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236146317-Apostila-Orteses-e-Proteses

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QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 
Disciplina: Fisiologia Geral 
Professor (a): Liana Mayara Q. Caland 
 
 
 
APOSTILA 
PARA 
CONCURSOS 
[YADAIM OVDOT] 
 
 
Apostila organizada para o Curso Preparatório 
para Concursos Públicos. Cargo: Fisioterapia 
 
ÓRTESES E 
PRÓTESES 
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 
Disciplina: Fisiologia Geral 
Professor (a): Liana Mayara Q. Caland 
 
 
ÓRTESES 
 
1.0. Classificação e caracterização das órteses 
 
DEFINIÇÃO: dispositivo exoesquelético aplicável a um ou mais segmentos que tem como 
finalidade a manutenção da postura correta do segmento em uma posição de descanso, 
realinhamento ou de atividade controlada. É um dispositivo mecânico de adaptação que 
auxilia na função motora. 
Obs.: órtese auxilia a função, prótese substitui a função de um segmento perdido e a órtese-
prótese (pouco comum) auxilia e substitui uma função. 
 Indicações: 
 Alívio ou abolição da dor. 
 Suporte de peso corporal e transferência de força. 
 Facilitação do movimento para melhora da função. 
 Prevenção de deformidades e correção do alinhamento. 
 Limitação do movimento. 
 Proteção. 
 Assistência ao movimento. 
Classificação funcional global: 
Estáticas ou passivas: evitam o movimento e são indicadas para imobilizar ou estabilizar 
uma articulação. Ex.: sequelas de fraturas, inflamações articulares e de partes moles, 
queimaduras e pós operatórios. Tem a função de imobilização, repouso, proteção, sustentação 
e/ou correção. 
Dinâmicas ou funcionais: previne deformidades, possibilita a manutenção da força normal e 
estimula o fortalecimento da musculatura fraca. Ex.: músculos par ético. Função de auxiliar, 
limitar ou direcionar os movimentos permitindo mobilidade articular e uso de tenodese 
fisiológica. 
 Classificação de acordo com a finalidade: 
Apoio: paralisias 
Substituição: aumenta força residual ou substitui o movimento articular 
Corretiva: aumenta a amplitude de movimento na presença de contraturas cutâneas ou 
articulares 
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 
Disciplina: Fisiologia Geral 
Professor (a): Liana Mayara Q. Caland 
 
 
Protetora: contra contraturas por queimaduras, reduzem movimentação dolorosa (artrite, 
tendinite) 
ATENÇÃO: 
 Não existe órtese para uma única patologia 
 A órtese deve ser adaptada para o paciente 
 Quando a órtese não cumpre o seu objetivo ela deve ser suspensa. 
 A órtese para ser indicada deve ser precedida de uma avaliação funcional e 
psicossocial 
 
A indicação do tipo de órtese a ser usada vai variar de acordo com: a patologia, as 
articulações e segmentos envolvidos e função desejada. É preciso definir como será a 
fixação do segmento corporal e qual material será utilizado, procurando fazer as 
adaptações necessárias para o paciente e tentando usar um design que vá de encontro ao 
objetivo do paciente. 
As órteses são aparelhos auxiliares da reabilitação que deve visar à funcionalidade 
e a adaptação às limitações permanentes para proporcionar maior independência ao 
paciente. 
MATERIAIS MAIS USADOS: 
 Metais (aço inoxidável, duralumínio) 
 Fibra de carbono 
 Plástico termo moldável 
 Espuma de poliuretano 
 Plástico termo fixo 
 Gesso sintético 
 Cortiça, couro, borracha, velcros 
 Lonas e tecidos sintéticos 
Obs.: deve considerar os aspectos estéticos, conforto, peso do material e custo. 
NOMENCLATURA: algumas órteses ainda são conhecidas pela sua nomenclatura antiga 
(nome do projetista ou local aonde foi criada). Outras, a maioria, têm uma designação 
genérica de acordo com a parte do corpo envolvida, sendo as mais modernas conhecidas por 
sua nomenclatura em inglês. 
ATENÇÃO: importante saber todas as nomenclaturas possíveis para uma determinada órtese. 
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 
Disciplina: Fisiologia Geral 
Professor (a): Liana Mayara Q. Caland 
 
