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CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

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SUTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL
							
RESUMO
As questões ambientais têm ocupado, gradativamente, cada vez mais espaço nos problemas dos países, desenvolvidos ou não, o impacto ocasionado pela construção civil tornou-se um dos centros de discussões da sustentabilidade. A engenharia é uma importante aliada no combate às mudanças climáticas seja no campo de aquecimento global, seja na questão de variabilidade climática. Esse setor pode e deve desenvolver novos materiais e técnicas para a construção civil.
Palavras-chave: Construção. Sustentabilidade. Resíduos.
1 INTRODUÇÃO
	As construções sustentáveis buscam equalizar dois grandes desafios mundiais: o significativo impacto ambiental da indústria da construção e os seus benefícios econômicos e sociais. A construção sustentável harmoniza estes desafios ao limitar os impactos ambientais e humanos da construção, garantindo, ao mesmo tempo, a mais alta qualidade, resistência e durabilidade, sem descuidar da estética. Ela leva em conta o ciclo de vida completo de uma construção, desde a escolha dos materiais até o processo de demolição e reciclagem. 
2 AQUECIMENTO GLOBAL
 	 O mundo está se tornando mais quente. Mas esse é um processo natural da Terra ou decorre da ação humana? Há muita discussão em torno do assunto. Apesar de a sólida maioria reconhecer a existência do aquecimento global não há consenso nesse assunto.
	 A temperatura média do planeta é produto do balanço energético: a energia recebida do sol aquece; aquecida, a Terra se resfria emitindo radiação para o espaço. O crescimento do teor de alguns gases da atmosfera, principalmente o CO2, mas também metano (CH4), NO2 e outros, vêm provocando a diminuição progressiva da quantidade de energia emitida para o espaço. Nos cerca de oito mil anos que precederam a Revolução Industrial, a concentração de CO2 permaneceu estável entre 250 e 280 ppm. No entanto, desde 1750 este teor subiu de 280 ppm para 400 ppm.
	 O último século foi mais quente que qualquer outro nos últimos 1000 anos. Dos 12 anos mais quentes desde 1850, quando descobrimos como medir a temperatura, 11 ocorreram entre 1995 e 2006. A taxa de aquecimento, nos últimos cinquenta anos, foi o dobro do verificada nos últimos 100 anos. Hoje, em média, a temperatura é 0,74ºC mais quente do que há cem anos. 
	 É fato evidente que a ação antrópica impõe danos graves ao seu próprio habitat e as consequências negativas repetidas vezes se comprovam nos mais variados aspectos, seja na alarmante redução da biodiversidade, exploração desmedida de recursos naturais e excesso na geração poluentes a níveis inaceitáveis. Independente de ser verdade ou não, a construção civil é um fator importante nesse assunto.
3 PAPEL DA CONSTRUÇÃO CIVIL
	Segundo estimativas, a construção civil é responsável pelo consumo de entre 15 e 50% dos recursos naturais extraídos, 66% de toda a madeira extraída, 40% da energia consumida e 16% da água potável. Esta colocação leva em consideração todo o ciclo de vida da edificação, que se inicia na fabricação dos materiais de construção, passa pelo transporte dos mesmos até o local das construções, pela obra propriamente dita, prolongando-se pela vida útil da edificação até a demolição e deposição final dos materiais. Em países como o Reino Unido o consumo desses materiais chega a 6 toneladas por ano/habitante.
A construção civil terá que colocar em sua agenda as mudanças tanto no processo de concepção e implementação de edifícios, como no de operação. A era do desperdício se encerrou. Não podemos mais exercer práticas que não levem em conta a boa gestão dos recursos ambientais. (FELDMANN, 2009).
	Segundo um relatório lançado recentemente pelo Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP), o setor da construção tem capacidade de reduzir 1,8 bilhão de toneladas de dióxido de carbono ou quase três vezes a quantidade pretendida pelo Protocolo de Kyoto. O estudo mostrou que mais de 20% do consumo de energia elétrica e mais de 45 milhões de toneladas de CO2 poderiam ser economizados por ano com a aplicação de medidas mais ambiciosas para prédios novos e já existentes.
4 GERAÇÃO DE RESÍDUOS
 
	A eliminação inadequada de resíduos é uma das principais causas de destruição do meio ambiente, com grande capacidade de afetar a qualidade de vida da população, os serviços dos ecossistemas e a disponibilidade de recursos naturais. Os resíduos que surgem da construção civil não são exceção, e podem se tornar parte deste problema caso não lhes seja dado o correto gerenciamento. Mais ainda, sua gestão inadequada representa um grande desperdício econômico, visto que estes não só constituem a maior fração em massa dos resíduos gerados nas cidades, como em muitos casos são compostos em grande parte por material passível de reciclagem ou reaproveitamento.
