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Aparelho digestorio

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE MEDICINA VETERINARIA
DEPTº. DE ANATOMIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS
DISCIPLINA: MEV – 101 ANATOMIA DOS ANIMAIS DOS DOMÉSTICOS II
PROFª. ANA ELISA ALMEIDA
APARELHO DIGESTÓRIO
CAVIDADE DA BOCA – LÁBIOS – BOCHECHAS – PALATO MOLE E PALATO DURO
O aparelho digestório compreende os órgãos relacionados à recepção, à redução mecânica, à digestão química e à absorção de alimentos e líquidos, bem como à eliminação de resíduos não-absorvidos.
Estende-se dos lábios até o ânus e apresenta as seguintes divisões: boca, faringe, canal alimentar e órgãos acessórios – dentes, língua, glândulas salivares, fígado e pâncreas. 
O canal alimentar é um tubo muscular que começa com o esôfago, no limite caudal da faringe e termina no ânus. Ele possui um revestimento completo de túnica mucosa, a qual contém muitas glândulas. Essa túnica externamente é revestida por uma túnica muscular continua. A parte abdominal do tubo é em grande parte coberta por uma túnica serosa – o peritônio visceral. O canal consiste dos seguintes segmentos consecutivos: esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e canal anal. A morfologia externa e a estrutura histológica desses segmentos diferem com a função que cada segmento realiza. Existem também diferenças específicas que refletem o tipo e o valor nutritivo do alimento que é normalmente consumido. 
CAVIDADE DA BOCA (cavidade oral ou boca)
O termo boca designa não apenas a cavidade e suas paredes, mas também as estruturas acessórias que se projetam dela (dentes e língua) e drenam na mesma (glândulas salivares). 
É a primeira parte do aparelho digestório. 
Funções: A boca tem como principais funções a preensão, a mastigação e a salivação dos alimentos. Pode desempenhar também um papel em termos de agressão e defesa, enquanto no homem é importante na articulação dos sons da fala. Na maioria das espécies, funciona como uma via aérea, quando o fluxo através do nariz se encontra prejudicado.
Limites: Está limitada lateralmente pelas bochechas; dorsalmente pelo palato duro; ventralmente, pelo corpo da mandíbula e pelos músculos milo-hióides; caudalmente, pelo palato mole e rostralmente, pelos lábios. 
Divisão: Quando a maxila e mandíbula estão fechadas, a boca está dividida pelos dentes e processos alveolares em dois compartimentos: vestíbulo da boca e cavidade da boca propriamente dita. 
O vestíbulo da boca é delimitado externamente pelos lábios e bochechas e internamente pelos dentes e processos alveolares e se prolonga caudalmente em direção ao ramo da mandíbula e ao músculo masséter. O assoalho e o teto do vestíbulo são constituídos pela reflexão da mucosa dos lábios e das bochechas para as gengivas. 
Em ruminantes, cujo alimento pode ser seco e áspero, a mucosa do vestíbulo forma, na face interna das bochechas, inúmeras papilas cônicas corneificadas, compactamente espaçadas, denominadas papilas bucais, dirigidas caudalmente e cuja função é auxiliar na apreensão e mastigação de alimentos fibrosos. 
No estado de repouso, as paredes desta cavidade estão em contato e o espaço está praticamente obliterado. Sua existência torna-se muito evidente na paralisia facial, quando o alimento tende a coletar-se nele lateralmente, afastando as bochechas. 
Divertículos do vestíbulo da boca (bolsas faciais) ocorrem em certos roedores e macacos. Tem uma função de armazenagem e permitem ao animal colher seu alimento rapidamente, reservando-o para posterior mastigação. Atingem um tamanho considerável em hamsters, chegando bem até o tórax; quando desenvolvidas a este nível, as bolsas têm sua própria musculatura de sustentação. 
A parte do vestíbulo entre os dentes incisivos e os lábios corresponde ao vestíbulo labial enquanto a parte entre os dentes molares e as bochechas é o vestíbulo bucal. 