 
2.0. Principais órteses de membros superiores 
 
ÓRTESE DE DEDO (OD): 
 Protetora. 
 Indicada para estabilização (normalmente com tala de plástico termo rígido). 
 Impede o movimento da articulação metacarpo falangeana e interfalangeana 
 Indicada: artrite reumatoide, queimadura, síndrome do túnel do carpo 
 
ÓRTESE DE MÃO (OM) E PUNHO E MÃO (OPM): 
 A OM é indicada para o controle da oponência do polegar. Ex.: neuropatia do mediano 
 A OPM é indicada para controle da oponência e extensão do punho e metacarpo 
falangiana. Nesse caso deve ter apoio com barra lumbrical. Ex.: prevenção de mão em 
garra e simiesca. 
 OPM com barra palmar e na região anterior do antebraço é para controle da flexão do 
punho (neuropatia do radial, LER/DORT). 
Obs.: OD, OM e OPM podem ser para substituir a preensão, auxiliando na realização de 
atividades da vida diária (prendedor de utensílios). 
ÓRTESE DE PUNHO MÃO E DEDOS (OPMD): 
 Mantem a posição neutra do segmento. 
 É uma órtese corretiva. 
 Indicada para tratamento de espasticidade. 
 Posição correta: semiflexão de punho, semiflexão dos dedos e metacarpo falangeana e 
oponência do polegar. 
ÓRTESE DE COTOVELO: 
 Pode ser para imobilização ou para ganho de amplitude. 
 É protetora ou corretiva. 
 Indicada para instabilidades, limitação da ADM e dor em partes moles. Ex.: fraturas, 
queimaduras, reparação nervosa, contraturas, transferência tendínea, processos 
degenerativos e tendinites. 
ÓRTESE DE OMBRO: 
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 
Disciplina: Fisiologia Geral 
Professor (a): Liana Mayara Q. Caland 
 
 
 Tipóia: protetora, indicada para evitar o balanço desordenado do braço e indicada para 
repouso. Ex.: paralisia flácida, P.O. de ombro. A tipóia de Gayloud é muito indicada 
nos casos de subluxação de ombro (em pacientes com sequela de AVE por exemplo). 
 Órtese abdutora de ombro: é uma órtese corretiva. Pode ser abdutora (com almofada 
de apoio) ou com tala asa de avião. A posição correta nesse caso é de 60° de abdução, 
30° de flexão, com posição neutra de cotovelo e punho. Indicação: queimaduras na 
região axilar e contraturas. 
 Órtese de estabilização de ombro: normalmente são de neoprene e permitem a 
mobilidade do ombro, mas dão maior estabilidade articular. São de proteção e repouso 
(indicada para período de cicatrização de lesões) ou de alívio de dor (indicada para 
lesão por esforço e tendinites). 
 Órtese de Sarmiento: protetora. Indicada para fraturas de úmero (exceto na fase 
aguda) e para pseudoartrose. 
 Tirante clavicular: limita o movimento escapular e consequentemente limita o 
movimento de ombro também. É uma órtese protetora. Indicada para fraturas de 
clavícula. 
 