	Praticamente todas as atividades desenvolvidas no setor da construção civil são geradoras de entulho. A geração dos resíduos da construção se concentra na sua maior parcela no pequeno gerador, aproximadamente 70% do resíduo gerado, é proveniente de reformas, pequenas obras e obras de demolição, em muitos casos chegam a ser coletados pelos serviços de limpeza urbana. Os 30 % restantes são provenientes da construção formal. 
	No processo construtivo, o alto índice de perdas do setor é a principal causa do entulho gerado. Em todo o mundo, a quantidade de entulho gerado corresponde, em média, a 50% do material desperdiçado. No Brasil produz-se 850.000 t/mês de entulho, no Reino Unido 53.000 t/mês e no Japão 6.000 t/mês.
	Em 2004, a Resolução nº 348 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), determinou que o gerador dos resíduos seria o responsável pelo gerenciamento dos mesmos. Esta determinação foi importante e representou um avanço legal e técnico, estabelecendo responsabilidades aos geradores, tais como a segregação dos resíduos em diferentes classes e o seu encaminhamento para reciclagem e disposição final adequada.
4.1 REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS
	Em alguns países europeus, Japão e nos EUA, o reaproveitamento de entulho já é uma prática comum, atestando totalmente a sua viabilidade tanto técnica como econômica. Alguns governos locais dispõem de leis exigindo o uso de materiais reciclados na construção e em serviços públicos.
	A percentagem de aproveitamento desse material na Comunidade Europeia é de aproximadamente 28% do volume produzido (VASQUEZ, 2005). Esse dado se comparado ao da Holanda, que consegue um reaproveitamento de 90% (MULLER, 2006), é um índice muito baixo, que mostra de forma clara as diferenças dentro da própria Europa. No Brasil identifica-se uma falta de índices sobre a produção e reciclagem de resíduos da construção que seja atual. 
	Em Belo Horizonte, onde se tem uma ação efetiva da prefeitura sobre o problema, a produção de resíduos da construção e demolição está na casa dos 40% do volume total do resíduo recolhido na cidade, de acordo com informações obtidas nos órgãos competentes. Atualmente, esses resíduos em sua grande maioria são usados na confecção de base e sub-base de rodovias. Existem inúmeras formas de se aproveitar os resíduos da construção, dentre eles, os principais são:
	- Fabricação de tijolos ecológicos: o tijolo é feito do chamado resíduo classe "A" reciclado e misturado ao cimento. É prensado e curado, no mínimo, por um período de sete dias.  No processo de produção, não é utilizada combustão para secar, evitando a emissão de monóxido de carbono no meio ambiente. Como se trata de um tijolo ecológico, a secagem é natural. A característica deste tijolo é semelhante ao tradicional, por isso, na construção, ele pode ser rebocado, pintado e envernizado, além de conter furos por onde passam toda a instalação hidráulica e elétrica. A tecnologia, que já é conhecida na Europa, consiste em utilizar 28,15 toneladas de entulhos para a construção de um imóvel de 52 m².
Figura 2 – Tijolos ecológicos
 
Fonte²: Habitare ecologia
	- Madeira de demolição: A madeira de demoliçãoé fruto do processo de desmontar o imóvel de uma forma em que todo o material possa ser reaproveitado. A madeira proveniente dessas demolições, ao contrário do que muita gente pensa, é resistente e sem umidade, pois já sofreu e absorveu as condições climáticas do local, ou em outras palavras, esta madeira foi amadurecida pelo tempo. 
	Essa madeira pode ser reciclada para virar compensado. A madeira é moída ou convertida a lascas e é prensada de volta a um formato que é denominado compensado. Ele pode ser usado como painéis, fechamentos e móveis.
	Os dormentes de madeira são, geralmente, retirados de linhas ferroviárias, e podem ser usadas para vários fins, sendo o mais comum no mercado da construção civil como apoio de vigas, colunas, escadas, pisantes, travamentos  e escoras, alem de outros fins decorativos.
Figura 3 – Madeira reutilizada
Fonte³: A demolição de uma casa preserva o planeta – Madeira de Demolição
³
 Disponível em: < http://
 
https://madeiradedemolicao.wordpress.com/page/2/
>. Acesso em jun. 2014
.	- Britagem do entulho: Mais de 90% dos resíduos provenientes de construção podem ser reciclados, reutilizados e transformados em agregados. A produção de agregados com base no entulho pode gerar economias de mais de 80% em relação aos preços dos agregados convencionais. A partir deste material é possível fabricar componentes com uma economia de até 70% em relação a similares com matéria-prima não reciclada. É possível reciclar qualquer concreto, desde que seja escolhido o uso adequado e se respeitem as limitações técnicas. 
