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Guia para uso de hemocomponentes

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1
Profª. Fernanda Barboza 
Guia para uso de
Hemocomponentes
Curso Completo de Enfermagem para Concursos
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Conteúdo do Guia para uso de Hemocomponentes
1. Arsenal terapêutico no suporte hemoterápico
2. O uso clínico de hemocomponentes
3. Transfusão de hemocomponente em pediatria
4. Procedimentos especiais para os hemocomponentes
5. Transfusão maciça
6. Transfusão de concentrado de hemácias em pacientes críticos
7. Expansores plasmáticos
8. Reações transfusionais imediatas
9. Comitê transfusional
 - 
2
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Introdução
• A Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) é um órgão do MS.
• Missão - elaborar políticas que promovam o acesso da população à atenção
hematológica e hemoterápica com segurança e qualidade
• Ações em consonância com os princípios e diretrizes do SUS
• Propósito de colaborar para o aumento da segurança transfusional por meio do
uso mais qualificado dos hemocomponentes, minimizando os efeitos inerentes da
utilização destes, e, consequentemente, ampliar o acesso da população àqueles
produtos.
• Foco na qualidade servindo como consulta para os prescritores de transfusões,
considerando que é incipiente a formação hemoterápica nas grades curriculares
dos cursos de medicina.
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Transfusão de Sangue
• Objetivos: Salvar vidas e melhorar a saúde dos pacientes.
• Porém, assim como outras intervenções terapêuticas, pode levar a
complicações agudas ou tardias, como o risco de transmissão de doenças
infecciosas entre outras complicações clínicas.
• RH especializada
• Prática de alto custo
• Fornecimento diretamente relacionado à doação voluntária e altruísta.
• Uso racional na prescrição de hemocomponentes, segurança do doador,
do receptor e a disponibilidade de acesso.
 - 
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Doação e coleta de sangue
• Doação de sangue regulamentado pela Lei nº 10.205/2001, e por
regulamentos técnicos editados pelo MS.
• Doação altruísta, voluntária e não gratificada direta ou indiretamente,
assim como o anonimato do doador deve ser garantido.
• Coleta sangue total e aférese
Curso Completo de Enfermagem para Concursos
www.romulopassos.com.brServiços de Hemoterapia
• Os serviços de hemoterapia são estruturados em rede, com níveis de complexidade
diferentes, a depender das atividades que executam.
• Serviços mais completos executam todas as etapas do ciclo do sangue, que
correspondem à captação de doadores, à triagem clínica, à coleta de sangue, ao
processamento de sangue em hemocomponentes, às análises sorológicas e
imuno-hematológicas no sangue do doador, ao armazenamento e à distribuição destes
produtos e à transfusão.
• As técnicas de processamento atuais permitem a produção e o armazenamento de
diferentes hemocomponentes em condições adequadas para preservação de suas
características terapêuticas, possibilitando que o receptor receba, em menor volume,
somente elementos sanguíneos dos quais necessita, o que minimiza os riscos inerentes à
terapêutica transfusional.
 - 
4
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Hemocomponente e Hemoderivado
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 - 
5
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Processamento das bolsas
• No Brasil, as bolsas de sangue total coletadas devem ser 100%
processadas
• O processamento é feito por meio de centrifugação refrigerada, por
processos que minimizam a contaminação e proliferação microbiana.
ST
Eritrocitário
Plasmático
Plaquetários
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Centrifugação
Em função das diferentes densidades e
tamanhos das células sanguíneas, o processo
de centrifugação possibilita a separação do
sangue total em camadas:
1. Hemácias 
2. Buffy coat (camada leucoplaquetária), 
3. Plasma que contém plaquetas dispersas.
 - 
6
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Soluções anticoagulantes-preservadoras e soluções aditivas 
• São utilizadas para a conservação dos produtos sanguíneos, pois
impedem a coagulação e mantêm a viabilidade das células do sangue
durante o armazenamento.
• A depender da composição das soluções anticoagulantes-preservadoras, 
a data de validade para a preservação do sangue total e concentrados de 
hemácias pode variar. 
• O ST coletado em solução CPDA-1 (ácido cítrico, citrato de sódio, fosfato
de sódio, dextrose e adenina) validade de 35 dias a partir da coleta
 - 
7
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Soluções anticoagulantes-preservadoras e soluções aditivas 
• ACD (ácido cítrico, citrato de sódio, dextro- se), CPD (ácido cítrico,
citrato de sódio, fosfato de sódio, dextrose) e CP2D (citrato, fosfato e
dextrose-dextrose) 21 dias.
• As soluções aditivas são utilizadas para aumentar a sobrevida e a
possibilidade de armazenamento das hemácias por até 42 dias em 4 ±
2 °C. Um exemplo de solução aditiva é o SAG-M composto por soro
fisiológico, adenina, glicose e manitol.
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Soluções conservantes e aditivas e validade 
I – em 
ACD/CPD/CP2D: 
21 dias.
II – em CPDA-1: 
35 dias.
III – em solução 
aditiva: 42 
(SAG M)
 - 
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Concentrado de Hemácias
• Obtido por meio da centrifugação de uma bolsa de ST e da remoção 
da maior parte do plasma. 
• O CH também pode ser obtido por aférese, coletado de doador 
único permite a obtenção de duas unidades em um único 
procedimento (coleta de hemácias duplas). 
• Volume  220mL e 280mL. 
2°C e 6°C 
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Concentrado de Hemácias
• Validade 35 e 42 dias, dependendo da solução conservadora.
• CH sem solução aditiva devem ter hematócrito entre 65% e 80%.
• No caso de bolsas com solução aditiva, o hematócrito pode variar de
50% a 70%.
• Os CH podem ser desleucocitados com a utilização de filtros para
leucócitos ou desplamatizados pela técnica de lavagem com solução
salina fisiológica preferencialmente em sistema fechado.
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Concentrado de plaquetas (CP)
• Obtido  unidade individual de ST ou por aférese, coletadas de doador
único.
• Cada unidade de CP 5,5 x 1010 plaquetas em 50-60mL de plasma
 - 
10
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Aférese 6 a 
8 X o CP 
individual
Concentrado de plaquetas (CP)
• Por aférese  x 1011 plaquetas em 200-300mL de plasma (correspondente 
de 6 a 8 unidades de CP unitários). 
CP de ST
5,5 x 1010 
plaquetas em 
50-60mL de 
plasma
CP aférese
3,0 x 1011 
plaquetas em 
200-300mL de 
plasma 
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Obtenção de CP  centrifugação de sangue total. 
• O primeiro consiste na centrifugação do sangue em duas etapas. Na
primeira etapa, é feita uma centrifugação leve, em que se obtém o
plasma rico em plaquetas (PRP); este plasma é novamente
centrifugado, desta vez em alta rotação, para a obtenção do CP.
 - 
11
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Obtenção de CP centrifugação de sangue total. 
O segundo método baseia-se na extração do buffy coat, ou camada
leucoplaquetária, geralmente com a utilizaçãode extratores automatizados de
plasma e com o uso de bolsas top and bottom.
ST centrifugação, 
visando à separação 
da camada 
leucoplaquetária
O plasma 
sobrenadante é 
transferido para uma 
bolsa-satélite, pela 
saída superior (top) 
da bolsa e o 
concentrado de 
hemácias é extraído 
pela saída inferior 
(bottom) da bolsa
A camada 
leucoplaquetária
permanece na bolsa 
original
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O plasma fresco congelado (PFC)
• Porção acelular do sangue obtida por centrifugação a partir de uma
unidade de ST e transferência em circuito fechado para uma bolsa satélite.
• Pode ser obtido por aférese.
• É constituído  água, proteínas (albumina, globulinas, fatores de
coagulação e outras), carboidratos e lipídios.
 - 
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O plasma fresco congelado (PFC)
• É completamente congelado até 8 horas após a coleta e mantido, no
mínimo, a 18°C negativos, sendo, porém, recomendada a temperatura
igual ou inferior a 25°C negativos.
• Sua validade se armazenado entre 25°C negativos e 18°C negativos é de 12
meses.
• Se mantido congelado a temperaturas inferiores a 25°C negativos sua
validade é de 24 meses.
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Portaria 158/2016
• O PFC é o plasma separado de uma unidade de sangue total por
centrifugação ou por aférese e congelado completamente em até 8 h
depois da coleta, atingindo temperaturas iguais ou inferiores a 30° C
• O tempo máximo para a separação do plasma  é de 6 (seis) horas
depois da coleta.
• Armazenado à temperatura de, no mínimo, -20°C, recomendada
inferior a -30° C
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Portaria 158/2016
O PFC tem, a partir da data da doação, a validade de:
12 m entre -20°C e -30°C;
24 m  < -30°C.