3.0. Principais órteses cervicais e de tronco 
 
COLAR CERVICAL: tem diferentes finalidades de acordo com o material utilizado. 
Colar cervical de espuma: para feedback sensorial nos casos de torcicolos por 
espasmos musculares. 
Colar cervical de polipropileno: para dar maior estabilidade articular. O tipo de 
fixação deve ser selecionado de acordo com a gravidade e altura da lesão. 
 Colar de espuma: feedback sensorial. Indicado para os casos de torcicolos e 
lesões de tecidos moles, sendo contra indicado para lesões ligamentares. Não 
bloqueia totalmente as ADM cervicais. 
 Colar Philadelphia: indicado para comprometimentos cervicais importantes e 
primeiros socorros (ex.: instabilidade de C4, P.O., TRM). Possui apoio dorsal, 
torácico superior, occipital e mentoniano. Limita mais os movimentos de flexo-
extensão. 
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 
Disciplina: Fisiologia Geral 
Professor (a): Liana Mayara Q. Caland 
 
 
 Colar Minerva: tem fixação torácica, sendo mais estável que o Philadelphia 
por ter uma haste de metal somadoao polipropileno que permite maior 
limitação da flexo-extensão e inclinações. 
 Colar de Thomas: menor estabilidade que o Minerva e Philadelphia e maior 
estabilidade que o de espuma, limita apenas a flexo-extensão, principalmente a 
flexão. 
 Halo craniano: maior estabilidade limitando a flexo-extensão, inclinações e 
rotações. É indicado para TRM alto. 
Obs.: é a mesma fixação que o halo vest. E o colete Minerva pode ser adaptado 
com um halo craniano fixado nas laterais passando a ter a mesma fixação que o 
colar halo craniano. 
 SOMI (Sternal Occipital Mandibular Imobilizer): restringe todos os 
movimentos cervicais. Possui de 2 a 4 hastes de fixação e por ser tão restritivo 
é indicado para lesões cervicais altas. 
ÓRTESES DE TRONCO 
 Órtese torácica: São corretivas. Compressor dinâmico de tórax: CDT1 
indicado para pectus carinatum, e CDT2 indicado para pectus escarvatum. 
 Colete de Miwalkee: para correção postural. É composto de um apoio pélvico 
com haste anterior e apoio mentoniano com duas hastes posteriores com apoio 
occipital. Deve ser usado por 24h e é indicado nos casos de escoliose alta (T7-
T8), cifoescoliose e cifose. 
 Colete tipo Jewett: Estabiliza, controlando a inclinação lateral e a flexão de 
tronco. Indicado nos casos de fraturas torácicas e cifose. 
 Jaqueta de Risser: permite maior estabilização vertebral imobilizando a 
toracolombar e a lombosacra. Indicado para P.O. 
 Colete tipo Cash: indicado nos casos em que o paciente não pode usar o colete 
de Jewett (seios grandes ou colostomia). Limita, mas não completamente, a 
inclinação lateral e flexão de tronco. Tem apoio no esterno e no púbis. 
 Colete de Knight: órtese de sustentação lombar. 
 Colete de Boston: permite maior estabilização toracolombar e lombar que o 
colete de Knight. Indicado para escolioses baixas e fraturas torácicas e 
lombares. 
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 
Disciplina: Fisiologia Geral 
Professor (a): Liana Mayara Q. Caland 
 
 
 Cinta de Putty ou colete de Willians: é uma cinta abdominal de estabilização 
lombosacra, normalmente feita de lona com hastes de metal ou plástico 
semirrígido. Indicado para lombalgias severas, lombociatalgias traumáticas, 
artroses severas, espondilolisteses, P.O. 
 Colete Bivalvado: indicado para instabilidades vertebrais em casos de 
escoliose, fratura toracolombar, P.O. paraplegias e doenças neuromusculares) 
 
