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Tungstênio História O tungstênio foi descoberto em uma mina na montanha Erz na região da Saxônia, na Alemanha. Em 1758, o químico e geólogo sueco Axel Fredrik Cronstedt encontrou um mineral muito pesado e chamou-o de tung sten (“pedra pesada” em sueco). Em 1781, Carl Wilhelm Scheele isolou o óxido de tungstênio, determinando que um novo ácido pudesse ser fabricado a partir da tungstenita. Scheele e Torbem Bergman sugeriram que poderia ser possível obter um novo metal pela redução do ácido tungstico. Em 1783, os espanhóis João Jose e Fausto d´Elhuyar encontraram um ácido na wolframita idêntico ao ácido tungstíco. Mais tarde, naquele mesmo ano, os irmãos conseguiram isolar o tungstênio através da redução deste ácido com carvão vegetal. Eles receberam o crédito pela descoberta do elemento. O tungstênio é único entre os elementos objeto de procedimentos legais. Em 1928, um tribunal dos Estados Unidos rejeitou a tentativa da General Electric para patenteá-lo, revogando a patente dos Estados Unidos nº #1 082 933 concedida em 1913 a William D. Coolidge. Tungstênio Tungstênio Representado pelo símbolo W, tem número atômico 74 e Massa atômica de 184,84u Metal de transição do grupo 6B da tabela periódica. A temperatura ambiente é sólido. Ponto de fusão: 3419 °C Ponto de ebulição: 5927 °C Peso específico: 19,3 g/cm³ Tungstênio natural é uma mistura de cinco isótopos estáveis: 0,12% de W-180, 26,3% W-182, 14,28% W-183, 30,7% W- 184 e 28,6% de W-186 Elevada dureza Resistente ao desgaste e a corrosão Bom condutor de calor e eletricidade Scheelita Scheelita Fórmula Química : CaWO4 Composição: Tungstanato de cálcio. 80,6% WO3, 19,4% CaO Sistema:Tetragonal Classe: Bipiramidal tetragonal (4/m) Hábito: Agregados granulares a maciços, raramente com cristais prismáticos bem formados Clivagem: Boa Dureza: 4,5 a 5 Densidade relativa: 5,9 a 6,2 Brilho: Vítreo a adamantino Cor: Branco, amarelo, verde, castanho Associação: Normalmente associada a volframita. Ocorrência: Formado por processos hidrotermais e metassomáticos, em íntima associação com metamorfismo de contato, onde as rochas encaixantes são calcários; metamorfismo regional de pressão média a baixa; em pegmatitos graníticos. Pode ser encontrado como mineral detrítico em placeres. Volframita Volframita Fórmula Química: (Fe,Mn)WO4 Também chamada de wolfranita Composição: Tungstanato de ferro e manganês. 9,0% Mn , 9,0% Fe , 60,6 % W, 21,1 % O. Algumas vezes contém Ca, Ta, Nb e terras raras. Sistema: Monoclínico Classe: Prismática (2/m) Hábito: Laminar, colunar, maciço, tabular, granular Clivagem: Perfeita em {010} Dureza : 4 a 4,5 Densidade relativa: 7,1 a 7,5 Brilho: Metálico a resinoso Cor: Preto (ferberita) e castanho escuro (hübnerita) Associação: Pode estar associada a outros volframatos Ocorrência: Origina-se em diques de pegmatitos e veios ou filões de quartzo, normalmente ligados a corpos graníticos. Ocorre normalmente junto com cassiterita nas últimas fases da cristalização, podendo também associar-se a veios com cobre, manganês, scheelita, fluorita, hematita e rodocrosita. Observações A scheelita e a volframita formam séries isomórficas, pois se associam a outros elementos químicos constituindo diversos minerais. Na série das volframitas, o ferro e o manganês substituem-se em diferentes proporções de tal forma que: quando o teor de Fe for inferior a 20%, tem-se a hübnerita (MnWO4); quando o teor de Fe variar de 20% a 80%, a volframita (Fe,Mn)WO4; e quando o teor de Fe for superior a 80%, a ferberita (FeWO4). Na scheelita, o tungstênio pode ser parcialmente substituído por molibdênio, formando a série scheelita (CaWO4) – powellita Ca(Mo,W)O4 Powellita Fórmula Química: Ca(Mo,W)O4 Composição : Molibdenato de cálcio com até 10% de tungstanato de cálcio , 28,0% CaO, 