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Aula 2- Fisioterapia Profa Susan Michelz Beitel Metabolismo de Carboidratos Glicólise, Gliconeogênese e a Via das Pentoses Fosfato Introdução Carboidratos são nutrientes das células para obter energia. Glicose: -ocupa a posição central no metabolismo por ser rica em energia potencial; -pode ser armazenada em amido e glicogênio; -pode ser obtida através da quebra de polissacarídeos, dissacaríedos ou transformação de outros monossacarídeos. Ex: amido, sacarose, lactose, *celulose, frutose, maltose Glicólise (do grego glykys, ―doce‖ ou ―açúcar‖, e lysis, ―quebra‖ ) uma molécula de glicose C6 é degradada gerando duas moléculas de piruvato C3. Introdução Durante as reações da glicólise, parte da energia livre da glicose é conservada na forma de ATP e NADH A quebra glicolítica da glicose é a única fonte de energia metabólica em alguns tecidos e células de mamíferos O cérebro não armazena glicose, dependendo minuto a minuto de um suprimento de glicose sanguínea. Uma interrupção prolongada glicêmica pode causar danos irreversíveis ao cérebro. amido Glicemia É a taxa de glicose no sangue. Varia em função da nossa alimentação e nossa atividade. Segundo recente sugestão da Associação Americana de Diabetes, a glicemia normal seria de 70 a 99 mg/L. Hiperglicemia: concentração alta de glicose sanguínea Hipoglicemia: baixa concentração de glicose sanguínea Destinos da glicose Glicólise- 1º reação • Transferência de um grupo fosforil do ATP para o C6 da glicose (gasto de 1 ATP) • Objetivo: impedir a saída da glicose dentro da célula (bicamada lipídica apolar – carga negativa do P) Bicamada lipídica apolar Glicólise- 2º reação Conversão de um isômero em outro (C6H12O6) Objetivo: tornar a molécula mais simétrica Glicólise- 3º reação Transferência de um P para o C1(gasto de 1 ATP) Objetivo: tornar a molécula mais simétrica Glicólise- 4º reação Divisão da frutose1,6-bifosfato em gliceraldeído3fosfato e Di- hidroxicetonafosfato Glicólise- 5º reação A Di=hidroxicetonafosfato é transformada em Gliceraldeído 3-fosfato, pois é ele quem da continuidade à glicólise. Reações acontecem 2 x (uma para cada Gliceraldeído 3-fosfato) Glicólise- 5º reação Dihidroxicetonafosfato convertida em Gliceraldeído 3-fosfasto (moléculas isômeras) Glicólise- 6º reação Um Pi (fosfato inorgânico) é adicionado no C1 da molécula de Gliceraldeído 3-fosfato. Essa reação é realizada em dois passos... Glicólise- 6º reação 1º passo: oxidação do gliceraldeído 3-fosfato (saída do H para o NAD+) e entrada de uma molécula de água (OH no C3) *quem perde H é oxidado, quem ganha H é reduzido. Glicólise- 6º reação 2º reação: Formação do composto intermediário (tioéster) e transferência do Pi formando o 1,3-bifosfoglicerato Porque formar um composto intermediário? O Pi não tem energia para se ligar ao gliceraldeído De que maneira essas duas reações acopladas permitem que esse Pi se ligue ao C? 1º reação 2º reação Gliceraldeído Glicólise- 6º reação Acoplamento e variação de energia ∆G+ Gasta energia contida no composto intermediário para que ocorra ∆G- Libera energia ∆G- é maior que a do ∆G+ Logo: (∆G-)+(∆G+)=∆G- Glicólise- 6º reação Entendendo a reação de acoplamento Sem reação de acoplamento: se isso acontecesse necessitaria de uma energia muito grande empregada na segunda reação A reação de acoplamento acontece formando uma molécula intermediária que guarda energia para que a segunda reação aconteça Glicólise- 7º reação Fosfoglicerato cinase transfere o P para um ADP formando um ATP e o 3-fosfoglicerato * Como tudo está acontecendo em dobro o saldo é de 2 ATPs formados Glicólise- 7º reação Esse P que acabou de ser transferido é aquele que deu um trabalho todo pra ser colocado ali... Porque isso acontece? 6º reação 7º reação Para gerar ATP O Pi não tem energia suficiente para se acoplar diretamente com o ADP para formar ATP. É necessário colocar esse Pi numa molécula que contenha energia para posteriormente transferi-lo. Como? Oxidando o gliceraldeído e adicionado o Pi no 1,3 bifosfoglicerato Analogia- Formação de ATP na Glicólise Molécula com energia (Gliceraldeido 3 fosfato) = Pessoa que pode indicar Pi =A Pessoa com potencial mas sem experiência ADP= Empresa que tem potencial de crescer com a colaboração da pessoa A P1 e P2 ATP Glicólise- 8º reação A intensão a partir de agora é retirar o P do C3 para gerar mais ATP. Como? Transferência do P que estava no C3 para o C2, de forma a deixar esse P desfavorável na molécula para que possa ser retirado (repulsão de cargas negativas). Glicólise- 9º reação Saída de uma molécula de H20 formando Fosfoenolpiruvato Com a saída dos H do C2 ocorre uma redistribuição de elétrons tornando a presença no P altamente desfavorável na molécula Glicólise- 10º reação O P sai e se combina com ADP para formar ATP e a molécula é transformada em Piruvato Como tudo está acontecendo em dobro = 2 Piruvatos e 2 ATPs