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Apostila de estomago dos ruminantes

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
DEPARTAMENTO DE ANATOMIA, PATOLOGIA E CLÍNICAS VETERINÁRIAS
SETOR DE ANATOMIA VETERINÁRIA
Disciplina: Anatomia dos Animais Domésticos II – MEV-101
Profa. Marcia Maria Magalhães Dantas de Faria
Estômago dos Ruminantes
1 – RÚMEN
1.1. SITUAÇÃO
Vulgarmente chamado de pança. Estende-se desde a parte ventral do 7º ou 8º espaço intercostal até quase a entrada da pelve. Sua forma geral é aproximadamente ovóidea, comprimida latero-lateralmente.
1.2. SUPERFÍCIE EXTERNA E RELAÇÕES
Apresenta duas faces: parietal e visceral
Duas curvaturas: dorsal e ventral
Duas extremidades: cranial e caudal
Face parietal é convexa e relaciona-se com a porção costal do diafragma, o baço e a parede esquerda do abdome.
Face visceral é de contorno irregular e relaciona-se com o retículo, omaso, abomaso, intestinos, fígado, rim esquerdo, adrenal esquerda, pâncreas, aorta abdominal e veia cava caudal.
Curvatura dorsal é lisa e relaciona-se com o diafragma e seus pilares e com os músculos sublombares, aos quais está unida por peritôneo e tecido conjuntivo frouxo. Esta relação estende-se até a 4ª vértebra lombar, sendo que a porção caudal da curvatura dorsal é livre.
Curvatura ventral repousa cranialmente na parede ventral do abdome e caudalmente sobre as alças do intestino delgado.
As Extremidades cranial e caudal do rúmen estão marcadas por dois sulcos: SULCO CRANIAL E SULCO CAUDAL, os quais se continuam nas faces parietal e visceral como SULCOS LONGITUDINAIS ESQUERDO E DIREITO, respectivamente. Estes sulcos dividem parcialmente o rúmen em dois compartimentos: SACO DORSAL E SACO VENTRAL.
Extremidade cranial do saco dorsal constitui o átrio do rúmen.
Extremidade caudal estende-se até quase o púbis e está relacionado com o intestino e vesícula urinária.
1.3. SUPERFÍCIE INTERNA E ORIFÍCIOS
A cavidade do rúmen está parcialmente dividida nos sacos dorsal e ventral por meio de cristas musculares potentes conhecidos como pilares, que correspondem externamente aos sulcos, e estes se divide em: pilares cranial, caudal, longitudinal (esquerdo e direito) coronários dorsais (esquerdo e direito) e ventrais (esquerdo e direito). A mucosa do rúmen apresenta cor marrom escura e é dotada de numerosas PAPILAS cornificadas de tamanho e forma variadas.
Óstio ruminoreticular
Óstio cárdico – tem 10-12 cm de diâmetro, situado ventral à extremidade vertebral da 8ª ou 9ª costela e se encontra à esquerda do plano mediano.
2 – RETÍCULO
2.1. SITUAÇÃO
Também chamado de barrete. Encontra-se entre a 6ª e 7ª ou 8ª costelas, sua maior parte situa-se à esquerda do plano mediano. Tem forma de hemi-esfera nos pequenos ruminantes e mais ou menos piriforme nos bovinos, mas comprimido cranio-caudalmente.
2.2. SUPERFÍCIE EXTERNA E RELAÇÕES
Apresenta p/ descrição duas faces: diafragmática e visceral e duas curvaturas: maior e menor.
