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aula civil - responsabilidade civil 2

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DANO lesão ao bem jurídico tutelado. 
 É pressuposto fundamenta da responsabilidade civil, não existe reparação civil sem danos.
 Dano pode ser definido como a violação de qualquer interesse juridicamente protegido.
 Considera-se as seguintes características para a configuração do dano na responsabilidade civil.
Dano Injusto: caracterizado pela violação de um interesse protegido pelo ordenamento jurídico. 
Dano certo: o dano passível de indenização é aquele que não pode ser considerado como hipotético, mas, sim, prejuízo real e efetivo sofrido pela vítima.
Dano direto e imediato: decorrente do ato ilícito e culpável, praticado pelo agente, afasta o dano remoto. 
Dano subsistente: aquele que subsiste no momento da indenização. Prova do dano é suficiente.
DANO MATERIAL - art.402 do CC - é a diminuição efetiva do patrimônio do lesado subdividindo-se em:
“Salvo exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidos ao credor abrangem além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar”
Dano emergente: que é o prejuízo que ocasionou a perda efetiva de patrimônio.
Lucros cessantes: aquilo que razoavelmente deixou de lucrar ou de receber com o dano sofrido.
Lucros cessantes não podem ser hipotético ou imaginário e há necessidade de aplicação do princípio da razoabilidade.
O dano material deve se efetivamente comprovado pela vítima na instrução processual – art.373, I, CPC.
Exceções à regra:
Clausula penal – 408 a 416, CC
Juros da moral – 404 e 407, CC
DANO MORAL – é aquele que não tem conteúdo econômico, consiste na responsabilidade do prejuízo não patrimonial da vítima. 
Constitui reparação por dano moral qualquer sofrimento humano que não é causado pela perda pecuniária.
Trata-se de reparação decorrente da violação de um direito de personalidade da vítima (art.11 a 21, CC)
Direito da personalidade são aqueles que tem por objetivo os atributos:
Físicos: esfera da vida e integridade física da vítima. 
Psquica: esfera de tranquilidade – direito de viver e esfera de liberdade – direito de ir e vir.
Moral: esfera do nome, imagem, honra, privacidade e reputação
A função do dano moral é:
Compensatória – para a vítima: recebera uma soma em dinheiro que lhe proporcionará uma amenização da violação sofrida.
Punitiva – para o causador do dano: tem finalidade de inibir a reiteração do ato lesivo.
Quantificação do dano:
Para a quantificação do dano deve ser realizada uma avaliação concreta do caso, mediante a imposição de um critério bifásico (art.944 e 945).
Critérios gerais: o valor do dano moral deve ser avaliado tendo em conta a equidade do caso concreto – princípio da razoabilidade + princípio da proporcionalidade
Critérios específicos: o julgador leva em conta o grau de intensidade da conduta das partes:
Alteração anímica e física que provocou na vitima Com base nesses critérios o juiz arbitrará valor razoável e proporcional a indenização
Repercussão social do fato
Condições pessoais da vítima (cor, sexo, idade)
Grau da culpa das partes e de terceiros
Dano Moral Presumido – regra comprovada. 
Uso indevido da imagem
Sumula 289 e 403, STJ.
Inscrição indevida em cadastro de proteção ao credito – sumula 288, STJ
Atraso no voo e overbooking
Dano Moral – Pessoa Jurídica: sumula 227, STJ – sempre precisa provar.
Correção e Juros: 
Correção: data de arbitramento – sumula 362, STJ
Juros – data do evento danoso – sumula 54, STJ
Sumula 37, STJ dano moral + dano material – cumulação de pedidos
DANO ESTÉTICO – tem ligação direta com o direito da personalidade da vítima. Guarda repugnância por parte de terceiros, em razão da deformidade da aparência física da pessoa.
As modificações/transformações do dano estético, precisam ser externas e aparentes – irreversíveis.