4.0. Principais órteses de membros inferiores 
 
ÓRTESES DE QUADRIL (OQ) 
 Corrige e protege a articulação coxofemoral nos casos de necrose avascular, processos 
inflamatórios, pós traumas e P.O. 
 Fralda Frejka: alinha o posicionamento da cabeça do fêmur no acetábulo para 
melhorar a vascularização. Indicada para bebês com displasia coxofemoral 
congênita. Permite os movimentos de quadril limitando a adução e rotação 
interna. 
 Aparelho de Pavlik: é uma órtese dinâmica indicada para correção de luxação 
de quadril. O uso deve ser noturno e diurno, e frequentemente é uma evolução 
da fralda Frejka. Permite os movimentos de flexão e abdução guiados por 
faixas elásticas. 
ATENÇÃO: as órteses de membros inferiores agem diminuindo o número de articulações 
que devem ser controladas durante a marcha, imobilizando e restringindo o movimento numa 
certa direção ao mesmo tempo em que reduz as forças de sustentação do peso. Mas são 
contra indicadas para corrigir deformidades fixas. 
 ÓRTESE DE QUADRIL JOELHO TORNOZELO E PÉ (OQJTP) 
 Também chamadas de HKAFO (Hip Knee Ankle Foot Orthosis). É um tutor longo 
com cinto pélvico que pode ou não ter travas de segurança. Indicado para lesões medulares 
altas e poliomielite. 
Obs.: também é chamada de tala inguinopodálica. 
Reciprocal Gait Orthosis (RGO): é um tipo de HKAFO que permite a realização de 
marcha recíproca com 4 apoios. Indicada para TRM, mielomeningocele e distrofia muscular 
progressiva. Pode ser do tipo: Parawalker, Walkabout, ARGO, LSU, IRGO. 
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 
Disciplina: Fisiologia Geral 
Professor (a): Liana Mayara Q. Caland 
 
 
 Parawalker: indicada para mielodisplasia e TRM (T1-L2) 
 Walkabout: são duas KAFO e é indicada para TRM (T12-L3) 
 ARGO: composta por duas KAFO mais duas AFO. Indicada para TRM alta. 
 LSU: Indicado para mielomeningocele, distrofia muscular e TRM, não possui 
apoio no tornozelo e é contraindicado para os pacientes com espasticidade, 
obesidade e pouca força muscular. 
 IRGO (Isocentric Reciprocal Gait Orthosis): permite os movimentos de 
flexo-extensão de quadril. Indicada para TRM (T9-T12) e mielomeningocele. 
 
ÓRTESE DE JOELHO TORNOZELO E PÉ (OJTP ou KAFO) 
 Free Walk: permite o movimento de flexo-extensão de joelho na fase de 
balanço. Pode ou não ter apoio torácico, podendo ter apoio isquiático ou cinto 
pélvico. Indicado para sequelas neuromotoras em um único membro com 
algum grau de força preservado. Indicada para hemiparesia, paraparesia e 
poliomielite. 
Obs.: os tutores longos de joelho tornozelo e pé permitem a marcha recíproca mas 
modificam muito o padrão da marcha dificultando o caminhar. 
ATENÇÃO: para indicar uma órtese para marcha é preciso avaliar a velocidade da 
marcha, frequência cardíaca e consumo de oxigênio, força muscular e estado geral do 
paciente (idade, nível de sedentarismo, hipertensão descontrolada, diabetes, etc). 
 
ÓRTESES DE JOELHO E TORNOZELO PÉ (AFO OU OTP) 
 Brace ou splint de joelho: para proteção e repouso. Indicados para 
inflamações dos tecidos moles, P.O. e pós traumas. 
 Órtese tornozelo pé ou AFO (Ankle Foot Orthosis): tem apoio posterior no 
tornozelo mantendo posição neutra de 90° e pode ou não ser articulada. É uma 
órtese de apoio. Indicada para hemiplegia, sequelas neuromusculares e 
espasticidade. 
 Órtese de Codeville: mesma órtese AFO mas com menor estabilidade de 
tornozelo por não ter apoio nos maléolos. Pode ser rígida ou semi rígida. 
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 
Disciplina: Fisiologia Geral 
Professor (a): Liana Mayara Q. Caland 
 
 
ATENÇÃO: as palmilhas também são consideradas órteses. Normalmente são indicadas para 
eliminar dor, elevar o arco plantar e corrigir a distribuição de cargas. Ex.: esporão de 
calcâneo, fascite plantar, síndrome tibial posterior, neuroma de Norton e pé diabético. 
 