Finalidade terapêutica < -18°C (validade 12 meses)
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O plasma fresco congelado (PFC)
• O congelamento permite a preservação dos fatores da coagulação,
fibrinólise e complemento, além de albumina, imunoglobulinas,
outras proteínas e sais minerais, e mantém constantes suas
propriedades.
• O componente assim obtido contém ≥ 70UI de Fator VIII/100mL e,
pelo menos, quantidades semelhantes dos outros fatores lábeis e
inibidores naturais da coagulação
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O plasma isento de crioprecipitado (PIC)
• Retirado, em sistema fechado, o crioprecipitado.
• Armazenado à temperatura de, no mínimo, 18°C negativos, sendo,
porém, recomendada temperatura igual ou inferior a 25°C negativos.
• Sua validade é a mesma do PFC e seu volume aproximado de 150mL a
200mL.
• É depletado de FVIII, fibrinogênio e multímeros de alto peso
molecular de Fator de von Willebrand, embora contenha a
metaloproteinase responsável por sua metabolização.
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Plasma isento de Crio Portaria 158/2016
• O PIC é o plasma do qual foi retirado, em sistema fechado, o
crioprecipitado.
• O PIC tem, a partir da data da doação, a validade de 12 meses a
partir da coleta, devendo ser armazenado à temperatura de < -20°C.
• A Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT) é a única indicação
clínica possível para o PIC.
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O plasma fresco congelado de 24 horas (PFC24)
• É o hemocomponente separado do ST por centrifugação entre 8 e 24 horas após
a coleta e congelado completamente, no máximo em uma hora, atingindo
temperaturas < - 30°C
• Armazenado, no mínimo, - 18°C, recomendada temperatura igual ou inferior a -
25°C
• Validade é a mesma do PFC e seu volume aproximado de 200 a 250mL.
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O plasma fresco congelado de 24 horas (PFC24)
• Apresenta uma redução variável de alguns fatores da coagulação em
relação ao PFC, principalmente fatores V e VIII, porém esta redução
não tem significado clínico, portanto possui as mesmas indicações
que o PFC.
• A unidade de plasma deve apresentar volume superior a 180 mL,
quando utilizado para fins transfusionais, além de não conter
anticorpos eritrocitários irregulares de importância clínica.
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O plasma fresco congelado de 24 horas (PFC24)
Portaria 158/2016
Art. 96. PFC24 é o plasma separado de uma unidade de ST por
centrifugação e congelado completamente entre 8 e 24 h após a coleta,
atingindo temperaturas iguais ou inferiores a -30°C.
§ 1º O tempo máximo para a separação  18 horas depois da coleta se a
unidade de ST for mantida refrigerada (4 ± 2°C).
§ 2º No caso do sangue total ser rapidamente resfriado logo após a coleta
até a temperatura de 22 ± 2°C, utilizando-se sistemas especiais validados
de refrigeração, o tempo máximo para o congelamento é de 24horas
depois da coleta.
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O plasma fresco congelado de 24 horas (PFC24)
Portaria 158/2016
§ 3º O PFC24 deve ser armazenado à temperatura de, no mínimo, -20°C, 
recomendada < -30°C
Validade de: 
I - 12 m entre -20°C e -30°C; 
II - 24 m < -30°C.
Art. 97. Os PFC e PFC24 podem ser utilizados em pacientes para fins
terapêuticos com o objetivo de reposição de fatores de coagulação
deficientes (deficiências múltiplas ou específicas na ausência do fator
purificado).
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Crioprecipitado (CRIO) 
• É uma fonte concentrada de algumas proteínas plasmáticas que são
insolúveis a temperatura de 1°C a 6°C.
• É preparado descongelando-se uma unidade de PFC à temperatura de
1°C a 6°C.
• Depois de descongelado, o plasma sobrenadante é removido
deixando-se na bolsa a proteína precipitada e 10-15mL deste plasma.
• Este material é então recongelado no período de 1 hora e tem
validade de 12 meses.
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Crioprecipitado (CRIO) 
O crioprecipitado contém glicoproteínas de alto peso molecular:
• Fator VIII, Fator VIII:vWF (fator von Willebrand), fibrinogênio, Fator
XIII e fibronectina.
• Cada bolsa contém 15mL de crioprecipitado com aproximadamente
80-150 unidades de Fator VIII, pelo menos 150mg de fibrinogênio e
cerca de 20%-30% (50-75U) do Fator XIII presente na bolsa inicial de
PFC.
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Crioprecipitado (CRIO) 
O crioprecipitado contém glicoproteínas de alto peso molecular:
• Aproximadamente 40%-70% (100-150U) do fator de von Willebrand
presente na unidade inicial de PFC é recuperado no crioprecipitado.
• Cada crioprecipitado dever conter no mínimo 80UI de Fator VIII e
150mg de fibrinogênio e cada pool deve conter os mesmos fatores
multiplicado pelo número de bolsas que o compõe.
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Crioprecipitado (CRIO)- Portaria 158/2016 
Art. 102. O CRIO é a fração de plasma insolúvel em frio, obtida a partir do plasma
fresco congelado, contendo glicoproteínas de alto peso molecular, principalmente
fator VIII, fator de von Willebrand, fator XIII e fibrinogênio.
§ 1º Para a obtenção do CRIO, o PFC deve ser descongelado a 4 ± 2oC e
imediatamente centrifugado nessa mesma temperatura.
§ 2º O sobrenadante pobre em crioprecipitado (plasma isento de crioprecipitado)
deve ser extraído, em circuito fechado, permanecendo um volume de até 40 mL
junto ao material insolúvel em frio.
§ 3º O crioprecipitado resultante deve ser recongeladoem até 1 hora após a sua
obtenção. § 4º O produto final deve conter, no mínimo, 150mg de fibrinogênio
por unidade em, pelo menos, 75% das unidades avaliadas.
 - 
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Crioprecipitado (CRIO)- Portaria 158/2016 
Validade: 
I - 12 m entre -20°C e -30°C; 
II - 24 m < -30°C.
§ 6º O CRIO pode ser indicado a portadores de deficiência de
fibrinogênio (quantitativa ou qualitativa) e na deficiência de fator XIII,
quando o fator purificado não estiver disponível. § 7º O crioprecipitado
também pode ser utilizado na produção de cola de fibrina
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Os concentrados de granulócitos (CG)
• São hemocomponentes obtidos por aférese de doador único, por meio de
máquinas separadoras de células, de fluxo contínuo ou descontínuo, cujo
rendimento de coleta pode ser melhorado pela utilização de doadores
estimulados com a administração de fator estimulador de colônias de granulócitos
(G-CSF) e corticosteróides.
• Cada concentrado deve conter no mínimo 1,0 x 1010 granulócitos em 90% das
unidades avaliadas, em um volume final inferior a 500mL, (geralmente
200-300mL) incluindo anticoagulante, plasma e também resíduo do agente
hemossedimentante utilizado no procedimento de coleta.
• Além dos granulócitos, usualmente estes concentrados contêm outros leucócitos
e plaquetas e cerca de 20-50mL de hemácias.
 - 
20
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Os concentrados de granulócitos (CG)
• Como a função dos granulócitos se deteriora mesmo durante curto
armazenamento, os CG devem ser transfundidos assim que possível
após a coleta, e, se for inevitável, seu armazenamento deve ser em
temperatura entre 20°C e 24°C, em repouso e por, no máximo, 24
horas.
• Para transporte deste hemocomponente, recomenda-se o uso de
recipientes próprios, com produto refrigerante comercial que
assegure a manutenção desta temperatura.
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Os concentrados de granulócitos (CG) - Portaria 158
Art. 113. Os Concentrados de Granulócitos (CG) são suspensões de
granulócitos em plasma, obtidas por aférese de doador único.
§ 1º O CG deve conter, no mínimo, 1,0 x 10 e 10 granulócitos em todas
as unidades coletadas, a menos que seja preparado para recém-
nascidos.
 - 
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Os concentrados de granulócitos (CG) - Portaria 158
§ 2º A validade do CG é de 24 h, devendo ser administrado o mais
rapidamente possível depois que a sua coleta for concluída,
obrigatoriamente em ambiente hospitalar.
§ 3º A temperatura de conservação do CG é de 22 ± 2°C.
§ 4º A indicação terapêutica do CG restringe-se a pacientes gravemente
neutropênicos com infecção comprovada, refratários à terapêutica
antimicrobiana adequada.
O uso clínico de 
hemocomponentes
 - 
22
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Indicações para uso de hemocomponentes
• As indicações básicas para transfusões são restaurar ou manter a
capacidade de transporte de oxigênio, o volume sanguíneo e a
hemostasia.
Avaliação 
clínica
Exames 
laboratorias e 
riscos 
trasnsfusionais
Transfusão
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Indicações para uso de hemocomponentes
• Avaliação dos riscos (doença infecciosa, imunossupressão,
aloimunização)
• Indicação somente quando existe indicação precisa e nenhuma outra
opção terapêutica.
