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Quimica aminoacidos e proteinas

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Anacharis B. de Sá-Nakanishi 
Proteínas são polímeros de a aminoácidos. 
Embora mais de 300 aminoácidos diferentes 
tenham sido descritos na natureza, somente 20 
são utilizados na síntese de proteínas de 
mamíferos. 
Os 20 aminoácidos comuns são definidos como sendo 
aqueles para os quais existe pelo menos um códon 
específico no código genético do DNA. 
DNA 5’- A-G-A-G-G-T-G-C-T- 3’ 
 3’- T-C-T-C-C-A-C-G-A – 3’ 
mRNA 5’- A-G-A-G-G-U-G-C-U– 3’
 tRNAs 
-Arginina-Glicina-Alanina- 
Gly Ala Val Leu Ile Met Pro Phe Trp Ser Thr Asn Gln Tyr Cys Lys Arg His Asp Glu 
Glicina 
C-C-A 
Alanina 
C-G-A 
Arginina 
U-C-U 
Transcrição 
Tradução 
A transcrição e tradução do código do DNA resultam na polimerização de 
aminoácidos numa seqüência linear específica, característica de cada proteína. 
Funções dos Aminoácidos 
• Estrutura básica das Proteínas 
• Combustível metabólico 
• Mensageiros químicos (GABA – descaboxilação Glutamina) 
• Reação alérgica (Histamina – descarboxilação Histidina) 
• Hormônio tireoidiano (Tiroxina – Tirosina) 
• Intermediários metabólicos: citrulina e ornitina síntese de uréia 
 
Estrutura geral dos a-aminoácidos 
comuns encontrados em proteínas 
C H3N 
COO 
H 
+ 
R Carbono a 
a 
Grupo a 
carboxílico 
Grupo a 
amino 
Cadeia lateral 
Cadeias laterais variam em 
estrutura, tamanho, carga 
e solubilidade 
H2C CH2 
H2N 
C 
COO 
H 
+ 
CH2 
a 
Prolina, iminoácido. O grupo R 
(cadeia lateral) forma um anel 
com o grupo a amino. 
As cadeias laterais variam em 
estrutura, tamanho e carga 
elétrica e influenciam a 
solubilidade do aminoácido em 
água. 
Grupos R alifáticos, 
não-polares 
Grupos R aromáticos 
Grupos R não-
carregados, mas 
polares 
Grupos R carregados 
negativamente 
Grupos R carregados 
positivamente 
Os 20 aminoácidos livres 
são solúveis em água 
porque apresentam ao 
menos dois grupos 
carregados. 
Ao se ligarem para 
formar as proteínas, 
estas duas cargas 
desaparecem e a 
solubilidade depende do 
grupo R. 
 Glicina  gosto doce (grego glykos = “doce”) 
 Glutamato  glúten do trigo 
 Tirosina  isolada do queijo (grego tyros = “queijo”) 
 Asparagina  1º descoberto (1806) – aspargo 
 
 Treonina  último descoberto - 1938 
Todos aminoácidos possuem nomes simples ou comuns, em alguns 
casos derivados da fonte da qual eles foram inicialmente isolados 
Cadeias laterais alifáticas, apolares 
Caracterizam por serem 
hidrofóbicos. 
Ala, Val, Leu, Ile  tendência de 
se localizar na parte interna da 
prot., minimizando o contato com a 
água (interações hidrofóbicas) 
Gli e Ala  parte externa e interna 
da proteína grupos R pequenos 
Pro  estrutura cíclica 
Localização de aminoácidos em uma proteína 
Cadeias laterais aromáticas 
Todos podem participar em interações hidrofóbicas. 
Considerações importantes: 
Tyr and Trp  são menos hidrofóbicos do que a Phe 
Absorção da luz ultravioleta pelos 
aminoácidos aromáticos 
Proteínas absorvem luz no 
ultravioleta devido à presença 
de grande quantidade de 
triptofano e tirosina presentes 
na sua estrutura. 
Usado para detectar e medir a 
[proteínas] em soluções 
Cadeias laterais polares, não carregadas 
Possuem grupos 
funcionais que 
formam pontes 
de H com a 
água. 