5.0. Paciente amputado 
A amputação é a retirada total ou parcial de um membro por trauma ou procedimento 
cirúrgico, e o paciente amputado apresenta uma perda funcional muito importante inclusive 
com perda do esquema corporal. As principais causas são vasculares (70%), infecciosas (1%), 
tumorais (5%), traumáticas (21%) ou de má formação congênita (3%). Há um maior número 
de casos de amputações de membros inferiores (90%) sendo 70% de amputações transtibiais. 
Possíveis complicações: 
 Neuroma doloroso 
 Dor fantasma 
 Retrações por postura viciosa 
 Presença de espículas ósseas 
 Infecção 
 Distúrbios circulatórios 
 Aderências cicatriciais 
 Atrofia do coto 
 Edemas difusos 
 Necroses 
O nível de amputação é que define qual a prótese vai ser usada. E o coto deve ter 
qualidade de amputação, proteção óssea, nervosa, muscular e vascular. 
Obs.: quanto maior o coto melhor a funcionalidade da prótese. Mas nem sempre a 
descarga de peso dentro do coxim é boa. 
ATENÇÃO: o coto deve ser cuidado para favorecer o processo de protetização. E o 
enfaixamento nessa fase é fundamental para modelar, proteger e prevenir edemas no 
coto. 
 
 
 
 
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 
Disciplina: Fisiologia Geral 
Professor (a): Liana Mayara Q. Caland 
 
 
6.0. Níveis de amputação 
 
AMPUTAÇÕES DE PÉ: 
 Desarticulação interfalangeana Desarticulação metacarpo falangeana 
 Amputação transmetatarsiana 
AMPUTAÇÃO DE TORNOZELO: 
 Lisfranc 
 Chopart 
 Pirogoff 
 Syme 
AMPUTAÇÃO DE TIBIA (TRANSTIBIAL): 
 Quanto mais curto o coto maiores são as dificuldades de protetização. 
 A função do joelho fica preservada e em qualquer nível de amputação 
transtibial a descarga de peso distal é contraindicada. 
 A marcha acontece com menor gasto energético. 
DESARTICULAÇÃO DE JOELHO: a amputação ocorre na própria articulação, o que 
permite melhor descarga de peso distal e e melhor suspensão da prótese. 
AMPUTAÇÃO TRANSFEMURAL: 
 Assim como na tibial quanto maior o coto melhor a adaptação da prótese, e 
também é contraindicada a descarga de peso distal no soquete da prótese. A 
descarga de peso deve ser nos ísquios. 
HEMIPELVECTOMIA: é a retirada de todo o membro inferior com uma porção da pelve. 
Normalmente o coto é irregular e a área de apoio para a prótese é pequena o que pode 
dificultar muito a marcha e descarga de peso sobre a prótese. 
HEMICORPORECTOMIA: amputação mais grave e rara, normalmente por causa tumoral e, 
com menos frequência, por causa de má formação congênita. A deambulação ocorre com 
grande gasto energético e também é difícil a adaptação da prótese bem como a descarga de 
peso. 
AMPUTAÇÃO TORACO ESCAPULAR (TRANSESCAPULO TORÁCICA) E 
DESARTICULAÇÃO ESCAPULAR: são amputações pouco comuns e normalmente 
causadas por neoplasias. A ancoragem da prótese é difícil e a funcionalidade do membro é 
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 
Disciplina: Fisiologia Geral 
Professor (a): Liana Mayara Q. Caland 
 
 
toda perdida. Além disso, complicações posturais como escolioses são frequentes e devem ser 
tratadas para diminuir a perda de funcionalidade. 
 
