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Média 5 a 8% 9 a 14% Na Média 9 a 16% 15 a 22% Acima da Média 17 a 24% 23 a 29% Risco > 25% > 30% AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 69 De acordo com Programa Saúde da Família, com grande grau de aproximação, é possível, somente com medidas de peso e altura, chegar a um diagnóstico adequado da adiposidade. Utilizando-se para isso índice de Massa Corporal (IMC) ou índice de Quetelet IMC (kg/m2) = PC (em kg)/ AL2 (em m). Para calcular o IMC, o peso do corpo deve ser medido em quilogramas e a altura convertida de centímetros em metros (cm/100). Este índice constitui uma alternativa bastante valida, pois se uma população apresenta valores elevados de IMC podemos afirmar que isso ocorre em função do excesso de componente gordura corporal, já que na maioria das pessoas que apresentam excesso de massa isso não ocorre por excesso de massa magra. Tabela 10 Classificação do sobrepeso e obesidade pelo IMC, adaptado de Whro (1997), apud Costas 2001, p.40) Classificação de Obesidade IMC(kg/m²) Baixo Peso < 18,5 Normal 18,5-24,9 Sobrepeso 25,0-29,9 I 30,0-34,9 Obesidade II 35,0-39,9 Obesidade Mórbida III > ou = 40,0 Outra medida que pode ser utilizada é a relação da cintura para o quadril (RCQ) é fortemente associada à gordura visceral e parece ser um índice aceitável de gordura intra-abdominal. A RCQ é simplesmente calculada dividindo a circunferência da cintura (medida em cm) pela do quadril (medida em cm), quanto à classificação dos valores podemos utilizar a tabela 11. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 70 Tabela 11 Normas para a proporção entre Circunferência da Cintura e do Quadril (RCQ) para Homens e Mulheres. Fonte: HEYWARD & STOLARCYK (op.cit, 91) Risco Estimado Sexo Idade Baixo Moderado Alto Muito Alto 20-29 <0,83 0,83-0,88 0,89-0,94 >0,94 30-39 <0,84 0,84-0,91 0,92-0,96 >0,96 40-49 <0,88 0,88-0,95 0,96-1,00 >1,00 50-59 <0,90 0,90-0,96 0,97-1,02 >1,02 Homens 60-69 <0,91 0,91-0,98 0,99-1,03 >1,03 20-29 <0,71 0,71-0,77 0,78-0,82 >0,82 30-39 <0,72 0,72-0,78 0,79-0,84 >0,84 40-49 <0,73 0,73-0,79 0,80-0,87 >0,87 50-59 <0,74 0,74-0,81 0,82-0,88 >0,88 Mulheres 60-69 <0,75 0,76-0,83 0,84-0,90 >0,90 A perda de peso e a subseqüente redução na quantidade de gorduras, independentemente de ter sido obtida através da dieta ou do exercício, em geral normalizam os níveis de colesterol e de triglicerídeos e exercem um efeito benéfico sobre a pressão arterial e os diabetes com início na vida adulta. 8.3.2 Colesterol de baixíssima densidade (VLDL- Very LDL) O papel da VLDL não esta muito claro até, agora, mas é crítica a situação, que a VLDL pode ser transformada em LDL no plasma e, por fim, transporta para o tecido adiposo os triglicérides sintetizados do açúcar. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 71 8.3.3 Tensão e estresse Várias pesquisas vastamente divulgadas no meio científico vêm evidenciando o estresse como o mal do século, pois, em condições de estresse elevado, o mecanismo de defesa do corpo entra em ação: aumenta a freqüência cardíaca, eleva a pressão arterial, os músculos ficam tensos e o resultado pode ter uma doença cardíaca. Calcule o seu nível de estresse utilizando a anamnese do anexo I p. 84. 8.4 Fatores não-influenciáveis 8.4.1 Hereditariedade A hereditariedade parece desempenhar algum papel no risco de ataque cardíaco. Por exemplo, as pessoas que sofrem um ataque cardíaco, particularmente em idade jovem, contam uma história familial de ataques cardíacos na juventude. Pela mesma razão, os que não sofrem de ataques cardíacos em geral pertencem a famílias nas quais esses ataques só ocorrem raramente. Até hoje este fator de risco só foi pesquisado cientificamente num âmbito muito restrito e também é muito difícil ser pesquisado. Assim, por exemplo, é muito difícil comprovar, o quanto às conseqüências da disposição familiar realmente se AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 72 baseiam influências genéticas e não são decorrentes de hábitos de vida e alimentação dentro da família. Como doenças hereditárias, estão às formas primárias das doenças metabólicas diabetes, hiperlipidemias e gota. Uma relação maior existe entre pressão sanguínea alta e excesso de peso, que também podem depender de transmissão hereditária. 8.4.2 Idade A idade é um dos possíveis fatores que podem deixar a disposição para uma determinada doença metabólica manifestar-se. Em geral, quanto mais avançada for a idade, maior será o risco de ataque cardíaco, as pessoas com menos de 40 anos, por exemplo, sofrem com menos freqüência de hipertonia e diabetes que as pessoas com mais de 40 anos. 8.4.3 Sexo A incidência de coronariopatia é maior em homens jovens do que em mulheres jovens. Por exemplo, a taxa de mortalidade em homens brancos entre 35 e 44 anos de idade é seis vezes maior que a de mulheres braças da mesma idade. Entretanto, com o avançar da idade, a incidência de coronariopatia passa a ser praticamente a mesma em homens e mulheres. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 73 Do ponto de vista fisiológico, a menor taxa de morte devido à doença cardíaca entre mulheres jovens parece está relacionada com o hormônio sexual feminino, o estrógeno. Por qualquer razão, esse hormônio, tem um papel de protetor contra a coronariopatia. Por exemplo, a administração de estrogênio em homens que já tiveram um ataque cardíaco reduz o número de ataques subseqüentes. Após a menopausa, o nível de estrogênio cai drasticamente e, portanto, explica o risco comparável de doenças cardíaca coronariana na mulher e do homem mais idosos. 8.4.4 Personalidade de risco Na década de 70, vários pesquisadores começaram a acreditar que uma das causas mais importantes do aparecimento prematuro das doenças coronarianas era um tipo de comportamento específico que foi designado comportamento Tipo A. Segundo os defensores dessa teoria, na ausência do padrão do Comportamento Tipo A, a doença coronariana nunca ocorre antes de 70 anos de idade, mesmo com uma alimentação inadequada rica em gorduras, ou com o fumo, assim como com a falta de exercícios. Com esse padrão de comportamento presente a doença pode parecer facilmente aos 30 ou 40 anos. O padrão de Comportamento Tipo A é um complexo de traços da personalidade, que inclui um impulso competitivo excessivo; agressividade. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 74 Impaciência e um devastador sentido de urgência de tempo. Os indivíduos que ilustram esse padrão parecem estar comprometidos com uma luta crônica, incessante e freqüentemente infrutífera, contra si mesmo, com os outros, e com as circunstâncias e algumas vezes com a própria vida. Por outro lado, existe o padrão de Comportamento Tipo B, que é exatamente o oposto do Tipo A. Esse tipo, ao contrário do Tipo A, é raramente atormentado por desejos de obter cada vez mais, ou de participar coisas no menor tempo possível. Ele pode ter as mesmas ambições do Tipo A, mas seu caráter é tal que pondera, dá confiança e segurança, ao invés de incitá-lo, irritá-lo e enfurecê-lo como no Tipo A. As pessoas do Padrão