A face diafragmática é convexa e relaciona-se com o diafragma e, numa pequena extensão com o fígado (o lobo esquerdo). Importância na clínica = conhecimento destas duas relações anatômicas.
 A face visceral é um tanto achatada pela pressão da extremidade cranial do rúmen. Relaciona-se com o rúmen.
A curvatura maior é denominada de margem esquerda e está orientada dorsoventralmente e da esquerda para a direita. Esta termina no fundo do retículo, que é uma expansão arredondada em fundo de saco, que está em contato com a parte esternal do diafragma, com o fígado, o omaso e abomaso.
A curvatura menor é denominada de margem direita, é côncava e continua-se com o omaso.
2.3. SUPERFÍCIE INTERNA E ORIFÍCIOS
A mucosa do retículo é caracteristicamente pregueada à maneira dos favos de uma colméia. As pregas são as cristas do retículo e delimitam espaços, tetra, penta ou hexagonais, os quais recebem o nome de células do retículo.
Sulco do retículo ou goteira esofágica é uma depressão da mucosa em forma de calha, que se inicia no óstio cárdico, corre ventralmente na parede medial do átrio do rúmen e na curvatura menor do retículo e vai terminar no óstio retículo-omásico.
O óstio retículo-omásico é pequeno e situa-se na curvatura menor do retículo.
3 – OMASO
3.1. SITUAÇÃO
Tem forma arredondada nos bovinos e ovóide nos pequenos ruminantes, estando um pouco achatado lateralmente. Situa-se à direita do plano mediano e dorsalmente entre o 7º ao 11º espaço intercostal.
CAMPO DE PROJEÇÃO: entre a 7ª e 9ª costelas.
Punção do omaso: no 9º espaço intercostal ao nível da articulação do ombro.
3.2. SUPERFÍCIE EXTERNA E RELAÇÕES
Apresenta para descrição uma face parietal (direita) e uma face visceral (esquerda).
A face parietal (direita) está relacionada principalmente ao diafragma e fígado. A parte mais ventral do omaso está em contato com o assoalho abdominal sobre uma pequena área entre as cartilagens costais direita, a cartilagem xifóidea e a curvatura menor do abomaso.
A face visceral (esquerda) está em contato com o rúmen, retículo e abomaso.
Colo do omaso e pilar do omaso
Base do omaso é a parte que se une ao abomaso.
Curvatura dorsal.
Diferenças nos pequenos ruminantes:
Não está em contato com a parte abdominal.
3.3. SUPERFÍCIE INTERNA E ORIFÍCIOS
A mucosa do omaso forma inúmeras pregas longitudinais delgadas denominadas lâminas do omaso, que surgem da curvatura dorsal e dos lados e se dispõem como as folhas de um livro.
Recessos interlaminares.
Papilas unguiculiformes (papilas em forma de garras de um pássaro).
O espaço entre o sulco e as bordas livres das lâminas é o canal do omaso.
Sulco do omaso tem de 10 a 12 cm de comprimento no bovino.
Óstio omaso-abomásico é amplo e é limitado, cranialmente pelo pilar do omaso.
Véu abomásico, prega da túnica mucosa, ladeando o óstio omaso-abomásico.
4 – ABOMASO
4.1. SITUAÇÃO
Tem forma de um saco alongado e repousa sobre o assoalho abdominal à direita do plano mediano. Situa-se caudoventralmente entre o 7º até o 11º espaço intercostal.
4.2. SUPERFÍCIE EXTERNA E RELAÇÕES
	
