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PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES NO ENSINO DE GEOGRAFIA Ana Lucia Teixeira/UERJ analu.gheo@gmail.com Iara da Conceição Frederico/UERJ iarageografa@gmail.com NOVAS LINGUAGENS NO ENSINO DE GEOGRAFIA Na sua busca por pensar o espaço enquanto totalidade, de estabelecer uma unidade na diversidade e de abrir outras possibilidades mediante a visão de conjunto a Ciência Geográfica pode tem buscado romper a visão fragmentada e descontextualizada do mundo. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais a Geografia tem buscado um trabalho interdisciplinar, lançando mão de outras fontes de informação e que a relação da Geografia com a Literatura e com as artes tem sido redescoberta, proporcionando um trabalho que provoca interesse e curiosidade sobre a leitura do espaço e da paisagem. No nosso entender é possível aproximar a Geografia de disciplinas como a Literatura, a História, a Língua Portuguesa, as Ciências Naturais, a Sociologia a partir do uso de textos literários e das diferentes formas de expressão artística. A esse respeito Marandola JR (2008, p.1) explica que, a capacidade de produzir arte faz parte daquilo que torna o homem único. A ciência moderna, no entanto, tratou de dissociar arte de pensamento e, com isso, ciência de arte. A Geografia, enquanto ciência moderna respeitou essa separação, embora em certos momentos tenha se utilizado de descrições artísticas como ilustração para seus trabalhos, em especial as literárias. Nas reestruturações epistemológicas contemporâneas, no entanto, reconduzir a Geografia para seu encontro com a Arte é tanto necessário quanto imprescindível para seu desenvolvimento. Isso não ocorre apenas pela incorporação da arte como documento, mas sobretudo como símbolo e marca de um espaço-tempo cultural. Por isso e embasado nos PCNs acreditamos que é possível aprender Geografia pela leitura de autores brasileiros consagrados — Machado de Assis, Jorge Amado, Érico Veríssimo, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, entre outros — cujas obras retratam diferentes paisagens do Brasil, em seus aspectos sociais, culturais e naturais. Dessa forma acreditamos ser a literatura um importante meio para o entendimento do espaço geográfico como construção histórica. Também outras linguagens vêm sendo utilizadas pela Geografia na pesquisa sobre a construção/organização do espaço geográfico. Nos últimos anos a Geografia vem se utilizando das artes, do cinema, da musica, além da literatura como instrumento de análise do espaço geográfico. No entanto a utilização destes recursos na maioria das vezes está relacionada especificamente ao conteúdo de geografia estando dissociado de outras disciplinas. O uso da arte, da literatura, da música e da produção cinematográfica também se faz presente em outras disciplinas, então porque este uso não é realizado de uma maneira que integre as diferentes áreas do conhecimento em uma abordagem interdisciplinar. Os Parâmetros Curriculares Nacionais esclarecem que a interdisciplinaridade refere-se a uma abordagem epistemológica dos objetos do conhecimento - questiona a visão compartimentada disciplinar da realidade sobre a qual a escola tal como é conhecida, historicamente se constituiu. Refere-se por tanto a uma relação entre disciplinas. Conforme Bovo (s/d, p.2) a interdisciplinaridade surgiu no final do século XIX como resposta a fragmentação da ciência propostas pelo positivismo, pois esta foi subdivida dando origem a diversas disciplinas. Com os reducionismos causados pelo positivismo a interdisciplinaridade surgiu a fim de restabelecer um diálogo entre as diversas áreas do conhecimento científico. A interdisciplinaridade normalmente é compreendida como a prática de cruzamento de disciplinas ou de partes do conteúdo disciplinar que eventualmente ofereçam ponto de contato nas atividades letivas, dessa forma as práticas “interdisciplinares” acontece geralmente entre professores cujas disciplinas possuam afinidades e que coincidam na organização