Apostila Teoria Geral da Pena DIREITO PENAL II

Prévia do material em texto

CONCEITO DE PENA
A pena é a consequência natural imposta pelo Estado, quando alguém pratica uma infração penal. Quando o agente comete um fato típico, ilícito e culpável, abre-se a possibilidade para o estado de fazer valer o seu “iusPuniende” ( Rogério Grecco).
2.0) CARACTERÍSTICA DAS PENAS
- LEGALIDADE;
- PERSONALIDADE;
- PROPORCIONALIDADE;
- INDERRROGABILIDADE
PRINCÍPIOS
	Aplicam – se as penas os seguintes princípios: 
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL OU DA ESTRITA LEGALIDADE
	Somente a LEI pode cominar a pena. Previsto como clausula Pétrea no art. 5 XXXIX CF/88 e art. 1º CP 
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
A lei que comina a pena deve anterior ao fato que se pretende punir. A lei deve ser prévia ao fato praticado (art.5º XXXIX CF/88 e art.1º CP).
PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE, DA INTRANSMISSIBILIDADE, INTRANSCENDÊNCIA, OU RESPONSABILIDADE PESSOAL.
A pena não pode, em nenhuma hipótese, ultrapassar a pessoa do condenado (art5ºXLV CF/88).
É vedado portanto, alcançar, familiares do acusado, ou pessoas alheias a infração penal. Em síntese, esse postulado impede que as sanções e restrições de ordem Jurídica superem a dimensão pessoal do infrator.
EXCEÇÃO
É possível porém que a obrigação de reparar o dano, e a decretação do perdimento dos bens, compreendidos como efeito da condenação, sejam nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas até o limite do valor do patrimônio transferido(art. 5º XLV CF/88).
OBS: A PENA de multa não poderá ser cobrada dos sucessores dos condenados.
PRINCÍPIO DA INDERROGABILIDADE OU INEVITABILIDADE
A pena não pode deixar de ser aplicada, desde que estejam presentes os requisitos necessários para a condenação. Contudo é mitigado por alguns institutos penais, dos quais são exemplo:
A prescrição, o Perdão Judicial, o SURSIS, O LIVRAMENTO CONDICIONAL ETC...
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA (Ultima Ratio)
A pena é legitima unicamente nos casos estritamente necessário para a tutela de um bem jurídico penalmente reconhecido.
PRINCÍPIO DA HUMANIDADE OU DA HUMANIZAÇÃO DAS PENAS
A pena deve respeitar os direitos fundamentais do condenado. Não pode violar sua integridade física ou moral. (art.5ºXLIX CF/88)
 O estado não pode usar nenhum tipo de tratamento cruel, desumano ou degradante ao preso.
 OBSERVAÇÃO: O art. 5º XLVII CF/88, PROÍBE AS PENAS DE MORTE (EXCETO, O ART.84 XIX CF/88, REZA QUE EM CASO DE GUERRA DECLARADA É PERMITIDO A PENA DE MORTE/ TAMBÉM NO ART.55 A 57 DO CÓDIGO PENAL MILITAR TRAZ ESSA EXCEÇÃO), TRABALHOS FORÇADOS E PRISÃO PERPÉTUA.
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
A resposta penal deve ser justa e suficiente para cumprir o papel de reprovação do ilícito, bem como para prevenir novas infrações penais.
Deve haver correspondência entre o Ilícito cometido e o grau de sanção penal imposta.
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
Foi inicialmente previsto pelo código criminal do império de 1830.
 A individualização da pena tem o significado de eleger a justa e adequada sanção penal, quanto ao montante, ao perfil e aos efeitos pendentes sobre o sentenciado, tornando-o único e distinto dos demais infratores, ainda que coautores ou mesmo corréus.
 Este princípio está fundamento no art.5º XLVI /88, repousa no ideal de justiça segundo o qual se deve distribuir a cada indivíduo, o que lhe cabe de acordo com as circunstancias específicas do seu comportamento.
 Significa a aplicação da pena levando em conta não a norma penal em abstrato, mas especialmente, os aspectos subjetivos e objetivos do crime.
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
STF Súmula nº 715
A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução.
RECLUSÃO
A pena de Reclusão deve ser cumprida em regime FECHADO, SEMI ABERTO OU ABERTO.
DETENÇÃO
A pena de detenção deve ser cumprida em regime SEMI ABERTO OU ABERTO.
PRISÃO SIMPLES
É aplicada as CONTRAVENÇÕES PENAIS, prevista no art. 6º da lei de contravenções penais LCP.
“ A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum em regime semi aberto ou aberto.
&1º O condenado a pena de prisão simples fica sempre separado dos condenados a pena de reclusão ou de detenção.
&2º O trabalho é facultativo, se a pena aplicada não Excede a 15 dias.
REGIMES PENITENCIÁRIO
REGIME FECHADO
A pena privativa de liberdade é executada em ESTABELECIMENTO DE SEGURANÇA MÉDIA OU MÁXIMA (ART.33&1ª “A” CP).
O condenado a pena SUPERIOR a 8 ANOS DEVERÁ começar a cumpri-la em regime FECHADO(art.33&2 “a” CP).
REGIME SEMI ABERTO
É executada em colônia Agrícola, industrial ou estabelecimento Similar(art.33&1º”b” CP).
O condenado NÃO REINCIDENTE, cuja pena seja superior a 4 anos e não exceda a 8 anos, PODERÁ, desde o pricípio cumpri-la em regime Semi Aberto (art.33&2”b” CP).
REGRA 
O Reincidente inicia o cumprimento da pena Privativa de Liberdade no Regime Fechado, independentemente da quantidade de pena aplicada.
EXCEÇÃO
O STJ editou a SUMULA 269 STJ.
“ É admissível a adoção do regime prisional SEMI ABERTO AOS REINCIDENTES condenados a pena IGUAL OU INFERIOR A 4 ANOS, SE FAVORÁVEIS AS CONDIÇÕES JUDICIAIS.
02) Nada impede a fixação do regime Fechado à condenado PRIMÁRIO, CONDENADO A 5 ANOS DE RECLUSÃO, SE AS CIRCUSNTANCIAS DO ART.59 CP LHE FOREM DESFAVORÁVEIS.
REGIME ABERTO
A pena privativa de liberdade é executada em CASA DE ALBERGADO ou estabelecimento Adequado (art.33&1 “c” CP).
O condenado NÃO REINCIDENTE CUJA PENA SEJA IGUAL OU INFERIOR A 4 ANOS PODERÁ, desde o inicio, cumpri-la em regime aberto.
REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA PENA (art.33&3 CP)
Três fatores são decisivos na escolha do regime inicial de cumprimento de pena Privativa de Liberdade:
- REINCIDENCIA;
- QUANTIDADE DE PENA;
- CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAIS; (Culpabilidade, Antecedentes, Conduta Social, a Personalidade do Agente, motivos do crime, Circunstância, e Comportamento da Vítima).
REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO 
Criado pela lei 10.792/03, que alterou a lei de ExecuçãoPenal, NÃO É UM NOVO REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA. Constitui em um Regime de disciplina carcerária Especial, caracterizado por maior grau de isolamento do preso e de restrições ao contato com o mundo exterior, ao qual poderão ser submetidos os CONDENADOS OU PRESOS PROVISÓRIOS por deliberação Judicial, como sanção disciplinar, pelo PRAZO MÁXIMO DE 360 DIAS, ou como medida preventiva e acautelatória nas hipóteses de presos sobre os quais recaiam findadas suspeitas de envolvimento ou participação em organizações criminosas, ou que representem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal, ou para a sociedade (art. 52 &1º e 2º da LEP).
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o PRESO PROVISÓRIO, OU CONDENADO, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: 
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada;
II - recolhimento em cela individual; 
III - visitas semanais de duas pessoas, SEM CONTAR AS CRIANÇAS, com duração de duas horas;
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol. 
§ 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade.
§ 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando.
CARACTERISTICAS DO RDD
- RECOLHIMENTO EM CELA INDIVIDUAL;- VISITAS SEMANAIS DE 02 PESSOAS, SEM CONTAR COM AS CRIANÇAS, COM DURAÇÃO DE 02 HORAS;
- DIREITO DE SAÍDA DA CELA PARA BANHO DE SOL, POR DUAS HORAS DIÁRIAS.
HIPÓTESES PARA A INCLUSÃO NO RDD
- QUANDO O PRESO PROVISÓRIO OU CONDENADO PRATICAR CRIME DOLOSO, CONTURBANDO A ORDEME DISCIPLINA INTERNA DO PRESÍDIO;
- QUANDO O PRESO PROVISÓRIO OU CONDENADO REPRESENTA ALTO RISCO PARA A ORDEM E A SEGURANÇA DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL;
- QUANDO O PRESO PROVISÓRIO OU CONDENADO ESTIVER ENVOLVIDO COM ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA.
OBS: O RDD somente pode ser decretado pelo juiz da Execução Penal.
PROGRESSÃO DE REGIMES DE PENAS (ART.33&2º CP)
 As penas privativas de liberdade deverão ser executada em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os critérios, e ressalvadas as hipóteses de transferência a regimes mais rigorosos:
 FECHADO SEMI ABERTO ABERTO
SÚMULA 491 STJ: É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional. 
8.1) FORMA PROGRESSIVA DE CUMPRIMENTO DA PENA EM CRIMES NÃO HEDIONDOS
 Iniciado o cumprimento da pena no regime estabelecido na sentença, possibilita-se ao sentenciado, de acordo com o sistema progressivo, a transferência para o regime menos rigoroso, desde que tenha cumprido ao menos 1/6 da pena no regime anterior e o MÉRITO (Exame de corpo delito, merecimento, aptdão e capacidade do condenado, BOM COMPORTAMENTO) do condenado recomendar a progressão.