 A cavidade da boca propriamente dita é a cavidade no interior das arcadas dentárias, coberta dorsalmente pelo palato duro, limitada lateralmente pelos dentes, gengivas, processos alveolares, caudalmente pelo palato mole, e assoalhada pela língua, que é sustentada por músculos da região intermandibular, e pela pequena área de mucosa deixada descoberta pela língua (região pré-frenular).
Quando os dentes estão em contato, a cavidade da boca propriamente dita comunica-se com o vestíbulo apenas pelos espaços interdentários (barra ou diastema) e pelos intervalos existentes caudalmente aos últimos dentes molares. Caudalmente ela cominca-se com a faringe através do ádito da faringe (pequeno espaço entre a raiz da língua,o palato mole e a epiglote também conhecido como orofaringe).
O limite entre a cavidade da boca propriamente dita e a faringe está representado pelo arco palatoglosso do palato mole, uma discreta elevação abaulada que une, a cada lado, o palato mole à base da língua. 
A cavidade oral do eqüino é excepcionalmente longa e relativamente estreita. Seu comprimento é devido ao grande desenvolvimento do esqueleto da face, particularmente as estruturas relacionadas com a mastigação, enquanto a largura é determinada pelo estreito espaço intermandibular. 
Estrutura: A túnica mucosa da boca é contínua na margem dos lábios com o tegumento comum e caudalmente com o revestimento mucoso da faringe. Durante a vida ela é essencialmente de coloração cor de rosa, mas pode ser mais ou menos pigmentada. Ela é bem suprida por vasos sangüíneos e sua submucosa contém glândulas serosas ou mucosas, conhecidas como glândulas labiais, bucais e linguais, dependendo de sua localização. Ainda tem as grandes glândulas salivares que drenam suas secreções dentro da cavidade da boca através de ductos especiais. 
LÁBIOS
São duas dobras muscolomembranosas que circundam a entrada ou rima da boca. A cada lado, o lábio superior está unido ao lábio inferior nos ângulos da boca, que são arredondados e estão situados próximos ao primeiro dente molar. Cada lábio apresenta duas superfícies: lateral e medial e duas bordas: livre e fixa.
Funções: Os lábios auxiliam na sucção (em animais recém-nascidos, os lábios formam a vedação ao redor das tetas, necessária para sucção bem sucedida) e na apreensão do alimento; eles podem agir como órgãos tácteis. 
A proporção da abertura da boca, limitada pelos lábios, varia com os hábitos alimentares; em espécies que se alimentam vorazmente ou usam os dentes para capturar a presa ou em brigas, é necessária uma abertura maior, ao passo que uma abertura menor é suficiente para maioria dos herbívoros e roedores. 
Assim, eles diferem na forma e mobilidade de espécie para espécie- o lábio superior mais que o inferior. A dieta e os hábitos alimentares também determinam a forma dos lábios. Em algumas espécies, como a eqüina e pequenos ruminantes, os lábios são empregados na coleta dos alimentos e em sua introdução na boca; para este fim, devem ser sensíveis e móveis. 
O lábio superior maior e o lábio inferior menor do eqüino são altamente móveis e são órgãos táteis sensitivos e de apreensão. Ambos os lábios são cobertos com finos pelos;na borda livre dos lábios os pelos são curtos, firmes e eriçados. Numerosos pelos táteis circundam a abertura oral. O mento consiste principalmente do músculo mentoniano mal desenvolvido e tecidos conjuntivo e adiposo. A abertura oral estende-se caudalmente até o nível do 1º dente molar e é relativamente pequena comparada ao comprimento da cavidade oral. Isto faz o exame da parte caudal da cavidade oral e a cirurgia oral difíceis. 
Os lábios dos pequenos ruminantes são muito móveis e importantes para apreensão do alimento. O lábio superior, que além de pelos ordinários sustenta pelos táteis, é dividido por um profundo sulco. O plano nasal, estreito e desprovido de pelos, não alcança o lábio superior como no bovino. A borda livre de ambos os lábios apresenta uma sequência de curtas papilas cegas que se projetam mais caudalmente, em direção aos ângulos da boca, onde intercalam-se com as papilas bucais. 
