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IFBA Ca´lculo 1 Versa˜o 1 Allan de Sousa Soares Graduac¸a˜o: Licenciatura em Matema´tica - UESB Especilizac¸a˜o: Matema´tica Pura - UESB Mestrado: Matema´tica Pura - UFMG Vito´ria da Conquista - BA 2013 Aula 11 Objetivos - Calcular a equac¸a˜o da reta tangente a uma curva diferencia´vel num dado ponto; - Calcular a equac¸a˜o da reta normal a uma curva diferencia´vel num dado ponto; - Aplicar a regra de L’Hoˆpital no ca´lculo de limites. 0.1 Retas Tangentes e Retas Normais Sabemos que as equac¸o˜es da reta tangente e reta normal a uma curva y = f(x) no ponto (x0, y0) e (x1, y1) sa˜o dadas por: Reta Tangente : y − y0 = m(x− x− x0) RetaNormal : y − y0 = − 1 m (x− x0) onde m = f ′(x0). Exemplo 1. Encontre a equac¸a˜o da reta tangente a´ curva no ponto dado. a) y = x2 − 3x, (2,−2); b) y = 12x−7 , ponto de abscissa x = 4; c) y = e xcos(x) x+1 , (0, 1); d) xy2 − y = ex, no ponto de abcissa x = 0; Soluc¸a˜o: a) Calculemos m = f ′(2). Temos que f(x) = x2 − 3x⇒ f ′(x) = 2x− 3⇒ f ′(2) = 2.2− 3 = 1. Assim, a equac¸a˜o da reta tangente a curva y = x2 − 3x no ponto (2,−2) e´ dada por: y − y0 = m(x− x0)⇒ y − (−2) = 1(x− 2)⇒ y + 2 = x− 2⇒ y = x− 4. b) Calculemos m = f ′(4). Temos que f(x) = 1 2x− 7 ⇒ f ′(x) = (2x− 7).0− 1.2 (2x− 7)2 = −2 (2x− 7)2 ⇒ f ′(4) = − 2 (2.4− 7)2 = −2. Devemos obter a ordenada y0 = f(x0). Pois bem, f(4) = 1 2.4−7 = 1 1 = 1. Assim, a reta tangente e´ dada por y − y0 = m(x− x0)⇒ y − 1 = −2(x− 4)⇒ y − 1 = −2x+ 8⇒ y = 2x+ 9. c) Calculemos m = f ′(0). Temos que f(x) = excos(x) x+ 1 ⇒ f ′(x) = (x+ 1)(e x(−sen(x)) + excos(x))− excos(x) (x+ 1)2 ⇒ f ′(0) = (0 + 1)(e0(−sen(0)) + e0cos(0))− e0cos(0) (0 + 1)2 = 1(1.0 + 1.1)− 1.1 1 = 0. Assim, a equac¸a˜o da reta tangente a curva y = e xcos(x) x+1 no ponto (0, 1) e´ dada por y − y0 = f ′(x0)(x− x0)⇒ y − 1 = 0(x− 0)⇒ y = 1. 1 d) Como a func¸a˜o em questa˜o e´ impl´ıcita e temos somente a abscissa x0 = 0. Substituindo x0 = 0 em xy 2 − y = ex, temos 0.y2 − y = e0 ⇒ −y = 1⇒ y = −1⇒ ponto (0,−1) Agora, devemos obter y′(0). xy2 − y = ex ⇒ y2 + 2xyy′ − y′ = ex ⇒ (2xy − 1)y′ = ex − y2 ⇒ y′ = e x − y2 2xy − 1 . Substituindo o ponto (0,−1) na derivada temos y′(0) = e0 − (−1)2 2.0.