OBS: O STF JÁ SE POSICIONOU NO SENTIDO DE QUE CABE, IMPUGNAÇÃO AO REGIME INICIAL FECHADO, FIXADO EXCLUSIVAMENTE COM BASE NO ARTIGO 2º, § 1º, DA LEI Nº 8.072/90. ISSO PORQUE O STF, NO HC 111.840/ES, DECLAROU INCONSTITUCIONAL A PREVISÃO, NA LEI DOS CRIMES HEDIONDOS, DA EXIGÊNCIA DA FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL FECHADO. NA OPORTUNIDADE A CORTE SE MANIFESTOU NO SENTIDO DE QUE A DEFINIÇÃO DO REGIME DEVERIA SEMPRE SER ANALISADA INDEPENDENTEMENTE DA NATUREZA DA INFRAÇÃO. A CRFB/88 CONTEMPLARIA AS RESTRIÇÕES APLICADAS À LEI Nº 8.072/90, DENTRE AS QUAIS NÃO ESTARIA A OBRIGATORIEDADE DE IMPOSIÇÃO DE REGIME EXTREMO PARA INÍCIO DE CUMPRIMENTO DE PENA. TAL POSICIONAMENTO VEM SENDO REITERADO PELA SUPREMA CORTE, SENDO CERTO QUE A FIXAÇÃO DO REGIME INICIALMENTE FECHADO DEVE CONTER UMA FUNDAMENTAÇÃO EM CONCRETO, SOB PENA DE OFENSA À INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA.
8.1) FORMA PROGRESSIVA DE CUMPRIMENTO DA PENA EM CRIMES HEDIONDOS
 Diante das alteração introduzidas pela lei 11.464\07 no art.2º da lei 8.072\90, não mais subsiste a proibição de progressão de regime para os condenados por crimes hediondos ou a este equiparados. Segundo a lei vigente, nesses crimes, é obrigatória a fixação do regime inicial fechado (art.2&1º da lei 8.072\90), e a progressão de regime depende do cumprimento de 2\5 DA PENA SE PRIMÁRIO ou 3\5 SE REINCIDENTES(ART.2º&2 LEI 8.072\90).
CRIMES NÃO HEDIONDOS 1\6 + MÉRITO
CRIMES HEDIONDOS REINCIDENTES 3\5 DE CUMPRIMENTO DA PENA + MÉRITO
CRIMES HEDIONDOS NÃO REINCIDENTES 2\5 DE CUMPRIMENTO DA PENA + MÉRITO
9) FORMA PROGRESSIVA DE CUMPRIMENTO DE PENA PORCONDENADO POR CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ART.33&4º CP) 
 Para o condenado por crime contra a Administração Pública é também condição para a progressão de regime, a reparação do dano causado ou a restituição do produto ilícito, com os acréscimos legais.
OBS: Contestado como inconstitucional pela doutrina, pois muitas vezes o condenado não possui recurso para tanto.
QUANTIDADE DE PENA + MÉRITO + REPARAÇÃO DO DANO CAUSADO OU RESTITUIÇÃO DO PRODUTO ILÍCITO
10) REGRESSÃO DE REGIMES
É a transferência de um regime para outro mais rigoroso. O condenado que cumpre pena em regime aberto pode ser transferido para o regime semi aberto ou fechado, e o que cumpre a sanção no regime semi aberto será recolhido para o regime fechado.
OBS: A PROGRESSÃO POR SALTOS NÃO É POSSIVEL EM NOSSO ORDENAMENTO BRASILEIRO, JÁ A REGRESSÃO É POSSÍVEL.
 ABERTO SEMI ABERTO FECHADO
10.1) MOTIVOS PARA A REGRESSÃO (ART.118 LEP)
OS MOTIVOS PARA A REGRESSSÃO INTERROMPEM (ZERA) O CÔMPUTO DE PENA PARA EFEITO DE PROGRESSÃO.
- PRÁTICA DE CRIME DOLOSO;
- CONDENAÇÃO POR CRIME ANTERIOR CUJA PENA SOMADA AO RESTANTE DA PENA EM EXECUÇÃO TORNA INCABÍVEL O REGIME;
- FALTA GRAVE (INCITAR OU PARTICIPAR DE REBELIÃO; FUGIR; POSSUIR ARMA, MESMO QUE ARTESANAL; PROVOCAR ACIDENTE DE TRABALHO; RECUSAR-SE AO TRABALHO OBRIGATÓRIO QUANDO POSSUIR APTIDÃO FÍSICA PARA TANTO.
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (artigo 111).
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta.
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado.
11) ART.34 CP
 O CONDENADO SERÁ SUBMETIDO, NO INICIO DO CUMPRIMENTO DA PENA, A EXAME CRIMINOLÓGICO DE CLASSIFICAÇÃO PARA INDIVIDUALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO.
 EXAME CRIMINOLÓGICO
 É O EXAME REALIZADO PELA COMISSÃO TÉCNICA DE CLASSIFICAÇÃO (PSICÓLOGOS, PSIQUIATRICOS, DIRETOR DO PRESÍDIO E AGENTES PENITENCIÁRIOS). NO INICIO DO CUMPRIMENTO DA PENA, NOS REGIMES FECHADO E SEMI ABERTO, PARA ELABORAR UM PERFIL DO SENTENCIADO, ASSEGURANDO UM PROGRAMA INDIVIDUALIZADOR PARA A EXECUÇÃO PENAL (ART.6º E 7º DA LEP).
12) TRABALHO DURANTE A EXECUÇÃO PENAL(ART.34 &1º, 2º E 3º CP)
 O CONDENADO A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE É OBRIGADO A TRABALHAR, CONFORME SUAS APTIDÕES E CAPACIDADE. SE NÃO TRABALHAR, TENDO CONDIÇÕES PESSOAIS PARA TANTO CONSTITUI FALTA GRAVE (ART.50 VI LEP), O QUE IMPEDIRÁ DE CONSEGUIR BENEFÍCIOS, COMO A PROGRESSÃO DE REGIMES E O LIVRAMENTO CONDICIONAL.
EXCEÇÃO
 NÃO É OBRIGATÓRIO PARA O PRESO POLÍTICO (ART.200 LEP), NEM PARA O PRESO PROVISÓRIO (ART.31&ÚNICO DA LEP).
 É FACULTADO PARA OS CONDENADOS POR CONTRAVENÇÕES PENAIS, SUJEITO A PRISÃO SIMPLES, NÃO EXCEDENTE A 15 DIAS.
IMPÕE-SE AO PRESO O TRABALHO OBRIGATÓRIO, REMUNERADO E COM GARANTIAS DOS BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (ART.39 CP).
TRATA-SE DE UM DEVER SOCIAL E CONDIÇÃO DE DIGNIDADE HUMANA, QUE TEM FINALIDADE EDUCATIVA E PRODUTIVA (ART.28 LEP).
A JORNADA NORMAL DE TRABALHO NÃO DEVE SER INFERIOR A 6 HORAS, NEM SUPERIOR A 8 HORAS, COM DESCANSO NOS DOMINGOS E FERIADOS.
TRATANDO-SE DE TRABALHO NO REGIME FECHADO O TRABALHO SERÁ EM COMUM, DENTRO DO ESTABELECIMENTO NA CONFORMIDADE DAS APTIDÕES OU OCUPAÇÕES ANTERIORES DO CONDENADO, DESDE QUE COMPATÍVEIS COM A EXECUÇÃO DA PENA, SENDO ADMISSÍVEIS O TRABALHO EXTERNO EM SERVIÇOS E OBRAS PÚBLICAS (ART.34&3 CP). PARA O TRABALHO EXTERNO EXIGE-SE APTIDÃO, DICIPLINA E RESPONSALIDADE (AUTORIZAÇÃO DO DIRETOR DO PRESÍDIO), ALÉM DO CUMPRIMENTO MÍNIMO DE 1\6 DA PENA (ART.37 CP).
12.1) DIFERENÇA ENTRE TRABALHO FORÇADO E TRABALHO OBRIGATÓRIO
 O TRABALHO OBRIGATÓRIO FAZ PARTE DA LABORTERAPIA INERENTE A EXECUÇÃO DA PENA DO CONDENADO QUE NECESSITA DE REEDUCAÇÃO.
 O TRABALHO FORÇÃDO É VEDADO PELA CF88 EM SEU ART.5º XLVII, SIGNIFICA QUE NÃO PODE EXIGIR DO PRESO O TRABALHO SOB PENA DE CASTIGOS CORPORAIS.
12.2) REMUNERAÇÃO DO PRESO
O TRABALHO DO PRESO SERÁ REMUNERADO, NÃCAUSADOSOPODENDO SER INFERIOR A 3\4 DO SALÁRIO MÍNIMO (ART.29 LEP)
&1º O PRODUTO DA REMUNERAÇÃO PELO TRABALHO PELO TRABALHO DEVERÁ ATENDER:
A)A INDENIZAÇÃO DOS DANOS CAUSADOS PELO CRIME;
B) ASSISTÊNCIA A FAMÍLIA;
C) DESPESAS PESSOAIS;
D) RESSARCIMENTO AO ESTADO, COM A MANUTENÇÃO DO CONDENADO;
& 2º RESSALVADOS OUTRAS APLICAÇÕES LEGAIS SERÁ DEPOSITADO A PARTE RESTANTE, EM CADERNETAS DE POUPANÇA, QUE SERÁ ENTREGUE AO CONDENADO 
 QUANDO POSTO EM LIBERDADE.
OBS: O PRESO NÃO RECEBE NENHUMA VERBA TRABALHISTA COMO 13º, FÉRIAS, HORAS EXTRAS, E TAMBÉM NÃO RECOLHE O FGTS.
12.3) TRABALHO NO REGIME SEMI ABERTO
O TRABALHO É REALIZADO EM COLÔNIA AGRÍCOLA, INDUSTRIAL OU ESTABELECIMENTO SIMILAR, SENDO ADMISSÍVEL O TRABALHO EXTERNO BEM COMO A FREQUÊNCIA A CURSO SUPLETIVO, PROFISSIONALIZANTE, DE INSTRUÇÃO DE 2º GRAU OU SUPERIOR (ART.35 CP). OBS: DESDE QUE NÃO TENHA DENTRO DO ESTABELECIMENTO).