Quando outras partes são mais importantes na preensão, oslábios podem ser menos móveis e reduzidos em tamanho, por exemplo no gato, ou espessados e insensíveis, como no bovino. Os lábios do cão são extensos, porém finos, e, embora possam ser afastados dos dentes, não são capazes de outros movimentos intencionais. A postura labial é um fator importante na comunicação nesta espécie e pode indicar intenção agressiva ou submissão. Os lábios do cão apresentam muitos pelos táteis longos juntos aos pelos ordinários. Os pelos táteis no lábio superior do gato são especialmente bem desenvolvidos e visíveis.O lábio superior do cão é longo e móvel, especialmente no ângulo da boca. Uma pequena área no meio do lábio superior é desprovida de pelos e conflui com o plano nasal. O filtro geralmente é estreito, podendo ser profundo em algumas raças. O lábio inferior é menor que o lábio superior, e deste modo é sobreposto pelo lábio superior rostralmente e em grande extensão, lateralmente. É bastante frouxo, mas preso à mandíbula ao nível do dente canino, e tem uma borda denteada, fina. Os lábios do gato contém numerosas glândulas sebáceas circum-orais; o lábio inferior mais que o lábio superior. A secreção destas glândulas é distribuída sobre o pelo, quando o gato limpa (lambe) seu corpo. O ângulo da boca está bastante caudal na face, ao nível do 3º ou 4º dente molar. Isto faz com que a abertura da boca e o vestíbulo labial sejam largos, e permite os carnívoros abrirem a boca largamente, facilitando o trabalho dos médicos veterinários quando examinam a boca e a faringe ou realizam cirurgias orais. 
O lábio superior do bovino é fino, firme e não muito móvel. Sua parte central, sem pelos, entra na formação do plano nasolabial. Lateralmente está coberto de pelos ordinários e pelos táteis. Embora a cavidade oral seja larga, os lábios são curtos. Como conseqüência, a abertura da boca é pequena e seu ângulo está situado rostralmente na face. O lábio inferior sendo mais curto que o superior, está levemente sobreposto pelo lábio superior. A superfície externa do lábio inferior é coberta por pelos ordinários e táteis. Na margem livre dos lábios, há uma área sem pelos, com pequenas papilas arredondadas. O mento do bovino é bem desenvolvido e consiste principalmente de tecido adiposo. Os lábios curtos e a abertura oral pequena fazem a inspeção da parte caudal da cavidade oral e as cirurgias orais difíceis, mesmo quando a boca do animal está completamente aberta. 
 Os lábios do suíno não possuem muita liberdade de movimento. Eles possuem pelos ordinários e ao longo de suas margens também pelos táteis. O ângulo da boca é caudal ao nível da presa (dente canino), de modo que a abertura oral (rima) é bastante larga. A porção central do lábio superior é desprovida de pelos e entra na formação do disco rostral. O filtro é apenas um estreito entalhe mediano. O lábio superior apresenta um entalhe transverso que acomoda o dente canino superior. Este entalhe está presente em ambos os sexos e é independente do desenvolvimento do dente canino. O lábio inferior é pontiagudo rostralmente. Como é menor do que o lábio superior, sua margem é usualmente coberta pelo lábio superior. 