 
Aminoácidos com carga negativa em 
pH fisiológico 
Grupo monoamino dicarboxílico 
Aminoácidos com carga positiva em 
pH fisiológico 
Aminoácidos diamino monocarboxilico 
Maior parte de bactérias e plantas  sintetizam 
todos os 20 aa padrão 
Organismo humano  
sintetiza apenas metade 
deles (aminoácidos não 
essenciais na dieta) 
Aminoácidos essenciais 
(indispensáveis) 
 
Não produzidos pelo 
organismo humano 
 
 Devem ser obtidos 
através do alimento 
Essenciais 
Arginina* 
Fenilalanina 
Histidina 
Isoleucina 
Leucina 
Lisina 
Metionina 
Treonina 
Triptofano 
Valina 
* Aa essencial somente na infância 
Aminoácidos incomuns. Surgem de alterações 
ocorridas após a síntese da cadeia peptídica. 
A formação de uma ligação 
dissulfeto pela oxidação de 
duas moléculas de cisteína 
dá origem a um novo 
aminoácido denominado 
cistina. 
Cisteína 
SH 
CH2 
C H 
COO 
H3N 
+ 
C H 
COO 
H3N 
+ 
SH 
CH2 
Cisteína 
S 
CH2 
C H 
COO 
H3N 
+ 
C H 
COO 
H3N 
+ 
S 
CH2 
Cistina 
2H+ + 2e- 
2H+ + 2e- 
As pontes dissulfeto estabilizam a estrutura de proteínas e peptídeos. 
Gly-Ile-Val-Glu-Gln-Cys-Cys-Ala-Ser-Val-Cys-Ser-Leu-Tyr-Gln-Leu-Glu-Asn-Tyr-Cys-Asn 
Phe-Val-Asn-Gln-His-Leu-Cys-Gly-Ser-His-Leu-Val-Glu-Leu-Tyr-Leu-Val-Cys-Gly-Glu-Arg-Gly-Phe-Phe-Tyr-Thr-Pro-Lys-Ala 
S S 
S 
S 
Insulina 
bovina 
 
S S 
30 e 21 aa 
Ligam partes de uma 
cadeia ou duas cadeias 
polipeptídicas 
estabilizando a 
estrutura de proteínas 
Aminoácidos não-primários ou incomuns 
Ocorrem na estrutura de certas proteínas . 
lisina 
Aminoácidos não protéicos 
Alguns aminoácidos aparecem como intermediários metabólicos (não em 
proteínas). 
 A ornitina e a citrulina, são intermediários na processo de síntese da 
arginina e no ciclo da uréia. 
Estereoisomerismo dos a-aminoácidos 
Ca com 4 
substituintes 
diferentes  
é um centro quiral 
São opticamente 
ativos 
Estereoisomeria 
Estereoisômeros são isômeros apresentam a mesma fórmula 
estrutural (mesmas ligações químicas e grupos funcionais, 
porém, diferentes disposição espacial dos átomos. 
Quando um carbono 
apresenta quatro ligantes 
diferentes, é dito 
assimétrico (quiral) e pode 
apresentar isomeria óptica 
(estereoisômeros). 
Isômeros ópticos são a 
imagem no espelho. 
Apresentam as mesmas 
propriedades físicas e 
químicas, exceto o 
desvio da luz polarizada. 
Estereoisomeria 
Uma mistura contendo os 
dois enantiômeros (mistura 
racêmica) não desvia a luz 
polarizada, pois o desvio 
de uma é randomicamente 
anulada pela outra 
Fonte 
de luz Luz não 
polarizada 
Luz polarizada 
Polarizador 
Amostra 
opticamente ativa 
Analisador 
Observador 
Polarímetro 
Um centro quiral pode assumir duas 
configurações diferentes (são a 
imagem uma da outra no espelho). 
Neste caso, são denominados 
enantiômeros. Eles se diferem 
apenas em desviar a luz polarizada 
para lados opostos. 