• Decisão deve ser compartilhada pela equipe médica com o paciente ou
seus familiares.
 - 
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Indicações para uso de hemocomponentes
• Em situações relacionadas com crenças religiosas existem orientações
específicas que devem ser discutidas com o médico hemoterapeuta do
serviço.
• É recomendável que o paciente formalize através da assinatura de um
Termo de Consentimento Livre Esclarecido sua ciência e autorização
para o procedimento transfusional.
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Princípios que devem ser considerados pelo médico 
antes da decisão de transfundir o paciente: 
1. A indicação de transfusão deve ser feita exclusivamente por médico e
baseada principalmente em critérios clínicos;
2. A indicação de transfusão poderá ser objeto de análise por médico do
serviço de hemoterapia;
3. Toda a transfusão traz em si riscos, sejam imediatos ou tardios.
4. Os benefícios da transfusão devem superar os riscos;
5. Os critérios de indicações de transfusão contidos neste guia levam em
consideração evidências disponíveis na literatura médica, porém este
guia não tem a pretensão de prever todas as situações.
 - 
24
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Considerações gerais sobre a transfusão
• A requisição do produto hemoterápico deve ser preenchida da forma
completa, prescrita e assinada por médico e estar registrada no
prontuário médico do paciente.
• Não existe contraindicação absoluta à transfusão em pacientes com
febre. É importante diminuir a febre antes da transfusão, porque o
surgimento de febre pode ser um sinal de hemólise ou de outro tipo de
reação transfusional.
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Considerações gerais sobre a transfusão
• É rara a necessidade de aquecer um produto hemoterápico antes da
transfusão. Quando indicada, deve ser feita de forma controlada, com
aquecedores dotados de termômetro e alarme sonoro, sob orientação
e monitoramento de profissional responsável.
• Nenhuma transfusão deve exceder o período de infusão de 4 horas.
Quando este período for ultrapassado a transfusão deve ser
interrompida e a unidade descartada.
 - 
25
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Considerações gerais sobre a transfusão
• Não deve ser adicionado nenhum fluido ou droga ao produto
hemoterápico a ser transfundido.
• Os Concentrados de Hemácias (CH) podem ser transfundidos em
acesso venoso compartilhado, apenas, com cloreto de sódio 0,9% (SF).
É desnecessário diluir o CH antes da infusão. O hematócrito do
concentrado de hemácias permite geralmente bom fluxo de infusão.
• Todo o produto hemoterápico deve ser transfundido com equipo com
filtro de 170µ capaz de reter coágulos e agregados.
• Condutas para transfusão considera características individuais dos
pacientes
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1. (COSEAC 2015) Em relação à transfusão de concentrado de hemácias,
pode-se afirmar que:
a) é absolutamente contraindicada a transfusão em pacientes com febre.
b) hemácias podem ser transfundidas em acesso venoso compartilhado,
apenas com cloreto de sódio a 0,9%.
c) em idoso, o período de infusão deve exceder a 4 horas.
d) se a infusão estiver muito lenta, deve-se utilizar solução de soro
glicosado.
e) deve-se sempre aquecer o produto hemoterápico antes da transfusão.
 - 
26
Concentrado de hemácias 
Indicações e 
contraindicações
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Indicação de CH
Nem toda anemia tem indicação de transfusão para tratar, ou prevenir
iminente e inadequada liberação de oxigênio (O2) aos tecidos.
Mecanismos compensatórios:
Eleva DC
Reduz afinidade 
de Hb pelo O2 
para ir aos tecidos
 - 
27
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Hemorragias agudas
O volume sanguíneo normal corresponde a aproximadamente 8% do peso
corpóreo (4,8 L em indivíduo adulto com 60 kg).
As perdas sanguíneas podem ser classificadas em:
Hemorragiaclasse I - perda de até 15%
Hemorragia classe II - perda sanguínea de 15% a 30%
Hemorragia classe III - perda de 30% a 40%
Hemorragia classe IV - perda maior que 40%
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Hemorragias agudas
Pacientes com hemorragia classe III e IV podem evoluir para óbito por
falência múltipla de órgãos se não forem submetidos a esquemas de
ressuscitação na primeira hora.
A transfusão de CH está recomendada após perda volêmica superior a
25% a 30% da volemia total.
 - 
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Curso Completo de Enfermagem para Concursos
www.romulopassos.com.brHemorragias agudas
O hematócrito (Ht) não é bom parâmetro para nortear a decisão de transfundir, uma vez que
só começa a diminuir uma a duas horas após o início da hemorragia.
Em hemorragias agudas o paciente deve ser imediatamente transfundido quando apresentar
sinais e sintomas clínicos, como os a seguir:
• Frequência cardíaca acima de 100 bpm a 120 bpm.
• Hipotensão arterial.
• Queda no débito urinário.
• Frequência respiratória aumentada.
• Enchimento capilar retardado (> 2 segundos).
• Alteração no nível de consciência
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Avaliando níveis de Hb Ht
• Hb > 10g/dL e Ht >30% - não necessita transfundir
• 7- 10g/dL - depende da avalição individual
• < 7 g/dL- Transfusão
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Avaliando níveis de Hb Ht
• DPOC manter Hb acima de 10 g/dL.
• Cardiopatias isquêmicas agudas Hb acima de 9 a 10 g/dL.
• > 65 anos de idade, sintomáticos transfundir com níveis de Hb < 9g/dL.
• Alto grau de evidência, a indicação de transfusão de CH se níveis de Hb <7
g/dL somente se o paciente não apresentar sinais clínicos de hipóxia
tecidual ou sintomas como dor precordial, taquicardia não responsiva a
reposição volêmica, mesmo em pacientes de terapia intensiva.
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Pós Operatório
• Nos pacientes cirúrgicos estáveis no período pós-operatório, sem 
si- nais de hipóxia tecidual ou consumo aumentado de O2, níveis de 
Hb de 8 g/dL são aceitáveis.
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Anemias crônicas e agudas
• Anemias de instalação crônica, que cursam com normovolemia, são 
muito melhor toleradas do que anemias de instalação aguda. 
• Em situações de anemia, sempre que possível, deve-se considerar
outras formas de intervenções terapêuticas, tais como reposição de
ferro ou o tratamento com eritropoetina, antes da transfusão.
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2. (STM 2011) Acerca dos procedimentos relacionados a primeiros
socorros, julgue os itens subsequentes.
Hemorragias graves não tratadas acarretam estado de choque
hipovolêmico e morte por colapso circulatório. Hemorragias lentas e
crônicas, por sua vez, causam anemias.
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Critérios para uso de CH
1. Transfusão = fatores clínicos + laboratoriais;
2. Idade do paciente;
3. Velocidade de instalação da anemia;
4. História natural da anemia;
5. Volume intravascular; e
6. Presença de cofatores fisiológicos que afetam a
função cardiopulmonar.
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Indicações de CH
Alguns aspectos devem ser levados em consideração e a transfusão deve ser
considerada nas seguintes situações:
• Anemia aguda: para aliviar sintomas de descompensação clínica
relacionados com a perda de sangue.
• Anemia crônica: para aliviar sintomas relacionados com a diminuição do
volume de hemácias, quando outras intervenções terapêuticas, tais como
reposição de ferro, ácido fólico ou vitamina B12 ou o tratamento com
eritropoetina, ou ambas, foram insuficientes.
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Contraindicações
• Para promover aumento da sensação de bem-estar.
• Para promover a cicatrização de feridas.
• Profilaticamente.
• Para expansão do volume vascular, quando a capacidade de
transporte de O2 estiver adequada
Sistema ABO e RH
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Sistema ABO
Karl Landsteiner, no início do século
XX, fez reagir amostras de sangue
de diversas pessoas, isolando as
hemácias e fazendo diferentes
combinações entre plasma e
hemácias.
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O resultado obtido foi a presença de aglutinação dos
glóbulos em alguns casos, e ausência em outros
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Diferenças entre o sangue A, B, AB ou O
O sangue humano possui uma parte líquida chamada de plasma, nela são
encontradas as aglutininas (anti-A e anti-B), que atuam como anticorpos e
reagem contra os aglutinogênios (A e B), presentes nas hemácias
sanguíneas.
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Sangue Aglutinogênio ou 
antígeno
Aglutinina ou 
anticorpo
Recebe sangue
A A Anti-B Recebe A e O
B B Anti-A Recebe A e O
AB A e B Nenhuma Receptor 
universal
O Nenhum Anti-A e anti-B Doador universal
Recebe apenas 
de O
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3. (AOCP EBSERH 2015) Considerando o sistema ABO para as transfusões 
sanguíneas, os antígenos ABO estão presentes no seguinte componente do 
sangue:
a) hemácias.
b) plasma.
c) plaquetas.
d) leucócitos.
e) blastos.