dos horários de aulas facilitando a “integração” das mesmas disciplinas (CASCINO, 2000 p.67/68). Entretanto a interdisciplinaridade deveria ser uma proposta curricular elaborada em conjunto com todo o corpo escolar objetivando algo único que venha a oferecer perspectivas positivas na vida do aluno e melhorias no ensino e em sua qualidade de vida refletindo-se na comunidade em que este está inserido, sendo uma constante no cotidiano educacional Dessa forma acreditamos que a utilização de recursos como os textos literários e as composições musicas em suas diferentes expressões são importantes instrumentos para a aproximação do conteúdo geográfico do cotidiano do aluno e que o mesmo pode ser oferecido com uma abordagem interdisciplinar. Música e Geografia Na atualidade se torna cada vez mais complexo a forma de se obter a atenção do aluno para os conteúdos referentes às matérias presentes em seus currículos, com a Geografia não poderia ser diferente. Esta que por vezes se torna um amontoado de assuntos defasados distantes da realidade do aluno e de difícil compreensão faz com que o professor busque alternativas para facilitar o processo de ensino-aprendizagem. Ir além da aula descritiva e distante exige um esforço do professor para trazer para realidade do aluno aquilo que está sendo estudado; para ir além das descrições - sejam elas aulas expositivas realizadas pelo professor, escritas no livro didático ou apresentadas nos mapas - quando procura estudar o porquê do espaço se apresentar de um ou de outro modo. (CALLAI, 1998, p.60), é preciso que o professor esteja disposto a realizar um trabalho que mude a forma como o ensino de geografia vem sendo ministrado no Brasil nas ultimas décadas. Na busca para tornar as aulas mais atraentes muitos professores se baseiam e dão suporte as suas aulas através de recursos encontrados nas artes visuais, na música, no cinema e na literatura. Um dos recursos utilizados que chama muito a atenção dos alunos são as músicas. Estas em suas letras e melodias ressaltam de diversas maneiras os temas presentes no cotidiano do aluno ou aqueles que ajudaram a compor o cenário atual no qual este está inserido. A música é um importante recurso no ensino de geografia, pois tem um poder de penetração que une as várias culturas, diminuindo distâncias e diferenças. A música pode ser um instrumento de difusão de idéias, valores e atitudes, e essas propriedades somadas a presença deste meio no cotidiano dos alunos, a torna um instrumento valioso no desenvolvimento de capacidades como contextualização, análise, expressão de idéias, produção de letras e músicas, construção de conhecimento e mudança de atitudes. Podemos considerar que a música ouvida no dia-a-dia é instrumento educador, já que difunde idéias em letras e sentimentos em melodias. E por estar presente quase que integralmente na vida de cada um, a música pode se tornar um recurso eficaz na educação formal. Sobre os recursos que podem ser utilizados em sala de aula Vieira (1995) declara, os recursos de ensino servem para a exposição do professor, para o trabalho independente do aluno, para a busca, exercitação ou problematização. Servem ao professor, ao aluno, para aprender ou controlar o aprendido. A utilização da música ou de qualquer outro recurso didático tem como finalidade aproximar da realidade dos alunos os temas que serão expostos pelo professor, e utilizando a fala de Kaercher (1998, p.19) esclarecemos que, o objetivo aqui não é simplesmente trabalhar com música em sala de aula. É chamar a atenção que as músicas ouvidas cotidianamente por nós e nossos alunos trazem a questão social/espacial em suas letras e que podemos começar alguns assuntos novos com esse “chamariz”. Desperta mais a atenção do que iniciarmos nossafala, ainda que bem intencionada e de cunho progressista, com aulas expositivas abstratas e distantes do mundo do aluno [...] o objetivo não é (só) tornar a aula mais “legal” [...] mas sim, a partir das letras, questionar o que o aluno já sabe a fim de superar visões de mundo