(-)-ácido láctico (+)-ácido láctico 
Configuração absoluta dos aminoácidos 
Baseado na configuração 
do gliceraldeído 
Fischer (1891) 
Todos os aminoácidos 
nas proteínas são 
L- estereoisômeros 
ESTEREOESPECIFICIDADE 
As moléculas quirais nos 
organismos vivos estão 
presentes em apenas uma 
de suas formas quirais 
Talidomida 
Focomegalia 
Propriedades ácido-básicas dos aminoácidos 
pH 7,0 
O grupo carboxílico  pK em torno de 2,0, 
O grupo amino tem um pK entre 9,0 e 10,0. 
no pH fisiológico (pH 7,0), a maioria das moléculas de todos os 
aminoácidos estão na forma de íons dipolares (zwitterions) 
Propriedades ácido-básicas dos aminoácidos 
Em meio 
aquoso e pH 
neutro predomina a 
forma do íon 
híbrido 
O íon híbrido (zwitterion) pode 
atuar como 
doador de prótons (ácido) ou 
aceptor de prótons (base) 
Substâncias com esta natureza 
dual são: 
anfotéricas (anfólitos) 
 Um α-aminoácido simples (monocarboxílico e 
monoamínico) é um ácido diprótico quando 
totalmente protonado 
 
 Possui o grupo –COOH e –NH3+ que podem 
fornecer próton 
Curva de titulação de uma 
solução de glicina 0,1M a 25oC 
pH =pKa + log 
[base conj.] 
[ácido conj.]pI = 
pK’a COOH + pK’a NH3 
2 
+ 
Para aminoácidos monoamino 
monocarboxílicos o pI pode ser 
obtido pela média dos dois pK 
0 +1 -1 A B C 
2 Regiões de tamponamento 
Titulação: adição ou remoção 
 gradual de H+ 
Forma 
diprótica 
Adição de base forte (NaOH) 
pH isoelétrico (pI): pH em 
que a carga efetiva do 
aminoácido é nula 
Efeito do ambiente químico sobre o pKa 
Quando o aminoácido possui um grupo R que 
não se ioniza, sua curva de titulação é 
semelhante á da glicina 
Aminoácidos com grupos R ionizáveis 
possuem curvas de titulação mais complexas  
três estágios de ionização  três valores de pKa 
pI=(pK1+pKR)/2 
Curva de titulação 
de uma solução de 
glutamato 
Aminoácido c/ grupo 
R ionizável: 
pI = 3,22 
+1 0 -1 -2 
pK1=2.19 
pK2=9.67 
pKr=4.25 
pI=(pKR+pK2)/2 
Curva de titulação 
de uma solução de 
histidina 
pI = 7,59 
(NH3+) 
+2 +1 0 -1 
Tirosina 
H3N C H 
COO 
+ 
OH 
C 
C 
C 
C 
C 
C 
H 
H H 
H 
CH2 
H3N C 
COO 
H 
+ 
Aspartato 
CH2 
COO 
Asparagina 
C 
O NH2 
CH2 
H3N C 
COO 
H 
+ 
1) Calcule o pI dos três aminoácidos abaixo 
2) Escreva que formas iônica de cada aminoácido estará predominando 
em solução a pH 5 e qual é a sua carga efetiva 
pKaCOOH =2,2 
pKaNH3+ =9,11 
pKR =10,07 
pKaCOOH =2,02 
pKaNH3+ =8,8 
pKaCOOH =1,88 
pKaNH3+ =9,6 
pKR =3,65 
FORMAÇÃO 
DE PEPTÍDEOS 
Ligação peptídica 
Dois aminoácidos se ligam por 
meio de uma ligação peptídica 
para formar um dipeptídeo. 
Vários aminoácidos se ligam 
para formar um polipeptídeo, 
que é denominado proteína. 
Um polipeptídeo contêm uma 
extremidade aminoterminal e 
outra extremidade 
carboxiterminal. 
Serilgliciltirosilalanilleucina 
IONIZAÇÃO DOS PEPTÍDEOS 
Muitos peptídeos 
desempenham funções 
importantes no nosso 
organismo. 