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Fator Rh 
Continuando os estudos sobre o sangue humano, Landsteiner e
colaboradores descobriram que, além de aglutinogênios A e B, o
sangue possuía também outros anticorpos que faziam reagir um tipo
sanguíneo contra ele mesmo.
Esses anticorpos foram chamados de Rh em alusão ao animal que fora
estudado na experiência – o macaco rhesus -.
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Interpretação
Uma pessoa portadora do anticorpo Rh foi classificada como positivo
(Rh+). Uma pessoa que não apresenta esses anticorpos em sua
circulação sanguínea é classificada como negativa (Rh-).
O sangue com Rh negativo não pode receber sangue com Rh positivo, 
mas pode doar para sangue positivo.
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Portador Recebe de Doa para
A+ A+, A- , O+ e O- A+ e AB+
A- A- e O- A-, A+, AB+ e AB-
B+ B+, B-, O- e O+ B-, B+, AB+ e AB-
B- B- e O- B -, B+, AB+ e AB-
AB+ A+, A-, B+, B-, AB+, 
AB-, O+ e O-
AB+ Receptor 
universal
AB- A-, B-, AB- e O- AB-
O+ O+ e O- A+, B+, AB+ e O+
O- O- A+, A-, B+, B-, AB+, 
AB-, O+ e O-
Doador 
universal
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Eritroblastose fetal
Mãe Rh negativo
Feto Rh positivo
Ciências, 8° ano do Ensino Fundamental
Sistema ABO e Fator RH
Imagem: Autor Magnus Manske / retrabalhado e disponibilizado por 
Amada44 / Gray's Anatomy / Public domain.
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4. (UFC 2015) Paciente do grupo sanguíneo A necessita de transfusão de
concentrado de hemácias e de plasma. Os hemocomponentes que
poderiam ser utilizados para essa transfusão são:
a) Concentrado de hemácias AB e plasma O.
b) Concentrado de hemácias A ou O e plasma A.
c) Concentrado de hemácias O ou A e plasma B.d) Concentrado de hemácias A, O ou AB e plasma A
e) Concentrado de hemácias A, O ou AB e plasma AB.
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5. (AOCP 2014) Os testes imuno-hematológicos pré-trasnfusionais têm por
finalidade assegurar os melhores resultados possíveis de uma transfusão
sanguínea, propiciando a máxima segurança ao paciente e prevenção de
reações transfusionais hemolíticas. A tipagem ABO/Rh é um dos testes imuno-
hematológicos pré-transfusionais obrigatórios.
Sobre esse teste, assinale a alternativa correta.
a) A importância da prática da tipagem do sistema ABO pré-transfusional é
importante devido às reações não-hemolíticas que podem ocorrer
devido a incompatibilidades entre doador e receptor.
b) Um indivíduo com sangue Rh negativo pode receber transfusão de sangue
de doador com sangue do tipo Rh positivo desde que haja compatibilidade do
sistema ABO entre doador e receptor.
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5. (AOCP 2014)
c) A tipagem ABO é definida através de prova direta,
e reversa. Na prova direta procura-se determinar os anticorpos do sistema
ABO, que estão no soro ou no plasma do indivíduo.
d) Na prova indireta de determinação do sistema ABO pesquisa-se antígeno
presentes nas hemácias do indivíduo.
e) A investigação do antígeno D fraco deve ser realizada em todos os casos
em que a tipagem for Rh negativo.
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A) Ocorre reações hemolíticas;
B) O Rh negativo será sensibilizado e/ou produzirá resposta imunológica com o
fator D;
C) Prova direta: coloca-se o soro contendo anticorpos conhecidos (anti A, anti B e
anti AB) que irão aglutinar as hemácias do sangue. Prova reversa: coloca-se
hemácias conhecidas (hemácias contendo fatores A, B ou AB) no soro pesquisa,
que irá aglutinar a hemácia incompatível.
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Prova direta: Se aglutinar no A, o sangue será A, no B, será B, nos dois AB e se não 
aglutinar será O;
Prova reversa: Se aglutinar no A, o sangue será B, se aglutinar no B será A, se 
aglutinar nos dois será O.
D) Pelo citado na C, esta resposta está errada.
E) correto. D fraco, não deixa de ser D, por isso pode gerar uma resposta 
imunológica. 
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6. (CESPE 2013) O antígeno RhD é o mais importante do sistema Rh, em
razão de sua relação com a doença hemolítica do recém-nascido. No que se
refere ao fator Rh, assinale a opção correta.
a) Para os pacientes cujo ensaio de aglutinação tenha sido negativo para o
fator Rh, é recomendada a determinação do fator D, pois há a possibilidade
de ser um paciente com Rh fraco.
b) Os indivíduos Rh negativo que apresentam o antígeno CDE podem doar
sangue para todos os indivíduos Rh negativo.
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c) Os pacientes com Rh fraco e os pacientes com Rh positivo apresentam
diferenças qualitativas quanto à expressão do fator Rh.
d) Os anticorpos naturais anti-Rh determinam se um indivíduo é Rh positivo.
e) Toda mulher Rh positivo que estiver esperando um filho de um homem
Rh negativo deve ser dessensibilizada logo após o nascimento do filho
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7. (VUNESP 2014) A figura ilustra uma tipagem sanguínea humana, na qual três
gotas de sangue foram colocadas em contato com anticorpos anti-A, anti-B e
anti-Rh, posicionados da esquerda para a direita na lâmina, conforme a figura.
Foi verificada reação apenas com o anticorpo anti-A, o que confere à pessoa
testada sangue tipo A Rh-.
A reação observada durante a tipagem sanguínea é uma reação de
____________ de hemácias, em que _______________ da membrana celular
da hemácia reagem especificamente com__________ presentes na lâmina
teste.
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Assinale a alterativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do
parágrafo anterior.
a) aglutinação … os aglutinogênios … as aglutininas
b) lise celular … as proteínas e lipídeos … enzimas
c) coagulação … as plaquetas … soros coagulantes
d) digestão … os componentes … ácidos
e) rompimento … os antígenos … leucócitos específicos
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CH- Dose e modo de administração 
• Deve ser transfundida a quantidade de hemácias suficiente para a
correção dos sinais/sintomas de hipóxia, ou para que a Hb atinja níveis
aceitáveis.
• Em indivíduo adulto 1 CH eleva o Ht em 3% e a Hb em 1 g/dL.
• Em pacientes pediátricos, o volume a ser transfundido para obtenção dos
mesmos resultados deve ser de 10 a 15mL/kg.
• O tempo de infusão de cada unidade de CH deve ser de 60min a 120
minutos em pacientes adultos.
• Em pacientes pediátricos, não exceder a velocidade de infusão de
20-30mL/kg/hora.
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8. (CONSUPLAN 2015) A administração de uma unidade de concentrado
de hemácias em um adulto eleva o nível de hemoglobina em
a) 0,5 g/dl.
b) 0,8 g/dl.
c) 1,0 g/dl.
d) 2,0 g/dl.
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Avaliação da resposta terapêutica
• A avaliação da resposta terapêutica à transfusão de CH deve ser feita
através de nova dosagem de Hb ou Ht 1-2 horas (h) após a transfusão,
considerando também a resposta clínica.
• Em pacientes ambulatoriais, a avaliação laboratorial pode ser feita
30min após o término da transfusão e possui resultados comparáveis.
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Indicação e 
contraindicações de 
plaquetas
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Concentrados de plaquetas (CP)
• Unitários contêm aproximadamente 5,5 x 10a10 plaquetas em
50-60mL de plasma
• Unidades por aférese contêm, pelo menos, 3,0 x 1011 plaquetas em
200-300mL de plasma (correspondente a 6-8U de CP unitários).
• As indicações de transfusão de CP estão associadas às plaquetopenias
desencadeadas por falência medular, raramente indicamos a reposição
em plaquetopenias por destruição periférica ou alterações congênitas
de função plaquetária.
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Indicações de plaquetas- portaria 158/2016
As indicações de transfusão de CP levarão em consideração não
somente a contagem, mas também:
I - a existência de fatores de risco;
II - a realização de procedimentos invasivos;
III - a presença de sangramentos clinicamente significativos; e
IV - alterações da função plaquetária.
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a) Plaquetopenias por falência medular
Nas situações de plaquetopenias por tempo determinado,
frequentemente associadas a métodos terapêuticos para doenças
oncológicas ou onco-hematológicas, como quimioterapia, radioterapia e
transplante de células progenitoras hematopoiéticas, indica-se a
transfusão profilática:
< 10.000/µL na ausência de fatores de risco;
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a) Plaquetopenias por falência medular
< 20.000/µL na presença de fatores associados a eventos hemorrágicos
como febre (>38°C), manifestações hemorrágicas menores (petéquias,
equimoses, gengivorragias), doença transplante versus hospedeiro
(GVHD – graft versus host disease), esplenomegalia, utilização de
medicações que encurtam a sobre - vida das plaquetas (alguns
antibióticos e antifúngicos), hiperleucocitose (contagem maior que
30.000/mm³), presença de outras alterações da hemostasia (por
exemplo, leucemia promielocítica aguda)ou queda rápida da contagem
de plaquetas.
