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INTRODUÇÃO
 O planejamento possibilita ao grupo articular-se com os objetivos pedagógicos para que sejam alcançados; as decisões a serem tomadas; as atividades pedagógicas; controle e avaliação a serem desenvolvidas, com a finalidade de minimizar os problemas que ocorre na escola.
Através dos planos organizados o grupo de profissionais poderá desenvolver melhor suas competências e habilidades e mudar as estratégicas para contribuir para uma nova organização, além de melhorar o ensino aprendizado dos sujeitos envolvidos. 
É muito importante ressaltar que a organização escolar deve estar alicerçada em valores e responsabilidade social, ética e principalmente na cidadania.
A organização e o desenvolvimento das atividades didático-pedagógicas são muito importantes pelo que de fato de que criam-se as condições necessárias ao desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. Através do planejamento participativo é possível constituírem-se cenários sobre os quais vão ser delineadas as competências e as habilidades a serem asseguradas aos alunos nos diferentes componentes curriculares.
 a importancia de um progeto politico pedagogico: um olhar sobre a organização escolar
 Planejar uma escola é ter uma visão ampla, achar detalhes, encontrar soluções e entender o contexto onde se vive. Nesse sentido, o projeto político-pedagógico é um documento que orienta o trabalho realizado em uma instituição de ensino, um norte que aponta uma direção a ser seguida, isto é, um processo de mudança e de antecipação do futuro, que estabelece diretrizes e propostas de ação que visam melhorar a organização e atribuir significado as atividades desenvolvidas na escola.
 Nessa perspectiva, Veiga (1996, p.157) afirma que
... a primeira ação que me parece fundamental para nortear a organização do trabalho da escola é a construção do projeto pedagógico assentado na concepção de sociedade, educação e escola que vise à emancipação humana. Ao ser claramente delineado, discutido e assumido coletivamente ele se constitui como processo. E, ao se constituir como processo, o projeto político-pedagógico reforça o trabalho integrado e organizado da equipe escolar, enaltecendo a sua função primordial de coordenar a ação educativa da escola para que ela atinja o seu objetivo político-pedagógico.
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB em seu artigo 12 estabelece que as instituições escolares devem elaborar e executar sua proposta pedagógica. O primeiro desafio na sua elaboração é a identificação da realidade local. Conhecer a história da comunidade e suas características financeiras, físicas, materiais e administrativas. Identificar a população-alvo da escola e suas características sócio-econômicas, culturais e educacionais.
 A partir da realidade constatada será possível a identificação das finalidades que se quer alcançar e detectar ações que precisam ser reforçadas e priorizadas, tendo em vista, as concepções que se fazem necessárias para a transformação da realidade, quais habilidades e competências que os alunos precisam desenvolver e qual a sociedade que se deseja construir.
 É nesse sentido, que a escola tem que pensar o que pretende do ponto de vista político e pedagógico. Somente dessa forma o aluno poderá compreender a realidade sócio-econômica, política e cultural, sendo capaz de participar do processo de construção da sociedade.
 Na construção do projeto político-pedagógico é fundamental o trabalho coletivo. Nesse processo os profissionais da educação descobrem a valorização de seu trabalho, compreendendo-se como sujeitos do processo educativo, além de refletir sobre suas práticas, resgatar valores, demonstrar seus saberes e colocar sentido nos seus projetos individuais e coletivos.
 Na medida em que a construção deste projeto se torna uma reflexão e construção conjunta, ele se tornará um documento que será seguido por todos os integrantes da comunidade escolar, exigindo assim que todos os envolvidos tenham compromisso sobre o quê e como melhor executar a educação na escola. Além disso, ele estabelece prioridades, define caminhos e conduz o trabalho da escola contribuindo para a construção de sua própria identidade.
 Partindo do pressuposto da construção ser coletiva se faz necessário uma intencionalidade também coletiva, pois o que norteia um projeto político-pedagógico é sua intencionalidade. Todo o projeto surge de uma determinada intenção, de uma definição do que se quer alcançar, definidas pelos participantes sujeitos das ações. E é isso que o torna político, pois está articulado ao compromisso sócio-político e aos interesses da coletividade. E se conceitua pedagógico, no momento em que se define as ações educativas necessárias para que a escola garanta a efetivação de intencionalidade discutida coletivamente.
 O sucesso de um projeto depende de uma construção que se realiza através da participação de toda equipe escolar e da atuação eficiente dos gestores escolares, que são os que lideram esse processo de construção.
 Através das reflexões desenvolvidas coletivamente, o projeto político-pedagógico de qualquer instituição de ensino deve ser projetado visando orientar a comunidade educativa na resolução de seus problemas e na possibilidade de intervir em suas práticas pedagógicas. Sendo assim, todo projeto implica em rupturas do que já existe com vistas no que se almeja para o futuro, e este talvez seja o desafio maior. O de romper com práticas vivenciadas durante muitos anos para readequá-las ao contexto sócio-cultural que se vivencia.
 A construção deste projeto, sem dúvida, é uma atitude desafiadora e coerente com as diretrizes educacionais, visto que o mesmo é um instrumento que potencializa a Gestão Democrática. Uma gestão que se evidencia como facilitadora na construção de uma escola democrática e cidadã.
CONCLUSÃO
 A análise da pesquisa realizada na escola permitiu confirmar algumas proposições sobre o gestor no projeto político-pedagógico que podem resultar em melhoria das escolas e na real aprendizagem dos alunos. Para tanto, concebe-se o projeto político-pedagógico com um processo em que não se desvincula as ações de elaboração, acompanhamento e a avaliação. Ao iniciar um processo de reflexão sobre a escola e a necessidade de seu redimensionamento, os professores precisam estar motivados e preparados para construir a nova proposta. A participação dos professores, dos alunos e principalmente da comunidade em amplo debate sobre a escola, certamente garantira o compromisso em execuções, das ações planejadas. Mais infelizmente, a comunidade em sim, não participam do projeto político-pedagógico, isto que dizer que o gestor tem que tomar alguma providência, pois é do direito dos pais também saber da identidade da escola onde os seus filhos estão estudando. O gestor da escola precisa ter um perfil democrático, buscando a envolver as pessoas com os conflitos e com as soluções dos mesmos. Observa-se que a escola precisa caminhar com o auxilio de uma gestão compartilhada, promovendo a interação entre as pessoas e a criação de um vínculo entre escola e comunidade. Com uma liderança segurar, competente e criativo incentiva a participação e unifica as ações dos professores, favorecendo o crescimento do grupo e da escola com um todo.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 9394 de 20/12/1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. In: Diário Oficial da União, v.4, nº 248, de 23/12/1996, p. 27, 833-27.
VEIGA, I. P. A. Ensino e Avaliação: uma relação intrínseca à organização do trabalho pedagógico. In: VEIGA, I. P. A. (Org) Didática: o ensino e suas relações. 2. Ed. Campinas: Papirus, 1996.Sistema de Ensino Presencial Conectado
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