Seqüência de aminoácidos Nome Função 
piroGlu-His-Pro(NH2) Hormônio 
liberador de 
tirotropina 
Secretado pelo hipotálamo, induz a glândula 
pituitária anterior a liberar hormônio tirotrópico 
H-Cys-Tyr-Phe-Gln-Asn-Cys-Pro-Arg-
Gly(NH2) 
Vasopressina 
hormônio 
antidiurético 
Secretado pela glândula piruitária 
posterior, faz o rim reter água da urina 
H-Tyr-Gly-Gly-Phe-Met-OH Encefalina 
metionina 
Peptídeo semelhante ao ópio encontrado 
no cérebro e que inibe a sensação de dor 
Gastrina pequena 
(humanos) 
Hormônio secretado pelas células mucosas 
no estômago; induz as células parietais do 
estômago a secretarem ácido 
piroGlu-Gly-Pro-Trp-Leu-Glu-Glu-Glu-Glu- 
Glu-Ala-Tyr-Gly-Trp-Met-Asp-Phe(NH2) 
SO3 
H-His-Ser-Gln-Gly-Thr-Phe-Thr-Ser-Asp-Tyr 
Ser-Lys-Tyr-Leu-Asp-Ser-Arg-Arg-Ala-Gln- 
Asp-Phe-Val-Gln-Trp-Leu-Met-Asn-Thr-OH 
Glucagon 
(bovino) 
Hormônio pancreático envolvido na 
regulação do metabolismo de glicose 
H-Asp-Arg-Val-Tyr-Ile-His-Pro-Phe-OH Angiotensina II 
(eqüina) 
Peptídeo pressor ou hipertensivo; também 
estimula a liberação de aldosterona do cortex 
adrenal 
H-Arg-Pro-Pro-Gly-Phe-Ser-Pro-Phe- 
ArgOH 
H-Arg-Pro-LysPro-Gln-Phe-Phe-Gly-Leu- 
Met(NH2) 
Bradicinina 
plasmática (bovina) 
Angiotensina II 
(eqüina) 
Peptídeo vasodilatador 
Angiotensina II 
(eqüina) 
Proteínas: 
estrutura e função 
Estrutura tridimensional de proteínas: Ribonuclease 
Seqüência 
linear de 
aminoácidos 
Estado desenovelado: 
funcionalmente inativo Estado nativo: 
cataliticamente ativo 
1 - A função de uma 
proteína depende da sua 
estrutura tridimensional 
2 – A estrutura 
tridimensional é 
determinada pela 
seqüência de aminoácidos 
Forma T 
(desoxigenada) 
Forma R 
(oxigenada) 
a-hélice 
Conformações: formações estruturais estáveis 
A hemoglobina apresenta duas conformações estáveis e 
interconversíveis (oxi-hemoglobina e desoxi-hemoglobina). 
Conformação: arranjo espacial de átomos adotado por uma 
proteína sem a quebra de ligações covalentes. 
Proteína nativa: apresenta apenas 1 ou poucas conformações estáveis (dentre 
as muitas possíveis), as quais representam as suas conformações funcionais. 
São as termodinamicamente mais estáveis (menor G) 
Forças que estabilizam a estrutura tridimensional 
Estrutura tridimensional de uma proteína é estabilizada por pontes dissulfeto 
(fortes) interações não-covalentes fracas: ligações de hidrogênio, pares 
iônicos, interação de Van de Waals e interações hidrofóbicas. 
Pontes de hidrogênio 
Grupos neutros 
Ligações peptídicas 
Interações iônicas 
Atração 
Repulsão 
Interações 
hidrofóbicas 
Interações de Van 
der Waals 
Proximidade de 
2 atomos 
Interações fracas: Interações fortes: pontes 
dissulfeto (ligações 
covalentes) 
Cisteína 
A ponte dissulfeto é formada 
pela união covalente entre 2 
resíduos de cisteína que 
normalmente se encontram 
afastados na sequência de 
aminoácidos do polipeptídeo 
Estrutura 
primária 
Estrutura 
secundária 
Estrutura 
terciária 
Estrutura 
quaternária 
Proteínas: níveis estruturais 
 Estrutura primária: seqüência de aminoácidos unidos por ligações 
peptídicas. 