	Devido ao menor volume de materiais, a técnica de reaproveitamento na própria obra não exige equipamentos sofisticados. Nesses casos, devido à menor homogeneidade do material processado, recomenda-se o reaproveitamento como agregado para revestimento ou argamassa de assentamento.
	O agregado reciclado pode substituir diversos tipos de matérias primas. A destinação final vai depender da finura e da composição do agregado. Os agregados que vem de telhas e blocos serão novamente utilizados para a produção dos mesmos e terão que ser moídos até um diâmetro bem fino; o processo de fabricação a partir do agregado é o mesmo que seria para a matéria prima convencional. Já o agregado utilizado para concretos, além de passar por uma rigorosa avaliação, apresenta diâmetro bem maior, para substituir a brita. O agregado pode, de maneira geral, servir para a fabricação da maioria dos materiais de construção, desde concreto estrutural até argamassa, basta atentar para seu o diâmetro e sua composição.
Figura 4 – Agregado reciclado
Fonte4: ECOSINERT – Reciclagem de Resíduos da Construção Civil
4
 
Disponível em: <
 http://www.construeficiencia.com.br/ecosinert/
>. Acesso em jun. 2014
.
5 CONTROLE DO DESPERDÍCIO
	As empresas de construção civil têm convivido com inúmeras críticas relacionadas ao desperdício de materiais nas obras. O grande volume de entulho desprezado é algo que sempre aparece como notícia em jornais, em revistas e em outros meios de comunicação. Sabe-se que o desperdício de materiais possui um número significativo nas construções. Descuidos como excesso de concreto nas vigas ou desperdício de recursos representam um acréscimo de 11% a 20% no volume de materiais. Os materiais que são mais desperdiçados são argamassas de reboco (principalmente durante o sarrafeamento), concreto usinado (durante bombeamento para as lajes), blocos de concreto (por descuidos no carregamento) e gesso acartonado (devido a armazenamento disperso).
	A construção civil nacional tem em média perda de 30% a 35%. Neste percentual não está incluso o mercado informal, responsável por mais da metade das construções. Se em percentagem esse desperdício não é tão grande, financeiramente o número é outro, já que o custo da obra sempre envolve bastante dinheiro.
	Para a redução do desperdício deve ser adotada uma nova atitude dos envolvidos no processo da construção. Esse procedimento, de gestão da qualidade, deve estar inserido em todas as fases de produção do edifício: planejamento, projeto, fabricação e recebimento de materiais, execução e, também, uso e manutenção. 
O projeto deve ser devidamente equacionado e detalhado, para que fiquem minimizadas as incertezas na fase de construção. É muito comum a elaboração de projetos incipientes, deixando as definições por conta do construtor ou do fornecedor; nessa situação, a obra deverá resolver 80% das dúvidas. Para o início da obra, o projeto executivo deve estar completo, em todas as suas etapas. 
	Um maior investimento, no princípio, é extremamente importante para a redução do desperdício na fase de execução. O adequado planejamento da obra, englobando organização do canteiro, movimentação de materiais, definição de etapas e processos executivos também é de importância vital. 
6 REDUÇÃO DA EMISSÃO DE GASES POLUENTES
	Apesar do desconhecimento sobre as reais proporções dos impactos à camada atmosférica causados em cada obra levantada em solo brasileiro, a parcela de responsabilidade do setor de construção civil, em nível global, já é conhecida. Segundo especialistas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a responsabilidade passa por dois aspectos. 
	O primeiro deles trata do controle da emissão de poluentes de máquinas, equipamentos, veículos e tratores utilizados no canteiro de obras. O segundo fator atribuído às empresas refere-se à compra de materiais e insumos, como cimento, cal, além de tintas e produtos industrializados em plástico e madeira à base de complexos orgânicos voláteis. Nesse quesito, advertem que é preciso avaliar tanto o tipo do material e a possibilidade de otimização e redução de seu uso, como também o perfil do fornecedor.
6.1 MATERIAIS FOTOCATALÍTICOS
	Nos processos fotocatalíticos, o radical de hidroxila degrada os compostos poluentes. Esse radical é formado a partir de moléculas de água em contato com a superfície do catalisador, ativado pela luz.
