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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE LUÍS EDUARDO MAGALHÃES

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE LUÍS EDUARDO MAGALHÃES/RJ
(Espaço 10 linhas)
JOÃO DAS COUVES, (qualificação), vem, respeitosamente, perante à presença de Vossa Excelência, através da sua advogada infra-assinada, com escritório profissional (endereço), que esta subscreve, com fulcro nos artigos 30, 41 e 44 doCódigo de Processo Penal, artigo 145 do Código Penal e do Boletim de Ocorrência nºxxx incluso, oferecer a presente
QUEIXA CRIME
Contra JOSÉ DE TAL (qualificação), endereço, pelos motivos que a seguir passa a expor. 
I DA NATUREZA DA CAUSA
Na data de 20 de abril, há menos de seis meses, precisamente no dia, por volta das 07:30 horas, a Querelante estava na Rua Domingo Lopes, quando foi ofendida pelo Querelado, que a chamou de “vagabunda”. Note-se que o Querelado na presença de terceiros imbuído de animus caluniandide, dirigiu-se à pessoa da outorgante, de seu cônjuge e de seus filhos com palavras injuriosas e de baixo calão, chamando-a de “vagabunda”, dizendo que “ela não valia nada” e que ela “não passa de uma prostituta”, que a outorgante e seu esposo são uma “família de gente vagabunda, ladrões, mau pagadores, desonestos” e que seu cônjuge é “o corno frouxo” e que seria “o laranja da família de vagabundos” porque ele só servia para isso. Ainda no mesmo evento, ameaçou sua integridade física caso ela não pagasse o dinheiro que devia a ele e ameaçou quebrar toda a casa da outorgante, além de desferir 2 (dois) tapas em sua face, causando total vexame para a Querelante, que foi embora do local constrangida, tendo assim, o Querelante, praticado contra a mesma o crime de INJÚRIA REAL, previsto no art. 140, §2º, c/c art. 141, todos do Código Penal Brasileiro, motivando a presente Ação Penal Privada. 
Ocorre que, o Querelado havia ingerido algumas latinhas de cerveja e com as idas ao banheiro, o aparelho caiu no chão sem que ele percebesse, sendo encontrado pouco depois por alguém que fez o uso do mesmo sanitário.
Na data de 25 de abril de 2014, o Querelado imbuído de animus caluniandide, alardeou que o Querelante havia furtado seu aparelho celular enquanto estavam em um evento social e mesmo sem provas o acusou publicamente, causando total vexame para o Querelante, que foi embora do local constrangido.
Ocorre que, o Querelado havia ingerido algumas latinhas de cerveja e com as idas ao banheiro, o aparelho caiu no chão sem que ele percebesse, sendo encontrado pouco depois por alguém que fez o uso do mesmo sanitário.
II. DA CARACTERIZAÇÃO DA CALÚNIA
A Calúnia consiste em imputar falsamente à alguém a autoria de fato definido como crime e a pena prevista é de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa, conforme texto disposto no artigo 138 do Código Penal. 
“Art. 138: Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime. Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.
Para a caracterização do Crime de Calúnia, o agente não necessariamente precisa ter consciência de que é falsa suas afirmações, mas basta que haja a incerteza da autoria, para que este assuma os riscos decorrentes da ofensa a integridade moral alheia. Assim sendo, é oportuna a transcrição dos textos jurisprudenciais, que firma entendimento quanto ao assunto, senão vejamos:
"Na calúnia, a culpabilidade compreende a vontade e a consciência de imputar a outrem, perante terceiro, fato definido como crime, sabendo ao agente que, assim agindo, pode atingir a reputação da vítima. Irrelevante à configuração do delito a existência de certeza de falsidade por parte do acusado. Basta ao reconhecimento do crime a ocorrência de dúvida na mente do réu, uma vez que apesar da incerteza, age assumindo o risco de criar condição pela qual a possível inverdade afirmada pode determinar lesão à honra alheia" (TACRIM - SP - AC - Rel. Mello Almada - JUTACRIM 33/276).
"Na calúnia o dolo do agente é sempre presumido, cabendo-lhe a prova da verdade para isentar-lhe a culpa. E para a configuração do delito basta a voluntariedade da imputação do fato ou a consciência do caráter calunioso do escrito. Ainda quando a agente suponha estar publicando um fato verdadeiro, sendo este falso, incorrerá em sanção." (Ac. Nº 7.225 - Campinas - Apelante: José Moraes Coelho - Apelada: Justiça Pública). 
O elemento subjetivo específico do crime de calúnia, qual seja a vontade de atingir a honra objetiva da vítima, atribuindo falsamente e publicamente fato definido como crime, com INJÚRIA REAL, evidenciado o fato consistente em que o querelado incorre pelo ato praticado com violência, incluindo as vias de fato e as aviltantes pela conduta de desferir 2 (dois) tapas na face da Querelante, tendo assim praticado contra a mesma o crime de INJÚRIA REAL tipificado no artigo 140, §2º do Código Penal Brasileiro perante conhecidos e desconhecidos o que condiz com a verdade. Com efeito, o Querelado praticou o crime de INJÚRIA REAL e com a causa especial de aumento de pena (art. 141, III, CP), deverá ser punido. 
III. DO PEDIDO Em razão dos fatos acima epigrafados, vê-se o Querelante na contingência de promover a presente Queixa, requerendo a condenação do Querelado nas sanções penais previstas no dispositivo legal supracitado, com único intuito de coibir tais atos de voltarem a ocorrer, devendo o Querelado ser citado para responder aos termos da presente Ação Penal, a qual deverá ao final ser julgada PROCEDENTE.
Assim, protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a oitiva das testemunhas arroladas em anexo.
Termos em que,
Pede deferimento. Pede deferimento.
Local/Data
OFENDIDO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade..., inscrito no CPF sob o n.º ..., residente e domiciliado..., vem, por seu advogado, com endereço profissional..., para fins do artigo 39 do CPP, vem, oferecer perante V.Exa.
JOSÉ CRISPIM, casado, metalúrgico, residente e domiciliado à rua Lênin , nº 65, Bloco B, aptº 404, com RG nº 060.10.665-9 IFP, inscrito no Cadastro Nacional de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob o nº 440.909.898-49, por seu advogado ao final assinado (Doc I), ou por seu advogado ao final assinado (Doc. I), com escritório à Rua Raimundo Corrêa, 60, sala 903, Copacabana, RJ, onde receberá intimação, para fins do artigo 39 do CPP, vem, oferecer perante V.Exa.
 Advogada/OAB8................................................................................................................................................. QUEIXA-CRIME
 
em face de QUERELADO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade..., inscrito no CPF sob o n.º ..., residente e domiciliado...(NOME OU FORMA DE IDENTIFICAÇÃO pela prática dos seguintes fatos:............................................................................................. QUEIXA CRIME contra TÍCIO COSTA, brasileiro, solteiro, CPF nº 673124972-04, residente à Rua José Bonifácio, nº 735, Todos os Santos, Rio de Janeiro, pela prática dos seguintes fatos:

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