13) AUTORIZAÇÃO DE SAÍDA (ART.120 LEP)
A LEP AO DISCIPLINAR A EXECUÇÃO DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE, PREVÊ AS AUTORIZAÇÕES DE SAÍDA DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL. CONSISTE EM BENEFÍCIOS APLICÁVEIS AOS CONDENADOS INSERIDOS NOS REGIMES FECHADO OU SEMI ABERTO.
13) AUTORIZAÇÃO DE SAÍDA = 13.1) PERMISSÃO DE SAÍDA + 13.2) SAÍDA TEMPORÁRIA
13.1) PERMISSÃO DE SAÍDA
PODEM OS CONDENADOS EM REGIMES FECHADO OU SEMI ABERTO OU OS PRESOS PROVISÓRIOS, RECEBER PEMISSÃO PARA SAIR DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL, DEVIDAMENTE ESCOLTADO, QUANDO HOUVER:
- FALECIMENTO OU DOENÇA GRAVE DE CÔNJUGUE, ASCENDENTE, DESCENDENTE OU IRMÃO
- NECESSIDADE DE TRATAMENTO MÉDICO (DESDE QUE NÃO HAJA DENTRO DA PENITENCIÁRIA) (ART.120 LEP).
 OBS: É POSSÍVEL A CONCESSÃO PELO JUÍZ DE EXECUÇÃO, SE O DIRETOR DO PRESÍDIO NEGAR INJUSTIFICADAMENTE.
13.2) SAÍDA TEMPORÁRIA
 É CABÍVEL AOS CONDENADOS QUE CUMPREM PENA EM REGIME SEMI ABERTO PARA SAIDA DO ESTABELECIMENTO PENAL SEM VIGILÂNCIA DIRETA (SEM ESCOLTA), NOS SEGUINTES CASOS:
- VISITA A FAMÍLIA:
- FREQUÊNCIA A CURSO SUPLETIVO PROFISSIONALIZANTE, BEM COMO DE 2º GRAU OU SUPLETIVO, NA COMARCA DO JUÍZO DA EXECUÇÃO.
- PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADE QUE CONCORRA PARA O RETORNO AO CONVÍVIO SOCIAL (ART.122 LEP)
OBS: A AUSÊNCIA DE VIGILÂNCIA DIRETA NÃO IMPEDE A UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE MONITORAÇÃO ELETRÔNICA PELO CONDENADO, QUANDO ASSIM DETERMINAR O JUIZ DA EXECUÇÃO. (ART.122&ÚNICO DA LEP).
13.3) REQUISITOS PARA A AUTORIZAÇÃO DE SAÍDA
A AUTORIZAÇÃO SERÁ CONCEDIDA POR ATO MOTIVADO PELO JUI Z DA EXECUÇÃO PENAL, OUVIDOS O MP E A ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA, E A SATISFAÇÃO DOS SEGUINTES REQUISITOS:
I)BOM COMPORTAMENTO;
II) CUMPRIMENTO MÍNIMO DE 1\6 DA PENA SE PRIMÁRIO, E CUMPRIMENTO DE 1\4 SE REINCIDENTE. (NO REGIME FECHADO), POIS NO REGIME SEMI ABERTO, O PRESO PODERÁ TRABALHAR EM AMBIENTE EXTERNO MESMO SEM CUMPRIR O REFERIDO PERÍODO, DESDE QUE TENHA MÉRITO PARA TANTO.
OBS: O BENEFÍCIO SERÁ AUTOMATICAMENTE REVOGADO QUANDO O CONDENADO PRATICAR FATO DEFINIDO COMO:
- CRIME DOLOSO;
- PUNIÇÃO POR FALTA GRAVE;
- DESATENDER AS CONDIÇÕES IMPOSTA NA AUTORIZAÇÃO DE SAÍDA, OU REVELAR BAIXO GRAU DE APROVEITAMENTO DO CURSO.
OBS: SUBENTENDE-SE QUE O PRESO NO REGIME ABERTO, TRABALHE DURANTE O DIA E RECOLHA-SE DURANTE A NOITE EM CASA DE ALBERGUE. POR ISSO NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL DE AUTORIZAÇÃO DE SAÍDA OU TRABALHO EXTERNO NO REGIME ABERTO. 
14) REMIÇÃO # REMISSÃO
A REMIÇÃO É O BENEFÍCIO DE COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA EXECUÇÃO, CONFERIDO AO CONDENADO QUE CUMPRE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM REGIME FECHADO OU SEMI ABERTO, CONSISTENTE NO ABATIMENTO DE PARTE DA PENA NA SEGUINTE PROPORÇÃO (ART.126 LEP).
03 DIAS DE TRABALHO 01 DIA DE PENA (ART.126 II LEP)
12 HORAS DE ESTUDO (FREQUENCIA ESCOLAR) 01 DIA DE PENA (ACRESCENTADO PELA LEI 12.433\11)
OBS: AS 12 HORAS DE ESTUDO DEVEM SER DIVIDAS EM NO MÍNIMO 03 DIAS, OU SEJA, 4 HORAS DIÁRIAS DE ESTUDO. PODERÁ SER PRESENCIAL OU A DISTÂNCIA, DESDE QUE CERTIFICADOS PELA AUTORIDADE EDUCACIONAL.
FREQUENCIA ESCOLAR (ART.126 LEP)
- ENSINO FUNDAMENTAL;
- ENSINO MÉDIO;
- ENSINO SUPERIOR;
- ENSINO PROFISSIONALIZANTE, OU DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL;
15) ART.126 & 5 LEP
O TEMPO DE REMIÇÃO DE PENA EM FUNÇÃO DE ESTUDO SERÁ ACRESCIDO DE 1\3, NO CASO DE CONCLUSÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO OU SUPERIOR, DESDE QUE CERTIFICADO PELA AUTORIDADE COMPETENTE EDUCACIONAL.
 ATUALMENTE, DE ACORDO COM A LEI 12.433\11, É POSSÍVEL CUMULAR A REMIÇÃO DE HORAS TRABALHADAS COM HORAS DE ESTUDO, DESDE QUE SEJAM DEFINIDOS DE FORMA A SE COMPATIBILIZAREM (ART.126 &3º LEP).
 O PRESO IMPOSSIBILITADO, POR ACIDENTE, DE PROSSEGUIR NO TRABALHO OU NOS ESTUDOS CONTINUARÁ A BENEFICIAR-SE COM A REMIÇÃO (ART.126 & 4º LEP), A REMIÇÃO PODE SER APLICADA A TODAS AS MODALIDADES DE CRIMES, INCLUSIVE OS HEDIONDOS E EQUIPARADOS.
COM A LEI 12.433\11 É POSSÍVEL A REMIÇÃO AO CONDENADO QUE CUMPRE PENA EM REGIME ABERTO, SEMI ABERTO E O QUE USUFRUI DE LIBERDADE CONDICIONAL, PELA FREQUÊNCIA A CURSO DE ENSINO REGULAR OU DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, A PARTE DO TEMPO DE EXECUÇÃO DA PENA OU DO PERÍODO DE PROVA (ART.126 &6º LEP).
15.1) REVOGAÇÃO DO TEMPO REMIDOS (FALTA GRAVE, ART.127 LEP).
EM CASO DE FALTA GRAVE O JUIZ PODERÁ REVOGAR EM ATÉ 1\3 DO TEMPO REMIDO, RECOMEÇANDO A CONTAGEM A PARTIR DA DATA DA INFRAÇÃO DISCIPLINAR.
15.2) FALTA GRAVE EM PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
CRIME DOLOSO; FUGA; REBELIÃO; PORTAR ARMAS;PROVOCAR ACIDENTES DE TRABALHO; PORTAR CELULARES, RÁDIO OU OUTROS COMNICADORES.
15.3) FALTA GRAVE EM PENA EM PENA RESTRITIVA DE DIREITO
- DESCUMPRIR INJUSTIFICADAMENTE A RESTRIÇÃO IMPOSTA;
- RETARDAR INJUSTIFICADAMENTE O CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO IMPOSTA.
16) DETRAÇÃO PENAL
É O DESCONTO NA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE OU NA MEDIDA DE SEGURANÇA, DO TEMPO DE PRISÃO PROVISÓRIA OU DE INTERNAÇÃO JÁ CUMPRIDO PELO CONDENADO. EVITA-SE O BIS IN IDEM, NA EXECUÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE.
ART.42 CP
COMPUTAM-SE, NA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE E NA MEDIDA DE SEGURANÇA, O TEMPO DE PRISÃO PROVISÓRIA, NO BRASIL OU NO ESTRANGEIRO, O DE PRISÃO ADMINISTRATIVA E O DE INTERNAÇÃO EM QUALQUER DOS SEGUINTES ESTABELECIMENTOS: 
- HOSPITAL DE CUSTÓDIA; TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO, OU A FALTA DESTES, EM OUTRO ESTABELECIMENTO ADEQUADO.
EX: CONDENADO A 8 ANOS COM SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO POR HOMICÍDIO, E QUE O CONDENADO JÁ TINHA CUMPRIDO PROVISÓRIAMENTE DOIS ANOS ATÉ O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA. PORTANTO, DEVERÁ O CONDENADO CUMPRIR MAIS 6 ANOS DE EXECUÇÃO PENAL, POIS SE CUMPRISSE OS DOIS ANOS A MAIS, GERARIA O BIS IN IDEM. 
16.1) COMPETÊNCIA 
JUIZ DA EXECUÇÃO PENAL (ART 66 III “c” LEP).
16.2) DETRAÇÃO EM PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
É POSSÍVEL A INCIDÊNCIA DA DETRAÇÃO NAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO DE:
- PRESTAÇÃO DE SERVIÇO A COMUNIDADE OU ENTIDADES PÚBLICAS;
- INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITO;
- LIMITAÇÃO DE FIM SEMANA.