DESARTICULAÇÃO DO BRAÇO: 
 É um tipo de amputação difícil de adaptar a prótese. Difícil ancoragem por não 
ter apoio para os arreios. 
 Por ter um coto muito pequeno deformidades de ombro por contraturas podem 
aparecer, assim como escolioses. 
AMPUTAÇÃO DE BRAÇO: 
 Quanto mais longo o coto mais fácil de adaptar a prótese, mas a funcionalidade 
de mão e cotovelo fica perdida, mesmo com cotovelo articulado. 
 Contraturas podem estar presentes em cotos muito curtos mas sem 
comprometimento postural como nas amputações de MMSS citadas 
anteriormente. 
DESARTICULAÇÃO DE COTOVELO: o coto frequentemente é irregular e por isso a 
adaptação da prótese é difícil. A funcionalidade de cotovelo é perdida mesmo com cotovelo 
articulado (funcionalidade no que diz respeito a força e coordenação). 
AMPUTAÇÃO DE ANTEBRAÇO: 
 A amputação ideal é aquela que ocorre abaixo da inserção do bíceps. Quando a 
inserção do bíceps é preservada a funcionalidade de cotovelo é preservada com 
o uso da prótese. 
 A fixação da prótese é por sistema de cabos ancorados no ombro. 
DESARTICULAÇÃO RADIOCARPICA 
 A ancoragem é feita entre apófise do rádio e ulna e o sistema de ancoragem é 
por cabos. 
AMPUTAÇÃO DO CARPO 
AMPUTAÇÃO TRANSMETACARPIANA 
AMPUTAÇÃO DE DEDOS (INTERFALANGEANAS) 
AMPUTAÇÃO TIPO KRUKENBERG 
ATENÇÃO: as amputações de MMSS limitam muito o movimento do membro gerando uma 
significativa perda de funcionalidade. O paciente amputado precisa mudar de dominância. 
 
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 
Disciplina: Fisiologia Geral 
Professor (a): Liana Mayara Q. Caland 
 
 
7.0. Principais próteses de MMSS e MMII 
Tipos de pés: 
• São indicados para as desarticulações de tornozelo e amputações mais altas. 
• Níveis de amputação de Pirogoff, Syme permitem descarga de peso distal. 
• Utilização de pés articulados permite melhor funcionalidade e estética das próteses. 
• Suspensão é na região supra-maleolar nos casos de desarticulação de tornozelo. 
Pé articular: tem flexão plantar livre e dorsiflexão bloqueada. Permite uma marcha normal e 
funcional. Mais pesado não sendo muito indicado para realizar atividades físicas. 
Pé dinâmico: permite a impulsão e a flexão plantar por uma mola que amortece mais o 
impacto e permite melhor impulsão. 
Pé Sach: possui amortecedores de borracha, mas não tem articulação no tornozelo. 
Pé Greissinger: é multiaxial sendo por isso mais instável. Permite os movimentos de eversão 
e inversão e dorsiflexão e flexão plantar. 
Pé Flexfoot: é uma lâmina de fibra de carbono. É uma grande mola que conecta o cartucho de 
encaixe com o pé. É um material de maior resistência e durabilidade que permite maior 
impulsão. Indicado para a prática de atividades físicas. 
Tipos de joelhos: 
Obs.: As articulações de joelho devem dar controle e segurança à prótese nas fases de apoio e de 
balanço da marcha. 
 As articulações são indicadas para as amputações transfemorais, desarticulações do 
joelho, e desarticulação de quadril. 
Joelho livre (monocêntrico): 
• Tipo mais simples. Não controla a fase de balanço, e o apoio é dado pelo controle 
muscular sem nenhuma intervenção. 
• Desvantagem: instabilidade e choque terminal. 
Joelho com fricção (monocêntrico): 
• Permite controle na fase de balanço pela velocidade angular do movimento. O apoio é 
dado pelo controle muscular. Restringe a marcha. 
 Joelho com trava manual: permite flexo extensão mas não na fase de balanço. Possui um 
sistema manual de desbloqueio e também restringe a marcha. É indicado para pacientes mais 
inseguros ou debilitados. 
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 
Disciplina: Fisiologia Geral 
Professor (a): Liana Mayara Q. Caland 
 
