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Tipos de Raciocínio

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Raciocínio
O raciocínio é basicamente a organização de uma sequencia de pensamentos: os argumentos, que
correspondem a uma asserção, ou conclusão que se tenta tirar a partir de uma situação nova ou de
uma experiencia prévia.
Existem dois tipos de raciocínio conforme veremos a seguir:
- Raciocínio dedutivo.
Regras lógicas: os argumentos mais fortes são dedutivamente válidos. É impossível que a conclusão
de um argumento seja falsa se as premissas forem verdadeiras. Por exemplo:
- Sócrates é um homem
- Todos os homens são mortais
- logo, Sócrates é mortal
Algumas teorias assumem que operamos como lógicos intuitivos e usamos regras lógicas para
tentar provar que a conclusão de um argumento é decorrente de suas premissas (Skyrms, 1986).
Quanto mais regras são necessárias, maior será a probabilidade de que as pessoas cometam um erro
e mais tempo levem para de fato tomarem a decisão correta (Rips, 1893,1994).
Efeitos de conteúdo: nossa habilidade de avaliar um argumento dedutivo muitas vezes depende
igualmente do conteúdo das proposições, sempre utilizamos regras lógicas quando resolvemos
problemas de dedução. Às vezes usamos regras menos abstratas e mais relacionadas a problemas
cotidianos: regras práticas. O conteúdo do problema afeta a ativação ou não de uma regra prática, o
que por sua vez afeta a correção do raciocínio, indicando qual será a decisão tomada.
Também pode-se resolver situações aplicando os modelos mentais: representações lógicas do
problema, coletadas e armazenadas para usarem usadas como moledo prévio de uma situação
similar ou idêntica.
Os dois procedimentos descritos, são determinados pelo conteúdo do problema, o que contrasta com
a aplicação das regras lógicas, que não deveriam ser afetadas pelo conteúdo do problema.
Consequentemente, nossa sensibilidade ao conteúdo muitas vezes nos impede de operar como
lógicos ao resolver um problema.
- Raciocínio indutivo
Regras lógicas: um raciocínio pode ser bom mesmo que não seja dedutivamente válido, porém
indutivamente sólido. Estes são os raciocínios indutivamente fortes, o que significa que é
impossível que a conclusão seja falsa quando todas as premissas são verdadeiras. (Skyrms, 1986).
Essa lógica indutiva baseia-se na teoria da probabilidade.
Uma regra de probabilidade relacionada é a regra de taxa de base, que afirma que quanto mais
membros existem numa classe maior é a probabilidade de que algo que pertence a esta classe. Ex.:
- Sou cantora
- Entro numa banda
- logo, serei cantora nessa banda
Outra regra relacionada é a regra da conjunção: a probabilidade de uma proposição não pode ser
menor do que a probabilidade daquela proposição combinada com outras proposições.
Heurísticas: é um procedimento de atalho mais fácil de se aplicar e muitas vezes correto. As
pessoas usam a heurística de similaridade porque a similaridade muitas vezes está relacionada com
a probabilidade e ainda é mais fácil de calcular. Assim nossa utilização de heurísticas muitas vezes
nos leva a ignorar algumas regras racionais básicas.
Outro ponto são as circunstâncias certas, nas quais se aprecia a relevância de algumas regras lógicas
para determinados problemas e usa-las adequadamente (Nisbett et al., 1983).

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