 Ainda que não seja visível por artifícios – peruca, dentadura, barba.
 Sumula 387, STJ - dano estético + material Sumula 387, STJ dano estético + dano moral
DANO DA PERDA DE UMA CHANCE – trata-se da ideia de se indenizar a perda de uma oportunidade, desde que seja uma chance seria e real, fundada em fatos concretos. 
Para alguns autores, o dano pela perda de uma chance seria um terceiro gênero do dano material, ao lado do dano emergente e do lucro cessante.
A perda de uma chance consigna 3 pressupostos:
A existência de determinado resultado positivo
O título da pretensão deve reunir condições “que o habilita a realizar a pretensão almejada”.
A existência de um comportamento de terceiros, que elimina de forma definitiva a possiblidade de pretensão de se concretizar.
Exemplos de perda de uma chance:
Perda de uma chance de ganho
Estudante que deixa de prestar concurso público em razão do acidente automobilístico envolvendo o taxi que o conduzia para a prova.
Morte causada culposamente por terceiro, que impede jovem de frequentar curso universitário e com isso frustra a legitima expectativa que os pais tinham de receber futuramente alimentos. 
Perda de uma chance processual
Advogado que não propõe ação para o qual foi contratado e o cliente tem sua pretensão frustrada em razão da prescrição.
Advogado que não apresenta contestação e o cliente perde a ação por revelia. 
Perda de uma chance de cura ou tratamento
Medico que não ministra o tratamento adequado e paciente tem a vida abreviada. 
Atraso no diagnóstico da doença, trazendo complicações irreversíveis. 
Responsabilidade por ato próprio:
Dentre as responsabilidades por ato próprio merecem destaque:
Ato praticado contra a honra da mulher – no CC de 1916, o simples defloramento de uma mulher era o suficiente para gerar o dever de indenizar (presunção de dano)
No atual CC, não se fala mais em presunção do dano.
Virgindade/casamento – doenças contagiosas, aborto, despesas medicas e hospitalares, eventual dano moral decorrente de violência sexual. 
O artigo 1548 do antigo CC apontava que o casamento entre vítima e ofensor excluía o dever de indenizar. O CC atual não traz esse dispositivo. 
Perdão tácito (doutrina)
Tem que haver casamento. 
Calunia, difamação e injuria:
Calúnia: é a imputação falsa de um fato criminoso. Ex: Zé furtou o carro do Pelé. 
Difamação: imputação de um fato desonroso, pouco importa se é real ou falso. Ex: Zé deve 100 mil para o Banco.
Injuria: imputação de uma qualidade ofensiva, pouco importando se é real ou falso. Ex: Alegar que o Zé é ladrão.
Calunia, difamação e injuria, além de delito, constituem ilícitos civis, gerando ao ofensor o dever de indenizar.
Art.953, CC “a indenização por injuria, difamação ou calunia, consistirá em reparação do dano que dela resulte”.
§ú – se o ofendido não puder provar o prejuízo, caberá ao juiz fixar, equitativamente, o valor da indenização a conformidade as circunstancias do caso. ”
Dano material pode provar (valor financeiro).
Demanda de pagamento de dívida vincenda ou já paga:
Dívida vincenda– art.939: a cobrança por dívida que ainda não venceu impõe ao credor três penalidades:
A obrigação de a data do vencimento
Desconto de juros
Pagamento de custas processuais em dobro se for boa-fé não tem custas dobradas. 
Antes da citação, se o credor desistir da ação, não terá as penalidades
Dívidas já pagas – art.940: o credor que demanda dívida já paga é obrigado a devolver ao devedor o dobro do que cobrou, ou equivalente.
Credor agir de má-fé: idem a dívida vincenda.
Sumula 159, STF.
Art.941.
Responsabilidade decorrente do rompimento do noivado – é regra geral – resp. subjetiva. Art.927,186, 187.