conformistas, conservadoras ou ligadas somente ao senso comum. De acordo com os PCN as músicas podem ser utilizadas no ensino tendo como referencia três eixos: 1. O eixo da produção - "expressão e comunicação em música, improvisação, composição e interpretação"; 2. O eixo da fruição/apreciação - "apreciação significativa em música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem musical"; 3. O eixo da reflexão/contextualização - "música como produto cultural e histórico: música e sons do mundo" ou compreensão da música como produto cultural e histórico. Para o ensino especificamente de geografia o terceiro eixo é o que mais nos interessa a música como produção histórico-cultural, mas em uma proposta interdisciplinar devemos levar em consideração todos os eixos propostos, pois desta forma poderia haver uma integração entre diferentes disciplinas a partir da utilização de uma determinada composição. Algumas músicas representam em suas letras momentos importantes no processo de construção do espaço geográfico, mesmo (e talvez principalmente) aquelas que têm temas específicos como os regionalismos ou retratam momentos da história política recente do Brasil. Podem ser utilizadas no processo de ensino aprendizagem não só da Geografia como também das demais disciplinas. A música pode ser considerada um instrumento que nos apresenta diferentes possibilidades, pois oferece recursos, textuais, sonoros e visuais – os vídeos clipes – nos dando oportunidade de trabalharmos com os alunos diferentes competências, e habilidades cognitivas. A literatura e o ensino de Geografia. Conforme dito antes a Geografia vem se utilizando nas últimas décadas de diferentes recursos na tentativa de aproximar os conteúdos e temas do currículo aos alunos e assim fazer com que os mesmos sintam-se inseridos na produção/organização do espaço geográfico. Na busca por aproximar o ensino de geografia da realidade do aluno alguns professores vem se utilizando de metodologias alternativas como a utilização da arte, da música, do cinema, mas é a literatura que tem tido especial destaque. Teixeira (2008) citando Mello esclarece que a literatura tem sido utilizada, embora timidamente, por geógrafos para empreenderem análises espaciais desde o início do século XX, por ser um meio eficaz de investigação, que relata em diferentes escalas os lugares, o cotidiano, a paisagem, o mundo vivido. Por isso a literatura pode ser um meio eficaz de investigação para os geógrafos e um excelente recurso para o ensino de geografia. A literatura ainda é pouco utilizada nas análises do espaço geográfico, no entanto esta tem sido apontada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais como possibilidade interdisciplinar com a Geografia. De acordo com os PCN’s é possível aprender Geografia a partir da leitura de autores consagrados de nossa literatura. Acreditamos realmente que isto seja possível, pois a produção literária brasileira é rica em autores que retratam em suas obras diversas paisagens, regiões e aspectos sociais e culturais da sociedade brasileira em diferentes temporalidades. Muitos são os literatos que podem nos auxiliar na busca pelo entendimento da construção do espaço geográfico como produto histórico e social, pois para entendermos o espaço como ele é hoje devemos estar atentos aos processos que influenciaram e que de alguma forma continuam influenciando ainda hoje a produção do espaço como totalidade. Autores como José de Alencar e seu romance indianista, como O Guarani, que está inserido na corrente filosófica do Romantismo baseados nas idéias do pensador iluminista Jean Jacques Rousseau onde o Homem é visto como ser originalmente puro sendo corrompido pela sociedade pode ser utilizado tanto pela Geografia quanto pela História, Sociologia ou Filosofia. Alencar tem outras obras que também podem ser utilizadas pela geografia, o autor não se limitou a escrever romances classificados como indianistas há em sua produção literária, romances regionais e urbanos, como O gaúcho e Senhora respectivamente. Os estudos entre