(−1)− 1 = 1− 1 −1 = 0. Assim, a equac¸a˜o da reta tangente e´ dada por y − y0 = y′(x0)(x− x0)⇒ y − (−1) = 0(x− 0)⇒ y + 1 = 0⇒ y = −1. Exemplo 2. Encontre a equac¸a˜o da reta normal a´ curva no ponto dado. a) y = x3 − x, (1, 0); b) y = √ x− 3, (4, 1); c)xy2 − y = ex, (0,−1). Soluc¸a˜o: a) Calculemos m = f ′(1). Temos que f(x) = x3 − x⇒ f ′(x) = 3x2 − 1⇒ f ′(1) = 3.12 − 1 = 2. Assim, a equac¸a˜o da reta normal e´ dada por y − y0 = − 1 f ′(x0) (x− x0)⇒ y − 0 = −1 2 (x− 1)⇒ y = −1 2 x+ 1 2 . b) Calculemos m = f ′(4). Temos que f(x) = √ x− 3⇒ f ′(x) = 1 2 √ x− 3 ⇒ f ′(4) = 1 2 √ 4− 3 = 1 2 . Assim, a equac¸a˜o da reta normal e´ dada por y − y0 = − 1 f ′(x0) (x− x0)⇒ y − 1 = − 1 1/2 (x− 4)⇒ y − 1 = −2(x− 4)⇒ y = −2x+ 9. c) Calculemos m = y′(0). Temos que y′ = ex − y2 2xy − 1 ⇒ y ′(0) = frace0 − (−1)22.0.(−1)− 1 = 0. Como y′(0) = 0, temos que − 1f ′(0) = − 10 na˜o esta´ definida. Neste caso, a reta e´ dada pela pro´pria coodenada x0 do ponto (0,−1). Neste caso, a reta normal e´ igua a x = 0, isto e´ o pro´prio eixo y. Exerc´ıcio 1. Para cada uma das curvas a seguir: i) Encontre a equac¸a˜o da reta tangente a` curva no ponto (x0, y0) dado; ii) Encontre a equac¸a˜o da reta normal a` curva no ponto (x0, y0) dado. a) y = x2 + 4x, (1, 5) b) y = x3 + 2x2 − 1, (−1, 0) c) y = √4x+ 1, (2, 3) d) y2 + xy + x2 = cos(x), (0, 1) Respostas: a) Tangente: y = 6x− 1, Normal: y = −x6 + 316 b) Tangente: y = −x− 1, Normal: y = x+ 1 c) Tangente: y = 2x3 + 5 3 , Normal: y = − 3x2 + 6 d) Tangente: y = −x+ 1, Normal: y = x+ 1 2 0.2 Tangentes Horizontais Lembre-se que a derivada e´ o coeficiente angular da reta tangente. Neste caso, podemos dizer que uma func¸a˜o y = f(x) apresenta uma tangente horizontal quando esta possui inclinac¸a˜o nula. Considerando uma reta tangente a` curva y = f(x) no ponto (x0, y0) de inclinac¸a˜o 0 o temos f ′(x0) = tg(α)⇒ f ′(x0) = tg(0o) = 0. Assim, os pontos em que a curva y = f(x) possui uma tangente horizontal podem ser obtidos procurando-se os zeros de sua derivada. Exemplo 3. Encontre, se existirem, os pontos em que a curva dada possui uma tangente horizontal. a) y = x2 − 4x; b) y = x 3 3 − 5x 2 2 + 6x− 5; c) y = x 3 3 + x. Soluc¸a˜o: a) Derivando, temos f(x) = x2 − 4x⇒ f ′(x) = 2x− 4. Agora calculemos os zeros da derivada f ′(x) = 0⇒ 2x− 4 = 0⇒ 2x = 4⇒ x = 2. Assim, temos tangente horizontal em x = 2. b) Derivando, temos f(x) = x3 3 − 5x 2 2 + 6x− 5⇒ x2 − 5x+ 6. Agora calculemos os zeros da derivada f ′(x) = 0⇒ x2 − 5x+ 6⇒ x′ = 2 e x′′ = 3. Assim, temos duas tangentes horizontais uma em x = 2 e a outra em x = 3. c) Derivando, temos f(x) = x3 3 + x⇒ f ′(x) = x2 + 1. Agora calculemos os zeros da derivada f ′(x) = 0⇒ x2 + 1 = 0⇒ x2 = −1⇒ x = ±√−1 /∈ R. Logo, esta curva na˜o possui tangentes horizontais. Exerc´ıcio 2. Encontre os pontos em que a curva dada possui uma tangente horizontal. a) y = x2 + 6 b) y = 2x+ 1 c) y = x 3 3 − x+ 1 Resposta: a) x = −3 b) na˜o tem c) x = 1 e x = −1 0.3 Regra de L’Hoˆpital Veremos agora como calcular alguns limites indeterminados da forma { 0 0 , ∞ ∞ , 0.