 OBS: SOMENTE É POSSÍVEL A DETRAÇÃO PENAL NESTAS TRÊS MODALIDADES DE PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO, POIS SÃO APLICÁVEIS EM SUBSTITUIÇÃO AS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE PELO MESMO TEMPO DE SUA DURAÇÃO. (ART.55 CP).
16.3) DETRAÇÃO PENAL EM PENA DE MULTA
 NÃO SE ADMITE A DETRAÇÃO PENAL NA PENA DE MULTA, DIANTE DA VEDAÇÃO LEGAL DA CONVERSÃO DE MULTA EM PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE.
A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE E A PENA DE MULTA TEM FINALIDADES DIFERENTES, E NÃO HÁ UM CRITÉRIO LEGAL CAPAZ DE EXPRESSAR EM DIAS MULTA O TEMPO DE PRISÃO PROVISÓRIA. 
17) PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
AS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO SÃO TAMBÉM CHAMADAS DE PENAS ALTERNATIVAS, BUSCA-SE A FUGA DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE, RESERVADA EXCLUSIVAMENTE PARA SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS, APLICANDO-SE EM SEU LUGAR A RESTRIÇÃO DE UM OU MAIS DIREITOS DO CONDENADO.
17.1)DURAÇÃO DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
CONFORME O ART.55 CP, AS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO DE:
- PRESTAÇÃO DE SERVIÇO A COMUNIDADE OU ENTIDADES PÚBLICAS;
- INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITO;
- LIMITAÇÃO DE FIM SEMANA.
ESTAS PENAS DE ACORDO COM O ART.55 CP, TEM A MESMA DURAÇÃO DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE SUBSTITUÍDA.
17.2) REQUISITOSPARA SUBSTITUIÇÃO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM RESTRITIVAS DE DIREITO 
A SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE ESTÁ CONDICIONADA AO ATENDIMENTO DE DIVERSOS REQUISITOS CONTIDOS NO ART.44 CP.
17.2.1) REQUISITOS OBJETIVOS
1º REQUISITO
- EM SE TRATANDO DE CRIME DOLOSO, DEVE TER SIDO COMETIDO SEM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA A PESSOA.
OBS: EM CASO DE CRIME CULPOSO, É POSSÍVEL A SUBSTITUIÇÃO EM TODOS ELES, MESMO QUE RESULTE NA PRODUÇÃO DE VIOLÊNCIA CONTRA PESSOA.
EX: HOMICÍDIO CULPOSO EM ACIDENTE DE TRÂNSITO (ART.121&3 CP) (ART.302 CTB).
2º REQUISITO
- LIMITE MÁXIMO DE PENA NÃO SUPERIOR A 4 ANOS
OBS: SE FOR CRIME CULPOSO, É POSSÍVEL A SUBSTITUIÇÃO POR PENA RESTRITIVA DE DIREITOS QUALQUER QUE SEJA A QUANTIDADE DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE IMPOSTA.
17.2.2) REQUISITOS SUBJETIVOS
1º REQUISITO
NÃO SER REINCIDENTE EM CRIME DOLOSO;
OBS: A REINCIDÊNCIA EM CRIME CULPOSO NÃO IMPEDE A SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITO.
EXCEÇÃO: POLÊMICO PELA DOUTRINA MAJORITÁRIA
SE O CONDENADO FOR REINCIDENTE EM CRIME DOLOSO, O JUIZ PODERÁ APLICAR A SUBSTITUIÇÃO, DESDE QUE:
- 1) A MEDIDA SEJA SOCIALMENTE RECOMENDÁVEL, E A REINCIDÊNCIA NÃO SEJA NO MESMO CRIME DOLOSO;
 CONSIDENRANDO AS CONDIÇÕES, CIRCUNSTÂNCIA E PRINCIPALMENTE OS DADOS PESSOAIS DO CONDENADO.
- 2) NÃO SEJA REINCIDENTE NO MESMO TIPO PENAL.
2º REQUISITO
A CULPABILIDADE, OS ANTECEDENTES, A CONDUTA SOCIAL E A PERSONALIDADE DO CONDENADO, BEM COMO OS MOTIVOS E AS CIRCUNSTÂNCIA INDICAREM ESSA SUBSTITUIÇÃO SEJA SUFICIENTE. 
ESTE INCISO ESTÁ REGIDO PELO PRINCÍPIO DA SUFICIÊNCIA E DETERMINA QUE A PENA RESTRITIVA DE DIREITO PRECISA SER ADEQUADA E SUFICIENTE PARA ATINGIR AS FINALIDADES DA PENA (RETRIBUIÇÃO\ PREVENÇÃO).
OBS: DE ACORDO COM O ART.44 &2º CP NA CONDENAÇÃO IGUAL OU INFERIOR A 1 ANO, A SUBSTITUIÇÃO PODE SER FEITA POR UMA MULTA OU POR UMA PENA RESTRITIVA DE DIREITO. SE A CONDENAÇÃO FOR SUPERIOR A 1 ANO E INFERIOR A 4 ANOS DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE PODE SER SUBSTITUÍDA POR UMA PENA RESTRTITIVA DE DIREITO + MULTA, OU POR DUAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO. NÃO É POSSÍVEL A SUBSTITUIÇÃO POR DUAS PENAS DE MULTA.
17.3) CLASSIFICAÇÃO DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
17.3.1) PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA (ART.45&1º CP) # PENA DE MULTA
CONSISTE NO PAGAMENTO EM DINHEIRO FEITO A (DESTINAÇÃO):
- VÍTMIA;
- E SEUS DEPENDENTES;
- OU A ENTIDADES PÚBLICAS OU PRIVADA, COM DESTINÇÃO SOCIAL, DE UMA IMPORTÂNCIA FIXADA PELO JUIZ QUE 
NÃO PODE SER INFERIORA 1 SALÁRIOS MÍNIMO, NEM SUPERIOR A 360 SALÁRIOS MÍNIMOS.
- PENA DE MULTA]
DESTINAÇÃO: 
FUNDO PENITENCIÁRIO NACIONAL
	PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA
	MULTA
	NATUREZA JURÍDICA: Espécie de pena alternativa.
	NATUREZA JURÍDICA: Espécie de pena alternativa.
	Beneficiários:
Vítima, seus dependentes ou entidade pública ou privada com destinação social.
	Beneficiários:
Estado – Fundo Penitenciário Nacional.
	Consiste no pagamento de 1 a 360 salários-mínimos.
	Consiste no pagamento de 10 a 360 dias-multa, variando o dia-multa de 1/30 a 5 salários-mínimos.
	O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários.
	O valor pago não será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil.
	Descumprimento injustificado:
A lei não proíbe sua conversão em privativa de liberdade. Há, contudo, corrente no sentido de que as restritivas de natureza real não podem ser convertidas, mas, sim, executadas como obrigação de fazer.
	Descumprimento injustificado:
Não pode ser convertida em privativa de liberdade (deve ser executada como dívida ativa).
17.3.2) PERDA DE BENS E VALORES (ART.45&3 CP)
TRATA-SE DA PENA EM FAVOR DO FUNDO PENITENCIÁRIO NACIONAL DE BENS E VALORES ADQUIRIDOS ILICITAMENTE PELO CONDENADO, QUE INTEGRAM O SEU PATRIMÔNIO, TENDO COMO TETO :
- O MONTANTE DO PREJUÍZO CAUSADO;
- PROVEITO OBTIDO PELO AGENTE OU A 3º COM A PRÁTICA DO CRIME 
OBS: O QUE FOR MAIOR.
17.3.3) PRESTAÇÃO DE SERVIÇO A COMUNIDADE (ART.46 CP)
É A ATRIBUIÇÃO DE TAREFAS GRATUITAS AO CONDENADO, JUNTO A ENTIDADES ASSISTENCIAIS, HOSPITAIS, ORFANATOS E OUTROS ESTABEBLECIMENTOS SIMILARES, EM PROGRAMAS COMUNITÁRIOS OU ESTATAIS. DE UMA FORMA A REEDUCAR O AUTOR DO CRIME, OBRIGA-O A REPARAR O DANO ATRAVÉS DO SEU TRABALHO.
É APLICÁVEL ÀS CONDENAÇÕES SUPERIORES A 6 MESES DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE.
SERÃO ATRIBUIDAS CONFORME SUAS APTIDÕES, DEVENDO SER CUMPRIDA À RAZÃO DE 1 HORA DE TAREFA POR DIA DE CONDENAÇÃO, FIXADAS A NÃO PREJUDICAR A JORNADA NORMAL DE TRABALHO. 
QUESTÃO
Considerando que A.N. foi condenado a 3 anos e que a redação do § 4º do art. 46 do CP faculta ao condenado cumprir a pena de prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas nunca inferior a metade (leia-se, ao menos metade da pena), o cálculo que deve ser feito é o seguinte: 3 anos converte em meses que dá 36 meses, sendo que metade de 36 é 18, que equivale a 1 ano e 6 meses. Ou, simplesmente fazer assim: 3 anos dividido por 1/2 (metade) = 1 ano e 6 meses. 
Art. 46, CP - A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade.
§ 4º Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada.
17.3.3) INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITO (ART.47 CP)
É A AUTENTICA PENA RESTRITIVA DE DRIEITOS, POIS TEM POR FINALIDADE IMPEDIR O EXERCÍCIO DE DETERMINADA FUNÇÃO, CARGO OU ATIVIDADE POR UM PERÍODO DETERMINADO
. 
CLASSIFICAÇÃO
I)PROIBIÇÃO DE EXERCÍCIO DE CARGO, FUNÇÃO OU ATIVIDADE PÚBLICA, BEM COMO DE MANDATO ELETIVO.
OBS 01): CUMPRIDA A PENA, ENCERRA-SE A PROIBIÇÃO DO EXERCÍCIO DO DIREITO.
