestado o serviço, se por convenção ou costume não houver sido pactuado diferentemente. E, nada obsta que haja o adiantamento da remuneração.
Prazos
O Código Civil vigente prevê que sua duração máxima será de quatro anos (art. 598 C.C.).
Tanto a doutrina como jurisprudência sempre enxergaram que se a avença for superior a quatro anos, o contrato de prestação de serviço deve se reputado como extinto.
A limitação temporal visa a não mascarar um verdadeiro contrato de trabalho. 
E, nesse caso, aplica-se o art. 167 do C.C., pois há simulação. E sendo assim, a prestação de serviço seria negócio simulado, que é nula.
O art. 599 do C.C. cogita da extinção do contrato de prestação de serviços. 
E, se não mencionado o prazo, se respeitará como prazo indeterminado.
- O parágrafo único do art. 599 do C.C. traz prazos específicos para a denúncia do contrato, ou seja, prazos para o aviso prévio. 
- Não sendo respeitados tais prazos para o aviso prévio, poderá a outra parte pleitear perdas e danos (arts. 402 a 404 do C.C.).
Convém ainda observar a similitude com o art. 487 da CLT concernente ao aviso prévio.
É possível o contrato de prestação de serviços sem prazo, como também é possível o contrato de prazo determinado. 
O art. 600 do C.C. prevê que não se contabiliza no prazo do contrato, o tempo em que o prestador do serviço, por culpa sua, deixou de servir.
E se o motivo for alheio à vontade do prestador, ou sem sua culpa, o respectivo tempo é computado no prazo contratual. 
Mas o tempo em que o prestador deixa de cumprir por sua culpa exclusiva, por exemplo, ausência deliberada ao trabalho, não se contará no prazo contratual.
PARTES 
Tomador, Contratante ou Locatário: aquele que contrata os serviços da outra parte.
Prestador de serviços, Contratado ou Locador: aquele que fornece sua força de trabalho para a prestação de determinada atividade.
O Código Civil também não permite, que o tomador dos serviços ou contratante, transfira a outrem o direito aos serviços ajustados, nem o prestador, sem a concordância da outra parte, dar substituto que os preste.
Assim, por ser o contrato de prestação de serviço considerado um contrato pessoal intuito personae, não poderá o contratante, sem o consenso das partes, ceder seus direitos a terceiro, e o executor efetuar o serviço por meio de substituto ou mediante terceirização.
REQUISITOS OBJETIVOS 
A prestação de serviços deve resultar de atividade lícita, podendo a atividade ser física ou intelectual, material ou imaterial.
Veda ainda a Constituição Federal em seu art. 7º a distinção entre trabalho braçal e intelectual:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
[...] XXII - proibição de distinção entre trabalhomanual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
[...].anulado.
REQUISITOS SUBJETIVOS 
As partes devem possuir capacidade genérica para celebrar um contrato de prestação de serviços, ou seja, devem ser maiores de 18 anos.
Caso contrário, será inválido o contrato, podendo ser ANULADO 
REQUSITOS FORMAIS 
O contrato de prestação de serviços é consensual; portanto, tem forma livre (escrita, verbal, mímica ou tácita), bastando que haja a vontade das partes para que seja celebrado.
ELEMENTOS ESSENCIAIS
São elementos essenciais ao Contrato de prestação de serviços:
-O"objeto" (a prestação de serviços)
- O "consenso" (acordo de vontade entre as partes).
- O elemento "preço" é de menor importância, vez que pode ser tal contrato oneroso ou gratuito.
O preço é a contraprestação A RETRIBUIÇÃO que deve ser paga ao prestador de serviços pela execução de seu trabalho, que pode ser dinheiro em espécie, ou quaisquer outros bens, alimentos, vestuário, moradia, etc.
PRAZO 
O prazo máximo de duração do Contrato de prestação de serviços não poderá ser superior a 4 (quatro) anos.
Findo o prazo, nada impede que novo contrato seja celebrado por período igual ou inferior.