	A aplicação de dióxido de titânio (TiO2) em blocos de concreto para pavimentação é realizada na camada superficial do bloco, com aproximadamente 8 mm de espessura. Agindo em combinação com o cimento, conduz a uma transformação do NOx (óxidos de nitrogênio) em NO3 - que é absorvido pela superfície devido à alcalinidade do concreto. E este é lavado da superfície através da chuva, logo, o processo de remoção inteiro do poluente é dirigido só por energia natural.
	As nanopartículas de dióxido de titânio (TiO2) também podem ser incorporadas em argamassas a base de cimento para a aplicação em revestimentos asfálticos sendo uma promissora tecnologia para a degradação de poluentes. 
	De acordo com os fornecedores de materiais fotocatalíticos, uma casa de 200m², em que pintura externa, vidros, pisos e revestimentos cerâmicos e telhado teria a capacidade de purificação de ar equivalente ( medida em relação a eliminação de NOx) a mais de 20 árvores. 
	Em Bergamo, na Itália, ao longo de 500 m em uma rua, um projeto envolvendo 7000 m² de blocos de concreto para pavimentação, demonstrou uma redução da poluição de 30 a 40%. Logo, considerando uma rua de 500 m de comprimento com tráfego de 400 carros/hora, os benefícios de redução da poluição são comparáveis a uma redução de tráfego de 150 carros/hora. 
Figura 5 – Argamassa fotocatalítica
Fonte5: Materiais Fotocatalíticos
7 ECONOMIA DE RECURSOS
5
 Disponível em: < http:// rodoviasverdes.ufsc.br/files/2011/02/Artigo-ABPv-Fotocatal%C3%ADtico.pdf/>. Acesso em jun. 2014.	No tempo de vida de um prédio comum, a maior parte da energia é consumida não para a construção, mas durante o período que o prédio está sendo usado. Ou seja, quando a energia é usada para aquecimento, refrigeração, iluminação, atividades domésticas, ventilação e outros. 
	Vários países, incluindo Austrália, Cuba e países da União Europeia, estão tentando gradualmente ou totalmente banir o uso de lâmpadas incandescentes que estão no mercado por mais de um século em vários modelos. Existem inúmerasmaneiras de se obter uma maior eficiência energética e consequentemente uma economia de recurso, dentre elas, as principais são:
7.1 ENERGIA SOLAR
	Os Sistemas Fotovoltaicos são constituídos por painéis fotovoltaicos, que convertem a luz do sol em energia elétrica, e o inversor, que converte a eletricidade de corrente continua, gerada pelos painéis, em corrente alternada, para ser utilizada em lâmpadas e eletrodomésticos.	Os painéis solares são estruturados em perfil de alumínio e vidro, sua forma construtiva os torna extremamente robustos e duráveis.
	Para a instalação de um sistema fotovoltaico, é necessária uma área com boa exposição ao Sol. Em geral, utiliza-se o telhado, mas pode ser também instalado no solo. A área necessária é calculada de acordo com o consumo de energia. É interessante que o telhado esteja voltado para o Norte, e muito importante que não tenha árvores, prédios, caixas d’água ou outros objetos que possam sombrear os painéis, o que diminuiria a geração de energia.
	Um sistema solar térmico de alta eficiência, destinado ao aquecimento de água de um lar com quatro pessoas, é um investimento acessível que permite o uso de aproximadamente 70% da energia gratuita. O custo do produto, que possui garantia de vida útil de 30 anos, é pago por sua economia em menos de oito anos. Sendo assim, os cálculos apontam para 22 anos de verdadeiro lucro em energia, sem mencionar os benefícios ao meio ambiente. 
Figura 6 – Sistema de energia solar
6
 Disponível em: < http:// 
delas.ig.com.br/casa/arquitetura/sustentabilidade-desde-o-projeto/n1237534917531.html
. 
/>. Acesso em jun. 2014.Fonte6: Casa sustentável
7.2 VENTILAÇÃO NATURAL
	É comum em muitos imóveis brasileiros problemas como: umidade, mofo, proliferação de ácaros, acúmulo de partículas de sujeira e insuficiência térmica. Derivados de construções sem planejamento que não tiram proveito do vento, um recurso natural e renovável, para garantir ambientes saudáveis. A grande vantagem de uma casa bem ventilada é a redução dos gastos energéticos com condicionamento de temperatura e umidade, já que a ventilação natural pode ser utilizada para o controle térmico, dispensando o uso de aparelhos de ar condicionado que consomem muita energia.