OBS 02) NÃO CONFUNDIR COM O EFEITO DA CONDENAÇÃO (ART.92, I CP\ PERDA) RELATIVO A CARGO, FUNÇÃO PUBLICA OU MANDATO ELETIVO.
II) PROIBIÇÃO DO EXERCÍCIO DE PROFISSÃO, ATIVIDADE OU OFÍCIO QUE DEPENDAM DE HABILIDADE ESPECIAL, DE LICENÇA OU AUTORIZAÇÃO DO PODER PÚBLICO.
APLICÁVEL EXCLUSIVAMENTE AO CRIME COMETIDO NOI EXERCÍCIO DE PROFISSÃO, ATIVIDADE, OFICIO, CARGO OU FUNÇÃO, SEMPRE HOUVER VIOLAÇÃO DOS DEVERES QUE LHE SÃO INERENTE.
PROFISSÃO
É O TRABALHO REMUNERADO E COM ÍNDOLE INTELECTUAL DOMINANTE, TAIS COMO A DO MÉDICO, DENTISTA, ADVOGADO, ENGENHEIRO....
EX: ADVOGADO QUE COMETE O CRIME ESTELIONATO NO EXERCÍCIO DA SUA PROFISSÃO, VIOLANDO O DEVER DE HONESTIDADE.
OFICIO
É O TRABALHO REMUNERADO, PREDOMINATEMENTE MECÂNICO.
EX. CARTORÁRIO
ATIVIDADE
QUALQUER OUTRA FORMA DE LABOR, REMUNERADO OU NÃO.
OBS: O CONDENADO É IMPEDIDO DURANTE O TEMPO DA PENA, DE DESEMPENHAR A PROFISSÃO, OFÍCIO OU ATIVIDADE.
III) SUSPENSÃO DE AUTORIZAÇÃO OU HABILITAÇÃO PARA DIRIGIR VEÍCULOS
APLICA-SE SOMENTE AOS CRIMES CULPOSOS DE TRÂNSITO.
A)AUTORIZAÇÃO (ART.141 CTB)
É EXIGIDA PARA OS CICLOMOTORES DE ATÉ 50 CILINDRADAS, E VELOCIDADE MÁXIMA DE 50 KM\H.
B) PERMISSÃO 
DESTINADOS A CANDIDATOS APROVADOS NOS EXAMES DE HABILITAÇÃO, COM VALIDADE DE 1 ANO.
C) HABILITAÇÃO
SÃO OS CONDUTORES DEFINITIVAMENTE APROVADOS NOS EXAMES DE HABILITAÇÃO (CNH) E COM LICENÇA PARA DIRIGIR VEÍCULOS AUTOMOTORES. (ART.148 &3º CTB).
IV) PROIBIÇÃO DE FREQÜENTAR DETERMINDOS LUGARES (ART.47 IV CP).
É UMA PENA RESTRITIVA DA LIBERDADE, POIS O CONDENADO É ATINGIDO DIRETAMENTE EM SUA LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO.
OBS: PENA PRATICAMENTE INÓCUA, PELA DIFÍCIL FISCALIZAÇÃO.
V) LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA (ART.48 CP).
CONSISTE NA OBRIGAÇÃO DE PERMANECER, AOS SÁBADOS E DOMINGOS, POR 5 HORAS DIÁRIAS, EM CASA DE ALBERGADO OU OUTRO ESTABELECIMENTO ADEQUADO.
ART.48 & ÚNICO CP
 DURANTE A PERMANÊNCIA PODERÃO SER MIISTRADOS AO CONDENADO CURSO E PALESTRAS OU ATRIBUIDAS ATIVIDADES EDUCATIVAS.
 
PENA DE MULTA
CONCEITO
É A ESPÉCIE DE SANÇÃO PENAL, DE CUNHO PATRIMONIAL, CONSISTENTE NO PAGAMENTO DE DETERMINADO VALOR EM DINHEIRO EM FAVOR DO FUNDO PENITENCIÁRIO NACIONAL.
CRITÉRIO PARA A FIXAÇÃO DA PENA DE MULTA 
A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE OBEDECE O CRITÉRIO TRIFÁSICO.A PENA DE MULTA OBEDECE O CRITÉRIO BIFÁSICO.
1ª FASE
QUANTIDADE DE DIAS
MÍNIMO = 10 DIAS\MULTA 
MÁXIMO = 360 DIAS\MULTA (ART.49 CP)
OBS: PARA CHEGAR AO NÚMERO DE DIAS\MULTA, LEVA-SE EM CONSIDERAÇÃO AS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DO ART.59 CP + AGRAVANTE\ATENUANTE + CAUSAS DE AUMENTO\DIMINUIÇÃO DE PENA. OU SEJA, TODAS AS ETAPAS UTILIZADAS NA DOSIMETRIA DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE SÃO UTILIZADAS PARA O CÁLCULO DE DIAS\MULTA.
2ª FASE
 APÓS SER DEFINIDO O NÚMERO DE DIAS MULTA, CABE AO MAGISTRADO A FIXAÇÃO DO VALOR DE CADA DIA\MULTA. QUE NÃO PODE SER INFERIOR A 1\30
E NEM SUPERIOR A 5 VEZES O MAOIR SALÁRIO (ART.49&1º CP).
OBS: LEVA-SE EM CONTA A SITUAÇÃO ECONÔMICA DO RÉU NOS TERMOS DO ART.60 CP.
MÍNIMO = 1\30 DO SALÁRIO
MÁXINO = 5 VEZES O SALÁRIO MÍNIMO
ATENÇÃO
VALOR TOTAL DA PENA DE MULTA
O JUIZ DE ACORDO COM A CAPACIDADE DO AGENTE, PODE AUMENTAR ATÉ O TRIPLO, SE ENTENDER INSUFUCIENTE E INEFICAZ EM FACE DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO ACUSADO (ART.60&1º CP).
PRAZO
O PAGAMENTO VOLUNTÁRIO E ESPONTÂNEO DA PENA DE MULTA DEVE SER EFETUADA NO PRAZO MÁXIMO DE 10 DIAS, DEPOIS DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA (ART.50 CP).
PODE O JUIZ, A REQUERIMENTO DO CONDENADO, PERMITIR O PARCELAMENTO DO PAGAMENTO DA PENA DE MULTA. O ART.169 LEP DETERMINA QUE SEJA EM PRESTAÇÕES IGUAIS E SUCESSIVAS ( NÚMEROS DE PARCELAS FICA A CRITÉRIO DO JUIZ , POIS A LEI NÃO DETERMINA)
DE ACORDO COM O &1º DO ART.50 CP:
“ A COBRANÇA DA MULTA PODE SER EFETUADA MEDIANTE DESCONTO NO VENCIMENTO (REMUNERAÇÃO) OU SALÁRIO DO CONDENADO, QUANDO:
- TIVER SIDO APLICADO ISOLADAMENTE UMA MULTA;
- TIVER SIDO APLICADA CUMULATIVAMENTE COM UMA PENA RESTRITIVA DE DIREITO;
- TIVER SIDO CONCEDIDO A SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. 
OBS: NÃO É PERMITIDO A CONVERSÃO DA PENA DE MULTA EM PRIVATIVA DE LIBERDADE PELO NÃO PAGAMENTO (LEI 9268\96).
SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DA PENA DE MULTA
ART.52 CP
“É SUSPENSA A EXECUÇÃO DA PENA DE MULTA, SE SOBREVEM AO CONDENADO DOENÇA MENTAL”.
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA
TRATA-SE DE UM INSTITUTO DE POLÍTICA CRIMINAL. TENDO POR FIM A SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE, EVITANDO O RECOLHIMENTO AO CÁRCERE DO CONDENADO NÃO REINCIDENTE, CUJA PENA NÃO SEJA SUPERIOR A 2 ANOS.(OU 4 ANOS NO CASO DE SURSIS ETÁRIO E HUMANITÁRIO), SOB DETERMINADAS CONDIÇÕES, FIXADAS PELO JUIZ DENTRO DO PERÍODO DE PROVA
É SUBSIDIÁRIA EM RELAÇÃO À SUBSTITUIÇÃO POR PENA RESTRITIVA DE DIREITOS. 
O ART. 77, III REZA QUE SE NÃO FOR APLICADA A SUBSTITUIÇÃO DO ART. 44 (PRIV. DE LIBERDADE POR REST. DE DIREITOS), APLICA-SE A SUSP. COND. DA PENA. 
DIREITO SUBJETIVO DO CONDENADO OU FACULDADE DO JUIZ¿
1º PELA REDAÇÃO DO ART.77 CP, SOMOS INDUZIDOS, EQUIVOCADAMENTE A ACREDITAR SER UMA FACULDADE DO JUIZ, POIS O MENCIONADO ARTIGO DIZ QUE “ A EXECUÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE, NÃO SUPERIOR A 2 ANOS PODERÁ (“FACULDADE DO JUIZ¿)SER SUSPENSA...”
 2º O ART.157 DA LEP DETERMINA QUE O JUIZ OU TRIBUNAL, NA SENTENÇA QUE APLICAR PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE, NA SITUAÇÃO DETERMINADA PELO ART.156 LEP DEVERÁ ( “AO DETERMINAR O PRONUNCIAMENTO DO JUIZ A LEP EXIGIU QUE FOSSEM ANALISADOS TODOS OS REQUISITOS QUE POSSIBILITAM A SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA , OS QUAIS SE PREENCHIDOS, CONDUZIRÃO A SUA CONCESSÃO PELO JUIZ. PORTANTO, TRATA-SE DE DIREITO SUBJETIVO DO CONDENADO, E NÃO UMA SIMPLES FACULDADE DO JULGADOR) PRONUCIAR-SE MOTIVADAMENTE SOBRE A SUSPENSÃO CONDICIONAL QUER CONCEDIDA QUER DENEGADA.