∞, 00, 1∞ } por meio de derivac¸a˜o. 3 Teorema 4. Se f e g sa˜o func¸o˜es diferencia´veis em um intervalo aberto I e limx→pf(x) = limx→pg(x) = 0 ou limx→pf(x) = limx→pg(x) =∞, enta˜o limx→p f(x) g(x) = limx→p f ′(x) g′(x) com p = a−, p = a+, p = +∞ ou p = −∞. Exemplo 5. Calcule os seguintes limites utilizando a regra de L’Hoˆpital: a) limx→0 sen(x) x ; b) limx→0 2 x−1 x ; c) limx→1 ln|x| x−1 ; d) limx→+∞ e x x2 ; e) limx→0 tg(x)−x x2 ; f) limx→0xln|x|; g) limx→0+xx h) limx→0+(1 + sen(4x))cotg(x); Soluc¸a˜o: a) Note que sen(0)0 e´ uma indeterminac¸a˜o do tipo 0 0 . Portanto, limx→0 sen(x) x = limx→0 cos(x) 1 = cos(0) = 1. b) Note que 2 0−1 0 e´ uma indeterminac¸a˜o do tipo 0 0 . Portanto, limx→0 2x − 1 x = limx→0 2xln|2| 1 = 20ln|2| = ln|2|. c) Note que tg(0)−003 e´ uma indeterminac¸a˜o da forma 0 0 . Portanto, limx→1 ln|x| x− 1 = limx→1 1 x 1 = limx→1 1 x = 1 1 = 1. d) Note que e +∞ (+∞)2 e´ uma indeterminac¸a˜o da forma +∞ +∞ . Portanto, limx→+∞ ex x2 = limx→+∞ ex 2x que novamente recai na mesma indeterminac¸a˜o. Assim, usando novamente a regra de L’Hoˆpital, temos limx→+∞ ex 2x = limx→+∞ ex 2 = +∞. e) Note que tg(0)−003 e´ uma indeterminac¸a˜o da forma 0 0 . Portanto, limx→0 tg(x)− x x2 = limx→0 sec2(x)− 1 2x =ind 00 = limx→0 2sec(x)sec(x)tg(x) 2 = 2sec(0)sec(0)tg(0) 2 = 2.1.1.0 2 = 0. f) Note que 0.ln|0| e´ uma indeterminac¸a˜o da forma 0.(−∞). Neste caso, devemos reescrever o limite como segue: limx→0xln|x| = limx→0 11 x ln|x| = limx→0 ln|x|1 x que recai numa indeterminac¸a˜o da forma 1+∞ .(−∞). Neste caso, limx→0 ln|x| 1 x = limx→0 1 x − 1x2 = limx→0 1 x . −x2 1 = limx→0 − x = 0. 4 g) Note que 00 e´ uma indeterminac¸a˜o. Portanto, limx→0xx = limx→0eln|x x| = limx→0exln|x| = elimx→0xln|x| = e0 = 1. Neste item, usamos o fato de eln|a| = a. No item g) utilizamos a seguinte regra: limx→a(f(x))g(x) = e limx→a ln|f(x)| 1 g(x) , a qual aplicamos a regra de L’Hoˆpital ao expoente limx→a ln|f(x)| 1 g(x) . Exerc´ıcio 3. Calcule os seguintes limites utilizando a regra de L’Hoˆpital: a) limx→−1 x 2−1 x+1 b) limx→1 x9−1 x5−1 c)limt→0 et−1 t3 d) limx→0 tg(px) tg(qx) e) limx→∞ ln|x| x f) limx→0 1−cos(x) x2 g) limx→0+x2x h) limx→0(1− 2x)1/x Respostas: a) −2 b) 95 c) +∞ d) pq e) 0 f) 12 g) 1 h) e−2 5
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