Geografia e Literatura têm sido realizados principalmente com autores do período Realista e Naturalista, por estes buscarem dar a suas obras um caráter documental aproximando-as ao máximo da realidade. Temos como autores deste período Machado de Assis, Aluisio de Azevedo, Lima Barreto e outros que representam à cidade do Rio de Janeiro em seus romances. Conforme Teixeira (2007) no romance naturalista O Cortiço, Aluísio de Azevedo representa em seus personagens os fatos sociais e políticos da época. O romance retrata a transformação na organização espacial na Cidade do Rio de Janeiro, particularmente do bairro de Botafogo, com a construção do Cortiço. Podemos afirmar que a obra de Azevedo é um importante meio para entendermos a produção do espaço geográfico carioca no final século. No romance de Lima Barreto, O triste fim de Policarpo Quaresma, podemos identificar uma critica ao nacionalismo absurdo representado na figura de Policarpo Quaresma, e também ao nacionalismo extremo que pode se tornar perigoso nas mãos de ditadores autoritários, por isso alguns críticos literários acreditam que o livro de Lima Barreto escrito em 1911 é uma profecia sobre os regimes autoritários nazi-fascistas que cresceriam a partir de 1930. Em seus romances Lima Barreto também descreve ao subúrbio carioca sua população e seu modo de vida e faz uma critica a forma como o Estado age em relação a essa parcela do espaço urbano. No romance já citado o autor descreve o cotidiano do subúrbio, sua paisagem, a forma como as casas são construídas, o movimento das pessoas andando pelas ruas, o trem que leva os trabalhadores do subúrbio para o centro e a zona sul. Barreto também critica a falta de cuidado dos municipais com infra-estrutura ou a falta dela nos subúrbios, chega a afirmar no romance Clara dos Anjos que o “subúrbio é o lugar dos infelizes”. Veja nestes fragmentos como Lima Barreto descreve o subúrbio: Os subúrbios do Rio de Janeiro são a mais curiosa coisa em matéria de edificação de cidade. A topografia do local, caprichosamente montanhosa, influi decerto para tal aspecto, mais influíram, porém os azares das construções. Nada mais irregular, mais caprichoso, mais sem plano qualquer, pode ser imaginado. As casas surgiram como se fossem semeadas ao vento, e conforme as casas as ruas se fizeram. Há algumas delas que começam largas como boulevards e acabam estreitas que nem vielas; dão circuitos inúteis e parecem fugir ao alinhamento reto com ódio tenaz e sagrado. (O triste fim de Policarpo Quaresma, p.86-87). No romance Clara dos Anjos (p.52- 55) o literato segue mostrando o processo de ocupação do subúrbio carioca e a falta do Estado neste processo. O subúrbio propriamente dito é uma longa faixa de terra que se alonga, desde o Rocha ou São Francisco Xavier até Sopopemba tendo para eixo a linha férrea da Central. Para os lados, não se aprofunda muito, sobretudo quando se encontra com colinas e montanhas que tenham a sua expansão; mas, assim mesmo, o subúrbio continua invadindo, com as azinhagas e trilhos, charnecas e morrotes. Passa-se por um lugar que supomos deserto, e olhamos, por acaso, o fundo de uma grota, donde brotam ainda árvores de capoeira, lá damos com um casebre tosco , que para ser alcançado torna-se preciso descer uma ladeirota quase a prumo. [...] Há casas, casinhas, casebres, barracões, choças por toda a parte onde possa fincarquatro estacas de pau e uni-las por paredes duvidosas. Todo o material para essas construções serve: são latas de fósforos distendidas, telhas velhas, folhas de zinco, e, para as nervuras das paredes a taipa, o bambu, que não é barato. [...] Mais ou menos é assim o subúrbio, na sua pobreza e no abandono em que os poderes o deixam. [...] O Rio de Janeiro, que tem, na fronte na parte anterior, um tão lindo diadema de montanhas e arvores, não consegue faze-lo coroa e cingi- lo todo em roda. A parte posterior, como se vê não chega a ser um neobarbante que prenda dignamente o diadema que lhe cinge a teta olímpica. Nos fragmentos citados dos romances de Lima Barreto destacamos