 Divide-se em:
 Fundo do abomaso
	
 Corpo do abomaso
	
 Parte terminal ou pilórica do abomaso
O fundo do abomaso encontra-se na região xifóidea e relaciona-se com o retículo, ao qual está em parte ligado, o átrio do rúmen e o saco ventral do rúmen.
O corpo do abomaso é a continuação caudal do fundo do abomaso que se estende caudalmente entre o saco ventral do rúmen e o omaso, situando-se mais à esquerda do que à direita do plano mediano.
A parte pilórica dobra para a direita e caudalmente ao omaso, inclina-se dorsalmente e une-se ao duodeno pelo piloro.
A face parietal (direita) está em contato principalmente com o assoalho abdominal.
A face visceral (esquerda) está, em sua maior parte, relacionada com o rúmen e o omaso.
Curvatura maior é ventral e convexa, mantém ligação com o omento maior.
Curvatura menor é dorsal e côncava, mantém ligação com o omento menor.
4.3. SUPERFÍCIE INTERNA E ORIFÍCIOS
A mucosa está marcada por pregas oblíquas, as pregas do abomaso.
Toro pilórico é uma protuberância meio redonda situada na extremidade da curvatura menor.
Òstio pilórico comunica o abomaso com o duodeno.
ESTRUTURA
Apresenta quatro camadas, que são: serosa, muscular, submucosa e mucosa.
a) Serosa: Exceto na área do saco dorsal que está afixado ao teto da cavidade abdominal, o estômago é revestido c/ peritôneo visceral, o qual se estende sobre os sulcos ruminais e a maioria das constricções entre os compartimentos, e assim oculta os vasos linfáticos e nervos que correm neles.
b) Muscular: As mesmas camadas musculares encontradas na parede do estômago simples estão geralmente presentes no estômago dos ruminantes. Similarmente, o complicado arranjo das três camadas fundo e corpo do estômago simples, estão refletidos no arranjo muscular do homólogo rúmen e retículo, enquanto o omaso e abomaso como a parte pilórica do estômago simples possuem apenasas camadas longitudinal e circular.
c) Submucosa: É uma camada de tecido conjuntivo frouxo que liga as camadas muscular e mucosa. Contém grandes plexos arteriais e venosos, além de uma profusão de fibras elásticas que ajudam a dispor a mucosa do órgão vazio em pregas.
d) Mucosa: Revestida pelo epitélio estratificado pavimentoso.
MEIOS DE FIXAÇÃO
1 – Pressão das vísceras
2 – Desembocadura do esôfago na cárdia
3 – Continuação com o duodeno no piloro
4 – Pregas peritoneais e tecido conjuntivo:
	
 – A curvatura dorsal do rúmen é fixada por tecido conjuntivo ao pilar do diafragma e aos músculos sublombares, relação que se estende até a 4ª vértebra lombar (bovino) e 2ª vértebra lombar (pequenos ruminantes).
– Ligamento gastrofrênico e ligamento frenicoesplênico que liga a parede abdominal ao rúmen e baço, respectivamente (ou seja, o peritônio estende-se da parede abdominal para o rúmen e baço).
- O abomaso e omaso são também diretamente fixados um ao outro através de tecido conjuntivo.
 – Omento maior, a linha de fixação passa do lado dorsal do esôfago para o sulco longitudinal direito do rumen, segue o sulco caudal da direita para a esquerda, corre cranialmente no sulco longitudinal esquerdo, cruza a face ventral do sulco cranial e se fixa no lado esquerdo da face visceral do retículo.
 - Omento menor, a linha de fixação passa do lado ventral do esôfago, ao longo do sulco reticular, à face parietal da base do omaso e a curvatura menor do abomaso. Ele é mais ou menos aderente à parte ventral da face parietal do omaso. 
INERVAÇÃO
Nos animais com estômago simples, os troncos vagais alcançam o estômago após atravessarem o hiato esofágico; o tronco vagal dorsal distribui-se na face visceral do estômago e o tronco vagal ventral na face parietal. Nos ruminantes, apesar do estômago ser complexo, esta distribuição é mais ou menos semelhante.
Assim, como o estômago dos ruminantes adquiriu maior complexidade na região inervada pelo tronco vagal dorsal, este se distribui numa área mais extensa, por isto, mais desenvolvido que o tronco vagal ventral.
O nervo vago exerce importante função no mecanismo da contração das paredes do estômago, na ruminação, eructação e no fechamento do sulco reticular no lactente.
VASCULARIZAÇÃO
O estômago dos ruminantes é suprido por ramos da artéria celíaca (a. esplênica, a. gástrica esquerda e a. hepática).
A artéria esplênica emite as artérias ruminais direita e esquerda, que vão suprir as paredes das faces visceral e parietal do rúmen.
A artéria hepática supre o fígado e parte do duodeno, do pâncreas e do abomaso. Ela emite, em seu percurso, as artérias gástrica direita e gastroduodenal. A artéria gástrica direita corre na curvatura menor do abomaso e se anastomosa com a artéria gástrica esquerda. A artéria gastroduodenal alcança a parte cranial do duodeno (curvatura maior do abomaso), onde se dividem em dois ramos: a. gastrepiplóica direita e a. pancreaticoduodenal cranial.
A artéria gástrica esquerda emite a. reticular e a. gastrepiplóica esquerda.

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