Estrutura: Os lábios estão fixados no osso incisivo e na parte incisiva da mandíbula e consiste de três camadas. Externamente pela cútis; a camada intermediária que forma a maior parte dos lábios e consiste de músculos que pertencem a musculatura mimética, o campo do nervo facial, incluem um músculo orbicular envolvendo a abertura e, com alguma variação entre as espécies, outros que elevam, abaixam e retraem os lábios, tendões, tecidos conjuntivo e adiposo e internamente pela mucosa labial que é comumente mais ou menos pigmentada e se une, em geral, com a cútis ao longo da margem dos lábios e com a gengiva na base dos lábios. Ao nível do plano mediano, a túnica mucosa forma, em cada lábio, uma pequena prega sagital, o frênulo do lábio, pouco desenvolvido nos ruminantes. Nos carnívoros, o frênulo do lábio superior é pequeno e ocasionalmente duplo. As glândulas labiais, cujas as aberturas de seus ductos situam-se nas extremidades de pequenas papilas visíveis na superfície interna dos lábios, encontradas na submucosa ou na camada muscular , são especialmente bem desenvolvidas próximas aos ângulos da boca; elas são mais numerosas no lábio superior. Elas são mais numerosas no eqüino e decrescem em número na seguinte seqüência: eqüino, bovino, caprino, ovino, suíno, cão e gato. 
Nos carnívoros, pequenos ruminantes e eqüino a cútis que cobre os lábios tem a mesma aparência da cútis circundante e usualmente suportam pelos táteis. No suíno e no bovino existe uma área de cútis modificada, conhecida como disco rostral e plano nasolabial, respectivamente, que incorpora a porção central do lábio superior e se fundem com o rostro do nariz. O plano nasolabial é, em geral, intensamente pigmentado e desprovidos de pelos. Sua superfície é dividida por pequenas depressões ou sulcos em inúmeras áreas irregularmente poligonais. O mapeamento destas áreas diferem de individuo para individuo, e alguns autores acreditam que possa servir como meio de identificação do animal. No animal sadio, o plano nasolabial apresenta-se coberto de gotículas provenientes da secreção serosa de suas glândulas. 
O lábio superior dos carnívoros e pequenos ruminantes é dividido por uma fenda mediana distinta, o filtro, que é estreito ou ausente nas outras espécies. 
O lábio inferior é notavelmente menor que o superior no carnívoro e suíno. No bovino e eqüino, o lábio inferior apresenta o mento (queixo), uma protuberância formada por músculo e tecido adiposo (a protuberância óssea mentoniana, que forma a base óssea do queixo nos homens, não está presente na mandíbula dos animais). 
Vasos e Nervos: 
As artérias são derivadas das artérias labiais maxilar e mandibular. As veias desembocam essencialmente para a veia lingofacial. Os vasos linfáticos vão para os nodos linfáticos mandibulares. Os nervos sensoriais procedem do trigêmeo, e os nervos motores do nervo facial. 
BOCHECHAS
As paredes laterais do vestíbulo bucal são formadas pelas bochechas. As bochechas são fixadas nas bordas alveolares da maxila e da mandíbula na região dos dentes molares, e estendem-se dos ângulos da boca até a prega pterigomandibular, que conecta o palato com a mandíbula, caudal ao último dente molar. A parte caudal das bochechas contém o potente músculo masséter. 
Funções: Auxiliam na apreensão e mastigação dos alimentos.
Estrutura: Sua estrutura assemelha-se à do lábio e compreende 3 camadas: (1) a pele, (2) a camada intermediária de músculos e glândulas e (3) a membrana mucosa. 
A pele é um tanto delgada e flexível. O tecido muscular é formado principalmente pelo bucinador, que tem a importante função de devolver à cavidade central qualquer alimento que tenha escapado para o vestíbulo, mas também por partes dos músculos cutâneo, zigomático, canino, levantador nasolabial, depressor do lábio mandibular, levantador do lábio maxilar e masseter. A paralisia destes músculos, causada por lesão, mais freqüente do nervo facial, provoca um acúmulo característico de alimento no vestíbulo do lado lesado. As glândulas bucais estão localizadas tanto entre a mucosa e a musculatura ou entre os feixes dos músculos. Glândulas bucais dorsal, ventral e no bovino também, média, podem ser distinguidas. 
