UNIDADE 5 - RISCOS DE ACIDENTES GEOLÓGICOS

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T1316605/1878 - Geologia
Engenharia Civil
Prof. Msc. Patricia de Castro Pedro
eng.patriciacastro@gmail.com
patricia.pedro@catolicasc.org.br
Unidade 5 – Riscos de acidentes geológicos
5.1 Conceitos fundamentais
Os desastres naturais são responsáveis pela morte 
de cerca de 4 milhões de pessoas no mundo ao 
longo do século XX, de acordo com estimativa 
realizada pelo Committee for Disaster Research of 
the Science Council of Japan, em 1989. Destaca-se 
que os danos causados pelos desastres naturais 
concentram-se nas últimas duas décadas, quando 
cerca de 3 milhões de pessoas morreram e outras 
800 milhões foram afetadas negativamente, 
ocasionando gastos acima de 23 bilhões de dólares 
(Ogura, 1995).
No Brasil, o crescimento dos estudos relacionados à prevenção de acidentes geológicos é 
recente, sendo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) 
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5.1 Conceitos fundamentais
EVENTO x ACIDENTE - RISCO
Evento - Fato já ocorrido, no qual NÃO FORAM registradas consequências 
sociais e/ou econômicas relacionadas diretamente ao fato 
Rahn (1986) afirma que "um evento é simplesmente uma ocorrência natural"
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5.1 Conceitos fundamentais
Acidente - Fato já ocorrido, no qual FORAM registradas conseqüências 
sociais e/ou econômicas relacionadas diretamente ao fato.
Rahn (1986) destaca que "um acidente ocorre quando o acontecimento se 
efetiva, gerando danos."
EVENTO x ACIDENTE - RISCO
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5.1 Conceitos fundamentais
Risco - Condição POTENCIAL de ocorrência de um ACIDENTE
"Os fenômenos naturais não são riscos... Eles tornam-se riscos por causa do 
homem, de sua ignorância ou sua negligência."
EVENTO x ACIDENTE - RISCO
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5.1 Conceitos fundamentais
Risco Geológico pode ser definido como "situação de perigo, perda ou dano, 
ao Homem e suas propriedades, em razão da possibilidade de ocorrência de 
processos geológicos, induzidos ou não"
Os riscos geológicos são associados aos processos geológicos que podem estar 
relacionados predominantemente à geodinâmica interna ou externa. 
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5.1 Conceitos fundamentais
Análise de risco
A análise de risco ou avaliação de risco tem a finalidade de quantificar a 
possibilidade de ocorrência de um evento natural perigoso e as consequências 
sócio-econômicas adversas causadas pelo mesmo. 
R = P x C
Risco
Possibilidade de ocorrência 
Consequência
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5.2 Acidentes Geológicos Urbanos 
Voçorocas, erosão, afundamentos cársticos, colapsos e adensamentos de 
solo, assoreamentos, erosão marinha, inundações, escorregamentos e 
poluição das águas, são alguns exemplos, quase sempre relacionados ao uso 
inadequado do solo, em função do desconhecimento das características 
físicas dos terrenos
A utilização das informações básicas, geológicas e geotécnicas, voltadas à 
caracterização do meio físico, bem como o entendimento das relações entre 
ocupação desordenada do solo e os riscos associados, tornam-se fundamentais 
para subsidiar ações de planejamento e administração pública.
Um acidente geológico urbano é o resultado da deflagração e evolução de 
processos de alteração do meio físico, induzidos, potencializados ou acelerados 
pelo uso e ocupação do solo e que trazem como consequências prejuízos sociais,
econômicos ou ambientais e até mesmo a perda de vidas humanas.
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5.2 Acidentes Geológicos Urbanos 
Um acidente geológico urbano é o resultado da deflagração e evolução de 
processos de alteração do meio físico, induzidos, potencializados ou acelerados 
pelo uso e ocupação do solo e que trazem como consequências prejuízos sociais,
econômicos ou ambientais e até mesmo a perda de vidas humanas.
Os processos geológicos causadores de acidentes mais frequentes no Brasil são:
- Inundações;
- Afundamentos cársticos
- Movimentos de massa
- Erosão
- Expansão e contração de solos
- Colapsos de solo
- Poluição das águas
- Acidentes costeiros
Dinâmica Externa da Terra 
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5.2 Acidentes Geológicos Urbanos 
Inundações
São fenômenos que fazem parte da dinâmica fluvial, atingindo periodicamente as 
várzeas, ou planícies de inundação.
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5.2 Acidentes Geológicos Urbanos 
Inundações
A urbanização, a retirada da mata ciliar, remoção da vegetação e impermeabilização 
do solo, altera o escoamento natural das águas de superfície com a redução do tempo 
de concentração das águas pluviais.
Atividade geológica de um rio:
Erosão, transporte, sedimentação
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5.2 Acidentes Geológicos Urbanos 
Afundamento Cárstico
São os afundamentos do terreno que ocorrem nas áreas constituídas por rochas 
carbonáticas, submetidas à dissolução pela percolação de águas superficiais e 
substerraneas.