 Estrutura secundária: arranjos estáveis entre aminoácidos 
adjacentes que formam padrões repetitivos (a-hélice e folhas β). 
 Estrutura terciária: arranjo tridimensional da cadeia polipeptídica. 
 Estrutura quaternária:. Arranjo de 2 ou mais cadeias polipeptídicas. 
Estrutura primária: ligações peptídicas 
As ligações peptídicas colocam 
restrições na conformação dos 
polipeptídeo. 
Difração de raio-X: (1) as 
ligações peptídicas C-N são 
mais curtas que nas aminas e 
(2) os átomos na ligação 
peptídica são co-planares. 
O C=O e o C-N fazem 
ressonância (cria um dipolo 
elétrico) e a ligação peptídica 
apresenta caráter de dupla 
ligação. 
Os átomos na ligação peptídica não 
tem liberdade de rotação: são 
rígidas, planares e os átomos de O 
da C=O e de H da N-H estão em 
posição trans. 
Rotação permitida em N-Cα e 
Cα-C formam uma série de 
planos rígidos e consecutivos com 
rotação em Cα 
Ψ
 (
gr
a
us
) 
Φ (graus) 
Diagrama de Ramachandram 
para L-alanina: 
Os ângulos de rotação em N-Cα e Cα-C são 
denominados Φ (phi) e Ψ (psi), 
respectivamente, e podem variar de -180 
a +180° . 
Muitos valores de Φ (phi) e Ψ (psi) são 
proibidos devido a impedimentos estéricos 
entre os grupos (limite dos raios de van 
der Waals). 
Φ (phi) e Ψ (psi) = 180° 
Φ (phi) e Ψ (psi) = 
0° 
 
As regiões mais escuras do diagrama 
indicam mínima ou nenhuma interferência 
estérica e são as mais estáveis (exceção: 
pro e glic). 
Estrutura primária: ligações peptídicas 
Mioglobina 
δ
+ δ
+ 
δ
- 
δ
- C-terminal 
N-terminal 
Carbono 
Hidrogênio 
Oxigênio 
Nitrogênio 
Grupo R 
Estrutura secundária de 
proteínas: α-hélice 
A unidade de repetição no raio-
x corresponde a 1 volta na 
hélice (5,4Å – 3,6 resíduos) 
Os aminoácidos apresentam 
Φ=-60° e Ψ = -45° a -50° 
Maximizam o uso das pontes 
de hidrogênio internas 
(primeiro resíduo com o 
quarto). 
Os grupos R se projetam 
para fora da hélice 
Contato de Van 
der Waals 
Estrutura secundária de proteínas: α-hélice 
δ+ 
δ+ 
δ- 
δ- 
A α-hélice apresenta 
um dipolo elétrico 
Este dipolo é acentuado 
pelas ligações peptídicas 
nas regiões C-terminas e 
N-terminais que não 
formam pontes de 
hidrogênio. 
As ligações peptídicas 
apresentam um pequeno 
dipolo elétrico, que são 
conectados pelas pontes 
de hidrogênio na α-
hélice. Dipolo líquido que 
se acentua com a 
extensão da hélice 
Estrutura secundária de proteínas: 
α-hélice 
C-terminal 
N-terminalTanto D-aminácidos quanto L-aminoácidos podem 
formar α-hélices no sentido da mão esquerda ou 
direita. 
Entretanto, L-aminoácidos rompem α-hélices 
formadas por D-aminoácidos e vice-versa 
As α-hélices de ocorrência em proteínas ocorrem 
apenas no sentido da mão direita 
L-Alanina D-Alanina 
A sequência de aminoácidos afeta 
a estabilidade da α-hélice 
Aminoácidos adjacentes com mesma carga 
Volume de grupos R adjacentes 
Interações entre as cadeias laterais de 
aminoácidos distantes 3 a 4 resíduos 
Ocorrência de resíduos de prolina ( não 
tem H no grupamento imino não podendo 
formar P de H. 