Resumindo Investimento: nas três primeiras reações há o consumo de 2 ATPs. Fase de clivagem: a frutose é clivada e Di-hidroxicetona fosfato e Gliceraldeido 3-fosfato. Fase de geração de energia: as reações vão gerar 2 NADH e 4 ATPs. Rendimento: 2 ATPs e 2 NADH Fase preparatória Fase de pagamento ENTRADA DE OUTROS CARBOIDRATOS NA GLICÓLISE A via glicolítica centraliza o metabolismo de carboidratos, já que a glicose é o carboidrato mais abundante. Os outros carboidratos precisam se moldar para se encaixar. Variação de energia na glicólise O balanço geral mostra um ganho líquido de ATP Destinos do Piruvato Em condições de aerobiose: -glicólise o primeiro estágio da degradação completa da glicose Acetil-coenzima A: formado com a oxidação do piruvato com perda de CO2 no ciclo do ácido cítrico. O rendimento de ATP da glicólise -condições anaeróbias (2 ATP por molécula de glicose) -condições aeróbias (30 ou 32 ATP por glicose) Fermentação lática Na glicólise em presença de O2: o NADH é reoxidado a NAD+ pela transferência de seus elétrons ao O2 na respiração mitocondrial. Em condições de hipoxia (pouco oxigênio) – assim como no músculo esquelético muito ativo ou nas bactérias lácticas o NADH gerado pela glicólise não pode ser reoxidado pelo O2. A falha na regeneração de NAD+ deixaria a célula carente de aceptor de elétrons para a oxidação de gliceraldeído-3-fosfato, e as reações geradoras de energia da glicólise cessariam. Portanto, NAD+ deve ser regenerado de outra forma Fermentação lática Fermentação lática- regeneração do NAD+ O lactato formado no músculo esquelético em atividade pode ser reciclado; ele é transportado pelo sangue até o fígado, onde é convertido em glicose (Ciclo de Cori). O acúmulo do lactato nos músculos pode gerar uma hiperacidez, que causa dor e desconforto logo após o exercício. Fermentação lática- Aplicações biotecnológicas Indústria alimentícia Cuidados pessoais Polímeros 8 Impressora 3D 9 Fermentação alcoólica 1ºreação: Piruvato é descarboxilado 2º reação: Acetaldeído reduzido a etanol *TPP –Tiamina pirofosfato (coenzima) Leveduras Gliconeogênese- Glicerol Molécula de triglicerídeos Glicerol + ácidos graxos Glicerol pode ser utilizado para biossíntese de glicose, os ácidos graxos não. Gliconeogênese- Glicerol Quebra de um ATP com transferência de um P para o C3 do glicerol Glicerol 3-fosfato é oxidado (perde hidrogênios) e forma a Diidroxicetona fosfato poderá ser convertida em piruvato (glicólise) ou glicose (gliconeogênese) Precursores da Gliconeogênese Os ácidos graxos formaram a Acetil-coA, que não pode ser transformada em glicose Precursores: Glicerol, Lactato e Alanina Glicólise x Gliconeogênese A Gliconeogênse não é o caminho inverso da Glicólise Porque? Existem reações irreversíveis Na Gliconeogênese são gerados desvios Gliconeogênese- Desvio 1 1º reação: Carboxilação do Piruvato (3C) com gasto de 1 ATP 2º reação: Oxaloacetato (4C) reage com GTP (GuaninaTri- fosfato) e forma Fosfoenol piruvato (3C) Gliconeogênese- Desvio 2 Retirada de um grupo P do C1 da Frutose 1,6 Bisfosfato Gliconeogênese- Desvio 3 Por uma reação de hidrólise o fosfato que estava no C6 será retirado Glicólise e Gliconeogênese Oxidação da glicose pela via das pentoses-fosfato Via de oxidação da Glicose para formar: - Ribose-5-Fosfato - Outros carboidratos de 3,4 e 7 carbonos FASE NÃO-OXIDATIVA - NADPH para uso em reações biossintéticas FASE OXIDATIVA As células que se dividem rapidamente, como aquelas da medula óssea, da pele e da mucosa intestinal e tumores, utilizam a pentose ribose-5- fosfato para fazer RNA, DNA e coenzimas. Em outros tecidos, o doador de elétrons NADPH é necessário para as reduções biossintéticas. Via das pentoses-fosfato Fase oxidativa Oxidação da glicose-6-fosfato pela glicose-6-fosfato- desidrogenase, NADP+ é o aceptor de elétrons. 6-fosfogliconato sofre oxidação e descarboxilação pela 6-fosfogliconato- desidrogenase para formar ribulose-5—fosfato. A fosfopentose- isomerase converte a ribulose-5-fosfato ao seu isômero aldose, ribose-5-fosfato. Via das pentoses-fosfato Balanço e saldo da fase oxidativa Resultado líquido: -produção de NADPH, (agente redutor para as reações biossintéticas) -ribose-5-fosfato (precursor para a síntese de nucleotídeos) Via pentoses-fosfato Fase não oxidativa Objetivo: reciclar as pentoses-fosfato a glicose-6-fosfato utilizando os NADPH A ribulose-5-fosfato é primeiro transformada a xilulose-5- -fosfato. Via pentoses-fosfato Fase não oxidativa No total, seis pentoses-fosfato são convertidas a cinco hexoses-fosfato Questões para estudo Qual o principal objetivo da glicólise? Em que condição ocorre a fermentação lática? Qual a principal função desta via? Porque existem desvios na Gliconeogênese? Como ocorrem esses desvios? Quais são os produtos finais da fase oxidativa da via das pentoses-fosfato e onde esses produtos serão utilizados?
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