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Situações Especiais
1. Pacientes pediátricos toleram contagens plaquetárias mais baixas,
definindo-se como critério de indicação de transfusão de CP
contagens inferiores a 5.000/µL em pacientes estáveis;
2. Pacientes adultos portadores de tumores sólidos teriam maior risco
de sangramento quando submetidos à quimioterapia e/ou à
radioterapia associados à necrose tumoral, sendo indicado
transfusão de CP se contagens inferiores a 20.000/µL.
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Plaquetopenia por falência medular de caráter crônico
• Pacientes portadores de anemia aplástica grave ou síndrome
mielodisplásica, os pacientes devem ser observados sem transfusão
de CP.
• Esta estaria indicada profilaticamente somente se contagens
inferiores a 5.000/µL ou se inferiores a 10.000/ µL, na presença de
manifestações hemorrágicas.
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b) Distúrbios associados a alterações de função
plaquetária
• Pacientes portadores de alterações da função plaquetária raramente
necessitam de transfusões de CP.
• Nas situações de disfunções congênitas como trombastenia de
Glanzmann (deficiência congênita da GPIIb/IIIa), síndrome de
Bernard-Soulier (deficiência da GPIb/IX), síndrome da plaqueta cinza
(deficiência dos grânulos alfa) etc., a ocorrência de sangramentos
graves é pouco frequente.
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b) Distúrbios associados a alterações de função
plaquetária
• A recomendação terapêutica é de transfusão de CP pré-procedimentos
cirúrgicos ou invasivos e no caso de sangramentos após utilização, sem
resultados, de outros métodos como agentes antifibrinolíticos e DDAVP.
• Frequentemente, em pacientes submetidos a procedimentos cardíacos
cirúrgicos, com utilização de circulação extracorpórea por tempos superiores
a 90-120min, a função plaquetária pode estar comprometida, por
mecanismos associados à ativação plaquetária, desencadeando
sangramento difuso intraoperatório. Nesta situação, mesmo com contagens
superiores a 50.000/µL, está indicada a transfusão de CP.
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c) Plaquetopenias por diluição ou destruição
periférica
Ocorre diluição da concentração das plaquetas ou um consumo
aumentado e/ou destruição por mecanismos imunes:
1. Transfusão maciça;
2. Coagulopatia intravascular disseminada (CID);
3. Plaquetopenias imunes;
4. Dengue Hemorrágica
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c) Plaquetopenias por diluição ou destruição 
periférica
Transfusão Maciça
Espera-se uma contagem de plaquetas inferior a 50.000/µL se
aproximadamente duas volemias sanguíneas forem trocadas do
paciente. Nesta situação, recomenda-se a transfusão de CP se a
contagem for inferior a 50.000/µL e se inferior a 100.000/µL na
presença de alterações graves da hemostasia, trauma múltiplo ou de
sistema nervoso central;
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c) Plaquetopenias por diluição ou destruição 
periférica
Coagulopatia Intravascular Disseminada (CID)
Nesta situação, a reposição de plaquetas e fatores de coagulação é
desencorajada, pois não há evidências de efeitos benéficos
profilaticamente, porém, em presença de sangramentos, mesmo que
sem gravidade no momento, deve-se iniciar a reposição de fatores de
coagulação (PFC) e de CP objetivando contagens superiores a
20.000/µL;
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c) Plaquetopenias por diluição ou destruição 
periférica
Plaquetopenias Imunes:
Púrpura trombocitopênica imune (PTI), associada à presença de
autoanticorpos antiplaquetas.
Nesta situação, a transfusão de CP é restrita a situações de
sangramentos graves que coloquem em risco a vida dos pacientes. A
terapêutica de reposição deve ser agressiva e sempre associada a
formas de tratamento específico como altas doses de corticóides e
imunoglobulina.
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c) Plaquetopenias por diluição ou destruição 
periférica
Dengue Hemorrágica:
A trombocitopenia que acompanha os casos de dengue hemorrágica é causada
pela presença de anticorpos que, dirigidos contra proteínas virais, apresentam
reação cruzada contra antígenos plaquetários. Na prática, esta plaquetopenia se
comporta como a da PTI, portanto não há indicação para a transfusão profilática
de CP independentemente da contagem de plaquetas no sangue periférico.
• A transfusão profilática de CP também não está indicada nas trombocitopenias
que podem acompanhar a Leptospirose e as Riquetsioses.
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d) Procedimentos cirúrgicos ou invasivos em 
pacientes plaquetopênicos
• Contagens > 50.000/ µL são suficientes para a maioria dos casos,
exceto para procedimentos neurocirúrgicos e oftalmológicos para os
quais níveis mais elevados são exigidos (superiores a 80.000 a
100.000/µL).
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Conclusão: indicações de plaquetas
• Na púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) e na plaquetopenia
induzida por heparina (PIH) a indicação de transfusão de CP está
restrita a situações de sangramento grave, colocando em risco a vida
do paciente.
• A transfusão profilática mesmo para realização de procedimentos
invasivos e/ou cirúrgicos deve ser evitada, pois alguns trabalhos
científicos demonstram piora do quadro clínico ou risco de ocorrência
de fenômenos tromboembólicos.
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Plaquetas: Compatibilidade ABO e RhD
• Deve-se preferir transfusão de CP ABO compatível, porém, se esta não
for possível, optar por transfusões de unidades ABO incompatíveis em
pacientes que não necessitarão de suporte crônico.
• A aloimunização contra o antígeno RhD está associada à
contaminação por hemácias dos CP.
• A ocorrência de aloimunização é menos frequente em pacientes
onco-hematológicos e pediátricos e nos que recebem CP obtidos por
aférese (pela menor contaminação por hemácias) e pode ser evitada
utilizando-se imunoprofilaxia anti-D (imunoglobulina anti-D).
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Dose e forma de administração
A dose preconizada é de 1 unidade de CP para cada 7 a 10 kg de peso do
paciente, porém pode-se considerar também a contagem de plaquetas
desejada dependendo da presença ou ausência de sangramento como
segue:
Transfusões terapêuticas (contagem desejada superior a 40.000/µL):
• Adultos > 55kg de peso – dose mínima de 6,0 x 1011 (8-10U de CP unitários
ou 1U CP obtidos por aférese).
• Pacientes 15-55 kg de peso – dose mínima de 3,0 x 1011 (4-6U de CP
unitários ou 0,5-1U CP obtidos por aférese).
• Crianças < 15 kg – dose de 5-10 mL/kg.
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Dose plaqueta
Transfusões profiláticas (contagem desejada superior a 25.000/µL):
• Adultos > 55 kg de peso – dose mínima de 4,0 x 1011 (6-8U de CP
unitários ou 1U CP obtidos por aférese).
• Pacientes menores – dose 1U de CP unitários para cada 10 kg de
peso.
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Dose de plaquetas
• Pode ser calculada de maneira mais detalhada ou precisa,
identificando-se o incremento plaquetário desejado (IP) e levando-se
em conta a volemia sanguínea (VS) e o sequestro esplênico estimado
(aproximadamente 33%)Curso Completo de Enfermagem para Concursos
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Plaquetas- Forma de administração
• O tempo de infusão da dose de CP deve ser de aproximadamente 30 min em
pacientes adultos ou pediátricos, não excedendo a velocidade de infusão de
20-30mL/kg/hora.
• A avaliação da resposta terapêutica a transfusão de CP deve ser feita através de
nova contagem das plaquetas 1 hora após a transfusão, porém a resposta clínica
também deve ser considerada.
• Em pacientes ambulatoriais, a avaliação laboratorial 10min após o término da
transfusão.
• Transfusão de CP eficaz resultados de superiores a 30% em 1h e a 20% em 20-24h
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Plasma
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Indicações e contraindicações - Plasma
• As indicações para o uso do plasma fresco congelado (PFC)
são restritas e correlacionadas a sua propriedade de conter
as proteínas da coagulação.
• O componente deve ser usado, no tratamento de pacientes
com distúrbio da coagulação, particularmente naqueles em
que há deficiência de múltiplos fatores e apenas quando não
estiverem disponíveis produtos com concentrados estáveis
de fatores da coagulação e menor risco de contaminação
viral.
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a) Sangramento ou risco de sangramento causado por deficiência de 
múltiplos fatores da coagulação 
Coagulação Intravascular Disseminada (CID) apenas com presença de
sangramento
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b) Sangramento severo causado por uso de anticoagulantes orais
antagonistas da vitamina K (Warfarina) ou necessidade de reversão
urgente da anticoagulação.
A utilização do PFC (15mL/kg a 20mL/kg) em pacientes com sangramento
importante relacionado à anticoagulação oral pode ser feita para reverter
rapidamente seu efeito.