Nos carnívoros, a glândula bucal dorsal está localizada medial ao arco zigomático e é conhecida como glândula zigomática. Os ductos das glândulas bucais abrem-se no vestíbulo bucal. A mucosa bucal está refletida acima e abaixo sobre as gengivas e se continua caudalmente com o palato mole. É de cor avermelhada e freqüentemente apresenta áreas pigmentadas. Nos ruminantes, a mucosa bucal forma, na face interna das bochechas, inúmeras papilas cônicas corneificadas, denominadas papilas bucais, já das mencionas anteriormente. O ducto parotídeo, ducto de excreçao da glândula parótida, se abre no vestíbulo bucal, em uma pequena projeção da mucosa, na face interna da bochecha, conhecidacomo papila parotídea, situada acima dos dentes molares superiores. No eqüino, a papila parotídea situa-se opostamente ao terceiro dente molar superior; nos pequenos ruminantes, localiza-se acima do primeiro dente molar superior e, nos bovinos, acima do segundo dente molar superior. No cão, abre-se opostamente ao terceiro ou quarto dente molar superior enquanto no gato opostamente ao segundo dente molar superior. No suíno, abre-se oposto ao terceiro ou quarto dente molar superior. 
Vasos e Nervos: O suprimento sangüíneo é derivado das artérias facial e bucal; o sangue é drenado pelas veias do mesmo nome. Os vasos linfáticos vão para os nodos linfáticos mandibulares. Os nervos sensoriais procedem do trigêmeo e os nervos motores do nervo facial. 
GENGIVAS
As gengivas são compostas de um denso tecido fibroso que está intimamente unido ao periósteo dos processos alveolares, que se fusiona nas bordas alveolares com o periósteo alveolar; este fixa os dentes em suas cavidades. Estão cobertas por uma membrana mucosa lisa, destituída de glândulas e pouco sensível. 
PALATO
Constitui a parede dorsal (teto) da cavidade da boca e da orofaringe, separando-as, respectivamente, da cavidade nasal e da nasofaringe. Compreende uma porção rostral, o palato duro, que repousa sobre uma base óssea e uma porção caudal, musculomembranosa, o palato mole. 
PALATO DURO
Está limitado rostral e lateralmente pelos arcos alveolares e se continua caudalmente com o palato mole. Sua base óssea é formada pelos processos palatinos dos ossos incisivos e da maxila e porções horizontais dos ossos palatinos. A membrana mucosa, lisa, está afixada aos ossos por uma submucosa que contém, em sua parte rostral, um rico plexo venoso, denominado de plexo palatino, constituído de um tecido eréctil, especialmente desenvolvido no eqüino. 
Medianamente, o palato duro apresenta uma linha longitudinal, que toma a forma de um entalhe raso e no cão, é uma indistinta crista, denominada rafe palatina, que divide o palato duro em duas metades iguais. A cada lado da rafe palatina, encontra-se uma série de cristas transversais, conhecidas como rugas, que tem sua concavidade e suas bordas livres direcionadas caudalmente. No bovino, as bordas livres são denteadas. O número médio de rugas varia entre as espécies: o cão tem 6 a 10 pares; o gato – 7 ; o suíno – 20 a 23; o bovino – 15 a 20; o ovino – 14; o caprino – 12 e o eqüino – 16 a 18. 
No suíno e no eqüino, as rugas palatinas estendem-se até o palato mole; em outras espécies a porção caudal do palato duro é macia. Geralmente, a mucosa do palato duro é desprovida de glândula. Entretanto, existe glândulas na porção caudal do palato duro do cão e ruminantes, e na porção rostral do palato do suíno. A mucosa palatina pode ser mais ou menos pigmentada (escura) nos mamíferos domésticos. 
A proeminência central imediatamente caudal aos dentes incisivos, centrais ou imediatamente caudal ao pulvino dental nos ruminantes, é a papila incisiva, margeada pelos orifícios de pequenos ductos incisivos, pequenos ductos de membrana mucosa que se estendem muito obliquamente da fissura palatina e perfuram o palato. Estes ductos se ramificam e dirigem-se à cavidade nasal e ao órgão vomeronasal. Conduzem pequenas quantidades de liquido da boca para avaliação pela mucosa olfatória do órgão vomeronasal. No eqüino, a extremidade ventral ou palatina é cega e está situada no tecido submucoso do palato. A extremidade dorsal ou nasal se comunica com a cavidade nasal. A extremidade rostral do palato não apresenta, nos ruminantes, dentes incisivos. Nesta área desenvolve-se uma elevação abaulada, revestida por um espessamento epitelial corneificado, denominado pulvino dental (coxim dental), um amortecedor rijo, porém complacente, na posição geralmente ocupada pelos dentes incisivos superiores, situado logo à frente da papila incisiva; o pulvino dental funciona como uma contra parte para os incisivos inferiores no ato de pastar. 