É incabível a obrigação para os noivos a casar, tal pretensão colide com o princípio da liberdade. Todavia, o rompimento injustificável da promessa de casamento faculta ao outro o direito de mover ação indenizatória.
Motivo justo não gera dano.
Traição e defeito oculto são motivos justos, não geram danos. 
Podem ser cobrados:
Dano material: enxoval, aluguem de apartamento, abandono de emprego para casar, etc.
Dano moral: dar sofrimento, vexame. 
Responsabilidade por atode terceiro:
Para que os pais, tutores, curadores, empregadores, donos de hotéis, hospedarias ou albergues sejam responsáveis pela reparação do dano, são necessários dois requisitos:
Relação de subordinação entre o causador do dano e a pessoa indicada no art.932, CC.
Culpa do causador do dano. 
Presentes esses dois requisitos a responsabilidade será objetiva.
Quando o dano for causado por mais de uma pessoa, todos responderão solidariamente – art.942, CC
Responsabilidade dos pais, tutores e curadores: Os pais são obrigados a indenizar atos ilícitos dos filhos menores que estiverem sob sua companhia e autoridade. 
Portanto, a guarda é essencial para que surta responsabilidade civil dos pais. 
No divórcio, por exemplo, permanecendo o menor sob a guarda da mãe, só ela responde por indenização, em caso de ato ilícito do filho. 
O simples afastamento do pai de casa, não afasta o dever de indenizar.
Haverá dever de indenizar mesmo que o menor não tenha discernimento do ato. 
Art.928, CC. 
Emancipação:
Legal (aquela do casamento do menor) exclui
Voluntaria não exclui
Os pais não respondem pelos atos dos filhos maiores, ainda que em sua autoridade e companhia 
A responsabilidade dos tutores e curadores é idêntica a responsabilidade dos pais. 
Se o incapaz estiver internado em um hospital, a reponsabilidade é do hospital.
Responsabilidade dos Empregadores
Para que o empregador responda pelos atos do empregado, são necessários três requisitos:
Relação de substituição
Culpa do empregado
Que o ato danoso tenha sido praticado no exercício do emprego ou ocasião dele.
Não precisa que o ato se relacione com as funções do empregado. 
O patrão não responde pelos empregados em ato de greve. 
Sumula 341, STF responsabilidade objetiva.
O empregador tem direito de regresso contra o empregado, salvo se contribui para o ato ilícito. 
Falsas instruções 
Falta de equipamentos
RESPONSABILIDADE DAS LOCADORAS DE VEÍCULOS 
Sumula 496, STF
“A empresa locadora de veículos responde civil e solidariamente, com o locatário, por danos causados a terceiros, no uso do carro locado”.
Responsabilidade objetiva, baseada na teoria do risco
A locadora só responde se houver culpa do condutor
Sumula baseada nos artigos 2º, 14 e 17 do C.D.C
RESPONSABILIDADE DO DANO CAUSADO POR ANIMAIS QUE ESTEJAM SOB A GUARDA DO AGENTE
Art.936, CC
A lei presume que a culpa do dono ou detentor do animal, mas a vítima precisará provar:
O dano que pode ser contra pessoas, coisas ou plantações
Que o dano derivou do animal
Que o animal pertence ao réu 
Tratando-se de animal silvestre, o dono da terra onde o animal se encontra, não tem qualquer responsabilidade, pois não é o dono ou detentor do animal, salvo se apreendeu o se apropriou do animal. 
A responsabilidade civil é atribuída ao guardião do animal, que nem sempre é o proprietário
Comodatário 
Depositário de animal 
Nesses casos exclui-se a responsabilidade do dono do animal. 
No caso de furto do animal, o dono não é responsável, salvo se o furto se deu por negligencia do dono. 
São excludentes da responsabilidade nesses casos:
Culpa exclusiva da vitima
Em casos de acidentes provocados por animais em rodovias, a responsabilidade é objetiva e solidaria entre o dono do animal e a concessionaria.

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