 DA MESMA FORMA SE POSICIONA O STF:
“ O RÉU TEM DIREITO A SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA, SE PREECHIDO OS REQUISITOS LEGAIS” (HC 63.038-3 SP\ 2ª TURMA RELATOR FRANCISCO REZEK).
REQUISITOS
O ART.77 CP ELENCA OS REQUISITOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS NECESSÁRIOS A SUA CONCESSÃO DO SURSIS.
REQUISITOS OBJETIVOS 
NO SURSIS SIMPLES
CONDENAÇÃO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE NÃO SUPERIOR A 2 ANOS.
NO SURSIS ETÁRIO E HUMANITÁRIO
CONDENAÇÃO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE NÃO SUPERIOR A 4 ANOS.
REQUISITOS SUBJETIVOS
1º O CONDENADO NÃO SEJA REINCIDENTE EM CRIME(SE O AGENTE TIVER COMETIDO ANTERIORMENTE UMA CONTRAVENÇÃO PENAL, TAL FATO NÃO IMPEDIRÁ A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO) DOLOSO(CONDENAÇÃO ANTERIOR POR CRIME CULPOSO NÃO IMPEDE A APLICAÇÃO DO SURSIS);
OBS: ART.77&1º CP
DE ACORDO COM O ART.77&1º CP, MESMO QUE O AGENTE TENHA SIDO CONDENADO ANTERIORMENTE PELA PRÁTICA DE CRIME DOLOSO, SE A ELE TIVER SIDO APLICADA PENA DE MULTA ( art.44&2º CP\ PENA DE ATÉ 1 ANO = UMA PENA DE MULTA OU UMA PENA RESTRITIVA DE DIREITO), ISOLADA OU MESMO EM SUBSTITUÍÇÃO A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE, TAL CONDENAÇÃO NÃO IMPEDIRÁ A CONCESSÃO DO SURSIS.
2º A CULPABILIDADE, OS ANTECEDENTES, A CONDUTA SOCIAL, A PERSONALIDADE DO AGENTE, BEM COMO OS MOTIVOS E AS CIRCUNSTÂNCIA AUTORIZEM A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.
SE ESTES REQUISITOS FOREM FAVORÁVEIS, TRAZEM A PRESUNÇÃO DE QUE O CONDENADO ESTÁ APTO A MERECER P SURSIS.
COMO RESULTADO DA INTERPRETAÇÃO LITERAL DO CÓDIGO PENAL, A CONCESSÃO DO SURSIS SÓ SERÁ TECNICAMENTE POSSÍVEL QUANDO A RECLUSÃO OU DETENÇÃO NÃO UTRAPASSAR A 2 ANOS, E NA SENTENÇA O JUIZ DECLARAR NÃO CABÍVEL A SUBSTITUIÇÃO POR RESTRITIVA DE DIREITO.
EX: CRIME COMETIDO COM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA CUJA PENA NÃO POSSA SER SUBSTITUÍDA, MAS SUA EXECUÇÃO PODE SER SUBSTITUÍDA, MAS SUA EXECUÇÃO PODE SER SUSPENSA MEDIANTE CONDIÇÕES.
ESPÉCIES DE SURSIS
DE ACORDO COM ROGÉRIO GRECO, SÃO 4 (QUATRO) OS TIPOS DE SURSIS:
SURSIS SIMPLES 
 É o previsto no §1 do art. 78 CP. Uma vez determinado o período de prova, no qual deverá cumprir todas as condições que lhe foram determinadas na sentença penal condenatória, o condenado, no primeiro ano do prazo, deverá prestar serviços à comunidade ou submeter-se à limitação de fim de semana.
SURSIS ESPECIAL
 É o previsto no §2 do art. 78 CP. Se o condenado tiver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art 59 lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz PODERÁ substituir a exigência do §1º, ou seja, a prestação de serviços à comunidade ou a limitação de fim de semana, pelas seguintes condições aplicadas CUMULATIVAMENTE: 
1- Proibição de frequentar determinados lugares. 
2- Proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz.
3- Comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.
OBS: Nos termos do art 79 CP, além dessas condições, poderá o juiz impor outras, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do condenado.
SURSIS ETÁRIO 
 Está previsto no §2 do art. 77 do CP. É aquele concedido ao maior de 70 anos de idade que tenha sido condenado a uma pena privativa de liberdade não superior a quatro anos. Nesta hipótese, a pena poderá ser suspensa por quatro a seis anos.
SURSIS HUMANITÁRIO
 Permite ao condenado a uma pena não superior a 4 anos, ver concedida a suspensão condicional pelo período de quatro a seis anos, desde que razões de saúde a JUSTIFIQUEM. Assim, condenados portadores do vírus HIV, tuberculosos, paraplégicos ou aqueles que tenham sua saúde seriamente abalada poderão ser beneficiados com o sursis, evitando, dessa forma, o agravamento da sua situação que certamente aconteceria se fosse jogado ao cárcere.
Bibliografia: Curso de Direito Penal - Parte Geral - 15ª Edição - Rogério Greco - Página 632.
SURSIS SIMPLES
CONDENAÇÃO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE NÃO SUPERIOR A 2 ANOS(PERÍODO DE PROVA DE 2 A 4 ANOS).
PREVISTO NO ART.78&1º, O CONDENADO DEVERÁ CUMPRIR TODAS AS CONDIÇÕES DETERMINADAS NA SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA.
NO 1º ANO DO SURSIS, O CONDENADO DEVERÁ PRESTAR SERVIÇOS À COMUNIDADE (ART.46 CP) OU SUBMETER-SE A LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA (ART.48 CP).
SURSIS ESPECIAL
PREVISTO NO ART.78& 2º CP, NESTA 2ª MODALIDADE, SE O CONDENADO TIVER REPARADO O DANO, SALVO IMPOSSIBILIDADE DE FAZÊ-LO, E SE AS CIRCUNSTÂNCIA DO ART.59 CP LHE FOREM FAVORÁVEIS. O JUIZ PODERÁ SUBSTITUIR AS EXIGÊNCIAS DO &1º, OU SEJA:
 
PROIBIÇÃO DE FREQUENTAR DETERMINADOS LUGARES; (+)
PROIBIÇÃO DE AUSENTAR-SE DA COMARCA ONDE RESIDE SEM AUTORIZAÇÃO DO JUIZ; (+)
COMPARECIMENTOPESSOAL E OBRIGATÓRIO A JUÍZO, MENSALMENTE PARA INFORMAR E JUSTIFICAR SUAS ATIVIDADES
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO A COMUNIDADE OU;
 LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA 
OBS: ALÉM DESSAS CONDIÇÕES, PODERÁ O JUIZ IMPOR OUTRAS NOS TERMOS DO ART.79 CP, DESDE QUE ADEQUADOS AO FATO E A SITUAÇÃO PESSOAL DO CONDENADO.
OBS: São pressupostos para a concessão do SURSIS SIMPLES: 
a) pena imposta não superior a 2 anos; 
b) período de prova de 2 a 4 anos. 
O réu ainda deve se submeter, no primeiro ano do período de prova, à prestação de serviços à comunidade ou à limitação de fim de semana. 
São pressupostos do SURSIS ESPECIAL
Além daqueles exigidos para o sursis simples; 
A reparação do dano ou a comprovação da impossibilidade de fazê-lo. 
Além disso, no sursis especial o réu ficar, 
Proibido de frequentar determinados lugares; 
Não poder ausentar-se da comarca sem autorização do juiz;
Comparecer pessoalmente em juízo mensalmente. 
Estas condições são aplicadas cumulativamente.
SURSIS ETÁRIO
É AQUELE CONCEDIDO AO MAIOR DE 70 ANOS DE IDADE, QUE TENHA SIDO CONDENADO A UMA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE NÃO SUPERIOR A 4 ANOS (PERÍODO DE PROVA DE 4 A 6 ANOS).
SURSIS HUMANITÁRIO
FOI UMA INOVAÇÃO TRAZIDA PELA LEI 9714\98, OS CONDENADOS A PENA NÃO SUPERIOR À 4 ANOS, E QUE TENHA A SAÚDE COMPROMETIDA, COMO POR EXEMPLO OS PORTADORES DE HIV; TUBERCULOSE; PARAPLÉGICOS OU AQUELES QUE TENHAMA SAÚDE SERIAMENTE ABALADA, PODERÃO SER BENEFICIADO COM O SURSIS, E TERÃO O PERÍODO DE PROVA DE 4 A 6 ANOS.
REVOGAÇÃO DO SURSIS
REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA
AS CAUSAS PREVISTAS NO ART.81 CP, IMPORTARÃO NA REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA DO SURSIS.
ART.81 CP
A SUSPENSÃO SERÁ REVOGADA SE NO CURSO DO PRAZO, O BENFICIÁRIO:
I) É CONDENADO EM SETENÇA IRRECORRÍVEL, POR CRIME DOLOSO;
DE ACORDO COM ROGÉRIO GRECO, SE FOR CONDENADO A UMA PENA DE MULTA, OU A UMA PRIVATIVA DE LIBERDADE QUE FOI SUBSTITUÍDA PELA DE MULTA, OU UMA PRIVATIVA DE LIBERDADE QUE FOI SUBSTITUÍDA PELA DE MULTA, MESMO HAVENDO UMA NOVA CONDENAÇÃO POR CRIME DOLOSO, TAL FATO NÃO TERÁ O CONDÃO DE OBRIGAR A REVOGAÇÃO.
II) FRUSTA A EXECUÇÃO DA PENA DE MULTA OU NÃO EFETUA SEM MOTIVO JUSTIFICAD0 A REPARAÇÃO DO DANO;
COM A LEI 9268\96, FOI AFASTADA A POSSIBILIDADE DE SE CONVERTER A PENA DE MULTA EM PRIVATIVA DE LIBERDADE.
