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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro UFF /UAB/CEDERJ Aluna: Matrícula: Curso: Administração Pública Polo: Volta Redonda Disciplina: FILOSOFIA E ÉTICA ATIVIDADE - Aula 9 Leia os capítulos 11 da Unidade 8 de Chauí, Convite à Filosofia, e o capítulo de Antônio Rezende, Visões da Modernidade, e faça um quadro comparativo entre as ideias de Foucault, Habermas e Arendt em suas análises da política contemporânea. Resposta na próxima página Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro UFF /UAB/CEDERJ Jürgen HARBEMAS Trabalho/interação Hannah ARENDT Totalitarismo Michel FOUCAULT Poder Se preocupava com a natureza do Estado tecnocrático e o surgimento de uma forma de ideologia que tira da consciência humana a distinção entre as esferas do trabalho e da interação. Harbemas foi representante da segunda geração da Escola de Frankfurt, onde a preocupação era a elaboração de uma teoria crítica da sociedade. Pretendia atualizar os estudos marxistas para que pudessem dar conta dos desdobramentos da história do capitalismo do nosso século. Sua obra consistia na caracterização das sociedades contemporâneas como sociedades racionalizadas, de uma forma Sua caracterização do mundo contemporâneo é marcada pela presença de experiências políticas não conhecidas anteriormente, como o totalitarismo. Arendt buscou descobrir de vários modos qual a novidade do século XX que o distingue dos tempos anteriores, a principal tarefa de sua filosofia. A maior parte de sua obra dedicada à elaboração de uma teoria política, deteve- se também sobre as questões clássicas da filosofia que ela procurou situar no contexto contemporâneo. Os problemas que preocupavam Arendt, eram o diagnóstico da Sua análise busca caracterizar uma nova organização de poder nas sociedades modernas, poder esse não compreendido como uma instância repressiva, centralizado no Estado e seus aparelhos, nas como uma rede dispersa no social e caracterizado pelo aspecto produtivo. Ele revolucionou o pensamento filosófico contemporâneo ao questionar seus temas mais tradicionais como por exemplo a noção de sujeito. Para Foucault, as sociedades modernas apresentam uma nova organização de poder. Se caracteriza por radicais transformações, de difícil entendimento pela tradicional ótica da reflexão política, específica de racionalidade, de tipo instrumental, pautada pela organização dos meios para o atingimento de um fim determinado. Não era satisfeito com a descrição do nosso mundo submetido às regras da racionalidade instrumental. Sua intenção era a denúncia de que nesse mundo tecnicizado, orientado pelas preocupações relativas ao desenvolvimento acelerado da economia, termina por se submeter às regras de natureza técnica e por perder assim sua autonomia. Habermas parte de uma teoria da ação que reconhece duas esferas diferentes da atividade humana: o trabalho, ou esfera do agir racional com respeito a fins, e a interação ou da comunicação. Cada uma regida por seus próprios critérios. Na contemporaneidade, os critérios que regem a esfera da interação tendem a ser absorvidos pelos critérios que regem a esfera do trabalho e é essa absorção o grande sonho da tecnocracia. Para Habermas, a submissão da esfera contemporaneidade que aponta para sua situação de ruptura na história do Ocidente; sua maior contribuição à teoria política que consistia em analisar o totalitarismo e a tentativa de indicar saídas para os impasses políticos. Podemos perceber aí sua adesão às formas políticas da democracia direta. Para Arendt, o nosso tempo é marcado pela crise dos três sustentáculos da civilização ocidental: da religião, da tradição filosófica e da autoridade política. A crise da tradição do pensamento filosófico tem duas faces. Ela nos deixa desorientados na atividade de pensar por um lado e por outro, à medida que não estamos mais acorrentados às tradições hoje podemos arriscar a pensar mais livremente. A soma da crise da religião à da tradição, apresenta uma dimensão política, a crise da autoridade. Na abertura vazia da crise da autoridade se instala os regimes totalitários. Ele nos ameaça na vida prática e constitui um desafio para compreendê-lo. O terror é a essência desse regime, legitimado pela final do século XVIII. Tradicionalmente, o poder é concebido como uma forma repressiva, negativa, que emana do