72,0% MoO3 Sistema cristalino: Tetragonal Classe: Bipiramidal tetragonal Hábito: Prismático, piramidal Clivagem: Distinta {111} Dureza: 3,5 a 4,0 Densidade relativa: 4,2 a 4,3 Brilho: Adamantino a resinoso Cor: Amarelo Ferberita Fórmula Química: Fe2+(WO4) Composição: 18,39 % Fe, 60,54 % W, 21,07 % O Sistema: Monoclínico Classe: Prismático Hábito: Prismático, lamelar ou maciço Clivagem : Perfeita em {010} Dureza: 4,5 a 5,0 Densidade relativa: 7,4 a 7,5 Brilho: Submetálico Cor : Preto Associação: Pode estar associada a outros volframatos, a cassiterita, ilmenita, topázio, etc Hübnerita Fórmula Química: MnWO4 Cor: Marrom avermelhado, marrom preto Brilho: Semimetálico Sistema cristalino: Monoclínico Dureza: 4 a 4,5 Densidade: 7,15 g/cm³ Raspita Fórmula Química :PbWO4 Composição: Tungstanato de chumbo. 45,5% Pb ,40,4% W , 16,0% O Sitema cristalino: Monoclínico Classe : Prismática Hábito: Tabular Clivagem: Perfeita em {100} Dureza: 2,5 Densidade relativa: 8,4 Brilho: Adamantino Cor: Amarelo-amarronado Associação: Pode estar associada a stolzita. Stolzita Fórmula química: PbWO4 Sistema Cristalino: Tetragonal Dureza: 2,5 a 3 Densidade: 8,34 Brilho: Resinoso, subadamantino Extração O tungstênio é extraído dos seus minérios em várias etapas. O minério acaba por ser convertido em óxido de tungstênio (WO3), o qual é aquecido com hidrogênio ou carbono para produzir pó de tungstênio. Por causa do elevado ponto de fusão do tungstênio, não é comercialmente viável moldar lingotes de tungstênio. Em vez disso, o tungstênio em pó é misturado com pequenas quantidades de níquel ou outro metal pulverizado, e sinterizado. Durante o processo de sinterização, o níquel difunde-se no tungstênio produzindo uma liga. Reservas e Produção mundial Gráfico produção mundial Preço do concentrado Reservas No Brasil, as últimas avaliações evidenciaram 9.435 t de tungstênio contido. Destas, cerca de 4.456 (47,3%) são provenientes dos depósitos de scheelita, da província Scheelitífera do Seridó, na região Seridó dos Estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba e 4.979 t (52,7%) dos depósitos de wolframita, situados no Pará (depósitos de Pedra Preta, no município de Rio Maria, e Serra do Bom Jardim, em São Felix do Xingu), São Paulo (Minas de Inhandiara, em Jundiaí e Itapeva, em Ribeirão Branco) e em Santa Catarina (Mina Cerro da Caatinga, em Nova Trento). Produção interna Em 2007, a produção de tungstênio (concentrado de scheelita e wolframita) somou 959 toneladas métricas (correspondente a 537 t W contido). A produção do concentrado de scheelita resultou em 247 t W contido (451 toneladas métricas, com teor médio de 72% de WO3). Grande parte deste total foi resultado da explotação das Minas Brejui e Bodó, ambas situadas no Rio Grande do Norte, nos municípios de Currais Novos e Bodó. Consumo Os setores de fundição e ferro-ligas demandaram 80 % da produção do concentrado de scheelita e 20 % enviado para a Inglaterra para uso em dispositivos eletrônicos . Cerca de 60% da produção deste concentrado foi destinado: São Paulo (46 %), Santa Catarina (11 %) e Rio Grande do Norte (4 %). O restante foi remetido para a China e Inglaterra. A Bolívia importou 87% da produção do concentrado de wolframita. A outra parte foi comercializada entre São Paulo (3%) e Minas Gerais (10%). Aplicações Metalúrgica: ligas metálicas, aços rápidos, metal duro Elétrica: filamentos de lâmpadas, contatos elétricos para fornos de altas temperaturas, equipamentos de raio-x. Indústria mecânica: brocas, ferramentas de cortes e perfurações, material abrasivo. Indústria Aeroespacial: motores de foguetes, turbinas de aviões, revestimentos de mísseis. Indústria Bélica: projeteis, canhões, metralhadoras. Indústria Petrolífera: Ferramenta de perfuração de rocha.
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