Em sendo indeterminado o prazo, qualquer das partes pode por fim ao contrato (resilição) mediante aviso prévio.
Caso não exista prazo estipulado, nem se puder inferir da natureza do contrato ou do costume do lugar, qualquer das partes poderá resolver o contrato, mediante aviso prévio, efetivado por notificação judicial ou extrajudicial. Essa resilição unilateral constitui uma garantia para ambas as partes contratantes. No caso do prestador, para que possa conseguir outro serviço e do tomador para que possa arranjar um substituto. Caso não exista o aviso, ter-se-á indenização por perdas e danos.
Os contratos pactuados com prazo superior a quatro anos, poderão ter este prazo reduzido por ordem judicial.
A lei civil estabelece ainda que não se conta no prazo do contrato o tempo em que o prestador de serviço, por culpa sua, deixou de servir, a menos que exista motivo independente de sua culpa, como por exemplo, ser sorteado como jurado ou convocado para serviço militar.
OBRIGAÇÕES DO PRESTADOR 
- realizar o serviço assumido no tempo, local e seguindo as especificações combinadas.
OBRIGAÇÕES DO TOMADOR 
- remunerar o serviço contratado de acordo com o combinado.
- prover os meios necessários à prestação do serviço contratado.
A remuneração é elemento essencial da prestação de serviço, sujeita à vontade das partes, que a estipulam livremente. Não se presume de forma alguma a gratuidade da prestação de serviço, vez que, se o contrato for omisso, subentende-se que os contraentes sujeitaram-se ao costume do lugar, tendo em vista a natureza do serviço e o tempo de duração da avença. Em caso de discordância recorre-se à devida ação de cobrança que fixará por arbitramento pericial o valor da remuneração devida, ou diretamente pelo juiz da causa.
A remuneração poderá ser estipulada para ser paga após a realização do serviço ou em prestações periódicas, de acordo com a vontade das partes. Essa flexibilidade possibilita a adequação da relação entre o prestador e o tomador, à natureza do serviço a ser realizado e ao tempo e às necessidades do prestador.
A lei civil estabelece ainda que não se conta no prazo do contrato o tempo em que o prestador de serviço, por culpa sua, deixou de servir, a menos que exista motivo independente de sua culpa, como por exemplo, ser sorteado como jurado ou convocado para serviço militar.
RESCISÃO
-Pelo art. 602 do C.C., o prestador de serviço contratado por tempo certo ou por obra determinada não pode se ausentar ou se despedir, sem justa causa, antes de preenchido o tempo, ou concluída da obra.
Se o prestador se despedir por justa causa terá o direito à retribuição vencida, mas deverá pagar perdas e danos ao tomador de serviços. 
O mesmo se aplica ao prestador que for despedido por justa causa. Vige também regra similar no art. 480 da CLT.
- Já pelo art. 603 do C.C., sobre a despedida sem justa causa, a outra parte será obrigada a pagar-lhe por inteiro a retribuição vencida e, por metade a que lhe tocaria ao termo final do contrato.
O valor da metade da prestação de serviços serve como antecipação do pagamento das perdas e danos materiais. 
Quanto aos danos morais, esses podem ser pleiteados, independentemente do dispositivo. 
- A cessão contratual não autorizada, sendo inválida podendo gerar a rescisão contratual com direito as perdas e danos.
Nos termos do art. 605 do C.C. prevê ainda que o tomador não poderá transferir a outrem o direito aos serviços ajustados, uma vez que é intuitu personae;
-Como é contrato personalíssimo, o contrato de prestação de serviços encerra-se com a morte 
de qualquer uma das partes (art. 607 do C.C.).
 
-E o mesmo ocorrerá pelo escoamento do prazo, pela conclusão da obra, pela rescisão contratual mediante aviso prévio, pelo inadimplemento de qualquer dos contratantes, pela impossibilidade de continuação do contrato, motivada por força maior.

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