 
Joelho com trava com carga: é autofreiante ou autobloqueante. Tem as mesmas 
características do joelho com trava manual mas ele trava automaticamente ao descarregar o 
peso em cima. 
ATENÇÃO: joelhos policêntricos permitem um movimento mais fisiológico, pois permite 
também os movimentos de rotação e translação do joelho. Normalmente são controlados por 
pistões hidráulicos, pneumáticos ou microprocessadores. 
Joelho hidráulico: movimentos controlados por sistema hidráulico. Marcha mais próxima do 
normal. 
Joelho pneumático: amortecedor dentro do joelho. Velocidade menor da marcha do que no 
hidráulico. 
Joelho 3 R15 
É um joelho monocêntrico com molas extensoras. O material é de titânio 
( resistência e  peso) 
Tipos de próteses: 
Convencional: de resina e madeira, sistema articular mecânico. É pesada e o encaixe não 
proporciona uma boa performance 
Tubular: mais leve, segura, permite maior liberdade de movimentos, melhor performance 
ENCAIXES E SOQUETES: é a interface mecânica de uma prótese. Permite contato total com 
o coto (distribuição da carga, feedback sensitivo). 
SOQUETES TRANSTIBIAIS: 
• PTB (1959): coxal é o responsável pela fixação da prótese. Maior estabilidade. 
Suspensão por correia supracondiliana. 
• PTS (1964): patela fica totalmente envolvida pela prótese. Suspensão acima dos 
côndilos 
• KBM (1968): é um modelo tubular. Aberta na região poplítea (patela solta). Côndilos 
laterais bem globados, suspensão nos côndilos 
Os soquetes podem ser suspensos por válvula de sucção, correia supracondiliana, manguito, 
ou coxal com apoio isquiático. 
SOQUETES TRANSFEMURAIS: 
Cat-cam: 
• Distância ântero-posterior é maior que a médio-lateral, e é ancorada sobre o trocanter 
• Mantém o fêmur em posição mais 
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 
Disciplina: Fisiologia Geral 
Professor (a): Liana Mayara Q. Caland 
 
 
fisiológica 
• Músculos funcionais estão liberados 
• Maior estabilidade do coto 
Quadrilátero: 
• Distância médio lateral é maior que a distância antero-posterior 
• Indicado para coto curto 
• Apoio isquiático 
• A fixação óssea não é tão estável 
• Paciente tende a apresentar mais desconfortos 
Encaixe canadense:• Possui um cesto pévico e a articulação do quadril é monocêntrica 
• Suspensão transfemural pode ser por: válvulas de sucção, cinto pélvico ou bolsa 
pneumática. 
 
8.0. Equipamentos auxiliares da marcha 
ANDADOR: 
 Indicado para pacientes com maior déficit de equilíbrio dinâmico 
 Déficit de coordenação 
 Regulagem da altura: trocanter maior do fêmur, semiflexão de cotovelo de 30° 
(posição funcional do cotovelo) 
MULETAS: 
• Menor estabilidade para o paciente 
• Podem ser axilares e canadenses (também chamadas de muletas de Lofstrand) 
• Uni ou bilaterais 
• A muleta axilar é mais difícil de ser utilizada devido a contração muscular que ela 
exige, e a descarga de peso é menor 
• Musculaturas mais exigidas: peitoral maior, grande dorsal, trapézio, deltoide, triceps, 
flx dedos, ext punho e elevador da escápula 
• Ajuste: na altura do trocânter maior do fêmur e a braçadeira dois dedos abaixo da 
articulação do cotovelo 
• Importante treinar com o paciente como retirar a braçadeira em uma queda 
 
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 
Disciplina: Fisiologia Geral 
Professor (a): Liana Mayara Q. Caland 
 
 
• Ajuste: na altura do trocânter maior do fêmur e a braçadeira dois dedos abaixo da 
articulação do cotovelo 
• Importante treinar com o paciente como retirar a braçadeira em uma queda 
BENGALA: 
• Pode ter um ou quatro apoios 
• Ser uni ou biarticular 
• Maior descarga de peso 
• A de um apoio é mais instável

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