Recomenda-se a associação de administração de vitamina K.
Quando disponível, o Complexo Protrombínico é preferível ao PFC, por
apresentar menor risco de transmissão de agentes infecciosos.
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Indicação Plasma
c) Sangramento ou profilaxia de sangramento causado por deficiência
isolada de fator da coagulação para a qual não há produto com menor
risco de contaminação viral (concentrado de fator da coagulação)
disponível Aplica-se especialmente para deficiência de Fator V.
Na deficiência congênita de Fator XI (hemofilia C), o uso do PFC é a opção
terapêutica disponível no Brasil para pacientes com sangramento associado
a esta deficiência, ou antes, de procedimentos invasivos. No entanto,
embora existam apresentações de Concentrado de FXI fora do País, seu uso
não é consensual em função da associação com complicações trombóticas.
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Indicação plasma
d) Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) A utilização do PFC 
como líquido de reposição na plasmaférese terapêutica é considerada 
tratamento de primeira linha para pacientes com PTT.
A adoção de esquemas de reposição de PFC em regime de
plasmaférese diária representou grande impacto na história natural da
PTT reduzindo a mortalidade de 90% para taxas inferiores a 30%, em
alguns estudos.
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9. (UFPB 2012) Considerando a avaliação e tratamento das coagulopatias
em UTI, julgue cada uma das proposições seguintes:
A transfusão de Plasma Fresco Congelado está indicada para pacientes
hepatopatas que irão ser submetidos a procedimentos invasivos ou que
apresentam sangramento ativo e cujos Tempo de Protrombina e Tempo
de Tromboplastina Parcial Ativada sejam maiores que 1,5 vezes o normal.
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Indicação plasma
f) Plasma isento de crioprecipitado (PIC) e plasma fresco congelado de 24
horas (PFC24) O PIC não tem todos os fatores da coagulação.
Seu uso clínico pode estar restrito a reposição volêmica na plasmaférese em
pacientes com PTT, em detrimento do PFC.
No entanto, não há evidências que com- provem melhores resultados do que
com o uso do PFC. O PFC24, por sua vez, apesar de apresentar uma diminuição
dos níveis de fatores da coagulação pode ser usado nas mesmas situações
clínicas com indica- ção para reposição destes fatores.
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Complicações do uso de plasma 
• O uso inadequado do plasma (PFC, PFC24 e PIC) relacionado a
indicações incorretas e imprecisas e para as quais há alternativas mais
seguras e eficazes frequentemente resulta em exposição
desnecessária do paciente aos riscos transfusionais.
• Contaminação com vírus e outros patógenos transmissíveis pelo
sangue
• Anafilaxia e reações alérgicas
• Lesão pulmonar aguda associada a transfusão (TRALI)
• Hemólise a partir de anticorpos presentes no plasma transfundido e
• Sobrecarga volêmica associada a transfusão (TACO).
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Contraindicação o uso de PFC, PIC ou PFC24
• Como expansor volêmico e em pacientes com hipovolemias agu- das 
(com ou sem hipoalbuminemia). 
• Em sangramentos sem coagulopatia. 
• Para correção de testes anormais da coagulação na ausência de 
sangramento. 
• Em estados de perda proteica e imunodeficiências.
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Plasma - Compatibilidade ABO e RhD
• Não há necessidade da realização de provas de compatibilidade antes
da transfusão de PFC/PIC/PFC24.
• Os componentes devem ser preferencialmente ABO compatíveis, mas
não necessariamente idênticos. As complicações relacionadas à
hemólise por transfusão de plasma incompatível são incomuns,
porém doadores do grupo O podem apresentar títulos altos de
anticorpos anti-A e anti-B.
• O sistema Rh, por sua vez, não precisa ser considerado.
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Dose e modo de administração
• O volume a ser transfundido depende do peso e da condição clínica e 
hemodinâmica do paciente. 
• A utilização de 10-20mL de PFC por quilo de peso aumenta de 20% a
30% os níveis dos fatores de coagulação do paciente, chegando a
níveis hemostáticos.
• A normalização dos testes da coagulação ou o controle do
sangramento devem ser considerados como parâmetro para parada
da reposição de PFC.
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Dose plasma
• Para definir o intervalo entre as doses de PFC, deve-se considerar o objetivo da
reposição e conhecer a deficiência que se deseja corrigir, respeitando a meia-vida do
(s) fator (es) da coagulação que se deseja repor.
• Para fatores com meia-vida longa (FXI, por exemplo) a repetição da dose a cada 24
horas por vários dias pode produzir um grande aumento nos níveis plasmáticos do
paciente.
• A reposição de fatores com meia-vida curta, por outro lado, pode necessitar de
repetição mais frequente da dose calculada para o paciente.
• Portanto, a definição do intervalo entre as doses está correlacionada com o objetivo
da reposição de PFC.
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Modo de administração
• Antes de ser utilizado para transfusão, o PFC deve ser 
completamente descongelado em banho-maria a 
37°C ou em equipamentos apropriados para este fim. 
• Caso seja descongelado em banho-maria, deve ser 
envolto em saco plástico, de modo a evitar o contato 
direto da bolsa, especialmente do ponto de entrada, 
com a água. 
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www.romulopassos.com.brModo de administração
• O banho-maria deve ser limpo diariamente e a água
deve ser substituída. Uma vez descongelado, deve
ser usado o mais rápido possível, em, no máximo, 6
horas após o descongelamento se mantido à
temperatura ambiente ou até 24 horas se mantido
em refrigeração (2-6°C).
• Depois de descongelado não pode haver
recongelamento.
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Análise bolsa de plasma
• Imediatamente antes da infusão a unidade de PFC deve ser
examinada.
• Bolsas com sinais de vazamento quando submetidas à pressão e
alterações de cor não podem ser utilizadas para transfusão.
• A presença de precipitados, filamentos de fibrina e turbidez pode
estar relacionada à contaminação bacteriana e as bolsas que
apresentarem estas alterações também não devem ser utilizadas.
• Bolsas com aspecto leitoso associado à lipemia também devem ser
descartadas do uso para transfusão.
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Transfusão de plasma
• Todos os cuidados relacionados à transfusão de hemocomponentes
devem ser seguidos criteriosamente.
• A conferência da identidade do paciente e rótulo da bolsa antes do
início da infusão e uso de equipo com filtro de 170 a 220 nm são
medidas obrigatórias.
• O tempo máximo de infusão deve ser de 1 hora.
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10. (FGV 2015) Durante um plantão na clínica médica, um paciente com hepatopatia
necessitou de uma transfusão de plasma. A respeito desse procedimento, analise as
afirmativas a seguir:
I. Os primeiros dez minutos de transfusão devem ser acompanhados por um profissional
de saúde qualificado para tal atividade, que permanecerá ao lado do paciente durante
esse intervalo de tempo.
II . As unidades de plasma devem ser transfundidas 6 horas após seu descongelamento,
não devendo exceder 48 (quarenta e oito) horas se armazenadas a 4 ± 2°C.
III . A transfusão deve ser imediatamente interrompida em caso de reações alérgicas,
mesmo que leves (urticária), e a bolsa deve ser desprezada.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I; b) II; c) III; d) I e II; e) II e III.
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11. (NC-UFPR 2009) A transfusão de hemocomponentes requer cuidados
específicos por parte do enfermeiro que é responsável por sua
administração. No que se refere às condições de transfusão, considere as
seguintes afirmativas:
1. Os componentes eritrocitários antes da transfusão podem permanecer à
temperatura ambiente por no máximo 30 minutos.
2. O tempo máximo de infusão de hemocomponentes é de 4 horas. Quando
esse período for ultrapassado, a transfusão deve ser interrompida e as
bolsas descartadas.
3. O plasma fresco deve ser descongelado à temperatura de 37 ºC em
dispositivo de vidamente validado, e a bolsa deve ser protegida por um
invólucro plástico escuro, porque é fotossensível.
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4. Após descongelado, o crioprecipitado deve ser administrado dentro do
prazo máximo de 6 horas.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
e) Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
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12. (CESPE 2010) Tão logo seja coletado, o sangue deve ser processado para
a produção de hemocomponentes seguros para sua utilização, após
solicitação médica, segundo normas técnicas devidamente regulamentadas
na RDC n.° 158/2016. Julgue o item subsequente , acerca de
hemocomponentes.
O plasma comum não pode ser utilizado para transfusão
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13. (COSEAC 2014) O sangue total e o concentrado de hemácias devem
ser armazenados em geladeira própria, na temperatura de:
a) 0 a 5 ºC.
b) 1 a 5 ºC.
c) 2 a 6 ºC.
d) 3 a 8 ºC.
e) 3 a 10 ºC.
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Crioprecipitado
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O crioprecipitado (CRIO) está indicado:
• Tratamento de hipofibrinogenemia congênita ou adquirida (<100mg/dL),
disfibrinogenemia ou deficiência de fator XIII.
