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fichamento

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
DEPARTAMENTO DE LETRAS, ARTES E JORNALISMO
CURSO DE LETRAS PORTUGUÊS/FRANCÊS
DIDÁTICA DA LÍNGUA MATERNA III
OSMANDO DE JESUS BRASILEIRO
ROMÁRIO ESTRÃO PELAES
FICHAMENTOS
TEXTO 1:
A experiência remontada: vivências com o texto literário na escola
Maria Célia Ribeiro da Silva.
A escola deveria proporcionar experiências com o texto literário para os alunos, pois essas experiências de certo modo, organizam os sentimentos e a visão de mundo que temos e promovem atitudes de confronto com nós mesmos ou com a realidade circundante. (SILVA, 2011, p.135). 
É importante levar em conta a experiência de vida do alunado, o modo como ele vive e enxerga o mundo. É fundamental investigar qual a natureza do meio social em que vive o educando, qual sua procedência econômica, como ele se comporta em sala de aula, o que ele espera de uma aula de literatura, por exemplo. Já o educador deve traçar o perfil dos seus alunos e olhar com afeto para o contexto desses para então somente planejar uma proposta de vivencia com o texto literário. Vale ressaltar que o professor também carrega consigo uma bagagem de conhecimento, seja intelectual ou física (livros, revistas, dicionários, artigos) e que é necessário ele refletir sobre isso para a realização de uma proposta satisfatória. Não menos significativo, é necessário se atentar para as condições que a escola pode oferecer para a efetivação dessa experiência (biblioteca, sala de informática, sala de leitura, auditório)
A partir de então se começa a definir os objetivos de trabalho, as obras, gêneros e as etapas de execução. Para isso vale indagar aos alunos sobre suas preferências de leituras, para envolve-los definitivamente na experiência e para não quebrar as expectativas destes e frustrá-los.
Por fim, o fruto de todo esse experimento, de todo esse saber gerado pode se transformar em um texto acadêmico e contribuir com para com a pratica de outros professores.
É importantíssimo também que antes de tudo, o desejo de intensificar as atividades de leitura na sala de aula, a força de vontade, é fator primordial para começar essas experiências. Vale lembrar que o professor não é detentor do conhecimento total e que o conhecimento se constrói junto aos alunos. 
Texto 2: Ensino de literatura em Macapá: confronto entre realidades diferentes.
Osmando J. Brasileiro
As falhas na educação pública brasileira vão desde elementos externos à escola (alunos com problemas familiar, problemas financeiros, que moram longe da escola) a problemas internos (escolas com infraestrutura rui, falta de merenda escolar, falta de incentivo a qualificação de professores, biblioteca com pouco acervo) e muitas vezes essa realidade não é levada em conta na hora da elaboração e da construção de teorias pedagógicas. Já as escolas privadas, pelo contrário, não sofrem com tais dificuldades.
Nas escolas privadas percebe-se que os alunos geralmente têm o habito de ler, já nas escolas públicas os alunos em sua grande maioria não têm a leitura como atividade no seu cotidiano. As escolas privadas usufruem ainda bibliotecas boas e ainda mais: os alunos possuem um alto poder aquisitivo, tendo acesso fácil a livros, em contrapartida escolas públicas, em sua maioria, não têm um bom acervo, além de seus alunos não possuírem recurso para aquisição de livros e outros materiais.
Mas, embora seja notória a imensa diferença entre a escola pública e a particular, o professor deve encontrar meios para driblar as adversidades e concretizar sua metodologia, criando, modificando ou adequando suas práticas de acordo com a realidade que se depara.
Texto 3: A poesia amorosa de Castro Alves em livros didáticos de literatura.
Ana Patrícia Frederico Silveira
Mesmo com todos os aparatos tecnológicos disponíveis o livro didático ainda é o principal instrumento de trabalho dos professores e alunos. Em vista disso, é considerável o cuidado que se deve ter na hora de selecionar os textos literários que comporão os livros didáticos para que não atrapalhe o entendimento e para que se chame atenção dos alunos. Mesmo com tal advertência, ainda surgem problemas como a fragmentação de poemas, a perca do gênero ou sua alteração, além de que na maioria dos casos esses textos são utilizados como pretexto para ensinar gramatica, perdendo, infelizmente, sua real significância, é deixado de lado como a estética, a composição, a interpretação da obra, por exemplo, as vezes é omitido as referências bibliográficas, e mais grave ainda é a prioridade que se dá para autores do eixo Rio-São Paulo e se esquece dos trabalhos de outras regiões, não há uma diversidade cultural.
Entretanto não basta apontar tão somente essas falhas, mas é preciso que se busque caminhos para solucionar ou amenizar a situação desse ensino, é necessário que se encontre uma abordagem que estimule o gosto dos alunos pela leitura literária, pois é através da leitura que o indivíduo conhece o mundo e expande seus conhecimentos. Mesmo com todas as falhas que um livro tem, é mais que necessário o professor saber lidar esse problema e reinventá-lo para a realidade dele e dos seus alunos. Hoje, para driblar essas lacunas é indispensável um profissional que saiba fazer com que o ensino de literatura deixe de ser mero exercício de memorização de autores, de datas, de obras e passe a ser um trabalho efetivo de leitura e fruição do texto literário.
O professor deve teve fazer um link entre a literatura, o poeta estudado, a poesia, enfim, com a realidade do estudante, de uma forma que este se veja na obra, assim ele poderá provocar a curiosidade do alunado e leva-los a conhecer mais sobre o autor, a obra, o período, etc. o professor formará assim leitores empenhados.
Texto 4: Para ler a narrativa literária
Márcia Helena Saldanha Barbosa
Seria significativo se a narrativa literária fosse abordada de forma que permitisse ao aluno sentir uma proximidade entre a ficção e a realidade. Faz-se necessário o reconhecimento dos elementos característicos da narrativa literária para que esta seja entendida como tal, é fundamental que a leitura se configure como literária para o leitor, e, faz-se necessário também uma certa interação do texto com cada um de seus leitores. Perceber as características da narrativa como os personagens, o espaço, o tempo, o enredo é substancial, nota-los em conjunto e conseguir interpretá-los é mais indispensável ainda.
Muito importante também é não ignorar a opinião do narrador, pois o desmerecendo estamos desconsiderando um dos componentes mais fundamental no conto. 
Na trama literária não há apenas um encadeamento das ações que compõem a história, mas, também, uma conexão entre todos os elementos do texto. Perceber esses encadeamentos e conexões é essencial para perpassar aos alunos para que a narrativa literária se concretize e que aconteça a interação do leitor com o texto.
Texto 5: O ensino de história e cultura afro-brasileira e africana no pré-vestibular Esperança Popular Restinga.
Aline de Abreu Andreoli.
O texto não só ressalta a importância do cursinho pré-vestibular gratuito para alunos de uma comunidade carente, mas também a importância de se trabalhar temas muitos além dos programados como debates sobre cidadania e discussões sobre as relações étnicas e raciais, por meio do estudo da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, pautados na Lei 10.693/2003. A iniciativa é respeitável, pois o tema da discussão não faz parte da lista dos conteúdos necessários para a prova do vestibular, mas mesmo assim foi abordado com qualquer outro e talvez tenha se dado mais ênfase, visto que as questões analisadas fazem parte do cotidiano no alunado do projeto.

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