as questões urbanas que mostram como a expansão da cidade em direção ao subúrbio segregou espacialmente a população mais pobre, e como a ausência do Estado neste processo de expansão ocupação do subúrbio carioca lhe conferiu características especificas. No entanto a contribuição deste autor para o ensino de geografia e das demais disciplinas é muito maior. Lima Barreto escreveu romances que denunciam a escravidão, criticam o ufanismo republicano e maneira como as mulheres eram educadas. Lessa (2001, p.224) nos fala que Lima Barreto em seus romances, não se especializa nem é atraído pelos transgressores. Fala dos cinzentos e “não-folclorizaveis”, fala dos anônimos, que sustentam e mantêm viva a cidade. Fala com carinho e sem mistificação do povo dos subúrbios e do escalão humilde da pirâmide social. Diversos outros literatos representaram a cidade do Rio de Janeiro em suas obras para se fazer uma leitura do espaço geográfico da cidade e das relações sociais que se desenvolviam em um momento de construção da sociedade brasileira, sociedade esta que buscava uma identidade nacional o Rio de Janeiro foi referencia principal da literatura nacional. A cidade esta presente nas obras A moreninha de Manoel de Macedo, Senhora de José de Alencar, O encilhamento de Visconde de Taunay, Casa de Pensão e O Cortiço de Aluisio de Azevedo entre outras. Mas há também os romances ditos regionais como Grandes Sertões Veredas de Guimarães Rosa, Vidas Secas de Graciliano Ramos, Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto e Meninos do Engenho de José Lins do Rego, que retratam a região nordeste, o sertão e o povo nordestino e os diversos problemas sociais da região. Temos ainda Érico Veríssimo com sua obra o Tempo e o vento que trata da formação do Rio Grande do Sul, que nos permite fazermos uma leitura das questões sociais, da grandiosidade do território brasileiro e de sua diversidade natural e cultural. Em Vidas Secas Graciliano Ramos chama a atenção do leitor para as adversidades naturais e as injustiças sociais as quais o povo nordestino está exposto. O autor nos mostra os caminhos que seus personagens percorrem e como sofrem com a aridez do lugar, a exploração e o abuso por parte do poder dos coronéis, a humilhação cotidiana, e o pior a escassez de água e comida. A obra de Graciliano Ramos nos permite realizar uma aproximação com diversas disciplinas, assim como todas as obras literárias citadas neste estudo, pois as mesmas representam momentos da construção da sociedade brasileira que com sua integração com o meio físico e a partir das relações sociais estabelecidas pelos seus membros imprimiram ao longo do tempo características especificas ao espaço geográfico brasileiro. A partir do exposto acreditamos que os textos literários sejam eles do século XVIII, como os de José de Alencar, sejam do século XX como os de Lima Barreto ou Graciliano Ramos são importantes fontes de informação geográfica além de nos permitir uma interação com outras áreas do conhecimento cientifico. Considerações finais Acreditamos que o uso da música e da literatura aproxima o ensino de geografia a realidade do aluno, permite ao aluno realizar interpretações subjetivas onde podem expressar seus entendimentos sobre determinados assuntos de maneira mais espontânea e apresenta mecanismos que permite uma maior interação entre o aluno e o professor e destes com o conteúdo a ser apresentado. Esperamos que com a utilização destes recursos os alunos consigam relacionar os fatos apresentados em Geografia com as outras áreas do conhecimento, que tenham a noção de que o espaço geográfico é construído por todos nós nas nossas praticas diárias e que ele vive isso cotidianamente, construindo e reconstruindo a cada ação o lugar onde vive, trabalha, estuda e se diverte. Referências BARRETO, LIMA. Clara dos Anjos. Clássicos Scipione. 2 ed. São Paulo: Scipione. 2005. BARRETO, LIMA. O Triste fim de Policarpo Quaresma. Série Clássicos da Literatura. Editorial Sol90. Barcelona. 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