• A hipofibrinogenemia adquirida pode ser observada após tratamento
trombolítico, transfusão maciça ou coagulação intravascular disseminada
(CID).
• Somente 50% do total dos 200mg de fibrinogênio administrados/bolsa
no paciente com complicações devido à transfusão maciça são
recuperados por meio intravascular.
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Indicações do Crio como segunda opção
• Pode ser útil também no tratamento de sangramento ou no
procedimento invasivo em pacientes urêmicos, com o intuito de
diminuir o tempo de sangramento (TS) e diminuir o sangramento,
mas esta opção tem sido substituída pelo tratamento com
eritropoetina, acetato de desmopressina (DDAVP) ou estrógeno
conjugado.
• Devido às opções terapêuticas disponíveis como o fator VIII
recombinante e derivados de fator VIII pós inativação viral, o (CRIO)
está contraindicado para tratamento de pacientes com Hemofilia A e
o mesmo se aplica a pacientes portadores de Doença de von
Willebrand.
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Portaria 158/2016
• Art. 104. A ocorrência de uso excepcional de crioprecipitado em
pacientes hemofílicos e portadores de doença de Von Willebrand
deve ser imediatamente relatada à CGSH/DAET/SAS/MS
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Hemofilias
• Grupo de doenças genéticas hereditárias que prejudicam a capacidade do
corpo em controlar a circulação do sangue ou coagulação, o qual é
utilizado para parar a hemorragia de um vaso sanguíneo, quando é
quebrado.
• A hemofilia A (deficiência de fator VIII de coagulação) é a forma mais
comum de desordem, presente em cerca de 1 em 5.000-10.000
nascimentos do sexo masculino.
• A hemofilia B (deficiência do fator IX) ocorre em cerca de 1 em
aproximadamente 20,000-34,000 nascimentos do sexo masculino.
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Hemofilias
• Como a maioria recessiva ligada ao sexo, cromossomopatias X, é mais
provável a hemofilia ocorrer em homens do que em mulheres.
• A hemofilia C não ligação ao sexo é devida à deficiência de fator XI
coagulante, que pode afetar ambos os sexos, é mais comum em
judeus de descendência asquenazes (leste europeu), mas rara em
outros grupos populacionais.
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Hemofilias
• A hemofilia reduz os níveis do fator de coagulação do plasma
sanguíneo. dos fatores de coagulação necessários para um processo
de coagulação normal.
• vaso sanguíneo é lesado os fatores de coagulação em falta evitam a
formação de fibrina, que é necessária para manter o coágulo do
sangue.
• Um hemofílico não sangra mais intensamente do que uma pessoa
sem ele, mas pode sangrar por muito mais tempo.
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Doença de von Willebrand
• Doença hemorrágica, hereditária causada por uma diminuição ou
uma disfunção da proteína chamada de fator de von Willebrand
(FvW).
• Isto ocorre devido à mutação no cromossomo 12 e é caracterizada
por deficiência qualitativa ou quantitativa do fator de von Willebrand.
• A coagulopatia se manifesta basicamente através da disfunção
plaquetária associada à diminuição dos níveis séricos do fator VIII
coagulante.
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O fatorde von Willebrand
É um multímero que circula no plasma sanguíneo em uma concentração
aproximada de 10 mg/ml. Ele é sintetizado por células endoteliais e
megacariócitos.
São 2 funções principais:
1. Mediar a adesão das plaquetas ao subendotélio lesado: funciona como
uma ponte entre receptores da plaqueta (glicoproteína Ib e glicoproteína
IIb/IIIa) e o subendotélio lesado. Para que ocorra a adesão às plaquetas é
necessario a presença de grandes multímeros do FvW.
2. Manter os níveis plasmáticos do fator VIII (uma proteína procoagulante). O
FvW liga-se a fator VIII retardando a sua degradação.
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Tipos de deficiência de von Willebrand
Tipo 1
É o tipo mais comum, entre 60-80% dos casos. 
É um defeito quantitativo onde a concetração do FvW fica entre 20-50% 
do valor normal. 
Causa sangramentos de leve a moderado.
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Tipos de deficiência de von Willebrand
Tipo 2
É um defeito qualitativo e acomete entre 20-30% dos casos. 
Possui 4 subtipos:
• 2A: subtipo mais comum. Neste caso o FvW tem dificuldade de unir-se às 
plaquetas e há diminuição da presença de grandes multímeros.
• 2B: o FvW tem grande afinidade de união às plaquetas, por isso diminui a 
circulação livre do FvW.
• 2M: não há ausência dos grandes multímeros porém eles não tem a mesma 
capacidade de ligação às plaquetas.
• 2N: o FvW perde a capacidade de ligação com o Fator VIII.
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Tipos de deficiência de von Willebrand
Tipo 3 
É o tipo mais grave caracterizado pela deficiência total do FvW. 
O paciente tem sangramentos profundos
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Doença de von Willebrand Adquirida
• Esta relacionada a outras patologias como doenças linfóides, mieloma
múltiplo, macroglobulinemia, doenças mieloproliferativas, alguns
tumores, algumas doenças autoimunes entre outras.
• De um modo geral ela pode ser ocasionada por anticorpos anti-FvW
ou não.
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Uso do crioprecipitado
• Devido às opções terapêuticas disponíveis como o fator VIII recombinante
e derivados de fator VIII pós inativação viral, o (CRIO) está contraindicado
para tratamento de pacientes com Hemofilia A e o mesmo se aplica a
pacientes portadores de Doença de von Willebrand.
• O uso tópico de fibrinogênio na composição de cola de fibrina, utilizando
cálcio e trombina bovina está gradativamente sendo substituído pelo
preparado comercial que utiliza método de inativação viral e incorpora a
trombina humana.
• Casos relatados de formação de anticorpos contra Fator V, sangramentos e
complicações no monitoramento de anticoagulantes foram descritos com
uso de trombina bovina e não com a humana.
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Indicação de uso de crioprecipitado:
• Repor fibrinogênio em pacientes com hemorragia e deficiência
isolada congênita ou adquirida de fibrinogênio, quando não se dispuser
do concentrado de fibrinogênio industrial purificado.
• Repor fibrinogênio em pacientes com coagulação intravascular
disseminada (CID) e graves hipofibrinogenemias.
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Indicação de uso de crioprecipitado:
• Repor Fator XIII em pacientes com hemorragias por deficiência deste fator,
quando não se dispuser do concentrado de Fator XIII industrial purificado.
• Repor Fator de von Willebrand em pacientes que não têm indicação de DDAVP ou
não respondem ao uso de DDAVP, quando não se dispuser de concentrados de
Fator de von Willebrand ou de concentrados de Fator VIII ricos em multímeros de
von Willebrand.
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Contraindicação
• O (CRIO) não deve ser usado no tratamento de pacientes com
deficiências de outros fatores que não sejam de fibrinogênio ou Fator
XIII.
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Crioprecipitado – Portaria 158/2016
Art. 102. O CRIO é a fração de plasma insolúvel em frio, obtida a partir do plasma fresco
congelado, contendo glicoproteínas de alto peso molecular, principalmente fator VIII,
fator de von Willebrand, fator XIII e fibrinogênio.
§ 1º Para a obtenção do CRIO, o PFC deve ser descongelado a 4 ± 2oC e imediatamente
centrifugado nessa mesma temperatura.
§ 2º O sobrenadante pobre em crioprecipitado (plasma isento de crioprecipitado) deve
ser extraído, em circuito fechado, permanecendo um volume de até 40 mL junto ao
material insolúvel em frio.
§ 3º O crioprecipitado resultante deve ser recongelado em até 1 hora após a sua
obtenção.
§ 4º O produto final deve conter, no mínimo, 150mg de fibrinogênio por unidade em,
pelo menos, 75% das unidades avaliadas.
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Crioprecipitado –Portaria 158/2016
§ 5º O CRIO tem, a partir da data da doação, a validade de:
I - 12 (doze) meses, se armazenado em temperatura entre -20oC e -
30oC e
II - 24 (vinte e quatro) meses, se armazenado à temperatura de -30oC.
§ 6º O CRIO pode ser indicado a portadores de deficiência de
fibrinogênio (quantitativa ou qualitativa) e na deficiência de fator XIII,
quando o fator purificado não estiver disponível.
§ 7º O crioprecipitado também pode ser utilizado na produção de cola
de fibrina.
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Compatibilidade ABO e RhD- crioprecipitado
• O CRIO possui anticorpos ABO, portanto sempre que possível utilizar componente
ABO compatível.
• Quando não houver disponibilidade de bolsa ABO compatível, todos os grupos
ABO serão aceitos para transfusão, exceto em crianças.
•
• Raramente, a infusão de grandes volumes de crioprecipitado ABO incompatível
pode causar hemólise.