III) DESCUMPRE A CONDIÇÃO DO §1º DO ART.78 CP
DESCUMPRIR A OBRIGAÇÃO DE PRESTAR SERVIÇO À COMUNIDADE OU LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA ENSEJA EM REVOGAÇÃO OBRIGAÇÃO DO BENEFÍCIO
REVOGAÇÃO FACULTATIVA (ART.81§1ºCP)
QUANDO A REVOGAÇÃO FOR FACULTATIVA, O JUIZ PODE AO INVÉS DE DECRETÁ-LA PRORROGAR O PERÍODO DE PROVA ATÉO MÁXIMO, SE ESTE NÃO FOI FIXADO.
REVOGAÇÃO FACULTATIVA
§ 1º - “A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos”. 
PRORROGAÇÃO AUTOMÁTICA DO PREÍODO DE PROVA
O ART.81 & 2º CP REZA QUE, SE O BENEFÍCIÁRIO ESTÁ SENDO PROCESSADO POR OUTRO CRIME OU CONTRAVENÇÃO PENAL, CONSIDERA-SE PRORROGADO O PRAZO DA SUSPENSÃO ATÉ O JULGAMENTO DEFINITIVO.
TAL PRORROGAÇÃO É AUTOMÁTICA, NÃO HAVENDO NECESSIDADE DE SER DECLARADA NOS AUTOS.
CUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES
EXPIRADO O PRAZO DO PERÍODO DE PROVA SEM QUE TENHA HAVIDO REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO, SERÁ CONSIDERADA EXTINTA A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE, CONFORME ART.82 CP.
OBS: A instauração de inquérito policial não figura nem nas hipóteses de revogação obrigatória, contidas nos incisos do artigo 81 (condenação irrecorrível, frustação da execução da pena de multa e descumprimento de condição imposta no §1º do argito 78) muito menos como causa de revogação facultativa prevista no § 1º do mesmo artigo ( descumprimento de qualquer outra condição que não a prevista no art. 78 §1º, condenação pro crime culposo, contravenção ou a pena privativa de liberdade e restritiva de direito).
 Restaria a dúvida quanto a possibilidade de prorrogação do período de prova enquanto o beneficiário da Sursis está sendo processado por outro crime ou contravenção. No entanto a doutrina (Capez, p. Ex.) afirma não estar contida na previsão do §2º do 81 o inquérito policial, ocorrendo a prorrogação automática do período de prova após o recebimento da denúncia.
 Então, a instauração de inquérito policial não tem nenhum efeito para prazo de suspensão da execução da pena.
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO
TEM A FINALIDADE DE EVITAR A APLICAÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE, NOS CRIMES EM QUE A PENA MÍNIMA FOR IGUAL OU INFERIOR A 1 ANO.
NÃO EXISTE SENTENÇA CONDENATÓRIA. O ART.89 DA LEI 9.099\95 DIZ QUE O MP, E SEGUNDO ROGÉRIO GRECCO O QUERELANTE TAMBÉM PODERÁ PROPOR A SUSPENSÃO DO PROCESSO POR 2 A 4 ANOS.
REQUISITOS
ACUSADO NÃO ESTEJA SENDO PROCESSADO;
II) ACUSADO NÃO TENHA SIDO CONDENADO POR OUTRO CRIME;
III) ATENDA TODOS OS REQUISITOS DO SURSIS PENAL.
SE O CONDENADO ACEITAR A PROPOSTA DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO, O JUIZ SUSPENDERÁ O PROCESSO, IMPONDO AS SEGUINTES CONDIÇÕES:
I)REPARAÇÃO DO DANO, SALVO IMPOSSIBILIDADE DE FAZÊ-LO;
II) PROIBIÇÃO DE AUSENTAR-SE DA COMARCA ONDE RESIDE SEM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL;
III) PROIBIÇÃO DE FREQUENTAR DETERMINDADOS LUGARES;
IV) COMPARECIMENTO PESSOAL E OBRIGATÓRIO A JUÍZO MENSALMENTE PARA INFORMAR SUA ATIVIDADES.
 
OBS: COMO NÃO HÁ CONDENAÇÃO, UMA VEZ CUMPRIDAS AS CONDIÇÕES ESPECÍFICADAS NA SENTENÇA QUE CONCEDEU A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO, EXPIRANDO O PRAZO SEM REVOGAÇÃO, O JUIZ DECLARARÁ A EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE.
LIVRAMENTO CONDICIONAL
COMO MEDIDA DE POLÍTICA CRIMINAL, O LIVRAMENTO CONDICIONAL PERMITE QUE O CONDENADO ABREVIE SUA REINSERÇÃO NO CONVIVIO SOCIAL, CUMPRINDO PARTE DA PENA EM LIBERDADE, DESDE QUE PRESENTES OS REQUISITOS DE ORDEM SUBJETIVA E OBJETIVAS MEDIANTE O CUMPRIMENTO DE DETERMINADAS CONDIÇÕES.
O PEDIDO DE LIVRAMENTO CONDICIONAL DEVERÁ SER DIRIGIDO AO JUIZ DA EXECUÇÃO QUE, SE PREENCHER OS REQUISITOS DO ART.83 CP E OUVIDOS O MP E O CONSELHO PENITENCIÁRIO, DEVERÁ CONCEDÊ-LO POIS NÃO É UMA FACULDADE DO JUIZ COMO UNDUZ A REDAÇÃO DO ART.83 CP:
“O JUIZ PODERÁ CONCEDER LIVRAMENTO...”
TRATA-SE DE UM DIREITO SUBJETIVO DO CONDENADO.
ART.83 CP
O JUIZ PODERÁ CONDEDER LIVRAMENTO CONDICIONAL AO CONDENADO A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE IGUAL OU SUPERIOR A 2 ANOS.
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE IGUAL OU SUPERIOR A 2 ANOS (PENA MÍNIMA = 2 ANOS)
PARA SE CONTEMPLAR O LIVRAMENTO CONDICIONAL É PRECISO QUE O TOTAL DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE SEJA IGUAL OU SUPERIOR A 2 ANOS, SEJAM SOMADAS TODAS AS PENAS CORRESPONDENTES AS DIVERSAS INFRAÇÕES PENAIS PRATICADAS, NOS TERMOS DO ART.84 CP.
EX: SUMPONHAMOS QUE UM RÉU TENHA UMA PENA DE 1 ANO E 11 MESES, PELA PRÁTICA DE FURTO, E O CONDENADO É REINCIDENTE EM CRIME DOLOSO DE FURTO (NO MESMO CRIME\ TIPO PENAL).
COMO ELE É REINCIDENTE NÃO CABE CONVERSÃO EM RESTRITIVA DE DIREITO (ART.44 II CP);
COMO ELE É REINCIDENTE NÃO CABE SURSIS;
COMO A PENA APLICADA NÃO É SUPERIOR A 2 ANOS NÃO CABERÁ LIVRAMENTO CONDICIONAL;
O QUE FAZER¿
RESPOSTA:
A DEFESA PODERÁ RECORRER PARA PLEITEAR AO TRIBUNAL RESPONSÁVEL PELO JULGAMENTO DO RECURSO, O AUMENTO DA PENA DO CONDENADO EM 1 MÊS, A FIM DE PREENCHER O REQUISITO OBJETIVO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL (PENA IGUAL OU SUPERIOR A 2 ANOS)
VANTAGENS:
SE O CONDENADO NESTE CASO NÃO PLEITEAR ESTE AUMENTO DE 1 MÊS, PODERÁ CUMPRIR TODA A CONDENAÇÃO EM REGIME FECHADO, POIS DE ACORDO COM O ART.33 &2º “B” CP, O REINCIDENTE NÃO PODERÁ CONTEMPLAR OS REGIMES SEMI ABERTO OU ABERTO.
EM CONTRAPARTIDA SE O RÉU CONSEGUIR QUE SUA PENA CHEGUE AOS 2 ANOS, PODERÁ VOLTAR AO CONVÍVIO EM SOCIEDADE APÓS O CUMPRIMENTO DE 1 ANO E 1 DIA, OU SEJA, MAIS DA METADE DA CONDENAÇÃO IMPOSTA, POIS É REINCIDENTE EM FURTO (CRIME DOLOSO).
ART.83 I CP
CUMPRIDO MAIS DE 1\3 (REQUISITO OBJETIVO) DA PENA SE O CONDENADO NÃO FOR REINCIDENTE EM CRIME DOLOSO (SE O RÉU TIVER SIDO CONDENADO ANTERIORMENTE POR CRIME CULPOSO OU CONTRAVENÇÃO PENAL, NÃO IMPEDIRÁ A CONCESSÃO DO BENEFÍCIOAPÓS O CUMPRIMENTO DE MAIS DE 1\3 DA PENA) E TIVER BONS ANTECEDENTES (REQUISITO SUBJETIVO)*
 *POLÊMICO
EXISTE UMA LACUNA NESTE REQUISITO, POIS E SE O RÉU FOR PRIMÁRIO E DE MAUS ANTECEDENTES¿
1ª CORRENTE
NA FALTA DE EXPRESSA PREVISÃO, DEVE SER ADOTADA POSIÇÃO MAIS FAVORÁVEL AO CONDENADO, OU SEJA ART.83 CP (1\3);
2ª CORRENTE
DEVE-SE FAZER A ADEQUAÇÃO POR EXCLUSÃO, OU SEJA, COMO NÃO SE ENCAIXA NO ART.83, I CP POR NÃO TER BONS ANTECEDENTES, SEGUE PARA O ART.83 II CP QUE SERIA O CUMPRIMENTO DE METADE DA PENA (ADOTADO POR GUILHERME NUCCI E ROGÉRIO GRECO).
