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AD2 - Perspectivas entre Piaget e Vigotsky

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Aluna: Elisandra Ramos de Carvalho
Matrícula: 16113120091
Polo: Itaperuna
AD2 de Literatura Brasileira III
Questão 1 – 
João do Rio estava além de sua época, ligado as transformações sociais e econômicas vigentes à época. Seu olhar não estava direcionado somente aos eventos locais, mas também ao universal, prova disso é o fato de defender o cinema como um “progresso d’arte” enquanto que para outros o cinema era tido apenas como uma simples diversão.
Enxergava o cinema como uma novidade que começava a ser incorporada ao cotidiano da sociedade, como algo novo, transformando a localidade e a forma como cada pessoa vê.
A modernidade e suas transformações não tinham somente um lado positivo e João do Rio percebeu esse efeito negativo, pois percebia que a miséria e as condições precárias de subsistência que assolavam a maior parte da população eram mascaradas. 
As obras de João do Rio sofreram influências da cultura Europeia, em especial da França (belle époque), em especial pelo Jean Lorrain. 
O trecho citado no enunciado aborda as festividades do carnaval, numa das ruas mais importantes do Rio, pois é no carnaval que as pessoas rompem com os “valores sociais”, aproveitando o momento para soltar o que está reprimido no interior por causa dos valores morais vigentes, acabam experimentando sensações e situações que no cotidiano não teriam coragem. Logo o carnaval e o uso das máscaras acabam deixando vir a tona as vontades e desejos reprimidos, inclusive os eróticos.
João do Rio apresenta o carnaval, seus costumes, sua comemoração, sua mistura, seja de raça, cor, sexo, religião.
O narrador-personagem sente-se incomodado com a multidão, momento este em que seu companheiro tenta contê-lo, informando que tudo aquilo é a carnaval, que aquilo que esta acontecendo trata-se de uma manifestação cultural, mostrando que é o Local. Além disso, dialoga com a cultura ocidental nos trechos em que se refere ao carnaval como uma festa religiosa, um misto dos dias sagrados de Afrodita e Dionísios, caracterizando o universal.
As obras de João do Rio são marcadas pela retratação de cenas do cotidiano, ressaltando as indiferenças e desigualdades sociais que assolam a sociedade. 
Questão 2 – 
A Semana de Arte moderna de 1922 foi um encontro de artistas plásticos, músicos e escritores vanguardistas que adotou um caráter incentivador da renovação não apenas artística, mas também social e política no Brasil, opondo-se as métricas rígidas, e ao passado literário que pregava uma linguagem culta e pouca liberdade na escrita.
A “Semana” abrangeu uma acalorada discursão sobre o modernismo e as experimentações artísticas europeias que seriam introduzidas no cenário artístico-intelectual brasileiro. É considerada como um marco cultural para a sociedade brasileira. Na realidade, a Semana de Arte Moderna funciona como um catalisador da nova literatura, na medida em que com as novas tendências e do dinamismo de alguns protagonistas, acabam renovando a literatura, surgindo assim o Modernismo.
Após a Semana de Arte Moderna, foram claras as mudanças que se seguiam nas produções literárias, na poesia e na prosa as ideias e os sentimentos começaram a ser expressos de forma mais coloquial, com versos mais livres e pontuação subjetiva.
Ressalta-se que os acontecimentos que originaram na Semana de Arte Moderna se desenrolaram com a influência de diversas correntes artísticas, como o Cubismo, o Dadaísmo e Surrealismo, tão necessários ao amadurecimento da literatura brasileira. 
Pode-se dizer que crônica jornalística de António de Alcântara Machado está inserida no campo literário dos modernistas. O texto apresenta uma metáfora das terras vastas de poucas plantações comparando-as ao grupo que queria manter a literatura tradicional. 
Questão 3 –
O modernismo no Brasil busca a valorização nacional, lançando um novo olhar para entender a formação história-cultural das nossas raízes, destacando-se os escritores Oswald de Andrade e Mário de Andrade, que tiveram uma grande importância na realização desse movimento.
O “Manifesto Antropófago” de Oswald de Andrade se baseia na metáfora de antropofagia como um procedimento em que a cultura brasileira devora as culturas estrangeiras, absorvendo-as desde o período colonial e, com isso acabam se miscigenando, tornando-se cada vez mais forte e única.
Assim, Oswald de Andrade as compara aos rituais de cerimônia de antropofagia dos índios no Brasil, que após capturarem seus inimigos, os matavam e os devoravam (literalmente), isso tudo com um único propósito (valor simbólico): incorporar a força do adversário.
No que se refere ao “só me interessa o que não é meu” e no poema “Brasil” percebe-se que embora o Brasil tenha sido colonizado pelos europeus (invasores), os índios e negros souberam resistir às imposições dos brancos, mantendo suas características culturais. Lembrando que os índios, negros e brancos foram responsáveis pela origem da nossa cultura.
 
Sendo assim, fica presente a reflexão em relacionar a antropofagia com a cultura brasileira, na medida em que apesar de uma sociedade traumatizada pelo processo colonizador, se manteve firme e soube diante daquilo que tinha, adquirir força e se fortalecer.
Questão 4 – 
O modernismo veio para romper com os padrões literários vigentes a época, adotando uma linguagem mais simples e de fácil entendimento, valorizando a cultura popular e aprofundando o conhecimento histórico, pois levou a literatura e o conhecimento aos menos favorecidos. A obra “Macunaíma” de Mario de Andrade é uma obra em que a figura do índio não é idealizada como figura nacional -de um herói - como era descrito por alguns escritores, mas sim como um anti-herói, preguiçoso, ambicioso, malicioso, malandro e mulherengo. Macunaíma apresenta traços do modernismo. 
Em “Carta pras Icamiabas” o autor busca fazer uma sátira entre a língua falada e a língua escrita no Brasil. O índio Macunaíma ao escrever a carta utilizar-se de uma escrita “bonita” para impressionar as Icamiabas para conseguir arrancar dinheiro delas. Relata também, que na cidade grande o povo fala de um jeito e escreve de outro, adotando a norma culta da língua, sendo considerada como “desprezível”.
As Cartas pras Icamiabas é vista como uma forma importantíssima na luta contra o preconceito, contra a situação linguística. O autor procura tecer uma sátira, ironizando esse preconceito, que fica claro nas escritas do índio Macunaíma, que ao tentara escrever as Cartas acaba sendo vítima de seu próprio preconceito que na tentativa de escrever bonito acaba trocando as palavras.

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