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Crioprecipitado - Dose e modo de administração
• Antes da infusão, o crioprecipitado deve ser descongelado entre 30°C
e 37°C no prazo de até 15 minutos e transfundido imediatamente.
• O descongelamento em banho-maria deve ser realizado utilizando
bolsa plástica e protegendo contra contaminação bacteriana.
• Se o produto descongelado não for utilizado imediatamente, poderá
ser estocado por até 6 horas, em temperatura ambiente (20-24°C) ou
por até 4 horas quando o sistema for aberto ou realizado em pool
(obedecendo ao primeiro horário da primeira unidade).
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Crioprecipitado - Dose e modo de administração
• Cada unidade aumentará o fibrinogênio em 5-10mg/dL em um adulto
médio, na ausência de grandes sangramentos ou de consumo excessivo de
fibrinogênio. O nível hemostático é de 70-100 mg/dL.
• As unidades de CRIO são infundidas por meio de filtro padrão de
transfusão (170µ).
• O cálculo da quantidade de bolsas necessária para correção de
hipofibrinogenemia dependerá da natureza do episódio de sangramento e
da gravidade da deficiência inicial.
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O cálculo do número de unidades de CRIO necessário 
para correção da queda de fibrinogênio
• Peso (kg) x 70 mL/kg = volume sanguíneo (mL).
• Volume sanguíneo (mL) x (1,0 – hematócrito) = volume plasmático (mL).
• mg de fibrinogênio desejado = [nível de fibrinogênio desejado (mg/dL)] –
fibrinogênio inicial (mg/dL) x volume plasmático (mL) / 100 mL/dL.
• Número de bolsas necessárias = mg de fibrinogênio desejado dividido por 250 mg de
fibrinogênio/bolsa.
• Esse cálculo assumeque 100% do fibrinogênio administrado são recuperados no
espaço intravascular, porém convém lembrar que a quantidade em cada bolsa pode
ser variável.
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Outra forma mais prática:
• para tratar os pacientes com hipofibrinogenemia ou disfibrinogenemia e
deficiência de Fator XIII é o cálculo de 1.0-1.5 bolsas de crioprecipitado por
cada 10kg de peso do paciente com a intenção de atingir nível de fibrinogênio
hemostático de 100mg/ dL, reavaliando a cada 3-4 dias.
• A quantidade de crioprecipitado pode ser diminuída quando houver
administração concomitante de concentrado de hemácias e/ou de plaquetas
porque estes produtos contêm 2-4mg de fibrinogênio/mL, que corresponde a
2U de crioprecipitado.
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Doenças relacionadas com o fibrionogênio
• Hipofibrinogenemia  Diminuição da taxa de fibrinogênio no sangue.
Quando muito acentuada, provoca um retardo da coagulação e
hemorragias.
• Afibrinogenemia  ausência total de fibrinogênio
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Doenças relacionadas com o fibrionogênio
• Disfibrinogenemia é uma doença rara, caracterizada pela presença de
fibrinogênio funcionalmente alterado e em concentração normal ou
aumentada. Essa alteração é determinada por uma mutação em um dos genes
que codificam as cadeias do fibrinogênio (genes das cadeias alfa, beta ou gama),
a qual, portanto, ocasiona a produção de molécula de fibrinogênio mutante e
funcionalmente anormal.
• A maioria dos indivíduos com disfibrinogenemia não apresenta manifestações
clínicas.
• Parcela dessas pessoas pode ter manifestações hemorrágicas ou mesmo
trombóticas, causadas por mecanismos ainda pouco esclarecidos.
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Concentrado de 
Granulócitos
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Indicações e contraindicações
• Ainda hoje não está totalmente definido se, mesmo grandes doses de
granulócitos, são úteis em debelar infecções e aumentar a sobrevida
de pacientes neutropênicos imunossuprimidos para, com segurança,
se dizer que existem benefícios que superem os riscos desta
terapêutica cara.
• Antes da indicação de transfusão de concentrado de granulócitos
(CG), considerar o uso de alternativas farmacológicas como, por
exemplo, o G-CSF e GM-CSF.
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O fator estimulador de colônias granulocitárias
(G-CSF)
• É uma glicoproteína utilizada para tratamento de estados
neutropênicos e no transplante de medula óssea.
• O G-CSF estimula células-tronco hematopoéticas e regula a
sobrevivência de neutrófilos maduros, pós-mitóticos, através da
inibição da apoptose.
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Indicações: Pacientes neutropênicos
• As transfusões de CG são tipicamente utilizadas em pacientes
neutropênicos, geralmente com neutrófilos abaixo de 500/µL, com
hipoplasia mielóide de recuperação provável, porém não para os próximos
5-7 dias, que apresentem febre por 24 a 48 horas e estejam com infecção
bacteriana ou fúngica documentadas por culturas ou por infecção
parenquimatosa progressiva não-responsiva ao uso de antibioticoterapia
adequada.
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Indicações: Portadores de disfunção de neutrófilos
• Pacientes com graves defeitos hereditários da função neutrofílica,
como os portadores de doença granulomatosa crônica, durante
episódios infecciosos que coloquem em risco suas vidas.
• Como são poucos os casos, a eficácia destas transfusões parece ser
convincente no manuseio individual de pacientes com infecções
bacterianas ou fúngicas recorrentes não-responsivas à terapêutica,
lembrando-se, entretanto, que por serem indivíduos cujo sistema
imunológico é usualmente normal, a aloimunização pode se tornar
um problema significante.
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Uso profilático: contraindicado de forma rotineira
• Com base nas evidências disponíveis, não se pode recomendar a
transfusão profilática de granulócitos como prática rotineira, embora
seja aceitável como medida de suporte, sobretudo na fase neutropênica
do transplante de medula óssea alogênico e da indução do tratamento
da leucemia mielóide aguda (LMA), seja como profilaxia primária de
infecções ou como profilaxia secundária para prevenir reativação de
infecções graves (por exemplo, fúngicas) com alto risco de recorrência.
• Nestas situações, as transfusões profiláticas de CG podem limitar o
período de neutropenia reduzindo subsequentemente suas
complicações.
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Neonatos sépticos
• É importante assinalar o uso de transfusão de CG em neonatos
sépticos cuja mortalidade é sabidamente elevada.
• Nestes casos, os estudos são bastante heterogêneos e não permitem
uma conclusão definida sobre sua eficácia em reduzir mortalidade
sem aumentar a morbidade, sendo na prática raramente utilizados.
• Possíveis candidatos a estas transfusões são crianças com forte
evidência de sepse bacteriana ou fúngica, com contagem de
neutrófilos inferior a 3000/µL e estoque medular diminuído de
precursores neutrofílicos maduros.
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CG: contraindicações
• Inexistência de possibilidade terapêutica para a patologia de base
• Receptores dos quais não se espera recuperação da medula óssea
(MO) em um período razoável de tempo.
• Pacientes aloimunizados para os antígenos HLA e/ou de neutrófilos,
quando não for possível a obtenção de granulócitos compatíveis, em
razão do risco de graves efeitos adversos e de sua provável ineficácia
• Presença de graves anormalidades respiratórias.
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Compatibilidade ABO e RhD
• Em geral, os CG apresentam importante quantidade de hemácias que
devem ser ABO compatíveis com o plasma dos receptores, sendo
obrigatória a realização de teste de compatibilidade entre as
hemácias do doador e o soro/plasma do receptor da transfusão.
• Além disso, idealmente os receptores RhD negativos devem receber
granulócitos de doador RhD negativo.
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CG: Portaria 158/2016
Art. 113. Os Concentrados de Granulócitos (CG) são suspensões de granulócitos em
plasma, obtidas por aférese de doador único.
§ 1º O CG deve conter, no mínimo, 1,0 x 10e10 granulócitos em todas as unidades
coletadas, a menos que seja preparado para recém-nascidos.
§ 2º A validade do CG é de 24 horas, devendo ser administrado o mais rapidamente
possível depois que a sua coleta for concluída, obrigatoriamente em ambiente
hospitalar.
§ 3º A temperatura de conservação do CG é de 22 ± 2oC.
§ 4º A indicação terapêutica do CG restringe-se a pacientes gravemente neutropênicos
com infecção comprovada, refratários à terapêutica antimicrobiana adequada.
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Dose e modo de administração
• Eficácia das transfusões de concentrados de granulócitos está na
dependência direta da dose administrada.
• Adultos, a dose utilizada seja superior a 2,0 x 1010 granulócitos, iniciada
após breve observação clínica caso a caso e repetida diariamente até que a
infecção seja debelada, ou o número absoluto de neutrófilos retorne a pelo
menos 500/µL (recuperação medular) ou se observe toxicidade inaceitável
das transfusões de CG.
• Para uso profilático, são recomendadas transfusões de doses de CG em dias
alternados. Considerando que os CG contêm grande número de linfócitos,

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