ART.83 III CP
1º COMPROVADO COMPORTAMENTO SATISFATÓRIO DURANTE A EXECUÇÃO DA PENA;	
O CONDENADO DEVERÁ COMPROVAR COMPORTAMENTO SATISFATÓRIO DURANTE A EXECUÇÃO DE SUA PENA, CONFORME O ART.39 LEP, QUAIS SEJAM:
I)COMPORTAMENTO DISCIPLINADO E CUMPRIMENTO FIEL DA SENTENÇA;
II) OBEDIÊNCIA AO SERVIDOR;
III) RESPEITO AOS DEMAIS CONDENADOS;
IV) OPOR AOS MOVIMENTOS(MOTINS E REBELIÕES);
 2º BOM DESEMPENHO NO TRABALHO QUE LHE FOI ATRIBUÍDO;
 V) EXECUÇÃO DOS TRABALHOS, TAREFAS E ORDENS RECEBIDAS ENFIM, DEMONSTRANDO QUE A PENA CUMPRIU SUA FUNÇÃO RESSOCIALIZADORA.
3º APTIDÃO PARA PROVER A PRÓPRIA SUBSISTÊNCIA MEDIANTE TRABALHO HONESTO;
NÃO ESTÁ EXIGINDO QUE O CONDENADO TENHA PROMESSA DE TRABALHO COM CARTEIRA ASSINADA, MAS UMA PROFISSÃO HONESTA, MESMO QUE NO “MERCADO INFORMAL”, EXEMPLO OS CAMELÔS, VENDEDORES AMBULANTES,PEDREIROS, MARCENEIROS, ARTESÃOS ETC...
ART.83 IV CP
TENHA REPARADO O DANO CAUSADO, SALVO IMPOSSIBILIDADE DE FAZÊ-LO.
O CONDENADO QUE NÃO TENHA CONDIÇÕES DE REPARAR O DANO CAUSADO PELA INFRAÇÃO PENAL DEVERÁ COMPROVAR ESTA SITUAÇÃO NOS AUTOS.
 
ART.83 V CP
CUMPRIDO MAIS DE 2\3 DA PENA NOS CASOS DE CONDENAÇÃO POR CRIME HEDIONDO, PRÁTICA DE TORTURA, TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E DROGAS AFINS E TERRORISMO, SE O APENADO NÃO FOR REINCIDENTE ESPECÍFICO EM CRIMES DESTA NATUREZA.
ESTE INCISO FOI INTRODUZIDO PELA LEI 8.072\90, AUMENTANDOO TEMPO DE CUMPRIMENTO DE PENA PARA FINS DE LIVRAMENTO CONDICIONAL PARA OS CRIMES POR ELA PREVISTOS, TROUXE TAMBÉM O INSTITUTO DA REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA (CRIMES DE MESMA NATUREZA, PREVISTO NO MESMO DISPOSITIVO
EFEITOS DA CONDENAÇÃO (art. 91 a 92)
1.	PRINCIPAL
Imposição das penas privativas de liberdade, restritivas de direito, medida de segurança aos semi-imputáveis.
2.	SECUNDÁRIO
2.1)	NATUREZA PENAL
Induz a reincidência (art. 63 CP). Impede a concessão de sursis (art. 77, I, CP). Se a condenação for por crime doloso, tal decisão determina a revogação do sursis (art. 81, I, CP). Se a pena for privativa de liberdade, o livramento condicional será obrigatoriamente revogado. O prazo da presunção de pretensão executória será obrigatoriamente aumentado em ⅓ (art. 110 CP).
2.2)	NATUREZA EXTRA PENAL
A) GENÉRICOS
Decorrem de qualquer condenação e dispensam expressa motivação.
- Reparar o dano: a sentença penal condenatória transitado em julgado é título executivo no cível (art. 91, I, CP).
- Confisco pela União dos instrumentos do crime, desde que seu uso, porte, detenção, alienação ou fabrico, constitua fato ilícito.
- Confisco pela União pelo produto ou proveito do crime.
- Suspensão dos direitos políticos: enquanto durar a execução da pena (art. 15, III, CF).
B) ESPECÍFICOS
Decorrem da natureza do crime pelo qual foi condenado, e exige expressa motivação.
- Perda do cargo, função pública ou mandato eletivo. 
 Praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública (crimes nacionais), cuja pena aplicada seja igual ou superior a 1 ano (art. 92, I “a”, CP);
- De qualquer natureza cuja pena aplicada seja superior a 4 anos (art. 92, I b, CP)
	Incapacidade para o exercício do poder familiar, tutela ou curatela, nos crime dolosos sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filhos, tutelado ou curatelado
	Inabilitação para dirigir veículo, desde que o crime seja doloso.
C) FORA DO CÓDIGO PENAL
- Suspensão dos direitos políticos (art. 15, III, CF)
- Perda do mandado de deputado federal ou senador (art. 55, VI, CF)
- Rescisão contratual na Justiça do Trabalho (art. 482, d, CLT)
- Efeitos na lei de licitações (art. 83, Lei 8666/93)
 - Efeitos na lei de falências (art. 181, I a III e §§ 1° e 2° da Lei 10101/05)
- Efeitos na lei de tortura (art. 1° § 5° da Lei 9455/97)
- Lei de drogas (art. 156 § 1° da Lei 11343/06)
- Efeitos em crimes resultantes de preconceitos de raça e de cor (art. 16 da Lei 7.716/89)
REABILITAÇÃO (art. 93 a 95)
1.	PRESSUPOSTOS
Sentença condenatória transitada em julgado.
2.	CONCEITO
É o instituto jurídico-penal que se destina a promover a reinserção social do condenado, a ele assegurando o sigilo de seus antecedentes criminais, bem como a suspensão condicional ou determinados efeitos secundários de natureza extrapenais e específicos da condenação, mediante a declaração judicial no sentido de que as penas a ele aplicadas foram cumpridas ou por qualquer outro modo, extintas. Busca, pois reintegrar o condenado que tenha cumprido a pena na posição jurídica que desfrutava anteriormente à prolação da condenação.
3.	FUNÇÕES
- Assegurar ao condenado o sigilo dos registros sobre seu processo e condenação (art. 93 CP).
- Suspender condicionalmente os efeitos da condenação (art. 92 CP).
4.	CRÍTICA
Tal como foi idealizado e de acordo com o seu alcance prático, trata-se em verdade de instituto de pouquíssima utilidade.
Suas funções principais são: garantir o sigilo dos registros sobre o processo e a condenação do sentenciado, e suspender condicionalmente os efeitos da condenação. 
No art. 202 da Lei de Execução Penal, constaque “cumprida ou extinta a pena, não constarão da folha corrida, atestados ou certidões fornecidas por autoridade policial ou por auxiliares da Justiça, qualquer notícia ou referência à condenação, salvo para instruir processo pela prática de nova infração penal ou outros casos expressos em lei”. Portanto, o sigilo já é assegurado pela referida norma, logo após o cumprimento ou extinção da pena.
5.	REQUISITOS
A) OBJETIVOS
- Transcurso de dois anos do dia em que tiver sido extinta a pena ou terminar a sua execução.
- Reparação do dano, salvo absoluta impossibilidade de fazê-lo, até o dia do pedido ou prova de renúncia da vítima ou novação da dívida.
B) SUBJETIVOS
- Domicílio no país, nos dois anos após a extinção da pena.
- Bom comportamento público e privado, nos dois anos posteriores à extinção da pena.
6.	PEDIDO DE REABILITAÇÃO
A legitimidade para formular o pedido de reabilitação e privativa do condenado, trata-se de ato eminentemente pessoal, intransferível.
Não se estende aos seus herdeiros e sucessores em caso de falecimento do titular. Inexiste, portanto reabilitação em prol da memória do condenado falecido.
Obs.: a sentença que concede ou nega a reabilitação pode ser impugnada por apelação.
MEDIDAS DE SEGURANÇA (art. 96 a 99)
É uma modalidade de sanção penal, com finalidade exclusivamente preventiva e de caráter terapêutico, destinada a tratar inimputáveis e semi-imputáveis portadores de periculosidade, com o escopo de evitar a prática de futuras infrações penais.
1.	DIFERENÇAS
	Pena	Medida de Segurança
Finalidade	Retribuição (castigo) e prevenção (ressocialização)	Prevenção
Duração	Por prazo/período determinado	Determinado: prazo mínimo 1 a 3 anos.
Indeterminado: prazo máximo
Pressuposto	Culpabilidade	Periculosidade do indivíduo
Destinatários	Semi-imputáveis sem periculosidade que não necessitem de especial tratamento curativo.
Imputáveis	Semi-imputáveis que possua periculosidade e que necessitem de especial tratamento.
Inimputáveis
2.	ESPÉCIES
A) DETENTIVAS
Internação dos envolvidos em crimes apenados com reclusão em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, na falta deste em outro estabelecimento adequado.
B) RESTRITIVAS
Sujeição dos envolvidos em crimes apenados com detençãoa tratamento ambulatorial (cuidados médicos sem internação).
3.	REQUISITOS
Prática de fato definido em lei como crime ou contravenção penal. Periculosidadedo agente. Que não tenha ocorrido a extinção da punibilidade.
4.	Prazos (art. 97 § 1° CP)
Mínimo: entre 1 a 3 anos. Realização do exame de cessação da periculosidade.
Máximo: tempo indeterminado. Jurisprudência do STF: estabelece limite de 30 anos. Jurisprudência do STJ: admite o máximo da pena prevista em abstrato.
5.	SENTENÇA
INIMPUTÁVEIS: absolutória. Com medida de segurança absolutória imprópria.
SEMI-IMPUTÁVEIS: condenatória. Com pena reduzida ou substituição por medida de segurança.
6.	REFORMAS DO CÓDIGO PENAL
a) Antes da reforma de 1984
Prevalecia o sistema do duplo binário: neste sistema o juiz poderia aplicar medida de segurança + pena (quando o réu praticava o delito grave e violento, sendo considerado violento).
Desta forma, terminada a pena de privativa de liberdade, continuava detido até que houvesse o exame de cessação de periculosidade.
b) Atualmente
Prevalece o sistema vicariante, em que o juiz somente pode aplicar pena ou medida de segurança.
 PENA = Imputável/Semi-imputável sem periculosidade
MEDIDA DE SEGURANÇA = Inimputável/Semi-imputável com periculosidade