Identidade dos resíduos próximos a extremidade da 
cadeia. 
C-terminal 
N-terminal 
Prolina Glicina 
Nas a-hélices 
ocorre interação 
entre grupos R 
de aminoácidos 
3 resíduos 
distante entre si. 
Aspartato 
100 
Arginina 
103 
Trecho de uma região helicoidal da troponina C, uma 
proteína ligante de cálcio associada ao tecido muscular 
Se as cadeia laterais 
dos aminoácidos 1 e (3 
ou 4) tiverem cargas 
(aspartato, glutamato, 
lisina ou arginina) ou 
ramificação no carbono 
b (valina ou isoleucina) 
ocorrerão interações 
iônicas ou estéricas 
desfavoráveis, 
desestabilizando a 
estrutura da a hélice. 
Alguns 
aminoácidos ou 
combinações de 
aminoácidos 
afetam a 
estabilidade da 
a-hélice. 
 
Estrutura secundária de proteínas: conformação β 
Timidilato sintase 
Na conformação β, o esqueleto da 
cadeia polipeptídica é estendido em 
ziguezague 
As cadeias são arranjadas lado 
a lado para formar as folhas β 
As pontes de hidrogênio são 
formadas entre os seguimentos 
adjacentes da cadeia 
polipeptídica 
Os grupos R de aminoácidos 
adjacentes são dispostos de forma 
alternada 
A estrutura é favorecida por 
aminoácidos pequenos: glicina e 
alanina (evita interferência estérica) 
Estrutura secundária de proteínas: conformação β 
Folhas β antiparalelas Folhas β paralelas 
A formação paralela apresenta um período de repetição mais 
curto (6,5Å) que a formação antiparalela (7,0Å) 
Exemplo: β-queratina como a fibroina da seda e as fibras das 
teias de aranha. 
Estrutura secundária de proteínas: Dobras β 
Barril β 
Prolina 
Glicina 
Isômeros da prolina 
Conectam segmentos de 
conformação β ou 2 a-hélices 
Pontes de hidrogênio entre o 1° e 
4° aminoácidos 
Presença de glicina e prolina 
 Proteínas: estrutura terciária 
Mioglobina 
Aminoácidos 
hidrofóbicos 
Enquanto a estrutura secundária é 
determinada pela relação de curta 
distância entre os aminoácidos, a 
estrutura terciária é determinada 
pela interação entre aminoácidos 
situados a longas distâncias entre si 
Estrutura mantida por uma série de 
ligações fracas 
Estrutura tridimensional de proteínas: funções 
Hemoglobina Colágeno 
Proteínas fibrosas: são insolúveis; 
formam estruturas 
supramoleculares estáveis e 
resistentes (função estrutural) 
Proteínas globulares: são 
menores; solúveis e alteram a 
conformação conforme a 
interação com ligantes 
X 
Um fio de cabelo 
(acima) é um arranjo de 
muitos filamentos de a 
queratina formado pela 
estruturas ao lado 
A a queratina é rica em 
resíduos hidrofóbicos 
Pares de hélice 
espiraladas entre 
si em um sentido 
orientado para a 
esquerda 
Proteínas fibrosas: α-queratina 
(estruturas supramoleculares) 
Espiral 
supertorcida Supertorção à 
esquerda 
Protofibrila 
Redução 
Enrola-
mento Oxidação 
A permanente no 
cabelo é um processo 
bioquímico 
A resistência das proteínas 
fibrosas é aumentada pela 
formação de ligações 
covalentes entre as cadeias 
polipeptídicas enoveladas e 
entre as cadeias na 
estrutura supramolecular 
Formação de estruturas 
supramoleculares 
α-queratina: 
pontes dissulfeto 
Proteínas fibrosas: colágeno 
O colágeno forma o tecido 
conjuntivo dos tendões, 
cartilagens, matriz orgânicas dos 
ossos, entre outras estruturas 
que fornecem resistência 
A estrutura secundária do 
colágeno é uma hélice (cadeia α), 
mas voltada para mão esquerda e 
com apenas 3 resíduos por volta. 
