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CCT DOS CONTABILISTAS E A REFORMA TRABALHISTA

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Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM 
Pós-graduação – Direito do Trabalho e Previdenciário 
Direito Coletivo do Trabalho 
Prof. Dr. Humberto Lucena 
Discente: André Luiz Leite de Oliveira 
 
 
Diante das mudanças políticas, bem como das relações de 
trabalho, o governo atual, mediante aprovação do Congresso Nacional, efetuou 
alterações legislativas no texto da Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-
Lei nº 5.452, de 01 de maio de 1943. 
Entre as mudanças, destacam-se as dos artigos 611-A, mediante 
Medida Provisória nº 808/2017, 611-B e 578, CLT, incluídos pela Lei nº 
13.467/2017. 
Válida a subsunção do texto da Convenção Coletiva do Trabalho 
2017/2018, - pactuada entre o SINDICATO DOS CONTABILISTAS NO ESTADO 
DO RIO GRANDE DO NORTE e o SINDICATO DAS EMPRESAS DE SERV. 
CONTAB. ASSESSOR. PERÍCIA, INFORM. E PESQUISA DO ESTADO DO RIO 
GRANDE DO NORTE – SESCONT/RN, apta a estipular as condições de 
trabalho da categoria, - face aos artigos da Legislação trabalhista, ora reformada, 
a fim de compatibilizá-las. 
As CLÁUSULAS 36ª e 38ª da CCT estabelecem que os 
empregadores deverão descontar valor a título de “taxa assistencial”, da folha 
salarial dos empregados em favor do Sindicato dos trabalhadores, in verbis: 
“Os empregadores obrigam-se a descontar no mês de 
outubro de 2017, na folha de pagamento de todos os 
empregados e colaboradores, o valor correspondente a 1% 
(um por cento) do salário reajustado, a título de taxa 
assistencial (...)” 
Tal disposição é ilícita, pois conforme regra o art. 611-B, XXVI, da 
CLT, o trabalhador possui liberdade de associação profissional ou sindical, 
sendo indevido o desconto salarial previsto na ditosa CCT. 
Quanto a Contribuição Confederativa, ou Contribuição Sindical, ou 
ainda Imposto Sindical, tratada na CLÁUSULA 37ª da CCT, supostamente 
embasada no art. 8º, IV, da CRFB, tem-se por ilícita, pois, os arts. 578 e 579 da 
CLT, com redação dada pela Lei nº 13.467/2017, tornou facultativo o seu 
desconto, condicionando-o a autorização prévia do trabalhador, senão vejamos: 
Art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos pelos 
participantes das categorias econômicas ou profissionais ou das 
profissões liberais representadas pelas referidas entidades 
serão, sob a denominação de contribuição sindical, pagas, 
recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo, 
desde que prévia e expressamente autorizadas. 
Art. 579. O desconto da contribuição sindical está 
condicionado à autorização prévia e expressa dos que 
participarem de uma determinada categoria econômica 
ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do 
sindicato representativo da mesma categoria ou profissão 
ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 
591 desta Consolidação. (Grifos acrescidos) 
 
Prejudicada, assim, a CLÁUSULA 42ª e seus parágrafos. 
A CLÁUSULA 40ª é ilidida pelo disposto nos arts. 578 e 579 da 
CLT, já colacionados anteriormente, pois os descontos devidos pelas empresas 
participantes aos sindicatos patronais, devem ser expressa e previamente 
autorizados por aquelas. Assim, a “Taxa Assistencial Patronal” prevista na citada 
Cláusula padece de legalidade. 
O disposto também se aplica ao convencionado quanto ao repasse 
da empresa ao sindicato patronal, prevista na CLÁUSULA 41ª. 
Por fim, importante citar uma alteração salutar possibilitada pela Lei 
nº 13.467/2017, quanto ao Processo de Jurisdição Voluntária, nos termos dos 
arts. 855-B ao 855-E, especialmente na esfera individual. 
Trata-se da homologação de acordo extrajudicial entre empregado-
empregador, mediante petição conjunta, restando prejudicada a CLÁUSULA 20ª 
da CCT, que previa uma série de documentos a serem juntados pelo empregador 
no ato da homologação pelo Sindicato da categoria. 
Possível a aplicação analógica do art. 394-A, §2º e 3º, cujo texto 
dá respaldo ao atestado médico emitido por médico da confiança do empregado, 
na rejeição da CLÁUSULA 34ª, que trata dos exames e atestados médico-
odontológicos, convencionando de forma a garantir validade aos exames e 
atestados médicos emitidos apenas por profissionais “credenciados pela 
empresa, sindicato ou previdência social”. 
Em suma, são essas as ilicitudes encontradas no texto da 
negociação coletiva, comparada as novas abordagens da legislação vigente, em 
especial no que diz respeito ao Direito Coletivo trabalhista.

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