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5.2 Acidentes Geológicos Urbanos 
Os principais tipos de rochas susceptíveis aos processos de dissolução são as rochas 
calcárias ou carbonáticas (calcários, mármores e dolomitos), além de evaporitos.
Os colapsos de solo se caracterizam por desabamento bruscos, circulares em forma 
de cratera. Um dos principais acidentes relacionados a colapsos de solo no Brasil foi 
verificao em 1986, na cidade de Cajamar (SP).
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5.2 Acidentes Geológicos Urbanos 
Fatores causadores dos afundamentos cársticos:
- Ocupação Urbana;
- Mineração;
- Exploração de água subterrânea;
- Agricultura intensiva;
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5.2 Acidentes Geológicos Urbanos 
Movimentos de massa
Movimentos gravitacionais responsáveis pela mobilização de partículas, 
sedimentos, solo ou rocha pela encosta abaixo. Fatores condicionantes 
naturais:
- Características dos solos e rochas
- Relevo
- Vegetação
- Clima
- Nível d'água (lençol freático)
- Gravidade
 Processo natural ou induzido pelas interferências do homem no ambiente.
Remoção da cobertura vegetal, cortes e aterros inadequados, 
saturação do solo, vazamento na rede de abastecimento e esgoto, 
presença de fossas, lançamento de lixo nas encostas e taludes, 
cultivo inadequado 
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5.2 Acidentes Geológicos Urbanos 
Divisão dos movimentos de 
massa:
Rastejo
São movimentos lentos e 
contínuos de uma massa de 
solo ao longo de um talude, 
sem o desenvolvimento de 
uma superfície de ruptura. 
Podem se originar a partir da 
instabilização da encosta pela 
abertura de corte, pisoteio de 
gado, crescimento de raízes ou 
escavação de buracos pelos 
animais.
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5.2 Acidentes Geológicos Urbanos 
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5.2 Acidentes Geológicos Urbanos 
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5.2 Acidentes Geológicos Urbanos 
Divisão dos movimentos de 
massa:
Escorregamento
Movimentos rápidos, bruscos, 
com limites laterais e 
profundidades bem definidos. 
Podem envolver solo, solo e 
rocha ou apenas rocha. 
Geometria circular, planar ou 
cunha, em função da 
existência ou não de estruturas 
ou planos de fraqueza nos 
materiais envolvidos que 
condicionam a formação das 
superfícies de ruptura.
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Escorregamento Planar
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Escorregamento Circulares
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Escorregamentoem cunha
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Escorregamento
Condicionantes naturais:
- Características dos solos e 
rochas;
- relevo 
( declividade/inclinação)
- vegetação
- clima
- Nível d'água
Condicionantes antrópicos:
- Cortes e aterros;
- Deslizamentos;
- Lixo e entulho;
- Cultivo inadequado
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Indícios de escorregamento
- trincas nas paredes da 
edificação e/ou terreno;
- Muro embarrigado;
- Rebaixamento no piso da 
edificação;
- Trincas no terreno com 
formação de degraus de 
abatimento;
- água no sopé do talude.
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5.2 Acidentes Geológicos Urbanos 
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5.2 Acidentes Geológicos Urbanos 
Divisão dos movimentos de massa:
Queda de blocos e tombamentos
Compreendem movimentos rápidos, em queda livre ou rolamento, envolvendo blocos 
e lascas de rocha. Se desenvolve em encostas íngremes, constituídas por afloramentos 
de rocha, com presença de rochas ou matacões.
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Divisão dos movimentos de 
massa:
Queda de blocos e 
tombamentos
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5.2 Acidentes Geológicos Urbanos 
Divisão dos movimentos de 
massa:
Corrida de massa
Processo mais rápido de 
escoamento de uma massa de 
solo ou solo e rocha ao longo 
de uma vertente. A massa, de 
aspecto viscoso, é formada por 
uma matriz composta por 
água, argila e silte e uma 
porção granular de material 
grosseiro (areia, grânulos, 
seixos e matacões).
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Movimentação de massa e quebra de barreira, BR 101-SC, Jaraguá do Sul e 
Massaranduba – DEZ 2008
Referência bibliográfica
MINEROPAR – Serviço geológico do Paraná. Acidentes Geológicos Urbanos, Curitiba. 2010. 78p.
TEIXEIRA, W; FAIRCHILD, T.R; TOLEDO, M.C.M; TAIOLI, F. Decifrando a Terra. 2a.
Edição. Companhia Editora Nacional, 2009.
WICANDER, R. MONROE, J. Fundamentos de Geologia. Cengage. 2009.
Schobbenhaus L, Gonçalves R.; Geologia, Tectônica e recursos Minerais do Brasil. 
Basília. 2003. www.cprm.gov br 
Unidade 2 – Estrutura e dinâmica da Terra