Estado. Segundo Foucault, se o poder dos Estados modernos fosse somente repressivo, o capitalismo não seria tão eficaz. Só obteria êxito se os mecanismos de dominação fossem de forma violenta e opressora. O poder é produtor do conhecimento. Saber e poder surgem vinculados na modernidade. Nesse sentido, Foucault analisa o poder como positivo e produtivo. A verdade, o conhecimento e a ciência nunca estão acima ou separados do poder. Foucault acredita que em um discurso de verdade não se obtém como fruto de uma pesquisa livre e desinteressada, seguindo uma tematização parecida com a de Nietzsche. A genealogia de Foucault não pretende ser uma teoria de multiplicidade de formas de poder e que se constitui pela negação de qualquer unificação teórica. Para o genealogista, o poder interessa na da interação à esfera do trabalho destaca as consequências políticas desse processo. A política deixa de ser entendida, no mundo contemporâneo, como o conjunto das atividades relacionadas á vida prática para constituir como o campo da administração de questões de natureza técnica. Consequentemente, o mundo contemporâneo se caracteriza por um processo de despolitização. Conforme a atividade do Estado é orientada para a estabilidade e o crescimento do sistema econômico, a política assume um caráter negativo, que visa eliminar as disfunções e evitar os riscos que ameaçam o sistema, para a solução de questões técnicas. A questão preocupante para Habermas, no contexto contemporâneo, é o fato da submissão da esfera da comunicação pela esfera do trabalho passar a não ser percebida pela população, devido os efeitos do surgimento de uma ideologia tecnocrata. A intenção dessa ideologia é subtrair a autocompreensão da sociedade, tanto no sistema de referência afirmação da existência de leis da natureza ou da história, que orientam o curso dos acontecimentos. A liberdade apresenta como algo temido no totalitarismo, pois ela desafia as leis e por isso, deverá sempre ser eliminada. O totalitarismo afirma-se contra a vida e a favor da morte. Um dos caminhos pelo qual o totalitarismo se instaura, consiste em isolar os homens entre si e abolir tudo que é público. Ele vai além das tiranias e ditaduras. Ele se funda na experiência da solidão fazendo gerar desconfianças consigo mesmo. Com tudo isso, a reflexão de Arendt sobre o totalitarismo não a levou a uma visão pessimista da política. O sistema de conselhos, onde a democracia surge de forma direta e participativa, é para ela o principal aspecto positivo nesses períodos revolucionários. sua fragmentação, como exerce em cada setor da sociedade, na multiplicidade de seus mecanismos, complexidadee efeitos. A analítica do poder procura designar uma análise desse nível micro do poder, de como a rede de minúsculos poderes se estendem sobre o social, sem partir de nenhum centro. Para Foucault, a questão do Estado não é importante como sempre foi para tradição da filosofia política. A analítica do poder não se localiza em algum ponto da estrutura social, mas se o poder não se centraliza no Estado, não se encontra em outro lugar. De acordo com a analítica do poder, há existência de classe dominante entre as classes sociais. E essa análise não se restringe somente à compreensão da exploração econômica. Foucault distingue nas sociedades modernas a existência de micropoderes de aspecto normativo, em oposição ao modelo legislativo característico do Estado medieval e clássico. O modelo legislatico é repressivo, é o poder punitivo e coercitivo. Os Estados modernos do agir comunicativo, como dos conceitos de interação. Nesse contexto, entra no lugar de uma autocompreensão cultural a autocoisificação do homem sob as categorias do agir racional com respeito a fins e do comportamento adaptativo. Habermas não propõe a crítica da racionalidade instrumental. Para ele é preciso ampliar o sentido do conceito de racionalização de modo a abranger, as duas esferas do agir humano: o trabalho e a interação. caracterizam-se pela ordem da norma, produção de práticas disciplinares de vigilância e de controles constantes. Ordem essa mais eficaz em seus objetivos do que a ordem legislativa dos Estados antigos e menos dispendiosa economicamente. A ordem normativa não pretende apenas reprimir, ela quer suas normas aceitas pela sociedade, o que garantirá o seu sucesso
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