Entrelaçamento de 3 cadeias α 
(superespiramento no sentido da mão 
direita) - tropocolágeno 
Cadeia α 
Glicina – X – Y, onde 
X = prolina 
Y = hidroxiprolina 
É formada pela unidade tripeptídica 
repetitiva: 
Composição do colágeno: Gly 
(35%), Ala (11%), Pro e HO-Pro 
(21%) 
Suportam a estrutura do 
colágeno 
Proteínas fibrosas: 
colágeno 
A glicina é pequena 
suficiente para ser 
encontrada nas junções 
apertadas das cadeias 
α entrelaçadas 
Hélices 
entrelaçadas 
Glicina 
Colágeno 
Ligações cruzadas Cabeça das moléculas 
de colágeno 
Fibrilas: estrutura 
supramolecular 
(tropocolágeno) se 
associam de 
diferentes maneiras 
(graus de 
resistência variável) 
Hélice tríplice de colágeno 
Cadeia 
polipept 
Norlisina Hidroxi-
lisina 
Cadeia 
polipept 
Ligações cruzadas aumentam a resistência 
e geram aminoácidos incomuns: 
Proteínas fibrosas: colágeno 
Defeitos genéticos na síntese do colágeno: 
• Osteogênese imperfeita (crianças) e Síndrome de Ehlers-Danlos 
Cis Ser 
Gly 
Substituição 
Verônica Almeida 
conquistou a 1ª 
medalha feminina na 
natação nos Jogos 
Paraolímpicos de 
Pequim. 
Contorcionistas 
Mamíferos → 30 tipos diferentes de colágeno → diferentes funções 
Proteínas fibrosas: colágeno 
Escorbuto: deficiência de vitamina C (ácido ascórbico) 
O ácido ascórbico é cofator utilizado para reduzir a 
enzima prolil-4-hidroxilase, que catalisa a formação da 
4-hidroxiprolina na estrutura do pró-colágeno. 
O escorbuto é caracterizado por degeneração geral do tecido 
conjuntivo (fragilidade capilar, perda de dentes, degeneração dos 
ossos, dor). Nesta condição o colágeno não faz ligações cruzadas e 
perde suas características. 
PROTEÍNAS GLOBULARES 
-As proteínas globulares são solúveis, mais compactas e apresentam 
uma grande diversidade estrutural e funcional. 
- O enovelamento da mioglobina, assim como da maioria das outras 
proteínas é complexo e sem simetria. Um princípio global emerge da 
distribuição das cadeias laterais doa aminoácidos. 
- Em meio aquoso o enovelamento das proteínas é impulsionado pela 
forte tendência dos radicais hidrofóbicos serem excluídos da água. 
Desnaturação: 
 
Modestas alterações no ambiente da proteína podem provocar 
alterações estruturais que afetam sua função 
Fatores: 
-calor 
-alteração de pH 
-detergentes 
-solventes orgânicos 
- uréia 
A perda da estrutura tridimensional, suficiente para causar a 
perda da sua função, é chamada de desnaturação 
• RENATURAÇÃO 
A estrutura primária das 
proteínas determina sua 
estrutura tridimensional. 
Chaperonas; proteínas 
acessóriais que auxiliam no 
processo de enovelamento das 
proteínas. Utiliza energia, ATP, e 
envolve diversas outras proteínas. 
A informação necessária 
para o enovelamento de 
uma proteína está contida 
em sua sequência de 
aminoácidos; fator que 
determina a sua estrutura 
terciária tridimensional 
A desnaturação da ribonuclease 
Defeitos no enovelamento protéico pode 
acarretar uma série de desordens 
genéticas 
Doença do Príon: 
• proteína PrP apresenta uma estrutura alterada-príon 
• doença ocorre quando a PRP celular normal, PrPc , 
apresenta uma conformação alterada PRPsc. 
• altera sua solubilidade – degeneração do tecido 
nervoso - morte 
• Encefalopatia espongiforme bovina - doença da vaca 
louca 
Relacionadas incluem Doença de Creutzfelt-Jacob em 
humanos e scrapie em ovinos.

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