Função: O palato duro repousa opostamente ao dorso da língua e com suas rugas auxilia a língua durante a preensão e mastigação e no movimento do bolo alimentar para dentro da orofaringe.
Vasos e nervos: O suprimento sangüíneo é derivado principalmente das artérias palatinas, e as veias drenam na veia reflexa. Os nervos procedem do trigêmeo. 
PALATO MOLE
Representa a continuação caudal do palato duro. É uma prega musculomembranosa disposta transversalmente que se estende a partir da boda livre dos ossos palatinos para dentro da cavidade faríngea de modo a dividi-la num compartimento dorsal, a nasofaringe, e outro ventral, a orofaringe. Inclina-se ventral e caudalmente a partir de sua junção com o palato duro. 
Morfologia externa: O palato mole apresenta duas faces e duas bordas. A face ventral (oral), orienta-se um tanto rostralmente, forma o teto da orofaringe e está em contato com a raiz da língua durante a respiração normal. A face dorsal (nasal) dirigida dorsalmente e um pouco caudalmente, forma o assoalho da nasofaringe. A borda cranial fixa está inserida na borda livre dos ossos palatinos e é contínua com a borda caudal do palato duro. A borda caudal livre do palato mole é côncava, fina e normalmente, coloca-se próxima a base da epiglote de modo que a parte rostral da laringe projeta-se através da abertura intra faríngea. No suíno, bovino e ovino a borda livre caudal do palato mole apresenta uma rudimentar úvula mediana. O palato mole do eqüino é excepcionalmente longo (cerca de 15 cm). Exceto durante a deglutição, sua borda caudal livre projeta-se contra a base da epiglote, de modo que a superfície rostral da epiglote repousa contra a superfície dorsal do palato mole. O eqüino parece incapaz de erguer o palato mole dessa posição. O grande comprimento e o contato com a epiglote pode esclarecer o fato de que no eqüino não ocorre, sob condições normais, a respiração pela boca, e que ao vomitar a matéria rejeitada escapa normalmente através da cavidade nasal.
A face ventral (oral) apresenta uma crista mediana e arredondada. Numerosos pequenos ductos das glândulas palatinas se abrem nesta face. Em cada lado uma espessa e curta dobra passa para a borda lateral da língua e forma o limite lateral do ádito da faringe. É o arco palatoglosso (pilar anterior) do palato mole. 
A borda caudal é contínua com uma dobra de túnica mucosa que passa ao longo da patê ventral da parede lateral da faringe e se une com a dobra oposta sobre o início do esôfago; esta dobra é denominada arco palatofaríngeo (pilar posterior) do palato mole. 
O espaço entre os arcos palatoglosso e palatofaríngeo divergentes, a fossa tonsilar, é ocupado pela tonsila. No cavalo, entretanto, não há uma tonsila compacta, como no homem, no cão, mas sim, uma série de massas de tecido linfóide e glândulas mucosas (glândulas palatinas) que se estendem caudalmente desde a raiz da língua, em cada lado, a uma distância de cerca de 10 cm (face oral). Elas causam elevações na superfície, na qual há depressões (cristas) onde se abrem os ductos glandulares. A mucosa respiratória no lado oposto contém pouco tecido linfóide e poucas glândulas. 