A ventilação cruzada ocorre quando existem no mínimo duas aberturas em lados opostos dos ambientes, permitindo a completa circulação do ar. O posicionamento das aberturas deve levar em conta a incidência dos ventos dominantes de cada região. É fato conhecido que o ar quente sobe, pois é mais leve, e o ar frio, mais pesado, desce. Sistemas de indução térmica podem ser elaborados a partir desta premissa. Entradas de ventilação próximas ao piso permitem a entrada de ar fresco, que empurra o ar quente para cima, onde deverão estar localizadas saídas para o ar quente, na parede ou no teto. Este é o princípio que regem as antecâmaras das saídas de emergência para evacuar a fumaça e permitir a renovação do ar. 
 Figura 7 – Ventilação natural 
7
 Disponível em: < 
http://www.pensamentoverde.com.br/arquitetura-verde/ventilacao-natural-em-residencias/
/>. Acesso em jun. 2014.Fonte7: Ventilação natural em residências 
7.3 REAPROVEITAMENTO DE ÁGUA DAS CHUVAS
	Um sistema de aproveitamento permite o uso da água para fins não potáveis e ainda ajuda a economizar na conta. O sistema funciona assim: a água da chuva é coletada do telhado por calhas e acumulada em uma cisterna. De lá, passa por um filtro e é bombeada pela residência. A capacidade ideal deve ser determinada pelas empresas especializadas na instalação do sistema. Para isso, é necessário apenas identificar os seguintes dados: área de coleta do telhado, região e clima do local e previsão de consumo de água.
	Se a cisterna ficar na parte inferior da construção, será necessário instalar uma bomba que ajude na distribuição. Já o filtro é indispensável, para evitar contaminações. O reservatório da água da chuva não precisa ser acoplado à caixa d’água da residência, mas em períodos de estiagem pode ser necessário transferir a água da caixa para a cisterna. Se, por exemplo, o reservatório de chuva for responsável pelo abastecimento dos vasos sanitários, não poderá ficar vazio.
	Segundo especialistas, considerando que o consumo em vasos sanitários pode chegar a 40% da totalidade em uma residência, os projetos com esse sistema economizam bastante, dizem ainda que os gastos de um sistema completo, em uma área de 150 a 250 m², com instalação durante a obra, variam entre R$ 5.500 e R$ 7.500 e em uma residência pronta, instala-se uma cisterna menor, o que diminui o custo, já que esse item é o mais caro. Nesse caso, o custo varia entre R$ 3.500 e R$ 4 mil. Em construções residenciais, o retorno desse investimento é mais lento, normalmente, não é inferior a três anos.
Figura 8 – Reaproveitamento de água da chuva
Fonte8: Aproveite a água das chuvas
8
 Disponível em: < 
http://portalcasaecia.uol.com.br/ESCC/Edicoes/55/artigo163240-1.asp
.
/>. Acesso em jun. 2014.
8 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
 	A construção civil e as mudanças climáticas. Disponível em 	<http://engenhariacivil.wordpress.com/2007/04/11/a-construcao-civil-e-as-mudancas-	climaticas/ > Acesso em 16 jun. 2014.
 APROVEITE a água das chuvas. Disponível em<	http://portalcasaecia.uol.com.br/ESCC/Edicoes/55/artigo163240-1.asp> Acesso em 11 jun. 	2014.
	 CLIMA preocupa construção civil. Disponível em 	<http://arcoweb.com.br/finestra/tecnologia/aquecimento-global-clima-preocupa-	construcao-civil-01-09-2009 > Acesso em 27 jun. 2014.
 CONSTRUÇÕES sem carbono. Quais as metas das construtoras nos canteiros para reduzir emissões. Disponível em< http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/71/construcoes-sem-carbono-quais-as-metas-das-construtoras-nos-281370-1.aspx > Acesso em 11 jun. 2014
	DESPERDÍCIO zero. Programa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos 	Hídricos.Disponível em < 	http://www.planetareciclavel.com.br/desperdicio_zero/kit_res_10_construcao_civil.pdf	Acesso em 11 jun. 2014.
MADEIRA de Demolição. Disponível em < https://madeiradedemolicao.wordpress.com/page/2/>
Acesso em 16 jun. 2014.
PRÉ-MOLDADOS de concreto fotocatalíticos. Disponível em <http://www.revistaprisma.com.br/novosite/noticia.asp?cod=4236 > Acesso em 23 jun. 2014.
QUAIS as formas possíveis para reduzir o desperdício de material na construção civil?
Disponível em < http://piniweb.pini.com.br/construcao/noticias/quais-as-formas-possiveis-para-reduzir-o-desperdicio-de-material-83707-1.aspx > Acesso em 23 jun. 2014
SUSTENTABILIDADE desde o projeto. Disponível em < http://delas.ig.com.br/casa /arquitetura /sustentabilidade-desde-o-projeto/n1237534917531.html> Acesso em 13 jun. 2014.

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