Estrutura: O palato mole consiste de: (1) túnica mucosa oral, contínua com a do palato duro, com a qual se assemelha; é revestida por epitélio escamoso estratificado; (2) glândulas palatinas formam uma camada espessa profundamente a túnica mucosa; (3) camada aponeurótica e muscular ; e (4) túnica mucosa faríngea, contínua com a da cavidade nasal, com a qual se assemelha; está revestida por epitélio pseudo-estratificado ciliado. Três pares de músculos são responsáveis pelos movimentos do palato mole: a) Palatino: Consiste em dois pequenos feixes musculares, situados juntos na linha mediana, dispostos longitudinalmente na estrutura do palato mole. Origina-se da borda livre dos ossos palatinos e termina próximo à borda livre do palato mole. Sua ação é a de encurtar o palato mole, contribuindo também, para mantê-lo tenso. b) Tensor do véu palatino: maior do que o músculo levantador,é fusiforme e achatado. Origina-se do processo muscular da parte petrosa do osso temporal, passando rostroventralmente acompanhando a tuba auditiva. Seu tendão é refletido ao redor do hámulo do osso pterigóide e volta-se medialmente para expandir-se na aponeurose do palato mole. Sua ação é de encurtar o palato mole. c) Levantador do véu palatino: Origina-se com o músculo tensor, do osso temporal. Corre medial ao músculo tensor, cruza a superfície medial do músculo pterigofaríngeo na parede lateral da nasofaringe e penetra no palato mole para unir-se com o músculo contralateral no plano mediano. Sua ação é levantar o palato mole contra a base do crânio, fechando, assim, as coanas, durante a deglutição. 
Vasos e nervos: O suprimento sangüíneo do palato mole é derivado do tronco lingofacial, da artéria maxilar. O sangue é drenado pelas veias correspondentes. Os vasos linfáticos são tributários dos nodos linfáticos retrofaríngeos. Os nervos procedem dos nervos trigêmeo, vago e glossofaríngeo. 
ASSOALHO SUBLINGUAL DA BOCA:
Esta parte do assoalho da cavidade oral é de formato de “lua crescente” que torna-se visível quando a língua é levantada e afastada para o lado. Consiste de uma parte prefrenular rostral e dois recessos sublinguais laterais que se estendem caudalmente entre a mandíbula e a língua. 
A parte prefrenular situa-se dentro do arco dos dentes incisivos e é suportada ventralmente pela parte incisiva da mandíbula. Sua túnica mucosa forma o frênulo da língua mediano para conexão com a superfície ventral da língua. Em cada lado do frênulo da língua, porém levemente mais rostrais, estão as carúnculas sublinguais. Elas variam, com as espécies, na forma, tamanho e posição e muitas vezes estão ausentes no suíno. 
Os ductos das glândulas mandibular e sublinguais maiores (no eqüino apenas a glândula mandibular) se abrem nas carúnculas sublinguais. No eqüino e caprino, pequenas glândulas paracarunculares são encontradas próximas as carúnculas sublinguais. Imediatamente caudal aos dentes incisivos centrais inferiores, encontra-se o pequeno órgão orobasal. Este consiste em dois ductos epiteliais estreitos que se estendem de duas aberturas externas para dentro da lâmina própria. Eles são considerados como rudimentos de glândulas sublinguais rostrais encontradas em répteis. Uma pequena concentração de tecido linfóide, muitas vezes presente na proximidade da carúncula sublingual, é a tonsila sublingual. 
Os recessos sublinguais laterais são limitados lateralmente pelos dentes molares inferiores e gengivas e medialmente pela superfície lateral da língua. Ao longo do assoalho de cada recesso situa-se a glândula sublingual poliestomática em uma prega de túnica mucosa (prega sublingual). Ao longo da borda da prega sublingual estão as aberturas de muitos ductos excretores destas glândulas. 
Bibliografia:
DYCE, K. M.; SACK, W. O.; WENSING, C. J. G. Tratado de anatomia veterinária. 
GETTY, R. Sisson/Grossman: Anatomia dos Animais domésticos. Vols. 1 e 2 
NICKEL, R.; SCHUMMER, A.; SEIFERLE, E.; SACK, W. O. The Viscera of the Domestic Mammals 
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